Tiago de Melo Poesia
Paz
Sua ausência queixosa e dolorida,
é que sucumbe minh'alma sofrida.
Em suspiros nefastos e frios,
meu corpo fenece quase sem vida.
Lembrar-te angustia minh'alma,
e brota esperança dentro de mim.
Busco-te em sonhos, em silêncio,
e descubro enfim, estais em mim.
Encontrar-te assim, suave, serena,
em branda presença, satisfaz.
Feliz, em silêncio minh'alma quer tê-la,
desejável e amável paz.
Filha da terra
Vim do pó da terra
literalmente...
cresci de pés descalços
sentindo os espinhos
e o quente do chão
respirando natureza
cheiro de terra molhada
cabelos soltos ao vento
lavando o corpo e a alma
em água corrente
queimando a pele
em sol tropical
quase nasci índia
com este sangue
correndo nas veias
sempre fui guereria
tenho a fúria e a garra
dos meus ancestrais.
Perca-se na geografia dela,
Sobreponha seus contornos nela...
Mapeando-a,
A fronteira da paixão se revela...
Mesmo sendo somente desejo dela,
Viaje nesse amor.
Externamente és dourado ouro,
vendada, sei de ti;
da aura desenho teu rosto,
cega, surda e muda;
te descrevo sentindo
porque és muito mais alma
do que o corpo que te sustenta.
"Quando menos se espera a vida te mostra que és um ser abençoado, que tens motivos de sobra para agradecer a Deus todos os dias. Pena que quase sempre percebemos isso através do sofrimento dos outros."
BMelo
Riso
Deixei livre
nas corredeiras,
meu riso.
Assim
será sempre novo,
sempre rio .
Se rio,
ou riacho,
se me derramo
nas cachoeiras
serei sempre riso novo.
INSPIRAÇÃO
A vejo como a estrela
avistada no céu.
Ela não está lá,
só sua luz, seu passado.
Nós poetas,
não estamos no tempo dela,
e sim, a traduzimos em nosso tempo.
O momento avistado.
ESCREVER
Ainda sou crua, porém,
permaneço tentando
enquanto me houver pautas nuas.
Tenho esperança
que meus traçados poemas
causem enlaces.
Perder-se
Não o simples desencontro de si mesma
Perder-se, é sentir um vazio dentro do próprio ser,
Como se o mundo inteiro coubesse ali, mas por algum motivo não está lá
É querer agarrar-se a uma lembrança boa, mesmo que esta seja angustiante
Entregar-me a loucura, mesmo sabendo que está será o fim,
De todos os seus sonhos e esperanças
Perder-se é mesmo desesperador,
Quando o que você mais quer, é perder-se por completo.
Por que o melhor abraço tem que estar tão longe?!
A vida é muito curta pra esperar por alguém que não sabe o que quer.
Pedras preciosas
Pronto...
Tudo aperfeiçoado...
Pedras enxutas e lapidadas....
Brilham na escuridão....
Exalam faíscas e geram luz....
No espelho....
Uma relação....
A rocha bruta e dura...
Em Metros de profundidade foram exploradas...
Picareta na mão...
Túneis foram cavados...
Famosas pedras preciosas....
Conheço pouquinho....
Desse imenso mundão...
Mas cada uma delas...
Tem seu valor....
Agata , citrino...
Granada , malaquita...
Opala , pirita....
Quatzo e ametista...
Diamante brilhante...
Tão duro...
Somente outro para lapidar...
Ouro e Nácar...
Topázio,turquesa..
Exibem beleza...
Pérola , Zafira...
Esmeralda, Rubi...
Do Branco ao marrom...
Laranja e violeta...
Cores nobres...
Digo isso com franqueza...
Glamour em requintes de fineza...
Pairam no ar...
Por fazer parte de uma realeza....
Aurora senhora...
Cada pedra com sua glória....
Aqui...
Não falo de uma talismã...
Falo da alma...
Somos feito em detalhes....
Somos fruto do vale...
Vale da vida...
E nessa expressa inspiração...
Somos vidas...
Somos aqui...
O tema desse poema...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Portátil
Sou portátil...
Robusto e fragil...
Pequeno diante do mundo...
Grande naquilo que sou...
Sou poeta sim...
Sou dessa gente...
Sou gente diferente...
Sou íntimo com meus prantos...
Sou faceiro no que canto...
Sou a essência que exala da flor...
Sou a face daquele que me criou...
Tenho leveza nas mãos...
Vejo a imensa dimensão...
Tenho também...
Uma cabeça cheia de imaginação...
E através do meu olhar...
Vai surgindo inspiração...
A raiz é....
A fantasia que espraia...
Sem saia e mini saia....
Faço alguns exageros sem candaias...
Não me exponho...
Tive um sono e acordei...
Sou jovem como a lei...
Aos poucos...
Crio emendas e crio cláusulas...
Se não deu certo....
Rasgo as folhas do caderno...
Mas de uma coisa eu sei...
