Textos Melancólicos

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⁠NÃO HÁ ARCO-IRIS NO MEU PORÃO.

Capítulo II

— O Amor que Ninguém Vê.

“Há dores que têm nome de silêncio. Há amores que desfalecem no escuro.” Camille Monfort.

Ela ainda estava lá.
Não no tempo, nem na fotografia que amareleceu sobre o piano que já não toca mas em mim.
Nas dobras encharcadas da memória, onde até hoje a musselina da tua ausência dança, viva, como um véu de névoa sobre a ferida que não cicatrizou.
Teu nome, Camille, é agora um sussurro que me rasga por dentro —
e não há mais quem o ouça,
senão os fantasmas que deixaste quando partiste.

Nunca soube se foste amor ou febre.
Talvez um delírio.
Ou o último lampejo de beleza antes do colapso.
Tua presença era feita de sombra líquida, de olhos que atravessavam as paredes do mundo e diziam coisas que minha razão jamais soube traduzir.
Na tua boca morava um lamento antigo, como quem tivesse amado demais noutra vida e voltasse para cobrar os restos.

E eu —
tão sóbrio, tão lógico, tão homem —
me vi desfeito no avesso da razão.
Como se tua aparição tivesse escancarado em mim uma porta que dava não para o céu, mas para o porão da minha própria alma.
E lá, entre espelhos rachados e cartas nunca enviadas, te reconheci:
não como um anjo —
mas como a mulher espectro que me revelou tudo o que eu escondia de mim.

Foi amor.
Mas desses que ninguém vê.
Porque amar-te era uma doença sem nome,
um ritual sem altar,
uma febre que só ardia quando a cidade dormia.

Não, Camille, tu não foste feita para os olhos do dia.
Tu eras para ser lembrança,
para ser poema escrito com sangue no diário de quem nunca será lido.
E por isso permaneces viva —
não na realidade que nos negou,
mas nos reconditos mais obscuros de mim, onde ainda habita o menino que chorou quando você não veio.

O que mais dói não é o amor que acaba.
É o amor que ninguém viu ou sentiu nascer.

Inserida por marcelo_monteiro_4

Um Pequeno Sorriso

Há dúvidas que se instalam como neblina na mente densas, persistentes, inalcançáveis por qualquer lógica. E há tristezas que não choramos, porque se tornaram parte da respiração cotidiana.

Seguimos por instinto, como quem anda sobre um fio invisível, disfarçando o peso com gestos comuns, ocultando o abismo sob passos calculados.

É uma sobrevivência sutil: esconder as ruínas enquanto oferecemos fachadas inteiras.

Talvez seja isso o que chamam de força
não a ausência da dor, mas a habilidade de seguir mesmo quando tudo desaba por dentro… e ninguém percebe.

Inserida por reinaldohilario

⁠22/07/2025. Querido inverno, saudades.
“Eu gosto do frio glacial do inverno”
Procuro pelo calor eterno
Um pouco de conforto interno
Para os ossos trêmulos, invisíveis ao externo
Onde a vida encontra o amor materno
E me rói os dentes, que batem expondo o inferno
“Eu gosto do frio glacial do inverno”
Me lembra da incessante dor
Que procuro congelar-me sem pudor
Mesmo que eu corra atrás do ardor
De ter-me-ei em seus braços
O fruto aconchego de seu abraço
Que no ato de querer te amar
Até mesmo o gelo há de me queimar

Inserida por Arthur_GValadaresD

⁠OS HIBISCOS E O TEMPO

Talvez, só talvez, ainda estejam lá,
os hibiscos vermelhos da minha infância,
em algum lugar.
Talvez, à espera da criança que não mais os visitou,
provou de sua doçura em panelinhas de plástico,
partilhou segredos sem importância,
coisas que ninguém mais queria saber,
segredos entre menina e flores,
sem palavras, apenas sentires.

Talvez, só talvez,
os hibiscos vermelhos ainda estejam lá,
em algum lugar na memória,
bordados em calmaria pelo gracioso fio da história.

Inserida por ElisBarroso

⁠Tenho pra mim
que a intensidade e a verdadeira face
que se advém do mor sentimento
É do nascimento e florescimento
que ele pode fazer nascer
do que o próprio sentimento a si.

Pois dentre a entropia e caos
que reinavam imperadores em meu ser
a sua luz colocou a sintropia
de uma forma aterradora e conquistadora
dentre meu viver

sobre o mais abrangente estrelado céu
da noite vasta densa e escura
era a única estrela, que minha mente contemplava
a única fantasia que admirava, e o sonho vivo
que meu mais profundo sentimento acordado sonhava


mas de um começo tenro, o que deveria nascer
nem a luz do dia pode contemplar, não chegou a ser
por um momento errado, uma confusão de momentos
onde desencontramos ao nos encontrar

eu queria me render
ela livre voar e se encontrar
Percebi nesse momento minha sina, minha maldição
dai nasceu o eclipse total em meu coração

Entretanto, em minha saga
ela nunca chegou a ser uma Nêmese
mas o que ela veio a sempre ser, Gênese
que em minha alma
despertou a mais pura e bela forma de sentimento
transformada em arte no mais belo momento


e seu nome?
na lembrança ficará
seu beijo? no mais intenso momento do meu coração residirá
seu toque ? em minha pele, o calor sempre irá esquentar
de um verde nefrita que é a verdade, a esperança nunca morrerá

