Textos sobre Tristeza
Seja a alegria na vida de quem está triste. Seja a paz na vida de quem guerrear.
Seja o Amparo para quem se sente só.
Seja luz para quem procura as trevas.
Seja esperança para quem está desanimado.
Seja amor para quem está desiludido.
Seja gente nesse mundo tão desumano. Seja você a cada dia.
E que você jamais se canse da bondade.
#omundoprecisadebondade
É triste quando os fiéis
Tornam-se infiéis.
Falam mal dos outros,
Para o bem deles próprios.
Eu sou diabo, mas busco sempre Deus.
Para poder antigir o paraiso dos céus.
É mesmo triste quando a bíblia é a vida das pessoas, considerados "ateus".
É mesmo triste quando Deus deixa de ser um juíz.
E passamos a ser julgados por um infiel, que quebra as nossas raízes.
Fica feio quando os irmãos em Cristo,
Ficam lutando em ser anti Cristos.
A minha nuca fica sempre encolhendo
Porque a minha vida vira um babado.
Yeah sinto muito ódio mesmo. Estou totalmente revoltado.
Se não há nenhum segredo que é eterno, também não há nenhuma verdade que não vêm ao planalto.
CANTO TRISTE
(Passarinhando a solidão)
(Sócrates Di Lima)
Canta na cumeeira a cotovia,
No para peito da janela, o rouxinol,
Canta minh'alma a tristeza, como nunca se via,
Fazendo do meu coração, um desencontrado caracol.
Canta ao longe dos meus olhos, o sabiá....
Quando amanhece o dia, o bem-te.vi,
Canta a tristeza muda, como em lugar algum se há,
Porque o amor que parte, leva a alegria que muito senti.
Você nunca me olhou nos olhos
Sempre que olho para sua triste eu perco toda a fé em mim. E eu desistiria de minha felicidade para poder mudá-la por seu sorriso, porque sei que você ainda me sente. Sim... Você foi o mais próximo que cheguei do paraíso. Mas tudo que eu posso sentir neste momento é o que você sempre sentiu, que mais cedo ou mais tarde isso tudo irá acabar! E eu não quero sentir sua falta... Eu não quero que o mundo me veja chorar, porque dizem que eu nao tenho motivos pra isso. E quando tudo estiver destruído dentro de mim, eu só queria que você soubesse que você teve tudo que pude ser. Mas já não dá para lutar contra as lágrimas que vem e vão, você nunca entenderá aquela noite... Não sei descrever ao certo o que senti, mas superficialmente vos digo, eu morri ali! Naquela esquina ficaram minhas histórias, simbolizadas por uma cruz abstrata ou pelas suas fortes palavras sobre minha dor. E de todas as vezes que sangrei, apenas foi para saber que estou vivo.
Eu vivi através deste romance para buscar a verdade entrançada sobre todas as nossas mentiras.
E também entendi nesta distancia os motivos que te levaram a me esconder seu olhar. Você já se deu conta que nunca me olhou nos olhos? Nunca!
Peço-te que aguente firme antes que seja tarde, até nos deixarmos pra trás. Não caia, não se abandone, porque por muito tempo estive morto pra mim, e o que poderíamos levar disso... A vida que não foi compartilha ainda. Viva da sua forma e ame profundamente como eu vos amei. Porque acredito que o amor é capaz de nos anular pelo outro, e eu morri pra mim, por nós. Mas foi uma pena você só está ligada se isso era o suficiente pra si, fixada em uma ideia de um amor do passa, transferido como fantasmas que assombraram nossas vidas, dos quais fizeram você nunca me olhar nos olhos.
GIRATA
Rosto triste nas areias
um barco a distanciar
as melancólicas sereias
lagrimas de lua cheia
choro a beira do mar.
Lá vai o vento no rosto
lembrança sem entender
saudade dança desgosto
ausência no contra gosto
o corpo esta sem querer.
Rosto triste nas areias
horizonte desprovido
sonhos que encandeia
peias pelas mãos cheias
maribondos com zumbidos.
Antonio Montes
SONETO TRISTE II
Eu estou assim: da tristura cativo
Intrusivo num túnel dum calvário
Rodeado de sentimento solitário
Mesmo entre olhares como vivo!
Do peito rezam vozes num rosário
Da casa um silêncio tão opressivo
Frio, sem graça e, sem incentivo
Que lá fora fracasso no itinerário
Olho-me num soluço pensativo
E vejo sonhos perdidos no diário
Desfolhado num jardim subjetivo
E me pergunto: por que o cenário?
Quando é meu tempo? Respectivo!
