Textos sobre infância que encantam todas as idades
A infância de Herberto Helder
No princípio era a ilha
embora se diga
o Espírito de Deus
abraçava as águas
Nesse tempo
estendia-me na terra
para olhar as estrelas
e não pensava
que esses corpos de fogo
pudessem ser perigosos
Nesse tempo
marcava a latitude das estrelas
ordenando berlindes
sobre a erva
Não sabia que todo o poema
é um tumulto
que pode abalar
a ordem do universo agora
acredito
Eu era quase um anjo
e escrevia relatórios
precisos
acerca do silêncio
Nesse tempo
ainda era possível
encontrar Deus
pelos baldios
Isto foi antes
de aprender a álgebra
Passado com perdas
Uma volta no tempo..
Da sua infância até hoje
Lembrando de pessoas que você conheceu
E pessoas que ainda fazem parte da sua vida.
Acredito que possamos sentar rir chorar de todas as nossas lembranças.
Pessoas de infância você pode ver o que elas eram e o que se tornaram.
Quando você se entrega a uma meditação você pode sentir que o tempo dói, você aprende a ser forte e corajoso .
Cheiro de infância
Oh! Aquela pequena que dizia, "mãe" eu posso ir pra rua brincar?
_ Vá lá, mas quando eu gritar, entra para tomar banho!
Quão prazer eu via no assobio do vento, na procura das três Marias no céu, e no banho de chuva.
Tempo bom, quando a felicidade agradava meus olhos e não o ego.
Hoje não preciso pedir a ninguém, permissão para sair. A paisagem mudou a cor, mas continua lá.
Há menos verde e mais cimento, mas na noite, as três Marias continuam a brilhar. Só que eu, nem me lembro quando foi a última vez que as procurei.
Ainda ouço o barulho do vento, mas ao invés de senti-lo no rosto, eu corro fechar as janelas. As vezes peço chuva, mas é automático a mania de abrir o guarda-chuva.
Pedi tanto para crescer, mas confesso que muitas vezes não sei aproveitar o meu tempo. Quem antes saia todo dia, hoje fica uma semana sem ver a rua.
O tempo pede coragem, deixa marcas no rosto e saudades na alma.
Mas não é o tempo que nos tira a liberdade.
Que saibamos nos libertar, das nossas próprias prisões.
Que o brilho dos olhos, se atraía pelo simples. Porque é alí, que está a maior riqueza do nosso tempo.
Autora #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 03/12/2019 às 01:10 horas
Manter créditos da autoria original #Andrea_Domingues
Jamais se intrigue do espelho,pois desde a nossa infância eles convivem conosco ajudando a nos cuidar e até a acompanhar as nossas mudanças externas,jamais deixe de se amar ao olhar para o espelho ao ver que está envelhecendo,fique feliz em ver como está com o passar dos anos,pois quem não viu é porque já morreu,envelheça feliz e agradecida por tanto tempo nessa vida permitida por Deus.
Ivânia D.Farias
Depois da infância
Era um tempo distante
Aquele sem desconfiança
Era num passo confiante
Que se firmava a criança.
O verbo vem no passado
No passado é só lembrança
E o olhar fica molhado
Se pergunta sobra a esperança.
Já são anos os dias
O futuro mudou de lugar
São mulheres as gurias
Amanheceu o que era luar.
Inocência que não existe
Tempo tornou-se escasso
Incoerência de quem desiste
E planos que eu mesmo faço.
Na terra que já não ando
Na rua que já não brinco
A vida que está findando
O fim que já está vindo.
E eu vivo fugindo
Driblando a desesperança
Encontro a quem vem sorrindo
A encontrar-me durante a dança.
POR QUE TE AMO
Amo tuas mãos.
Tem gosto de lençóis
acetinados da infância...
Tuas mãos:
Pérolas a tocar-me as faces!
Amo tua voz!
Tem delírio de música erudita
dos palácios reais...
Tua voz:
Doce canção a beijar-me a alma!
Amo teu corpo!
Tem calor do manto na estrada onde passou
o bom samaritano e o mendigo.
Teu corpo!
Pois me aquece nas noites frias,
quando ninguém mais me oferece nada.
Amo-te! Se me podes ser apenas um toque,
um calor e um sussurro!
Lembrança de Infância
evangelista da silva
Aqui do alto à janela vejo o Uni(verso)
Encoberto de nimbus sobre a minha cabeça
A desfazer-se em chuvas, e choros e gemidos.
Ainda ontem, e faz muito tempo...
Eu sentia este ventinho frio e a cara do tempo nublada,
Cheia de solidão. Mas eu, somente eu, era amado e...
Ao lado da minha avó sentia-me amparado
E forte, e consolado, e cheio de calor...
O amor tudo pode. Assim foi o meu tempo de menino.
Recordar é a maior das razões de viver...
Faz dezenas de anos que não revivo cena tão igual.
