Textos Reflexivos
Quem garante
que sou o que sou
Quando digo que sou?
Poderia ser isso...
Poderia ser aquilo
E poderia ser nada.
Poderia...
Poderia ser um peregrino do tempo
Penetrando almas e almas
Ventres e ventres
Até encontrar a combinação de moléculas
Quimicamente compartilhadas
Que pudessem formar corpo
Fragmento divinal da materialização dos deuses.
Paredes de Vidros
Paredes de vidros se quebram, uma mente vazia se ilude
Um coração fraco não aguenta os cacos no chão não se juntam
É tão fácil pensar que assim, a vida inteira se completa,
O vilão de uma historia covarde no final ele entra e revela.
Que o amor conquistado resume, em uma vida plena e capaz
Rodeado com as pétalas da vida, aonde a paz ali se refaz,
É tão fácil pensar que assim, o bom coração o conduz,
A beleza da alma reflete o brilho do espírito reluz.
A grandeza é a nobreza do homem, um dia vai acabar
Restando a confiança deixada, aos nobres que propuseram ficar
É tão fácil pensar que assim, os grandes não se tende a cair
Pois a queda de um gigante foi grande e o pequeno foi o Davi.
A beleza da vida se resume aos grandes momentos se faz ,
Pois os vidros quebrados não se juntam e os cacos sempre ficam pra traz
É tão fácil pensar que assim, os melhores momentos virão
A vida é tão bela, e incerta que nessa história você pode ser o vilão
"Nada mais importa .
Felicidade não existe.
O amor? .. é eterno enquanto o diz.. e deixa de existir quando "nunca existiu" de verdade .
A vida é uma ilusão, onde todos fazem questão de fazer que está tudo bem mas o coração sangra por dentro, enquanto nossa voz grita mesmo estando muda ..."
Filosofando a tal vida..
Um dia a vida nos alerta, noutros nos desperta. Um dia nos acolhe, outros nos joga pra fora do tabuleiro.
Um dia, nos afasta; noutros deita-nos em seu ombro e nos sussurra palavras de amor.
Tem dias que a vida grita com a gente. Avante! Em frente! Noutros passa indiferente...
Tem dias que a vida enxuga nossas lágrimas e nos ensina o valor da resiliência. Noutros perde nossa paciência em um de seus inúmeros becos-sem-saída. Um dia a vida nos espera e levanta junto com a gente. Noutros, nos empurra da cama numa segunda-feira de incertezas.
Tem dia que a vida, amigavelmente, nos convida. Noutros nos deixa fora da festa pra nos dar uma lição.
Há dias em que a vida nos encanta, noutros nos espanta, e noutros, ainda, nos sacode, nos acode na aflição, nos absolve do pecado da desistência, nos concede o perdão.
Para que a gente se lembre de quem somos, nos endireita os pés e nos põe de novo a caminho. Caminha junto e dança no nosso ritmo. Tem dias que a vida traz um sorriso na cara. Noutros nos prepara para chorar. Não há rotina em se tratando de vida. Mestra, nos concede o conhecimento, põe à mostra nossas fragilidades, nos ensina lições de acolhimento, solidariedade, e dentro da nossa guerra, nos fala de paz. Nos revela segredos, nos conduz pela mão. Nos mostra os nós, expõe nossas feridas, para que possamos ser maiores, melhores e mais simples a cada dia. Não apenas nos diz do que são feitas as estações, mas nos leva a passar por elas, para que, com elas, possamos entender que somos feitos da mesma matéria-árvore; precisamos germinar, crescer, florir, perder folhas, abrir galhos, ser morada de passarinho, vicejar e fenecer e, ao fenecer, continuar existindo de outras formas, em outras histórias, nas lembranças mais honestas de quem amamos e nos amou.
Diante da vida não há recuo. Ela segue seu curso. Corre solta – água de rio que vai dar no mar. Lá nos encontraremos todos muito mais profundos e largos.
A vida é isso mesmo Seu Guimarães: “Embrulha tudo. Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,sossega e depois desinquieta.O que ela quer da gente é coragem.”
Por isso, se nos leva ao inferno, também nos joga flores na cara, bem no meio de uma tarde de sol de primavera, pra gente perder o fôlego e aprender, na lida, a capinar a vida e merecer o céu.
Carrilhão
Na casa calma o carrilhão toca
O carrilhão na casa então canta
Teu sussurro que no ar carpanta
Alto, em altas horas dorminhoca
O carrilhão toca. Na casa espanta
O silêncio, assim, faz uma troca
Em reza tal a uma velha coroca
Prum ritmo numa batida santa
Toca, santa, canta, uma maçaroca
Chora afiado o carrilhão, encanta.
E na casa calma e vazia e ampla
O carrilhão chora e ali agiganta
Carrilhão, a que horas você levanta?
O coração triste e vazio aqui potoca
Em cada batida pulsa tal badalhoca
O que espera mais... Carrilhão canta!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
"A vida é um sopro, uma leve brisa que por muitas vezes nem sentimos passar. Mas há quem diga que ela pode ser como um furacão: que pode lhe arrancar tudo e fazê-lo perder o teto,mas afinal, há estrelas em teto coberto?
Renovamos quando em zona de conforto?
A vida é um sopro ou furacão, pouco importa! O mais importante é como você vai se comportar diante de cada situação. Seja adverso para que as adveridades,por mais que reais, não te sejas um susto."
À SOLIDÃO (soneto)
Oh! jornada de inação. O silêncio em arruaça
Arde as mãos, o coração, aperreado arrepia
O olhar, tremulo e ansioso, tão calado espia
O tempo, no tempo, lento, que ali não passa
No cerrado ressequido, emurchecido é o dia
E vê fugir, a noite ribanceira abaixo, devassa
E só, abafadiço, o isolamento estardalhaça
No peito aflito de uma emoção áspera e fria
Pobre! Se põe a sofrer, nesta tua má sorte
No indizível horror de um sentimento vão
Quando silenciosa e solitária é a morte...
Bem à tua paz! Bem ao teu “às” sossego!
Melhor na quietude, ao espírito elevação.
Se na solidão, viva! E saia deste apego!...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 11 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Mastigação
Deixando os sonhos de lado
Com que a pouco sonhava
Por causa dum desagrado
Com o meu eu, eu brigava
Dizia então: és um danado
- eu? E assim retrucava
Amanhava tal a um arado
O coração dor transportava
Quem mais penava (coitado!)
Era o devaneio. Gritava!
Todo amarrotado
Angustiado estava!
O tanto, porém, largado
Porém pouco se levava
O ganho que for tirado
Perde. E a alma não será escrava!
E, ao fim, deste fatigado
Dilema, eu me encontrava
Com a plenitude no fado
E o resto, a poesia mastigava...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
OCASIÃO (soneto)
A coerência lá se foi tão espantada
por um tropel de vândalos da rudeza
E mesmo o depois de tanta clareza
quedam robóticos, sem mais nada...
No escarcéu disperso, contos de fada
O veras, sem exatidão, e sem defesa
expõe toda a burrice e a estranheza
do revelado na dada outra jornada...
Sobra “Inania verba”, nenhum intento
ao mourejar hercúleo do lhano cidadão.
Indiferentes, só importa o seu contento!
Mas não é meu. Se afasta da tal meta
de parceiro, de irmão, fazer a ocasião
Cria-se curvas, e não a essencial reta...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
PER VIVERE DI NUOVO (soneto)
Se aos iguais pesares me convidas
Com as mesmas dores dilacerantes
Para mim saudosar pelas horas idas
Na lembrança de tempos vibrantes
Não me digas nada! Já são perdidas
As recordações. Ilusões dissonantes
Desvanecidas pelas outroras vidas
E à emoção, outras razões de antes
“Per vivere di nuovo”, - o que importa!
Desatrele do passado… - vida nova!
Pois a nossa estória já trancou a porta
Amei-te! Mais que os amores tantos
E se apartado, resta está única trova
Não mais por ti evocarei meus prantos...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
OS SESSENTA (soneto)
Os sessenta anos duma alma inquieta
Cabelos brancos, a face vivida, poente
Os olhos no qual se trova inteiramente
Bagatelas, onde mora a emoção poeta
Um sonhador de sentimento profeta
De palavras que falam, inda inocente
Versos que do peito saem de repente
Docemente, em uma parição secreta
Uma determinação tão só, tão largada
Que o silêncio urge, no invento venta
A sorrir, e ou a chorar, lhe é camarada
E se na parada se senta, pouco tenta
Aquieta, numa má sorte da derrocada.
São os encantos de se ter os sessenta...
CORAÇÃO EM PASSAS (soneto)
Ah! quem há de poetar, saudade penosa e tirana
O que na emoção cala, e o versar não escreve?
- Range, doí, pregada na lembrança, e, em greve
Sente, em amargos no peito, o que era soberana
O coração em passas, e é um redemoinho fulana
Em explosão, fria e grossa, e ao enamorado deve
E ao olhar desalentado asfixia o pensamento leve
Que, paz e harmonia, saem em ignota caravana...
Quem o verso alcançara pra a rima desta solidão?
Ai! quem há de amenizar, assim torna-la tão breve...
Se infinito é o silencio; E o vazio então agiganta?
E os lábios secam. E o olhar chora. Tudo em vão?
E a sensação se refugia num sepulcro de neve?
E então as trovas de amor esvaem na garganta?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de março de 2019
Cerrado goiano
Um dia depois.
Olavobilaquiando
Num instante
Os anos passam, e se vai o encanto
Tal a rapidez nos muros o cipreste
O olhar de cada velho nos diz tanto
Que a velhice de ilusões se veste...
Espanto!
Mas as almas permanecem com odores
Não envelhecem, são cheias de quimeras
Se nas poesias as desventuras e dores
Também tem as perfumadas primaveras...
e os amores!
Assim, neste fugaz passado e presente
Os sonhos são de todas as realidades
Orvalhada com seu sabor ardente
De saudade! Lembranças... e saudades!
Vorazmente!
Uivam os relógios, o tempo brada
Agitam-se as horas no horizonte
Da vida... torna-se uma escalada
Em um implacável desmonte...
rumo a eterna morada!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
17/07/2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SER QUEM SOU (soneto)
Ora (direis) ser quem sou! Exato.
Me perdi no caminho, me achei, no entanto
A cada passo, erro e acerto, vários o relato
Vou andando, o atrás se desfez por encanto
E o tempo vai passando, veloz, enquanto
O pensamento recusa ser apenas um ato
Cintila. E, saudoso, o trovar é um pranto
Na solidão de ser, em um poetar abstrato
Direis agora: Incoerente e louca quimera!
Que não quero ser quem sou? Que sentido
Pois ser quem sou, deixei de ser o que era...
E eu vos direi: Amando o amor sou valeria
Pois se amei, o meu afeto não terá partido
Assim, pude ouvir e entender minha poesia
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Sabor da Vida
As músicas tem super poderes, volta e meia sou surpreendido pela sua enorme complexidade e intimidade com a minha mente, em várias ocasiões sou pego de surpresa e transportado a lugares, tempos, rostos e momentos diferentes. Quando ouvidas no sentido positivo da coisa toda, as músicas revelam o que esta guardado, esquecido ou incendeiam o que está muito vivo nas nossas memórias. Aquela boa música me trás sorrisos, enriquece o meu dia, rejuvenesci o meu eu, ela me inspira.
As músicas as vezes parecem que falam comigo, é notável como elas me conduzem as trilhas da felicidade, o seu poder de me alegrar através de suas notas tão afinadas é o que da mais sabor a minha vida.
REMORSO II (soneto)
Às vezes, um poetar me espera
E os amores e temores infando
Me padecem, doem, até quando?
E assim, em branco vai a quimera
Inspiração, emoção, vou sufocando
N'alma, sem a doce ventura sincera
Oh! Como este gozo no poetar quisera
Mais suspirar, viver e amar trovando!
Ah! Quão dura é a vera realidade
Desespera, ao encarar a vetustez
Te traz remorso e tira a suavidade
Das paixões que deixei por talvez
Da timidez do olhar na oportunidade
E dos versos quererem só a lucidez!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/08/2019, 06'55"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
No Tempo
O tempo já não muito importa
as horas, segundos, quantos?
O que foi já não abre porta
e os sonhos, estes tantos...
O que vale é o que vem
se ainda tem, os recantos
onde a alma se sinta bem
e no ir além, terá encantos
Porém, lembre-te de amar
pois nestes acalantos
tua passagem irá marcar
cada teu minuto
teu dia, um olhar
um sorriso, teu atributo
As rugas, ah! deixe-as ter
é o fruto
de que pôde viver!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, outubro
Cerrado goiano
O dançar da vida:
Nunca fui de seguir a dança à risca.
Eu danço meus próprios passos, o ritmo sou eu quem faço, quem gostar bem, quem não, bem também.
Porque desde de sempre, faço de tudo para não chamar atenção, sou amante do silêncio.
Não estou aqui para ostentar vida, nem nada. Mas sim, para aproveitar o que tem para hoje.
E o incerto do amanhã, talvez eu viva, mas meus olhos estão estendidos para horizonte, do agora.
Amanhã eu não conheço, ando ocupada de mais, com a vida que se passa aqui dentro.
Não sou de empurrar nada com a barriga, não forço amizades, nem sorrisos, muito menos amor. Eu finjo demência e sigo o baile, só isso.
E a esses que comigo andam? Por favor, não andem na minha frente, nem nas minhas costas, andem do meu lado, vamos juntos mudando os passos.
Dois para frente, um para o lado, e vez ou outra, um só para trás, para espiar algumas saudades.
Autora #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 29/10/2019 às 10:00 horas
Manter créditos para autora original #Andrea_Domingues
IDADE DA VIDA
A vida é feita de alegrias e tristezas,
Onde o coração derrama lágrimas e sorrisos,
É a maior dádiva que se tem na Natureza,
Dos nossos planos agendados ou de improvisos,
A vida é feita de sonhos e realidades,
No cotidiano da emoção e da razão,
Com pinceladas de mentiras e verdades.
Em que buscamos do inexplicável explicação.
A vida é alma e o pulsar do coração,
Até o dia em que tudo chega ao seu final,
Deixando rastros de saudade e recordação,
Que foi uma dádiva, acima do bem e do mal.
As lágrimas secam e os sorrisos se apagam,
Mas Deus nos conforta com suas bênçãos e bondade ,
Porque as nossas almas seguem vivas e não se acabam,
Porque Ele nos acolhem no silêncio da Eternidade.
Afinal, a vida é como o sopro do vento,
De suaves brisas e tempestades,
Que se transforma e se renova a todo momento,
A vida é mágica, é infinita e não tem idade.
Minha vida parte 1
Ah mais ou menos 04 anos eu mudei de um estado para outro, e chegando nesse estado que atualmente estou, conheci novas pessoas, que mais tarde eu chamaria de amigos, alguns eu simpatizei de cara outros o tempo se encarregou de fazê-lo. Tinha acabado de completar 20 anos e como muitos jovens de minha idade estava descobrindo algumas coisas. Era uma jovem cheia de traumas, alguns medos e uma mala carregada de decepções a cerca da vida, com ênfase em decepções e desilusões amorosas embora tivesse em minha vida como namorado um jovem de 21 anos que aparentemente eu gostava bastante. Mas aqui estava eu, do lado de cá da Bahia e ele do outro lado, lado bem distante. Embora fosse uma jovem cheia de traumas e insegura, poderia me auto-avaliar como alguém cheia de muita garra, cheia de sonhos e planos no coração, alguém que embora já tivesse tentado desistir da vida, agora ansiava por uma vida melhor e está do lado de cá era um recomeço, também poderia me avaliar como alguém alegre, risonha e que contagiava quem cercava... Mas uma jovem fechada no que diz respeito a si mesma, sempre gostava de ouvir os outros mas com uma grande incapacidade de falar de si. Com o tempo aprendeu a falar de si pro namorado, falar do seu estado de espírito de acordo com os dias, mas não sobre o que realmente achava da vida e assim caminhava, dia após dia com a mala carregada de peso morto, mágoas passadas, medo, insegurança, revolta, e no fundo a decisão de não querer e nem acreditar que existe amor verdadeiro, ou que podia até existir mas com outras pessoas, e que o meu namoro iria terminar, em alguns dias, quem sabe até o namorado cansar, arrumar outra ou sei lá que desgraça poderia acontecer, mas sem dúvida iria acontecer em algum momento! Mas a vida parecia seguir seu curso normal, até pensar e planejar casamento, planta de csa, lugar que iam morar e tudo mais, mas no íntimo a certeza que isso jamais iria acontecer! É que já tinha se decepcionado tanto que planejou nunca se casar, nem ter filhos, se preocupar apenas em ser alguém na vida rsrs, mas as coisas mudaram tanto e agora estava ela vivendo uma vida "feliz" Com um dos carinhas mas cobiçados da cidade, uhul tudo que as meninas queriam eu tinha, uau, isso era o máximo! É os outros achavam e até eu que isso era legal, que eu era privilegiada pela vida que tinha. Mas ninguém sabia dos dilemas que ela enfrentava dentro do peito, é mas a vida seguia seu curso normal.
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