Textos sobre Mar
MÃOS DE DEUS
Mãos de Deus dentro das águas.
Apurando cores, entre o céu e o mar
O Criador vai contornando
O tom da tinta original.
Ai, quanta tristeza
Ver que o futuro é só isso,
Os homens arrendando, descolorindo
Deus consertando, de novo.
Mãos de Deus dentro das matas
Replantando, o igual
Um verde que nunca conhecemos
De outras cores pontilhados.
Ai, que amargura
Viver a vida no futuro.
Coaxando numa lagoa,
Teremos nos atrevido mais.
Mãos de Deus do azul do céu
Michelangelo refazendo
O que terminou por contestar,
De azul e branco retocados.
Como se desse para gravar um sonho
Vontade de rede, céu, mar, música pra alma. Um vento calmo, soprando bem de leve os teus cabelos curtos. Um passarinho assobiando amor ao nosso redor. Quatro olhos olhando para o mesmo horizonte e duas vozes dizendo de uma só vez:
- É meu.
Ontem enrolei meus cabelos até pegar no sono.
Às vezes acordo querendo ser tua e te querendo inteiro.
O mar infinito para meus olhos e utilizei toda força do amor para atravessa-lo.
Em busca daquilo que mais temia. Terra vista!!! disse o marinheiro no alto do mastro.
Meus olhos marejaram de lágrimas, senti um motivo a mais para abordar aquela terra tão estranha.
Ao sabor dos ventos, que abrandavam calor escaldante, deixei meus sentimentos no cais e adentrei terra firme para fixar os meus sentimentos em terra nova.
Foi por ti que deixei o mar...
Da Minha boca sai coisas sem sentido
Vc era meu farol e hj estou perdido . (8)
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar. (8)
Perdi o jogo e tive que te ver partir .
"Existem pessoas que tem de voce o mar, a lua, as estrelas, os afetos, a compreensão, o carinho...Mas, estas mesmas pessoas são aquelas que às vezes ti devolvem de modo diferente: O mar ti afoga, a lua vira minguante, as estrelas se escondem atras das nuvens, os afetos viram desprezo, a compreensão ignorância e o carinho um nada.
Mas, todo mundo sabe que as estrelas, a lua, o mar, o afeto, esses são inatingíveis. E cabe a voce separar a tempestada , dos dias de sol...Cabe a voce só."
Sou belo como a noite,
triste como a tempestade,
solitário como o mar,
obscuro como a maldade.
Sou eterno como o amor,
indefinido como o vento,
simples como uma flor e
dominador como o tormento...
Sou suave como a brisa,
impetuoso como o furacão,
vivo para ser livre e a
liberdade é minha prisão.
Te Ter, Te Querer
Nem o fogo, nem o vento, mas nada!
Nem a Terra, nem o céu, nem o mar
Pode destruir o meu jeito de te amar,
De te ter, de te querer.
Não posso mais viver sem ti
Sem o seu sorriso, sem o seu olhar
Isso que me faz te amar e amar,
Te ter e te querer.
Quero você sozinha, pra mim, noite e dia
Pra te sentir como a brisa do mar
E você ira saber o quanto é bom amar,
Ter e querer.
Uma música que ouço, uma batida no coração
Um acorde soando serenamente no ar
Tocando seu corpo violao, começo a te amar
A te ter, a te querer.
Espero um dia não entristecer,
Por te perder. E lastimar,
Fica pensando o quão bom foi te amar,
Te ter, te querer.
Procura-se
A aurora desperta pelo azul do mar,
A quietude outonal que rasga o dia,
a vida que ressurge rara após noite escura.
Procura-se
a esperança que saiu voando sem rumo,
uma alma alada como pássaro,
que desapareceu entre o céu e o mar.
Procura-se
sonhos pássaros perdidos na névoa tardia,
ventos leves, leves como o pensamento.
Procura-se
uma chance, uma sorte, uma nova saída,
uma ilha, um pouco de paisagem,
um verso capaz de descrever o instante.
Todos os dias, da minha janela vejo mar,
As vezes calmo, lindo,
As vezes bravo, traiçoeiro.
As vezes triste, outras esfuziante tal qual os homens e as mulheres...
Amo o mar...
Penso nos homens e mulheres e nos amores
que têm ou tiveram... e no mar...
Olho o mar pela minha janela...
e penso...penso...
no amor,
nos homens e
mulheres.