Estou no passado ao lado da minha avó esperando a hora de dormir...
Como hoje uma lâmpada acende, não é preciso apagar o candeeiro...
Já não tenho mais a coragem de encarar a luz,
Visto que a minha avó já não dorme ao meu lado.
Santo Antônio de Jesus, 03/12/2018.
Às 18h 12min
A casa de minha infância
Uma cidadezinha na verdade uma vila
Quase esquecida
Por alguma propriedade rural engolida
Das poucas ruas posso lembrar-me do lado esquerdo
Da casinha quase na esquina
Não é essa aqui
Aquela La subindo a Rua La em cima
Com pintura a cal amarela desbotada
Partes que já caiu o reboco
O celebro se agita a recordação vem aos poucos
A rua de terra batida
Época de muita poeira
Em outrora uma massa vermelha grudadeira
A frente um pé de sete copas dos grandes
Cerca de madeira
Há estou vivendo de novo
Num pequeno cômodo uma velha tarimba
Em cima um colchão de palha
Na parede pendurado num prego
Meu picuá e estilingue
Pela a janela vejo onde hoje é pasto
Já foi uma grande palhada
Ao pé de macaúba me vejo a sua sombra
Apanhando coco muito usado em casada.
Borboleta é uma palavra com asas que me remete à longos vôos à infância.
Acho que esqueci minhas asinhas em uma daquelas tardes perfumadas pelos ventos que traziam o cheiro das flores, prenunciando a primavera. Era ali no meio das flores que eu me embriagada com o olor primaveril e o canto nostálgico dos pássaros, que eu ensaiava a coreografia dos vôos ao lado de borboletas miúdas que vinham dorminhar nos jasmineiros floridos que eu cultivava na inocência do meu olhar de menina.
Buscar sempre
Vivo uma busca constante,
Busca de coisas simples,
Como a infância que se perdeu,
Por não ter tempo de brincar,
Por ter que trabalhar,
Busca de um pai,
Que sumiu para nunca mais voltar.
Sempre me pergunto:
Mas por que ele se foi?
Busca de um sorriso,
De alguém amigo,
Que me trate como menina,
Pois menina é isto mesma que sou!
Busca do amor impossível,
Da felicidade que eu sei que existe,
Do beijo dado com amor,
Do abraço apertado, num dia de frio ou calor.
Não vou desistir jamais,
Pois na vida terei sempre que busca,
Se quiser algo de verdade conquistar.
Não tenho muitas lembranças da minha infância,na verdade acho que comecei a viver agora. Não que tenha sido ruim, mas talvez porque eu não tinha a mínima idéia do que era viver. Hoje eu sei o que é chorar, sofrer, lutar,vencer... Mas ainda estou tentando descobrir o que é sorrir.
As vezes mostrando um sorriso por fora, e por dentro sabendo bem chorar. As vezes chorando de rir , mas não rindo por chorar.
Eu quero sorrir... Saber sorrir mesmo quando nada estiver bem ,pois é ai que as coisas começam a mudar.... SORRINDO!
Sorrir como quando criança, quando assopravam em meus olhos, ou quando me sacudiam sem parar.
A mais bela arte de viver, de todos os momentos, mesmo quando indesejado...
Um sorriso pode mudar uma vida.
Em uma bagunça está minha vida
Lembro-me de minha infância
Naquele tempo em que tudo era simples
Não havia problemas, e hoje...
Em uma “bagunça” está minha vida.
Nos tempos de criança
Onde a “fantasia” reinava
Não havia espaço para problemas, e hoje...
Em uma “bagunça” está minha vida.
Até “alguns dias atrás” era uma criança
E agora essa criança cresceu
Com a maturidade veio os problemas, e hoje...
Em uma “bagunça” está minha vida.
Não sou mais criança e nem sou uma mulher
Sinto-me perdida e confusa
Não queria, mas tenho que dizer
Em uma “bagunça” está minha vida.
Ah! Se eu pudesse parar o tempo
Talvez conseguisse encontrar-me, por que...
Em uma “bagunça” está minha vida.
INFÂNCIA
Quando eu era menino
A vida era minha namorada.
E foi o tempo da melhor amada.
A vida também era menina,
E brincávamos de viver,
Desfazíamos tudo
Só para acomodar de novo.
Tínhamos tempo para tudo,
Até que a vida e eu fomos mudando
Eu me esticando
E ela se encurtando.
E por desavença, numa dessas brincadeiras,
Bati nela com uma cadeira,
E desencadeou-se um desencanto.
Duas caras de espanto.
Do meu lado, eu a desfazia,
Do seu, ela me agoniava
Com seus achaques de pura raiva.
E nunca mais nos demos bem,
Embora nos abracemos todos os dias,
Não passam de normalidades,
Um fala e o outro responde.
De mim, não há um amor que volta,
Dela recebo beijos à toa,
Acho que nos esquecemos, um do outro.
