Textos Reflexivos
►Cafezinho
Sirva-me um bom café, dono do bar
Quero algo para me despertar nesta manhã friorenta
Deixe-o aqui ao lado, perto deste jornal amassado
As notícias não param de vender
Se me descuido por um só minuto, fico atrasado
Isso que dá vir beber antes do sol nascer.
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Mania de gente antiga, não é?
Gente vivida tem dessas
Logo, logo você não irá mais me ver
Está quase na minha hora, devo ir depressa
Se não, acabo perdendo o trem das duas e meia
Não posso me atrasar, rapaz, não devo
Tenho apenas passagem de ida, compreenda
Depois pedirei para que alguém pague o que lhe devo.
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Sem cerveja ou uma pinga
Somente um cafezinho para começar o dia
Que nada aconteça, afinal
Que paz sinto ao saboreá-lo lendo um jornal
Afasta-me todo o mal, enquanto desce quentinho
Dono do bar, só me traga um copinho
Que já logo vou-me indo.
►Tristeza Natalina
Matei, sem chance de escapatória
Agi de maneira inconsciente
De tanto deixar minha felicidade do lado de fora
Hoje estou vivendo perambulando em consequência
Menti quantas vezes para viver a ilusão?
Parecia agradável aos olhos, tão intensa
Não passou de uma miragem bem distante
Coração hoje de encontra despedaçado,
Buscando incessantemente meu pedido de perdão
Como se eu, ignorante que sou, fosse curar o que ele sente.
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Em clima natalino me pego chorando
Cena inimaginável aos olhos de uma criança
Despertei-me já indisposto a sorrir
E cá estou, escrevendo, almejando o fim.
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Passe logo, ano, passe
Já não suporto mais viver sempre à metade
Quero ter o devaneio de um novo ano agradável
Apenas para suportar a dor que sinto na verdade.
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Lá em meu quintal se encontra enterrado minha infância
A felicidade já se encontra enraizada logo abaixo
Quero sentir nos lábios o sabor da esperança
Para respirar sem o desejo de dar cabo.
Como você se sente? Eu falei para o espelho...
Anjos e demônios fazendo graça já não vejo mais a audácia.
Hoje eu me sinto um estranho dentro da minha própria casa, Ansiedade e insegurança traz receio.
A minha autoestima, muito tempo que eu não vejo, Talvez esses problemas são causados por mim mesmo são lágrimas e não drogas que deixam o meu olho vermelho, talvez eu encha lugares com minhas esperanças e medos.
Eu parei para conversar com o coração como uma forma de se encontrar mais de novo escondi toda a minha emoção.
Se eu te magoei, por favor aceite o meu perdão meu querido EU.
O tempo já não é capaz de melhorar o que aconteceu.
Ontem conversei com as estrelas como uma forma de prece só quero que tudo fique ótimo.
Sem tempestades nos sonhos.
Rezo pras dores não serem reais. Às vezes me pergunto como viramos versões de pessoas que não gostamos?
E que tudo isso não seja o final mais estamos aqui e é real é o final.
UMA FLOR PARA VOCÊ
Não flores raras, únicas e de cores geneticamente modificada em arranjos tão belos que não nos lembram da natureza de onde vieram.
Te dedico, flores simples, daquelas que achávamos pelas calçadas e colocávamos nos cabelos ou levávamos para dar para alguém especial.
Além das flores, nós estamos diferentes. Estamos vivendo uma epidemia de “mestres” de tudo, onde muitos ao final do dia não são nem senhores de si …
Existe expectativa sobre como devemos entreter os outros com qualidades copiadas daqui e dali ou aprendidas em uma das novecentas mil semanas gratuitas do transforme sua vida.
Não sei …Para mim é uma questão simples; Escolhas!
Eu escolho quem ri com o olhar, fala com o coração, erra, acerta, se descabela, vibra, tem marcas no corpo, na alma, dos caminhos que percorreu e que acima de tudo sabe que a gente não sabe nada nessa vida, tá aqui para vivenciar, aprender e compartilhar!!!
Te Desejo Flores Verdadeiras no Caminho !
►Bem Cedinho
Sonhei acordado nesta viagem
Não vi paisagens, muito menos retratos
Tudo o que ouvi foi o soprar do vento,
Da mata ao relento, minha blusa aos espasmos.
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Nesta viagem, que bem cedinho me acordou
Me leva para longe, aonde não há amor
Não sei ao certo onde vou,
Só sei que não ouvi pássaros, não vi paz
Vi apenas lágrimas e dor.
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Passei dos montes, dos rios e orvalhos
Vi casas aos montes, vi alguns pobres operários
Lá no pico vi mato, eu vi cercas e arames farpados
Deparei-me com alguns, três ou quatro vigários
Confesso, até, que fiquei um pouco assustado.
.
Bem ao fim da serra vi uma nascente
Que em pedras bate, se descansa levemente
E ao fim da tarde, ao voltar
Nada vi ou ouvi no caminho
Apenas deitei-me na grama, voltando a sonhar.
Certo... Somos vários inteiros de cacos quebrados
De quedas e tropeços à batalhas internas.