Labirintos ... corredores que se estreitam...falsas sendas
O mar azul que jaz negro sem o seu sol resplandecente
Rios vermelhos que correm debaixo da pele... velhas lendas
Madeixas de cabelo ao vento ... sulcadas pelo olhar inocente!!!
A rede que te cerca num emaranhado de incertezas...
Tentas no sono fintar aqueles nefandos espinhos
As feras que acossam as inocentes presas...
Presas nas algas que lhes vedam os caminhos!!!
O medo a atravessar a fronteira do desconhecido...
Vidas cruzadas no passado de cor escura
Exaltadas no canto do guerreiro de sorriso perdido...
Com a calma esquecida... mas de atitude madura!!!
Com a espada do espírito ceifa as âncoras por outros jogadas...
Que te sepultam nos sonhos sem luz... letargia
Acredita na fé que te move nas escolhas realizadas...
Existência que te tornas a dor em luz... pura magia !!!.
Não despreze um olhar,
Homem da maré,
A brisa fresca engole o mar.
A presença do Eu significantemente honrosa
Gasta mil palavras
O que um só olhar explica.
Confiança: sentimento eterno e nobre
Uns desprezam-na ou sugam ferozmente -
Não há descrição para tamanho empobrecimento.
Cabe-nos aprender dialogar com o surgimento das estrelas,
Dos mariscos, das conchas e da água.
Dialogar com quem nos sente a alma,
A terra e os troncos, não os asfaltos.
Cabe-nos dizer ‘bom dia!’ aos donos do sal e do mel
Da estrada torta de madeira, ao banquinho da praça,
Ao arco-íris, aos pios da passarada, ao lindo amanhecer.
Amanhecer: reconhecer o sentido eterno da vida,
Enobrecendo a presença do Eu que, significantemente,
Produz o entardecer na voz e o anoitecer no olhar.
MAR DA EXISTÊNCIA
Este é o mar da existência
Imenso, denso, misterioso!
Mergulha!
Mergulha nestas águas calmas,
Do azul do mais profundo infinito.
Indiferentes são agora
Todos os teus traumas,
Refutados em orações
Por teu coração contrito.
Sê tranqüilo ante os reveses,
Dai adeus ao teu espírito aflito,
Nada te fere ou te assusta em tuas messes,
Tua alma se libertou do teu castigo.
Proteção!
É o que tens agora, meu amigo!
Hoje
Hoje sou este azul,
sou entardecer, silêncio e magia,
sou do mar a imensidão,
sou da brisa a serenidade,
sou perfume, sou pecado,
sou vida e paixão,
sou luz de luar beijando o mar...
Hoje sou esta natureza,
sou vento que desenha nuvens,
sou a noite e seus pássaros,
voando nas asas do vento...
Sou mulher cheirando a flor,
alguém a quem chamam de poeta,
mas sei que poetisa não sou,
sou mulher desta natureza,
meus versos são apenas sentimentos
que dançam nas ondas do mar...
BRANCA NO MAR DA SEREIA
Calo minha boca enquanto fala meu coração,
esse meu silêncio contrariado, de ouvir calado,
tanta amargura e inveja, tanta mediocridade.
Perco-me às vezes em pensamentos tolos,
De me rebaixar a lama da antiguidade.
Não sou poeta da antropologia, criação doentia,
Seja real ou o mais incrédulo pensamento,
não quero ser um notívago na memória.
Preencho cada palavra com irreverente humor,
Talvez seja mesmo um palhaço autêntico.
Só não entendo tantos anos perdidos,
Criando um mundo carregado de frustrações.
Seja preta de ódio ou branca sem vergonha,
O fétido odor sai do fundo da alma,
Para a eternidade imutável de um museu.
E ainda unidas corram,
pois que o tempo é carrasco,
E as velas continuarão acesas,
Fazendo sombra aos rostos frios e calados.
Eu o amava
Ele me amava
Nós fazíamos um belo par
Nosso amor era violento como o mar.
Tínhamos uma sintonia perfeita
Um amor que acendia fogueira
Nosso quarto era um vulcão em chamas
Quando nos deitávamos na nossa cama.
Como posso viver sem teu fogo?
O que farei ser teu conforto?
Nossas entranhas estão marcadas
Com nosso ardor na carne amada.
Quero têlo em minhas pernas,
Amar com a fúria de uma pantera,
Ter o meu quarto em chamas
Todas as vezes que tiver o teu
Amor na minha cama.
Só tu e eu
Para sempre
No nosso momento.