Rádio Recordar
Tenho saudades...
Dos tempos que não voltam mais.
Nostalgias da minha infância,
Momentos simples, triviais.
Andar de bicicleta de madrugada
Não te oferecia tanto perigo.
O Rock era ideológico.
As pessoas tinham mais amigos.
Tubaína por cinquenta centavos,
Sodinha por vinte e cinco.
Roupas coloridas só no Carnaval,
E os meninos não usavam brinco.
Celular, tinha só a função telefônica,
E pra distrair, o jogo da cobrinha.
As crianças praticavam mais esportes,
E colecionavam figurinhas.
Orkut suportava doze fotos
E era só para convidado.
Não possuia jogos em Flash,
E não tinha álbum "tudojunto&misturado".
Tenhos saudades...
Lembranças conseguem me entreter,
Lembranças estão por toda parte,
Pois recordar é viver.
Me perguntaram: mas não há nada na sua infância que tenha saudade? A primeira coisa que veio a minha cabeça foi andar a cavalo na fazenda, mas logo pensei: ainda ando a cavalo; melhor, galopo, tomei as rédeas e não mais estou na garupa dos meus pais. A sensação é de mais risco, claro, mas também de mais vida, da minha vida ali, mesmo que em risco. E é preciso assumir os riscos para assumir sua vida. Disso eu sei.
Como é bom ser adulta...
Amar é perder os sentidos, é voltar a infância, é querer levar o instante a eternidade, sem medo de errar.
É uma dança ao vento sobre as flores primaveril, é estar na chuva sem medo de se molhar.
Amar é encontrar a luz que faltava para seu mundo brilhar, é viver nas nuvens e não querer jamais voltar, enfim amar alguém é criar um mundo que só existe em sua mente, mas que só é possível viver nele se você estiver com esse alguém.
álbum de fotografias
quanta sorte sonhar quando se é verde
não gosto de falar de minha infância
não há atos nobres nessa época
o que tenho certeza é que queria
crescer logo e me livrar da caolhice
do manco de pés tortos
da aparência desengonçada
e da opressão dos adultos
mal sabia eu que a miopia aumentaria
que os pés continuariam tortos
que a aparência piora com a idade
mal sabia que a opressão maior
é a da realidade e não dos velhos
mal sabia que ser cuidada e oprimida
é mais acolhedor que ser ignorada
ou ser preterida
não me recordo de tempos para sonhar
havia um medo velado em meus olhos miúdos
e um silêncio imposto
naquela casa sempre cheia de visitas importantes
era proibido correr
dizer palavrões ou se manifestar
ali criança não tinha vez
pular o muro e viver uma alegria clandestina
rendeu-me ora a cinta ora a palmatória
quem dera ter tido a glória
de saborear da liberdade
luxo seria ser uma criança
numa casa de velhos burgueses
não me recordo de um momento
de êxtase livre de culpa
ou de uma satisfação
não fadada à mentira
sou fruto do que fui
no fundo ainda sou
aquela criança.
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INFÂNCIA
POR VÁRIAS VEZES OS MEUS PÉS E MEUS JOELHOS FORAM ESFOLADOS
E as unhas arrancadas
Aprendi a andar de bicicleta descendo uma ladeira íngreme
Amava a chuva
Era meu banho predileto
Comia aquelas formigas de bundão torradas e com sal
Passava as tarde brincando de amarelinha
Jogando bolinha de gude com os meninos
Pegava carona no trem de carga que passava no fundo da minha casa
Até ele tomar velocidade e ai pulava do vagão
Dava minhas fugidas e ia brincar no porto de areia
Rolando da montanha mais alta
Gostava de olhar as nuvens passando no céu lentamente
Imaginava para onde iam
Parecia um tempo infinito
Mal sabia que o pesadelo estava a caminho
A grande fronteira de nossas vidas é deixarmos nossa infância.
A que mais dura é a auditiva-visual; que nos força a acreditar no belo, no fantasioso no conveniente.
E assim perdemos a GRANDE LIÇÃO de nossas vidas a EVOLUÇÃO.
Porque era conveniente aquela propaganda? E aquele marketing pessoal? Era verdadeiro?
Corra agora este risco de AMADURECER!
Isto é parte da Auto Aceitação.
Amigos, Esta passagem é só de ida.
Há dias em que sinto falta do cheiro da infância,
Dos amigos da escola,
Das manhãs de domingo...
Dias em que sinto falta do pão quentinho saído do forno, naquelas tardes frias.
Falta do gosto do Nescau.
Do quentinho do edredon, misturado ao frio do inverno.
Do velho chinelo de andar pela casa.
Da paz de espírito de ser criança.
Ah! Quem dera ter oito anos novamente, e um futuro brilhante pela frente.
Sinto falta mesmo é da liberdade de se poder somente sonhar ...
Do tempo de se ter tempo,
E da vida, de não se sentir faltas...
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