Pois, se o tempo no tempo é vário!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
05/02/2017
Cerrado goiano
Várias dias em que fiquei pensando,o porque de tais atitudes
Se fiquei feliz ou triste não importa,se recicle,mude
Na busca de melhorar em algo,todos entregamos 1 foco a nossa vida
Possa isso a nossa vida mudar,ou nos fazer evoluir mais ainda
Um monte de vezes,me peguei desatento olhando pra brisa do vento
Pensando sobre o futuro,porque o dia estava tão lento
Passou uns anos,e não estava tão lento não
É difícil acreditar,o quão o tempo passa
E ele não tem pena,passa rápido na contramão
Saudades daqueles lindos momentos,em que eu era bem pequeno
Mais tinha uma grande paz em meu coração
Voltar aquela realidade é bem difícil
Relembrar?deixa cada vez mais
Agradeço A Deus,por estar cada dia mais buscando 1 novo eu melhor
Eu amo,alguns dias do meu passado,mais tenho certeza,que pelas minhas atitudes no presente,no futuro serei lembrado
Eu vivo de luto
Reflectivo
Porque a minha tendência é morrer
É triste isso
Não é legal ter a consciência que um dia eu não estarei mais
Mas é isso
Sábio é se aprofundar na verdade
Eu só não quero ser mais um perdedor de tempo e idiota
Então eu vivo sobre a minha liderança
Eu vivo por e pra Deus!
- Disputa dos ventos
É tão triste a motivação deste mundo.
As pessoas são movidas pela inveja.
Um homem disputando com o outro, em busca de ser melhor, mais forte e rico.
Mal sabem eles que ambos não existem em meio a imensidão vasta e infinita.
Seria melhor eles se unirem, com um objetivo só: superar o sistema que os limitam e os fazem pequenos e por fim fazer a diferença, em prol dos necessitados, levando ajuda, em nome do amor e da esperança.
Mas agem de maneira negligênte e são como o vento, disputando com o mesmo vento, quem é mais intenso; perda de felicidade, tempo e vida!
É tanta complicação armada sem nenhuma necessidade.
É muito triste ver que ainda existe tanto preconceito.
Há tanta maldade e falta de respeito nesse mundo.
Tudo acontece para ser impedida de espalhar o amor.
O mal tenta me derrubar a todo custo para desistir.
Eu entrei nessa luta ciente que poderia ser afetada.
Vim pra esse mundo com uma missão para cumprir.
Não está sendo fácil derrubar o grade paredão.
Por que o mal tem que vencer o bem?
Por que o bem não pode vencer o mal?
Não posso vencer essa luta sozinha e preciso de mais forças de pessoas do bem para me ajudar!
- Discipando as trevas
Quando ver uma pessoa triste, abatido ou aflito, dizer:
“até aqui o Senhor ajudou você e a mim; a solução é confiar e descansar Nele; entrega o que você está passando pra Deus, para dispersar de todo excesso de peso das adversidades desta vida transitória, e ficar levinho; faça a sua parte, faça bem feito, capricha e deixa o tempo passar; que você deixe Deus te abençoar!”
Faça uma espécie de diário da dor
Quando sinto o desejo de me reconectar, quando estou triste, quando invento desculpas para dramatizar, para chorar. Quando acho que para os outros as coisas são mais fáceis, quando sinto desconforto com minha própria presença.
Me sinto diferente, não tenho certeza de nada, muitas vezes, me odeio por ter cedido ou contado o que sentia para quem não quer ajudar, apenas tem curiosidades de saber das coisas.
Vim te agradecer querido diário, você me fez pôr para fora tudo que me engasgava, não foi a chave do sucesso completamente, mas ataquei os sentimentos ruins de uma forma exemplar.
Há momentos na vida da gente que a indecisão é a única certeza, que o sentimento de felicidade que experimentei, passam longe. Morei junto com pessoas negativas e isso me atingiu.
Nunca firmei parceria com a ociosidade, depois de uns dias eu continuei pensando em tudo de ruim, só que sem raiva. Ficar triste pelas coisas que não posso mudar foi um desperdício de energia.
Nunca mais voltei a ser a mesma, esperei um milagre que não veio, tinha aprendido minha técnica biônica de responder questionando, de me magoar à toa, de achar que os outros agiriam como eu agiria.
Nunca relia livros, isso foi mudando quando percebi que dependendo do meu estado de espírito gostava ou não do livro, passei a ler três livros ao mesmo tempo, acaba um capítulo aqui, começava outro ali, era uma espécie de novela literária. Isso me ajudou a sair da fossa e comparar o que é bom ou muito bom.