Detesto o artificial...
Aprecio o natural....
Me emociono como criança....
Meu choro é a esperança....
De um sonho ainda na infância....
Que sem saber nada da vida....
Pelo ralo...
Escapou e eu deixei....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Filosofando.
Desigualdade humana...
Na emana filosofia...
Nem sei se vivo no mundo antigo...
Ou moderno...
Acho mesmo que isso tudo aqui na terra...
É apenas uma ilusão...
Vivemos e morremos...
Nascemos chorando...
Crescemos amando...
Sem pensar em um insano demasiado labirinto...
Aos poucos...
Vamos nos aperfeiçoando...
Entre risos e alegrias...
Filtramos os bons momentos....
Vou eu como escritor...
Vou com algumas filosofias...
Embora não sendo um filósofo...
Dou meus arremates....
Não penso em Vitória...
Não penso em empate...
Por enquanto...
Só peço que não me batam...
Vou tirando aos poucos...
As ferpas que me atiram...
Apenas quero eu...
Beber das gotas de orvalho...
E assim vou criando meus atalhos...
Sobrevivência...
É tudo...
E isso...
Me faz...
Viver o presente...
E nem esquentar com o futuro....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Um segredo trancafiado.
Tentando não me inebriar...
Sacio minha sede na fonte...
E vou controlando as insanas curvas...
Onde não há caso e nem limite...
Águas correntes...
Nascem na serra...
E deságuam no mar...
Rios de águas puras...
Umas verdes...
Outras escuras...
E ao chegar na mar...
Ficam azuis da cor do céu....
Oh terra!....
Natureza perfeita....
Oh mar!....
Animais aquáticos em ti...
Vem se alimentar...
Queria eu...
Poder tocar o Sol...
Queria eu...
Poder tocar as nuvens....
Sentir e delirar....
Apreciar o melhor...
Apreciar a perfeição....
Sol...
Tão perto....
E ao mesmo tempo...
Tão longe....
Semblante de fogo...
És radiante....
A grafite...
Desliza junto á inspiração...
Aroma da terra...
Aroma da selva....
Verde até no aspirar....
Inebriante e possante....
Em uns causa uma imensa solidão...
Em outros...
Causa uma gloriosa sensação....
Ao mesmo tempo....
Um estado de tamanha satisfação.
Sozinho...
Me contemplo ao perceber...
Corro atrás de respostas...
E mais longe ficas sem eu te ver...
Imenso universo...
Minhas lágrimas são poucas para te dizer....
Teu controle é absoluto....
Infelizes são aqueles que não te tem....
Mas só o Criador tem a raiz de tudo...
Em minh'alma....
Tem um guardado trancafiado....
São segredos que nem sei se um dia terei o prazer de revelar....
A ti...
Oh!...
Universo perfeito...
Impossível é te esquecer...
Um dia sei lá...
Aqui ou acolá....
Gritarei alto...
Falarei alto....
Quero apenas fazer meu grito ecoar....
Unir ou separar....
Mas...
Poderá eu...?
Posso eu....?
Não sei...
Mas guardado aqui...
Ficará....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Vagando na órbita
Um aperto na alma..
Uma lacuna aberta...
Nem sei se explicarei essa inspiração...
Ao morrer por dentro...
Fiquei acordado por fora..
No mar ou na terra....
Um barquinho que navegava...
Um verso depositado na caixinha...
Uma vida que surpreendentemente
acabou a minha convulsão...
Um suspense no ar...
Dramático e cauteloso...
Pisando firme e quase fora do chão...
Sem dor...
Sem pavor....
Enfrentei um estado de coma perverso...
Apaguei a luz....
Por anos...
Não apertei o botão....
Aflito...
Ja em estado de decomposição...
Reli uma carta escrita...
Ao terminar de ler...
Percebi que o botão estava com oxidação...
Nessa hora...
Tive uma louca sensação...
Quase morto....
E vagando na órbita da minha imaginação...
Ouvi uma voz me dizer...
Morrer...?
Pra quê...?
Se tu podes ainda ser a solução...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Acima de qualquer nome
Oh versos que pulsam nas veias...
Delatam as linhas que fazem ecoar....
Oh luar prateado e acinzentado junto ao estrelar...
Tu mínguas aos poucos....
Que olhos venham chorar...
Plena e absoluta....
Os teus amantes debaixo de ti....
Ficam a enamorar...
Espaço não precisas...
Já és grande no teu encantar....
Viajante inspiração....
Acordo à meia noite...
Da janela meus olhos ficam à marejar....
Teu eclipse é vermelho como bola de fogo...
Uma imensa luz reflete no teu caminhar...
É sonho..
É imaginação...
É ilusão....
Não!...
É o poema que se junta na linha...
E as palavras vem me dizer...
Sou eu...
Uma poesia perdida no vago espaço...
A meia noite sou uma...
A outra...
Sou paixão....
Na promessa que me foi dada....
Sou a frase encantada....
