Tiago de Melo Poesia

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Mãos doloridas.
Mãos cruas e magoadas da véspera.
Mãos de castigar o atabaque.
Percutindo e fazendo arder a festa.

Inserida por landeira

Quadro Abstrato


O grande e gracioso peixe perolado com olhos de cristal está contornado por folhas e gavinhas,besouros solitários azuis e vermelhos, flores desabrochadas e maduras frutas cítricas.
A coroa em sua cabeça é uma roda gigante de sensação comum deitada num giro anti-horário de jornada eterna e descançada.
No céu, uma ilha flutuante de montanhas rochosas distantes e adormecidas, abriga uma paisagem de alguns coqueiros e matagal, e um balão arco-íris paira alto fixado por cordas fincadas na praia branca nunca antes visitada e entrega às areias o fim de sua desenrolada escada de cordas.
Seguindo o rastro de pegadas solitários ao largo da praia o outro extremo aponta onde se finda. Ali há um martelo deixado ao lado de fincadas estacas que sustentam outra escada de cordas que se derrama desde a ilha até a entrada da roda gigante.
A estrutura em madeira de pintura desgastada em amarelo e vermelho tem escrito acima "entrance" e "exit" e fincada ao chão uma catacra enferrujada de entrada e saída liberadas.
Alguém reveza os últimos degraus da escada em direção a roda-gigante. Desce vestindo verde, tênis e jeans com o olhar para cima mesmo sem ainda tocar aquele chão.

Inserida por landeira

- Me disse que era pesado e meu valor como o de um dinheiro.
Invalidou minhas certezas, e equivocou minha justiça.
Quase vejo que o beckause de tudo isso é sua crença no meu querer. Mas pareço estar ainda de olhos fechados.
Outro motivo me melhor convenceria.
Se me apresento assim como está em sua razão... Me penso... Me dispenso.

Inserida por landeira

eu Eu



Um animal em parto ou que abati?
Um raio que se apressa a romper ou se lança atraído?
Uma porta trancada ou que leva a varanda?
Movimentos de assalto ou gentil intenção?
O querer que se quer ou o que exagera?
Sou troca justa ou um furto sínico?
Cores ou dia nublado?

Amo e abato
Corrompo e desejo
Vou aos mais belos lugares. Me fecho.
Atinjo e amparo.
Quero. E também quero mais.
Pondero. E não peço licença.
Cores... Precisam de luz! Tenho música.

Que fome é essa que me faz sair as minhas buscas? Estará sempre a frente de ser o bastante. E nada terminará hoje ou com um sorriso só por ser positivo.
Nada termina assim... Nada nem termina. Mesmo o dia que se espera, que chega e que passa.

Que fome é essa que sou?
Um animal que sobrevive ou que evolui?
Eu sou tudo. E assim, o desagrado também sou.
Não escapo a essa natureza.

Inserida por landeira

Lá longe existem grandes sonhos.
Aventuras como as nossas e contadores de história.
Sentimentos de bravura reafirmados nas conquistas.
Devoção nos olhares. Complexos abstratos.
Atos justos. Paradoxo. Existe medo.
Receio de não saber e receio de partir.
Receio do que vem depois.
Eles são mamíferos, beija-flores e tulipas. Nomeados por seus homens. Os mesmos elementos em outra organização.
Compõem. Pecam.
Faremos troca? Ou aplaudiremos?
A certeza é sermos vida.

Inserida por landeira

Motivo. Partida para o alcance da realização.
A vida é o tempo todo isso. Alcances. Motivos.
Celebrar os motivos. Todos os motivos.
Sem pintar as alegrias que trazem algumas realizações.
Agradecer os motivos. Todos os motivos.
Qualquer deles é o seu merecimento.

Viver os motivos. É o caminho.

Inserida por landeira

Antes da escolha feita; convencimento e convicção se confundem enquanto a intuição rege. E perdendo ou ganhando, não se teme decidir.
No jogo, antes de vencer, o que mais se quer é desvendar a surpresa.

Inserida por landeira

Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração.
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus.
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí.
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti.

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és.
Quero ser do vento que te faz.
Quero ser do espaço onde estás.

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção.
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo, vem.
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais.

Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.
Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

Inserida por NewtonJayme

Imediatômico


Pensamento
A precisão de dizer mesmo as urgências da necessidade.
Comer; beber; contar.
Antes, pensar. Pensar água e copo. Pensar seco e sede.
Água se bebe. Copo se enche. Cheio por não transbordar.
Pensar o gole, como dormir sem esquecer-se de respirar.
Ir longe se vendo de volta.

Pensamento

Voltas repassando as ordens para acontecimentos. Iniciativas reais, de jura ou de desejo.
Pegadas, velozes trilhas e extensos campos abertos estendidos em quilômetros no olhar.

Sendo o agora, momento que mais cedo está posto; cobra-me antes, por viver e ser urgente, o pensamento.

Inserida por landeira

Joaquim Maria

Azevedo limão mel cana caldo aposta carneiro
Brasa coalho João partida dado dinheiro
Suzana cafuza lava prato avental farinha paliteiro
Chega Chico facão pé quente escarra bigode brejeiro
Dança do lado Joana seu macho toca Dedé Tonho sanfoneiro
Zé cochila baba madruga na barca pesca robalo inteiro
Fiado de novo Santana busca Manél bebo queda levanta ligeiro
Seu Joaquim balcão caneta casa no fundo poço terreiro pato cercado galinha poleiro.
Reza no quarto Maria seis filho estante retrato santo padroeiro

Inserida por landeira

Sinto...

Ansiedade...

, peso das letras; gritam sem voz.

Angústia...

Delírio...

Cura...

, normalidade; equilíbrios na paz... suspiros provados no fôlego esvaído.

Calma...

Serenidade... Pureza...

Leveza...

, melodias escorrendo pela janela, pelas escadas.

Melancolia... Nostalgia...

Simplicidade... Quietude...

Ternura...

, imaginação revolvida; reinvenções; revoltas; abrigo de muitos quereres.

Cólera...

Desejo... Vontade... Dúvida...



Silêncio...

Inserida por landeira

Sou de mim


Alma além dos erros.
Distração além do remorso.
Natureza além da carne.
Que os olhos fecho para melhor me perceber.

Sou estes dedos além do pensar.
Calor além do abraço.
Fuga além das marcas.
Que me toco e me reconheço.


Me encontro além do lugar.
No que vejo... No que desejo...

Inserida por landeira

Peso


Negror de sepulcro.
Consciência em interior profundo.
Asas em vôo cinza. Fumaças e pesares.
Reflexões do céu em noite agarrada de sombras.

... Pela graça de algum ente que também se pauta pelo amor ateu.

Inserida por landeira

Mel no pires

São teus olhos e tua boca.
Não me lembro de tê-los visto em meus dias de tristeza.
Agora, mais hoje, te chegas e te olho de novo; sem fugir.
Estou aqui, acreditando que tudo é possível.
Sendo desafiado por você.
Me vendo no seu olho.

Há tanto chão entre nós.
E uma vez te vejo e não volto.
Te desejo um adeus sem pranto.
Não quero ver seu sorriso desfeito.
Também não o quero guardado em meu bolso.
Só preciso saber que ele existe em você.
Vagando sem mim nas outras razões da sua vida.


(Landeira)

Inserida por landeira

Casca de besouro, areia e folhas.
Casa de besouro, alimento e areia.
Seca folha na areia. Casa em terra. Casa de areia.

Inserida por landeira

Móvel


Para. Dois giros. Cai em segunda.
Sobe na ponta.
Elevação de cabeça.
Esquerda.
Fixar marcação.
Diafragma e coluna.

Atento! Não piscar.

Inserida por landeira

Canoa

Canoeiro canta e rema’ vem vigor de vento
Remo te leve tão leve tua canção
E leva teu braço nas sobras do vento

Inserida por landeira

Furo na parede


Prego. Furo.
Quadro pendurado.
Vestido branco, parede branca
Ambos desbotados.
Parecendo ainda ontem.
Apregoado passado.
O debute de Sandrinha.
Parecendo ainda ontem.
O debute de Sandrinha.

Inserida por landeira

Navego

Olhar o mar e se perder
Dias e noites
Sentindo como não ser
Porto e anseios

Voz dos mares
Reivindica às águas
Canto da natureza
Navega ao amor de deusa
Pois sem altar navega o tempo
E arrebenta contra mim

Inserida por landeira

Entre os céus, uma troca de tempos.
O futuro assumindo o passado adiante.
O que vejo e o que me verá, posso ser eu do outro lado.
Mas o tempo existe sempre...

Inserida por landeira

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