Sem muita firula me libertei e isso significou saúde, eu não me conhecia e tinha preconceito de mim mesma, eu me livrava de mim mesma quando resolvia viver a vida dormindo, o diário da dor me ajudou.
O tempo voa
Nao sei quem sou
Era feliz, estou triste
Meu amor me abandonou
O tempo voa
Onde estou?
Estava na escola
Em casa, na festa
E mesmo assim
O mundo parou
Desde que voce
foi embora
Nada mudou
Meu sentimento
Minha dor
Meu amor
Sempre esteve aqui
Sinto muito se eu nao pude
Te fazer feliz
Espero algum dia
Pode te encontrar
Sonho, tenho esperança
De algum dia
Voce me trazer uma aliança
Creio que isso nao foi em vão
Se nao for amor
Creio que vou me conforma
E aprender a liçao
O triste do coração...
comemora - se
tristemente seu corpo inerte,
faz pensar no desejo do dia que comera -se
dia dos namorados.
consumismo para consumir a carne do amor,
pre digo o desejo da gula a perdição da luxuria,
o ador puro amor, morte sentimental...
embora cada ato seja a paixão...
tudo que nutriu foi a fome da carne...
o triunfo trevor deferi,
sobretudo o desafio o desespero...
sob o luar desatino olhar mórbido,
neste dia que arranco a pele do coração...
depois o que restou diante o limite...
presentes que representa o amor será?
perversos desejos que desdem o vago sentimento...
SENTIMENTOS
Às vezes deitado em meu quarto,
Penso e penso solitário.
Como é triste a saudade,
Saudade de tudo,
Saudade de todos.
Saudade do que vivi,
De pessoas que convivi.
Saudade dos momentos,
Momentos bons, momentos ruins.
Simplesmente momentos.
A cada momento,
Sentimentos diferentes.
Sentimento de dor,
Sentimento de ódio,
Sentimento de amor.
Ai como dói ter sentimentos!
Poderiam ser levados ao vento,
Como se fossem poeira.
Pois mesmo que fique marcas,
Mas quando vem outro vento,
Simplesmente tudo se apaga.
Ah, saudade, saudade, saudade.
- JP RODRIGUES
O BANCO DA PRAIA
Um banco solitário, triste olhando o mar
Querendo carinho…
Recordando abraços, beijos, sorrisos
Sussuros,algumas lágrimas
Saudades deixadas, guardando mil segredos
Nas fibras da sua madeira pintada.
O banco mudo e frio,cansado de esperar
Quer voltar a escutar... ali me encontro
Sentada, aconchegada, enternecida
Partilhando lembranças, passeios infinitos
Em dias sem data, o sol e a maré se deleitando
Na praia da minha infância ainda adormecida.
Solidão
Tão só, tão triste sobre a rua
expressão tensa, olhos molhados,
inquieto, liberta a fúria que traz na alma, correndo como quem busca e não alcança.
Escuta o vento sibilar,
observa perplexo o encanto do mar soluça com grande pesar,
de voz rouca e mansa.
- Onde vais tu menino triste?
- Que procuras que não encontras?
Mas o menino não responde,
apenas chora e corre e sofre.
Mais tarde já cansado,
seu corpo mole cai sobre a areia,
fecha os olhos e dorme junto à praia, um menino descalço e triste, já não brinca, já não corre, já não chora, já não sonha simplesmente morre...
É TRISTE A FALTA DE AMOR
Marcial Salaverry
Por vezes dá vontade de procurar uma ilha deserta para viver em paz,
devido à violencia provocada pela falta de amor na humanidade,
pela falta de respeito pelos direitos alheios...
Sem falar na corrupção que atinge seu grau máximo....
São coisas que entristecem a mais empedernida das almas, por ser algo
que mostra o desprezo com que é tratada a vida humana.
Marcial Salaverry
►Boa Sorte
Eu não importo se você está triste
Não me importo se está infeliz
Você não merece o carinho vindo de mim
Você me abandonou no momento mais difícil
Me deixou sozinho, em sua rosa tinha apenas espinhos
Não pensou em como isso acabaria comigo?
Eu não tive ninguém para repreender minhas lágrimas,
Não houve ninguém para me mostrar terras mágicas.