Sou manso por natureza...
Sou da flor...
Sou da relva...
Vim de uma semente que não é pulverizada...
Sou natural...
Levo a vida em alto astral....
Por trás disso tudo...
Tenho um nome que já diz tudo...
Meu nome é Jesus....
Todo poder me dado...
Sou filho do dono do mundo...
Sou o Cristo Nazareno...
Sou poderoso e não sou pequeno....
Sou o rei da Glória...
E pra finalizar essa história...
Meu nome está acima...
De qualquer outro nome...
Ou sobrenome...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Compondo
Imaginei uma canção....
Usei tons coloridos e usei um refrão...
Passei a escrita a limpo...
Deixei às rasuras da emoção....
Fui entre os livros...
Achei o acorde e fiz a junção....
Entre às páginas que fui folheando....
Descobri em mim...
Um poeta artesão...
Moldei o poema inspirado...
Vi com alegria o lindo e famoso sertão....
Despertei a magia da poesia....
Usei páginas brancas e fui dedilhando meu violão....
Juntei também à viola...
De companhia levei à gaita e o acordeon...
Busquei na frase uma letra...
Juntei e montei uma sílaba....
O arco da Praça estava enfeitado...
Cada um dava sua pontuação....
Realizei o desejo oprimido...
Corrompi as barreiras do coração...
De repente....
Um livro ficou escrito....
Imprimi às páginas....
Encadernei e não usei arame farpado...
Foi aí que inspirei....
E trouxe essa melodia em vida...
E todas as páginas em branco...
Não eram mais ilusões....
Abri meu destino....
Compondo essa inspiração....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sonhada jornada
Em algumas estações...
Arregacei a manga das cortinas...
Ativei o modo sertanejo sem corte e sem censura
Bati na viola e surtei na saudade...
De peito aberto...
Desmascarei a maldade....
Sem óbito marcado....
Naveguei sem remo....
Fui profano....
Fui sereno...
Loucas sensações eu tive em busca de uma drama...
Sem fanatismo...
Fui menino...
Cantei valsa....
Cantei moda....
Alterei a letra de uma música...
Soletrei a primavera...
Fiz versos no repente...
Colhi neve no gramado...
Roubei frutas no serrado....
E peguei chuva atrasado....
De arado afiado....
Tombei terra no banhado....
Em braços calorosos....
Saciei minha sede no favo de mel....
De boca cheia...
Esqueci as amarguras...
Fechei os ouvidos pras injúrias....
Sangrento....
Morri lavando minh'alma....
De cara com o pólen....
Adocei o sopro da existência...
Dias remando....
Cheguei na praia da esperança...
Guiado pelos anjos...
Fecundei o erva mate...
Tomei um chá de correria...
Andei como nunca....
Tropecei....
Quê mania...
Caí....
Percebi....
Só se enche a alma...
Quando o fogo....
É ardente....
Privilegiado....
Na sonhada jornada....
Essa poesia...
Quem á ler vai saber.....
Nunca foi imaginada....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Lendária inspiração.
Um alfabeto renovado...
Um alfabeto repovoado....
Pequeno mesmo é esse mundo...
Ele gira...
Damos de cara com a verdade....
Entre as letras do meu alfabeto...
Recomponho a frase lendária....
Do A ao Z....
Bem-vindo ao mundo real...
Repovoar...
Sabemos nós que precisamos trocar...
Entre as consoantes e vogais...
Nada se põe a prova...
Sem sentimentos iguais...
Poderia eu chamar de...
Uma iguaria...?
Busquei no fundo dessa minha inspiração...
O tempo que foi...
O tempo que se faz presente....
E o tempo que ainda não chegou....
Aquela história que deixei...
Desculpas....
Pois dormindo eu estava....
"Eu sou"...
Desconfortável" é esse adjetivo....
Ótimo...
Sozinho....
Mas bem acompanhado....
Promessas entre uma e outra...
Em um poema injustiçado....
Ouro de alto quilate...
Brilha tanto enquanto os seres humanos se batem...
Eu...
Autor desse ilusório poema...
Dou vida a ele para os que me desafiaram em outrora...
Na certeza de uma escrita....
Sou dependente de uma imaginação...
Para colocar a prova de fogo...
Tenho eu...
Até uma convulsão...
E ela é minha....
Escrevo carta e faço canção....
Tenho fome...
Tenho sede....
Entre umas letras e outras...
Exalam de mim...
Poemas e poesias...
Não faço isso pra divulgação...
Posso eu...
Até morrer sozinho...
Mas não me sinto na escuridão....
E está tudo aqui...
Escritas feitas...
Vinda de um latejante coração....
Talvez...
Se um dia eu melhorar....
Vou fazer mais um longo refrão...
Por enquanto estou fora de mim....
Escolhi testar minha capacidade...
Não sei...
Se devo me expor....
Ou me esconder...
Mas morrer com sede...
Não...
No que escrevi até aqui
Fica essa....
Lendária inspiração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
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