A cada rachadura uma marca eterna.
Mas já se pôs a observar um vitral?
Cada pedaço e cor é essencial,
E só com os pedacinhos de vários inteiros, que nele se conta uma história.
E história esta, que poucos sabem apreciar,
Mas que com certeza é algo belo a se admirar.
Seja conhecido pela sua modéstia, pelo seu caráter, pela sua educação, pela forma com que toca a vida das pessoas.
Mas não espere nada em troca...
Porque isso, é uma obrigação sua, não dos outros...
Acorde todos os dias com a meta de ser um ser humano melhor pra vc mesmo e para os outros...
Lembre-se, gentileza gera crédito no céu e um dia vc vai colher o que plantou...
Lidar com pessoas é como deitar-se em uma cama de pregos... Nada incomoda até certo ponto, quando há um prego ou "alguém" que se coloque em um lugar mais alto, rebaixe os outros a volta, ou que esteja te machucando.
Não tente colocá-lo em seu lugar pois não vale o esforço, simplesmente arranque-o, ele não lhe fará falta alguma.
As pessoas gritam o seu nome quando estão à beira do abismo porque sabem que você vai estar sempre disponível para pular por elas.
Mas você precisa se livrar disso, não é questão de virar às costas pras pessoas, mas sim porque em uma dessas quedas por problemas alheios você pode deixar de viver...
Ler no horizonte a palavra áfona. A voz que emana do vermelho-escuro-amarelo-claro. Desde que seja algo que se move por comover. Que instrua como ver o receptáculo, a inspiração que atua com sua própria força realística, cósmica, necessária porque se dá. Porque acontece. É tarde e um pássaro insone proclama a rebeldia que me ronda. Basta esse olhar.
Essas madeixas de noz. E sentir-te como eu.
Aliança com Deus
Será que os rios transporão os vales
para chegar até as montanhas onde estou?
Será que as rosas deixarão seu perfume,
porque um dia usurpei?
Será que os pássaros deixarão seu canto,
porque um dia chorei?
Será que o sorriso de uma criança deixará sua inocência,
porque o coração deu lugar a razão?
Será que o céu deixará de ser azul,
porque o lenço cinza cobre meus olhos?
Absolutamente nada nos separa da Aliança com Deus.
O amor que Ele nos dá por sua graça é a simples forma de um elo
inquebrável.
Todas as coisas, independente do momento que esteja vivendo,
seguem um curso extraordinário para nosso autoconhecimento.
E se for questão de mudança, ela de fato acontecerá para nos beneficiar, nenhuma circunstância deixa de ter uma grande causa,
nada passa despercebido.
É na nossa pequenez que vemos O Grande Deus, que a todo instante nos alcança a possibilidade de ser como Ele é: puro Amor.
Nada deixará de ser o que é,
a não que seja para aumentar sua fé.
*O Ciclo da Ressureição*
Sinto que estou preso
entre muros inquebráveis de lembranças.
Não consigo escapar,
não consigo me esconder
dos momentos em que eu voava por aí.
Sinto que estou perdido na gaiola.
Com uma dor inexplicável em meu peito.
Não há futuro, nem presente, só passado para mim
e as grades de lembranças me atraem;
e os resquícios das boas emoções me enlouquecem.
É inexplicável a tristeza que sinto,
não tenho forças, nem vontade, apenas sonhos
que, como as estrelas, brilham e apagam em alternância.
E há uma guerra de valores dentro de mim.
Uma guerra que ocorre no vazio;
ao nada que reina em meu coração
que antes era ocupado por você.
E, como uma nuvem, desfaço,
me juntando ao nada que tanto temo.
No entanto, como uma nuvem,
me reconstruo em um formato diferente
e com a essência imutável renovada.
O total é uma parte
De processos químicos
Surge uma poesia
De substâncias e carne,
Sem vida, sem afeto,
Cria-se o afeto
e dá-se a vida
Do amor como uma droga
Cria-se o amor como amor
E desse amor, surge a maldade
E da maldade, a violência, como tal
Da necessidade surge o vício
E desse vício, surgem os vícios
A injustiça pelo reducionismo
É fruto da química
É fruto da vida
Que por sua vez,
Se origina do inexplicável
Da matéria, surgem os sentimentos
Que dependem da psique
que depende da matéria
Tudo é matéria, nada é vida
A vida é matéria igual.
E dessa matéria enlouqueço
Por saber que não há vida
Por saber que não há amor
Mas substâncias e um metabolismo
Que produzem uma lamentação
Lamentação esta que é matéria
Mas também algo mais
É humano...
Ainda não é tão tarde para que se tenha pressa... Mas também já não é tão cedo para não se apressar.
Fiquemos atentos. No trem da vida a passagem é só de ida.
Ou você embarca, ou padece na estação.
O destino se encontra durante a viagem. O importante é embarcar.
Ps: Podemos ser o maquinista ou somente o passageiro. Mas isso não importa agora. Suba no trem.
(Carlos Figueredo)
Como pode um ser tão complicado e tão simples ao mesmo tempo?
Um mar tempestuoso, mas basta uma pitada de carinho e esse mesmo mar se torna calmaria,
Tão forte, porém tão sensível, o que a define?
A necessidade,
Como pode características tão distintas descreverem uma só pessoa;
És o que és; única, decidida, amorosa... Entre tantas outras coisas boas,
Bem assim, uma Mulher!
A incerteza na certeza.
Existe certeza na incerteza?
A utopia contemporânea destrói vidas, enterra sonhos e se afirma sobre fraco.
O fraco, realmente é fraco?
Na imensidão interior, o caos exterior se torna desnecessário.
Expor para julgar ou ser julgado para expor?
Ser é ser visto, ter é possuir, ver é postar e escutar é partilhar.
Partilhar. Quem mais partilha, é o menos requisitado?
Viva a individualidade contemporânea!
Apenas o próprio homem é capaz de entender verdadeiramente a si mesmo
Nem uma máquina nunca vai compreender a Verdadeira e profunda essência humana
Mais talvez precisaremos de uma para nós mostra o que significa tudo isso que somos ,
O que é isso que existe e por si só apenas é !
Nos somos o cálculo de uma equação onde a resposta já temos só não achamos o X
Arthur Rios Tupã Eu memo !
►Anotações de Junho
Sei que vários dias se passaram
Sei que te ignorei tempo de mais
Perdoe-me pela ausência, estava sufocado
Tudo o que desejei foi um minuto de paz
A vida se tornou um fardo tão pesado,
Que acabei me deitando em qualquer lugar, sei lá
Só queria respirar um pouco, sabe? Dormir um bocado
Por isso não te liguei... não liguei para você
Perdoe-me, não fiz por mal, me desculpe, adoro te ter
Tantas foram as noites em drama que vive por semanas
Que nem mesmo minhas lágrimas tiveram permissão para chover
Sei que ainda me amas, então me escute... não me abandonas
Que reencontro ilustre, retornar com tamanha dor em soluços
Senti saudades de você, do seu apoio, de sua simplicidade, de verdade
Fiquei muito tempo no escuro, só agora estou melhor, seguro
Sofri tantos ataques nestes últimos dias, que me senti em um combate
Respiro, aliviado e preocupado com o fim de junho
Aliviado por ter sobrevivido, junto aos meus pais, o que está em toda parte
Preocupado, no entanto, com a saúde daqueles que amo, prezo e cuido.
.
Quando decidi voltar para você, pensei que seria em liras românticas
Mas, acabei apenas desabafando, sem me ater as linhas das folhas brancas
Não sei se ficarei, não sei se ao escuro me abrigarei novamente
Queria voltar a escrever como antigamente, cinco a seis textos por dias
Mas, agora estou cercado, sem refúgio para pensar e criar contos amantes
Por isso, deixarei aqui essas anotações de fim de mês,
Quem sabe eu volte a escrever,
Talvez.
►Madrugadas Infernais
Sonhei contigo hoje, Marina
Não sei se tive uma boa noite de sono
Acordar e não te ver acabou com a minha alegria
No sonho, estávamos na varanda, em fim de ano
Ficamos aguardando os fogos e, de repente, gritaria
Festejamos a virada da maneira mais linda que conhecíamos
Beijando, enquanto te carregava nesses meus braços finos
Acordei bem chateado, madruguei pouco sonolento
Partimos para tão longe, não é?
Hoje moramos em mundos distantes, você aí e eu aqui, escrevendo.
.
Não sei bem o que pretendo com essas palavras
Não sei mesmo, talvez só desabafar
Sei que não me tem mais em pensamentos, disse até que fomos uma farsa
Falei para os esquilos do bosque sobre você ontem, para aliviar
Pesa tê-la em minha mente como uma assombração que não acaba
Letras atrás de letras e, nada de você se apagar do meu pensar.
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Pensei até em comprimidos para fechar meus olhos
Maracugina não surtiu efeito, tão pouco Dramin
Os últimos dias não tem sido dos melhores
Para conseguir descansar tenho vivido assim.
.
Ainda não sei como escapar dessa tormenta
Parece até as bermudas malditas
Preciso escapar e voltar a viver sem sofrência
Mesmo que eu tenha que madrugar em festas, Marina
Abaixarei essas cortinas, para sempre, e viverei alegremente
Em pura essência.
►Contemplação à Madrugada
Me sinto perdido
Sozinho neste mundo obscuro
Me sinto como um menino
Com medo do céu noturno.
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As ruas barulhentas
O ar pesado que acoberta a cidade
As pessoas moribundas junto as suas algemas
Em fileiras encadeadas em várias partes.
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Em noites turbulentas,
Pela janela enferrujada
Bem longe, estrelas espalham-se em beleza
Vê-las me preenche, como rosas perfumadas.
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O aroma da morte em repouso sobre meus ombros entristece
O peso não desaparece na neblina
Passo, como um carvalho, a enraizar preces
Refletindo o que fiz de errado em minha vida.
.
Fiz versos como meu íntimo tanto pede
Pernas padecem pelas ladeiras que desci
Neste caderno confesso meus piores remédios
Doutor, espero melhora, mas, irei embora a sorrir.
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