MÁRCIA ROCHA
Um dia chegará
Hoje irei dirigir por outro caminho
Dispensar atalhos
Chegar mais perto do mar
Planejar de que forma irei viver esse dia
Darei bom dia aos desconhecidos
Desligarei o celular para esquecer as obrigações
Não verei o noticiário
Para que nenhum desastre me surpreenda
Andarei no fim da tarde para ver o pôr do sol
Desejarei no fim do dia uma boa surpresa
Lembrarei dos tempos de infância
Do equilíbrio de uma vida mais normal
Terminarei o dia atrás de uma boa lembrança
De algum tempo, de alguém especial
Que me faça sentir prazer em perder o sono
E sentir a ansiedade de um novo dia chegando
Por do sol ao seu lado
Sentei no mesmo lugar de sempre. Naquela duna virada ao mar. Onde o vento não sopra. E chega o reflexo do sol alaranjado que depressa se vai por lá no horizonte. Sentei-me e senti que naquele dia algo estava diferente, um cheiro doce no ar, uma energia, que percorria um corpo já estafado. Uma energia que me fazia fechar os olhos, e sorrir. Sentir o sol que ainda brilhava e aquecia como se um sopro carinhoso se tratasse. Era uma energia que me fazia sonhar. Sonhar. Com um cenário idílico. Sonhar com uma praia. Com uma duna, com um por do sol, contigo ao meu lado a olhar o mar, sentados tão próximos que nem era preciso tocar para sentirmos a pele um do outro. Sonhos e mais sonhos. Sonhos que eu tenho aqui neste meu cantinho, nesta duna perdida numa praia já esquecida com um mar já rendido a um por do sol tão belo como singular. Á dias assim. Dias em que sonhamos viver o que vivemos, mas com a pessoa que gostamos do nosso lado, partilhando da mesma sensação que nos enche a alma e nos faz sonhar.
Te amo vida!!
O QUE NÃO SE CONHECE
Dentro do mar,
Fora dele,
Em frente à ele,
Observando no porto.
Sentado no deserto,
Exposto e vulnerável,
Sem nada pra ser coberto.
Completamente nú,
Com todas as alegrias,
Totalmente presas em um baú.
Olhos atentos em análise,
Analisando o que não se pode analisar.
Olhos abertos abrindo,
O que não se pode abrir.
Visão turva e cega,
Entendendo o futuro,
Aquele a quem eu nunca irei conhecer.
Observe o louco que escreve.
Com sua língua e mente,
Faz planos baseados
E convictos no futuro.
Como uma casa na areia,
Planeja e sonha,
Certo, de que estará em frente ao mar,
Observando no porto.
E ao mesmo tempo, convicto,
No que não há convicção,
Vê-se morto,
Com uma "adorável" flecha no coração.
Rumo ao Mar...
Sol desperto no céu espelha-se na água
da lagoa e do mar, pontilhando de dourado
pequenas gotas bailarinas suspensas no mar.
Calor do sol, brisa suave no rosto,
segue o barco balançando a destino do mar,
transporta sonhos de um lado para outro,
onda branca e inquieta que não pára,
a encantar-se com a beleza de suas margens.
Doçura impetuosa das marés a subir no entardecer,
gotas cintilantes desafiando as fortaleza das pedras,
enquanto os barcos crepitam nas ondas azuis,
ida e volta, chegada e partida de pequenos cais.
Corre a água cristalina a buscar o seu destino,
palavras são veleiros que viajam nesta onda,
vão partindo com o vento como quem canta,
canto da ave, canto da pureza do mar.
Segue o barco neste mar entre montanhas,
cortando as ondas que soluçam baixinho,
canção do mar, plena de magia e poesia,
que nesta hora até os pássaros silencia.
Água, sal e vida, hora da despedida,
segue o barco a sua rota, ficamos aqui no cais,
de tantas belezas avistadas fica um quase poema,
vago como a luz que reinventa o azul do mar,
no verde-mar-poema que ficou na margem.
Se por ventura eu cair no mar do esquecimento, tente lembrar o quanto eu te fiz sorrir.
Se as circustâncias nos afastou, ou até mesmo o tempo, lembre-se que o que nos separa é um simples clique.
As vezes é preferível não demostrar sentimentos, pelo motivo de não sabermos os sentimentos alheios, mas saiba que você não está na minha lista de amigos por acaso.
Não sou de longe uma pessoa que tenta ser simpática, mas sou de longe alguém que você pode confiar.