Não irei te procurar, mesmo se estiveres a chorar
Incontáveis foram as vezes que sonhei contigo e fiquei a te desejar
Se a caneta não me ajudasse, jamais conseguiria te superar
Estaria perdido, feito um joão-de-barro sem um lar
Deixei de lado o que eu gostava só para lhe agradar
Eu te amava, naquele sentimento eu estava pronto para me afogar
Mas você foi alienada com uma ideia desleixada,
Acreditou em uma mentira, eu nunca tentaria te magoar
E hoje eu enxergo em você um erro pessoal
Pois o que eu sentia ao te olhar era algo real, profundo
Mas agora que as cortinas fecharam e o espetáculo acabou, vejo como fui burro
Percebo que você nunca me amou, o que sentia era algo parcial.
Ao passar do tempo, através dos lamentos,
O que meu coração pensava de você se desintegrou
Hoje sei que feliz como estou você nunca me deixou
Estou com meus amigos verdadeiros,
Não com aqueles que você me apresentou, e saio com eles
Estou apenas a procura de uma noite vulgar
Aprendi que com os erros, a vida não se torna curta.
Não existe respeito para alguém que não se valoriza
Diga como posso respeitar alguém que vai aos bailes e fica despida?
Longe de mim criticar seus gostos, mas não tem como
Ah quem me diga que você não possui rosto, e sim uma cara
Que você não merece companhia como a minha, que é uma "vaca"
Essa rima não é para você se sentir atacada, mas reflita suas noitadas
Hoje em dia eu sinto falta daqueles sertanejos antigos,
Aqueles que meu pai escutava e eu adorava
E agora o mundo está agindo diferente comigo
Lamento, mas não posso continuar contigo sabendo que, para você, não existo
Talvez só queira uma relação fixa para apresentar a seus pais e irmãos
Quem busco não é você, sinto muito
Sem lhe julgar, mas após dois dias, já haverá me esquecido
Então não existe motivos para insistirmos nisso
Bom, a partir de hoje eu me viro, sem te possuir em meus sonhos ilícitos.
Curta essas suas aventuras, encontre sua pessoa ideal
Eu? Estarei escrevendo as maneiras de fugir do mundo atual
Este mundo surreal, irracional, sem sentindo musical
Onde duas letras repetidas formam sucessos sobrenaturais
O meu gosto em discos de vinis jaz
Seguir as tendências simplesmente não dá mais
Por isso não iríamos muito longe, não nós dois
Não haveríamos a certeza que seria bom o que viria depois
Até mais, boa sorte
Boa noite, não me ligue depois dessa nossa conversa de hoje.
Triste Partida
Meu Deus, meu Deus. . .
Setembro passou
Outubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai
A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai
Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além
Meu Deus, meu Deus
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois a barra não tem
Ai, ai, ai, ai
Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: "isso é castigo
não chove mais não"
Ai, ai, ai, ai
Apela pra Março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai
Agora pensando
Ele segue outra tria
Chamando a famia
Começa a dizer
Meu Deus, meu Deus
Eu vendo meu burro
Meu jegue e o cavalo
Nós vamos a São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai
Nós vamos a São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras alheia
Nós vamos vagar
Meu Deus, meu Deus
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Cá e pro mesmo cantinho
Nós torna a voltar
Ai, ai, ai, ai
E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Venderam também
Meu Deus, meu Deus
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
Ai, ai, ai, ai
Em um caminhão
Ele joga a famia
Chegou o triste dia
Já vai viajar
Meu Deus, meu Deus
A seca terrível
Que tudo devora
Lhe bota pra fora
Da terra natá
Ai, ai, ai, ai
O carro já corre
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
Meu Deus, meu Deus
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai
No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
Meu Deus, meu Deus
Tão triste, coitado
Falando saudoso
Seu filho choroso
Exclama a dizer
Ai, ai, ai, ai
De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai
E a linda pequena
Tremendo de medo
"Mamãe, meus brinquedo
Meu pé de fulô?"
Meu Deus, meu Deus
Meu pé de roseira
Coitado, ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
Ai, ai, ai, ai
E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo azul
Meu Deus, meu Deus
O pai, pesaroso
Nos filho pensando
E o carro rodando
Na estrada do Sul
Ai, ai, ai, ai
Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Procura um patrão
Meu Deus, meu Deus
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
Ai, ai, ai, ai
Trabaia dois ano,
Três ano e mais ano
E sempre nos prano
De um dia vortar
Meu Deus, meu Deus
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
Ai, ai, ai, ai
Se arguma notícia
Das banda do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
Meu Deus, meu Deus
Lhe bate no peito
Saudade lhe molho
E as água nos óio
Começa a cair
Ai, ai, ai, ai
Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo desprezo
Devendo ao patrão
Meu Deus, meu Deus
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famia
Não vorta mais não
Ai, ai, ai, ai
Distante da terra
Tão seca mas boa
Exposto à garoa
À lama e o paú
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai
