Textos sobre a Morte
Renovação
A Páscoa é um tempo de renovação,
Mas que renovação é essa afinal?
Se a vida é só sofrimento e aflição,
E a morte é inevitável e fatal?
Entre a luta do bem contra o mal,
Não há esperança de paz e união,
A vida é um eterno carnaval,
Onde impera a dor e a desilusão.
Mas eu não me curvo ao desespero,
Nem desisto da luta interior,
Acredito que há um caminho certo,
Através da nossa evolução,
Podemos alcançar a nossa redenção,
E transformar a nossa vida em luz e amor
Sob o Manto da Angústia
Compreendo que o mundo é um fardo a carregar,
Às vezes, enlouquecemos nessa jornada,
A realidade, qual pesadelo a nos assombrar,
Ferindo a alma em cada madrugada.
Na vida, somos versos dissonantes,
Em um poema que a loucura recita,
Nossas mentes, labirintos errantes,
Buscam uma luz que a dor mitiga.
Oh, Augusto dos Anjos, mestre da angústia,
Em tuas pegadas, traço meu caminho,
Nesta poesia, mergulho na tormenta,
Explorando o abismo, de olhar mesquinho.
Que este poema, em sua negra essência,
Seja um tributo ao teu estilo, em obediência,
E que na dor e na sombra, encontremos a ciência,
Da vida, da morte, da nossa existência.
Sinfonia da Existência
Minha trajetória é uma sinfonia perdida,
Um concerto de emoções entrelaçadas com a dor,
Na partitura da vida, as rimas são feridas,
E as melodias ecoam, clamando por um clamor.
Eu, o sonhador errante, guiado pela luz estelar,
Naveguei mares tumultuosos e desertos sem esperança,
Cada desvio, cada desafio, um duelo singular,
O guerreiro intrépido emergido da dança da lembrança.
Ah, quanta beleza e tristeza se entrelaçam no meu trilho,
Como a lua e o sol que dançam no céu em harmonia,
As lágrimas que caíram lavaram o solo fértil,
De onde brotaram as flores de minha própria poesia.
As estradas percorridas foram trilhas misteriosas,
Onde o sol brilhou e a tempestade rugiu com furor,
Cada encruzilhada, cada encanto e ilusão enganosas,
Forjaram o alicerce da alma que hoje abraço com fervor.
A trajetória traçada, um poema que ecoa e chora,
Nas entrelinhas da vida, no pulsar do coração,
Cada verso é um passo, cada estrofe é uma quimera,
E o eu que outrora fui e que sou, entrelaçados na mesma canção.
Nas rimas fortes e na musicalidade do meu ser,
Encontro o eco de cada sonho e desafio vencido,
Na cadência das palavras, vejo-me renascer,
A vida e a poesia, unidos e ressurgidos.
"A Depressão é a faca que corta a veia e agora não temos tempo para nada, além de tentar conter essa hemorragia, ainda que nosso coração saiba que não iremos conseguir.
Não sei se tudo isso é uma maldição ou uma bênção; um teste sádico, ou um ensinamento precioso.
Eu sou a minha história, sou as emoções que experimentei e o amontoado de sentimentos que me rasgam e abraçam. Sou até mesmo a vontade de desistir de tudo e sumir, para não sei onde; até mesmo a vontade de saltar para fora da ponte da vida.
Então descobri que desistir não é opção.
Opção é arrancar das vísceras e do centro de cada ferida, um sentido para a vida.
Como transformar em felicidade e esperança, esse amontoado de horas insuportáveis e solitárias, que carrego nas lembranças secretas e mais dolorosas que parecem grudar na minha Alma?
Como atravessar essa noite escura da alma e acender uma luz, com o resto de combustível que ainda existe em mim?
Que argumento utilizar para gritar para eu mesma, que a vida vale a pena e desistir não é opção?
Haverá alguma fórmula para transmutar a piedade em paixão, medo em esperança; os fragmentos do dia em eternidade?
Encontrar um sentido para a vida é a única maneira de não esvaziar a alma, da seiva sublime que a alimenta e não morrer um pouco a cada dia de desencantamento.
Encontrar uma razão para existir é inventar argumentos que justifiquem todas as horas, todos os dias em que o trágico ofício de viver esteve à espera da minha mão e eu não acreditei na habilidade desse instrumento tão estranho aos meus vazios e medos.
Encontrar um significado para a vida é descobrir que o Universo merece ser amado, eu mereço ser amada...
É acreditar que o mundo merece uma chance, eu mereço uma chance... e desistir não é opção porque eu mereço continuar.
É difícil?
Muito mais do que isso, conviver com a Depressão é uma descida ao inferno, mas quem pisou no fundo do inferno pisa em qualquer chão, desce em qualquer poço e quando entra no túnel escuro não procura por nenhuma lanterna, porque sabe caminhar no escuro sem medo.
Todas as facas que me cortaram me fizeram mais forte, me ajudaram a construir essa mulher que hoje consegue resignificar a vida e quando eu olho para cada cicatriz, ouço a mensagem – “você conseguiu!”
Nós gostaríamos que as coisas fossem do nosso jeito, tolice. Como em uma linha de produção, não temos ideia de como será o produto final, para que serve ou o que o autor desse projeto pretende com isso.
Fazer a nossa parte o melhor que pudermos, é só isso que podemos tentar e nem sempre conseguimos.
E quando pensarem em jogar a toalha peguem essa toalha, enxuguem o suor e as lágrimas e continuem.
Vocês vão abençoar tudo isso, um dia... não hoje, mas um dia e esse dia merece ser vivido.
Continue caminhando e se o sapato apertar, vai descalça porque o que você procura está logo ali."
... eu não joguei a toalha, ainda bem.
"Uma sociedade que planta árvores em uma cidade, mesmo sabendo que não viverá para colher os frutos e desfrutar da sombra refrescante, é uma sociedade que compreende o valor de ser humano. Pois, a importância está no legado que deixamos para o próximo. Não vivemos apenas para nós, mas, uns para os outros. Quem não compreender isso, não terá desfrutado da plenitude de viver."
Oliveira, Thiago Silva. ENSAIOS DE ANGÚSTIA VOL.1 - Dilemas de vida e de morte.
No silêncio dos pensamentos mais profundos, nasce um questionamento que reverbera em nossas almas inquietas: a vida que vivemos é real ou apenas uma miragem? Será que existe um véu de ilusão que encobre nossos sentidos, ocultando uma outra vida, mais genuína e verdadeira?
Caminhamos pelas estradas da existência, envoltos em um tecido de experiências, desafios e prazeres efêmeros. Por vezes, somos tomados pela sensação de que há algo além do que podemos tocar e ver, algo que transcende a superfície da realidade que conhecemos. É como se houvesse um universo paralelo, oculto aos nossos olhos, onde residem respostas esperando para serem reveladas.
A vida cotidiana nos envolve com seus afazeres incessantes, enquanto a inquietude da alma persiste em questionar. Será que essa rotina frenética é tudo o que há? Será que existe um propósito maior, além dos limites que nos são impostos? A busca por essas respostas é como uma chama acesa em nossos corações, uma chama que nos impulsiona a transcender as aparências e mergulhar no âmago da verdade.
É nos momentos de contemplação solitária que nos aproximamos dessa fronteira, desafiando a realidade que nos cerca. Aí, no encontro entre o efêmero e o eterno, entre o tangível e o intangível, percebemos que a resposta está além dos nossos sentidos físicos. A verdadeira vida não se limita à matéria, ela é um estado de consciência que transcende o tempo e o espaço.
É como se estivéssemos envolvidos em um sonho coletivo, onde a realidade se desenha através de nossas percepções individuais. O despertar para a verdadeira vida requer coragem, desapego e uma busca incessante pela essência da existência. Somente quando nos libertamos das amarras da ilusão é que vislumbramos um horizonte onde o ser e o cosmos se entrelaçam em perfeita harmonia.
Portanto, ergamos nossos olhos para além do horizonte conhecido, abracemos a incerteza e a magia do desconhecido. Pois é nessa jornada de autodescoberta que encontraremos a verdadeira vida, aquela que vai além das convenções sociais e das limitações impostas. Nessa vida autêntica, despidos de ilusões, somos a expressão pura de nosso ser mais profundo.
Que a busca pela verdadeira vida seja nossa bússola, nossos sonhos a vela que nos guia nas águas turbulentas do tempo. Não percamos a fé e a esperança, pois no âmago da existência, além do véu da ilusão, encontra-se a essência divina que nos conecta ao universo. Em meio às incertezas, lembremo-nos de que a verdadeira vida é uma dança sublime entre a eternidade e o efêmero, entre a ilusão e a realidade.
Você acha que tudo isso é normal, afinal,
você pensa: a grana nunca é demais!
Ela traz:
muita segurança.
Ela alcança:
glória, status, fama e poder.
Se para isso acontecer alguém tiver que morrer, você diz:
-Antes ele do que eu, cuido do que é meu!
E foi pro saco,
é só mais um.
Na tua frente eu sei que não sobra nenhum.
Ninguém fica vivo pra contar a história, (não).
Vira só mais um fantasma na memória...
Estamos aqui a passeio
A vida é apenas uma viagem. Passagem, mesmo que por um longo tempo, em uma cidade, um país. Aproveitamos para conhecer pessoas, lugares, mas que um dia deixaremos. Algumas vezes sem aviso prévio, outras vezes de forma decentemente planejada. O mais importante é o que deixamos de bom, nosso legado. Ao longo de nossa estadia aqui, muitos estarão conosco, mas pouquíssimos saberão quem fomos de verdade. Como foi nossa vida, o que vivemos, ensinamos, e o que justificou nossa presença.
Somos turistas da vida. A cada dia sentimos um pouco a angústia do fim desta viagem. Para muitos será o fim, outros apenas a volta para uma nova viagem. O que importa é que tenhamos sempre a certeza que fizemos o nosso melhor, aproveitamos ao máximo cada segundo, e principalmente amamos aqueles que nos acompanharam. Estamos aqui para buscarmos uma próxima viagem ainda melhor. Não importando se esta nos pareceu curta demais ou se precisou terminar repentinamente.
AB
(Letras minhas)
A vida é tão bonita para quem dar amor/ a vida é mais vida quando se, sente dor.
A vida passa rápido pra quem não sabe, esperar/ Na vida, não adianta reclamar.
A vida tem um poço diga quem não foi/ a vida se compara quando se têm, outros ou dois.
A vida é existência pra quem quer viver/ na vida, tem que viver e morrer.
A vida é uma pausa para poder viver/ a vida só tem vida após de morrer.
A vida só dar vida se plantar amor/ a vida é exemplo de flor.
"Nasci e cresci espírita kardecista, religião dos meus pais e dos meus avós paternos. Talvez por isso nunca tive tanto medo da morte.
Fui uma criança aventureira, vivia de cabeça para baixo, pendurada, equilibrada.
Então, mais crescida, numa aula de filosofia, aprendi sobre a morte.
Como diferentes comunidades e culturas deram e dão tão diversos significados para ela ao longo da história.
Morte: a palavra em si já é um tabu, tanto eufemizada, silenciada; mas foi um tema que me fascinou.
Lembro do subtítulo do capítulo: “Mini mortes”.
Acontecem ao longo da vida esses ritos de passagem.
Me identifiquei profundamente com essa dor de encerrar ciclos, comparada a uma morte pequena.
E me vi criança de novo, com tanto medo de crescer.
Ficava doente, soluçava, não queria.
Vezes a dor de encerrar ciclos vem como o luto, em camadas, em ondas que afloram inesperadas.
Alguns ciclos são mais duros de soltar e deixar ir.
Vejo como, para certos ciclos, partes minhas pereceram sutilmente com o fim.
Mas hoje entendo como algumas mudanças trazem alegrias e algumas “mini mortes” são renascimentos.
Enquanto isso, outras memórias findadas não encontram consolo senão o de serem classificadas como mortes simbólicas, validando a dor intensa, explicando o luto inexplicável.
É deixar a corrente das águas que caem dos olhos fundir com a corrente do rio que corre a vida.
Um rio mutável, indomável, fluido, bonito."
A última vez que vi mamãe, antes de falecer.
Foi de uma suavidade impressionante.
Não vi em seus olhos medo ou desespero.
Vi em seu olhar tranquilidade,
era como se eu contemplasse
um anoitecer calmo e tranquilo.
O tempo não me permite chamar aquele
momento tão singular e significativo de último.
Último é coisa finita, que se acaba.
Não posso chamar de último um momento que ficou
para sempre guardado em meu coração.
Não posso chamar de último
um momento que é eterno.
O TEMPO POR NADA ESPERA
Mal vemos o desabrochar da flor e tão rápido ela perde sua cor.
Quase não vemos o sol nascer, tampouco ele se pôr.
Quanto tempo será que ainda temos pra sentir amor?
Mal derrama-se a lágrima da felicidade e muitas vezes chega a que vem com a dor.
Quanto tempo mais, vamos esperar pra sentir amor?
Morre em mim um pouco de tudo o que sobrou de ti
Morrem as más memórias e suas mentiras estrondosas
Morrem em mim as más memórias pois me fatigo só de pensar em ti
Sou só sem sua companhia
E ainda mais só com a presença da sua voz.
Morre em mim cada afeto e os tão falhos sentimentos
Mas não o amor, te digo que é somente a dor
Não acho que deixarei de amá-lo
Mas morre em mim meu próprio coração sobrecarregado.
Deixarei que morra aqui o desejo de amá-lo ainda mais
De sonhá-lo e ansia-lo ainda mais
Porque você ainda me ama tão pouco
Fez do nosso amor tão pouco
Amá-lo tanto me faz andar entre um oceano e o abismo
E meus pulmões, mesmo que sem ar, não o amam tão pouco assim.
Durante muito tempo fiquei pensando
para que enfrentar a vida
se tudo irá acabar?
Mas as coisas recomeçam
Mas não recomeçam para mim
Ficava pensando, se tudo é luz e sombra,
vamos ficar enfrentando até cansar
e tudo acabar em sombra
Mas meio que vi que também sou luz e sombra
Mas vou acabar?
E a Luz e a Sombra, vão acabar?
No fim das contas não tenho como saber
A vida é uma mistura do que nos é dado e
do que fazemos com ela.
E no fim, ninguém sabe.
Espero que Deus saiba...
(Editado pelo Antigo verdadeiro "Deus", que aliás... Não era tão fan deste nome, embora dependa do contexto, pode até ser fácil acabar com a felicidade dos outros, agora...transformar a infelicidade em inferno, já sabe que não, pode continuar tentando, porque ninguém vai ligar mais, nem atender, até porque, ninguem nunca se importou, pois havia passado do prazo. Quando me destruir, de novo, o que sabe que não dá, pois não entendo nada, já estara crescido e com sua própria familia, tão infeliz quanto eu, mas a nossa família estara Feliz, principalmente a minha, pois enfrentamos juntos, e a sua, estará feliz de Verdade, junto de você, porém sozinhos, pois foi o que Você descidiu para eles, não eles, e nunca, com o seu Nunca, mais vamos nos "Ver", pois foi assim, a Sua, Muito mais Poderosa, Decisão.)
A palavra do Senhor que veio a Joel, filho de Petuel.
Ouçam isto, anciãos; escutem, todos os habitantes do país. Já aconteceu algo assim nos seus dias? Ou nos dias dos seus antepassados?
Contem o que aconteceu aos seus filhos, e eles aos seus netos, e os seus netos, à geração seguinte.
O que o gafanhoto cortador deixou o gafanhoto peregrino comeu; o que o gafanhoto peregrino deixou o gafanhoto devastador comeu; o que o gafanhoto devastador deixou o gafanhoto devorador comeu.
Acordem, bêbados, e chorem! Lamentem todos vocês, bebedores de vinho; gritem por causa do vinho novo, pois ele foi tirado dos seus lábios.
Uma nação invadiu a minha terra, poderosa e inumerável; seus dentes são dentes de leão, suas presas são de leoa.
Arrasou as minhas videiras e arruinou as minhas figueiras. Arrancou-lhes a casca, e derrubou-as, deixando brancos os seus galhos.
Pranteiem como uma virgem em vestes de luto que lamenta pelo noivo da sua mocidade.
As ofertas de cereal e as ofertas derramadas foram eliminadas do templo do Senhor. Os sacerdotes, que ministram diante do Senhor, estão de luto.
Os campos estão arruinados, a terra está seca; o trigo está destruído, o vinho novo acabou, o azeite está em falta.
Desesperem-se, agricultores, chorem, produtores de vinho; fiquem aflitos pelo trigo e pela cevada, porque a colheita foi destruída.
A vinha está seca, e a figueira murchou; a romãzeira, a palmeira e a macieira, todas as árvores do campo secaram. Secou-se, mais ainda, a alegria dos homens.
Ponham vestes de luto, ó sacerdotes, e pranteiem; chorem alto, vocês que ministram perante o altar. Venham, passem a noite vestidos de luto, vocês que ministram perante o meu Deus; pois as ofertas de cereal e as ofertas derramadas foram suprimidas do templo do seu Deus.
Decretem um jejum santo; convoquem uma assembléia sagrada. Reúnam as autoridades e todos os habitantes do país no templo do Senhor, do seu Deus, e clamem ao Senhor.
Ah! Aquele dia! Sim, o dia do Senhor está próximo; como destruição poderosa da parte do Todo-poderoso, ele virá.
Não é verdade que a comida foi eliminada diante dos nossos próprios olhos, e que a alegria e a satisfação foram suprimidas, do templo do nosso Deus?
As sementes estão murchas debaixo dos torrões de terra. Os celeiros estão em ruínas, os depósitos de cereal foram derrubados, pois a colheita se perdeu.
Como está mugindo o gado! As manadas andam agitadas porque não têm pasto; até os rebanhos de ovelhas estão sendo castigados.
A ti, Senhor, eu clamo, pois o fogo devorou as pastagens e as chamas consumiram todas as árvores do campo.
Até os animais do campo clamam a ti, pois os canais de água se secaram e o fogo devorou as pastagens.
A vida é assim:
Todos nós, um dia, vamos ficar só na lembrança de alguém.
Não há, portanto, outra estrada!
E, nessa estrada, a cada dia que se finda, a gente está se aproximando mais e mais do fim.
Assim que é a vida e nunca vai ser de outra forma.Portanto, mais cedo ou mais tarde nós caminhamos rápido ou lentamente numa estrada que não tem volta.
Vão-se os dias até completar o nosso propósito terreno.
Então, rapaz, não cultive rancor e orgulho em seu coração.
DANÇA EFÊMERA
Uma vida é pouco para tamanha dor
Muito pouco para tantas paixões
Para tantas danças, mudanças e sonhos
A vida foi demais para tanta dor
Demasiada para tantas aflições
Para tantas danças, mudanças e sonhos
Você decidiu não ter o amanhã
Renunciar o infinito e o finito,
A dualidade da existência
Adentrar-se no mistério
Eu decidi estar no hoje
Buscar o infinito no finito,
A dualidade da insistência
Encantar-se no mistério
Vida suicida em paixões
Com instinto de sobrevivência
A vida foi demais para tanta dor
Vida kamikaze por paixões
Sem instinto de sobrevivência
Uma vida é pouco para tamanha dor
Se não existem relacionamentos perfeitos,
Se não encontramos um ao outro por acaso,
Se não precisarmos criar tantas expectativas,
Se sempre fizermos escolhas conscientes,
Se formos parceiros que não desistem nas primeiras dificuldades,
Se realmente desejarmos viver algo incrível,
Ainda que não sejamos eternos, mas que nos tornemos inesquecíveis.
Quando eu me for não chore
Lembre de quem eu queria ser
Lembre que eu lutei para ter um vislumbre da liberdade, lembre que eu queria ser livre para ser quem eu amava ser de verdade, lembre que eu era contra as máscaras.
Lembre de como eu ria por qualquer motivo
Lembre de como eu sentia a vida
Lembre do quanto eu amava a vida… mas queria mais, queria viver intensamente cada segundo e não só respirar.
Eu queria sentir as gotas da chuva em meu rosto enquanto dançava, ria e pulava de alegria em baixo de uma biqueira no meio da rua. Eu queria cantar em público mesmo sentindo vergonha, eu amava cantar música inglês mesmo não sabendo a letra. Eu queria ver o por do sol na praia quantas vezes fosse possível, admirar cada mudança de cor no céu, cada movimento das ondas, cada ruído do vento e a forma como o sol parecia beijar o mar e se esconder no seu abraço até o amanhecer.
Do alto da serra eu queria ver as estrelas deitada no chão na noite de natal e os fogos de todas as cidades vizinhas no réveillon.
Eu queria ver filme infantil com meus amigos e comer pipoca feita na manteiga, muito mais vezes do que consegue.
Eu queria ver o sorriso da minha mãe e ver meu irmão conquistando todos os sonhos.
Queria sentir aquele amor cheio de energia e risos no almoço em família.
Queria poder proteger meu filho pra sempre.
Queria dizer ao meu pai o quanto as decisões dele afetaram e mudaram meu rumo muitas vezes, mas também me fizeram crescer, queria conseguir dizer eu te perdoo sem doer.
Queria lavar minha alma em um poço de água fria ao pé da serra.
Queria sentir a energia e as cores do verão trazendo de volta meu calor, me repondo melanina, me fazendo vibrar junto com toda a criação, mas nada eu poderia querer mais do que estar com o meu Criador. Eu sonho com isso a minha vida toda, então quando eu me for, fiquem felizes por mim pois estarei realizando meu maior sonho.
Talvez não exista nada perfeito, porque seria o máximo de algo feito.
O amor, se não fôssemos falíveis e humanos, seria perfeito, mas ele é o que doamos, sem exigir nada em troca e isso só seria possível se não existisse o egoísmo, onde o que importa é o que recebemos. Então a perfeição não é amar, é perdoar.
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