Inserida por douglas_augusto

Há quem diz, que seu eterno inverno um dia já foi verão. Que suas melancolias, são apenas tristes lembranças de alguém que um dia ousou derreter seu gelo, lembranças de alguém que não ousou ficar. Há quem diz, que seus lamentos não passam de histórias, e que a verdade, nem ela mesmo sabe, ou entende, o que se passa nas suas estações. Há quem diz, que seu mundo é pequeno, resumido em palavras escritas ou pensadas, nunca ditadas. Há quem diz que essa garota pensa. Pensa tanto que esquece de falar, de viver, de se arriscar. Há quem diz que ela já se foi, que nenhuma parte sua lhe resta…Há tanta gente que diz, há tanta gente não diz… Há garotas que são decifráveis… E há garotas como ela. Há garotas como ela. Não mentira. Há garotas, e há ela.

Quando bate aquela melancolia dominical de final de tarde, surge em sua memória lembrança de épocas mais felizes, onde a vida corria sem essa pressa atual, onde o final de tarde era só um pretexto para a família se reunir na cozinha enquanto a mãe preparava uma panela imensa de sopa. Aquele cheiro, juntamente com o calor e o burburinho das vozes misturadas sempre foi a melhor receita para aquecer a alma, para dar forças para todos ali enfrentarem felizes a semana que se iniciava.

"Pessoas que insistem me enfiar goela abaixo de aceitar as melancolias como reais, são ou estão totalmente a serviço da quarta dimensão ou escuridão; o egocentrismo soa forte, longe de pensar como tribo ou grupo ou no próximo. Quem insiste nisto, quer a minha morte ou melhor, que eu me torne um ser rastejante."

Tem música que mesmo não entendendo sua tradução, me deixa melancólico, afeta minha sensibilidade, também profundamente meus sentimentos, me deixa vulnerável a emoções fortes que fazem brotar, lembranças, saudades de alguma coisa boa ou ruim, que de certa forma marcaram minha vida algum tempo atras...

⁠As decepções tem dois lados na vida, podem te derrubar em frustrações, depressões e melancólias, ou te fortalecer em crescimento espiritual, mostrando à verdadeira cor do mundo, que não é cor de rosa, escute sua alma, discernimentos intuitivos nos levam ao autoconhecimento e aos verdadeiros ensinamentos de Deus, dependamos mais de nós mesmos, para quetoda podridão das distrações materialistas impostas, não nos faça perdemos o controle, criando assim uma existência menos decepcionante.

Meu olhar é melancólico. Ele é a janela da minha alma. Como pode uma pessoa deprimida tirar fotos sorrindo se apenas estará mentindo? E hoje, com esse egoísmo social vigente e regente das relações, cada vez mais superficiais, quem é triste não tem valor. As pessoas não querem ficar perto de quem não é feliz, de quem nem sequer se dá ao trabalho de dissimular. O importante é ter algo que haja benefício. Caso contrário, esqueça! É cruel, é. É o mundo, não sou eu que estou fazendo sensacionalismo. O mundo me exclui, primeiramente porque estou fora do padrão de beleza, porque não exponho o que comi, ganhei, não me contento em ler 140 caracteres e viver de compartilhamentos clichês, porque eu quero mais que encher a cara ao lado de pessoas que vão me descartar logo depois, minha balada é solitária, ritualista... Espero que essa tristeza toda não me deixe um ser humano frio que joga na mesma moeda que o restante. É só o que eu espero num mundo em que não se deve esperar nada, mas se preparar sempre para o pior, para ver a pior face dos humanos, para ver coisas que te deixam desacreditado de um futuro melhor, que te deixam com medo do que possa vir pela frente.

E hoje vai ser uma trade vazia e uma noite melancólica como toda sexta feira e eu vou desejar desesperadamente que alguém me abrace quando a depressão chegar.E vou desejar mais do que nunca ouvir um “eu te amo”.E vou sentir uma saudade tão profunda por ele que ela vai me consumir e me dar vontade de chorar.E minha razão vai apitar dizendo “não chora,não vale a pena”e vai fazer as lágrimas ficarem paradas nos meus olhos sem cair.E esse esforço para elas não saírem vai me dar uma dor de cabeça insuportável.

Não sei quem sou eu hoje, acontece que hoje eu sou muitas pessoas. Hoje eu sou a melancolia de minhas reflexões, a alegria de minhas conquistas, a satisfação do caminho traçado, a ansiedade do que está por vir. Hoje nasce uma valência única, antes nunca se manifestado com tanto poder. O poder da certeza, com energias que fluem positivamente em minha alma.

Mas eu to aqui sabe? To aqui pra te consolar nos teus momentos melancólicos e te entender nos difíceis. To aqui pra ouvir seus desabafos e te dar conselhos. To aqui pra te acalmar e te fazer sorrir. To aqui pra suportar suas crises e compreender teus problemas. To aqui pra você, e acontece que você não ta nem aí pra mim.

Inserida por Cobbie

Noites de lua cheia me trazem um pouco de melancolia. Ninguém me ensinou á ficar bem sem seus sinais. Vou enlouquecer por te imaginar nesses quatro cantos do mundo. Vou enlouquecer sem qualquer notícia. Será que anda fumando? Será que ainda toca naquele bar que nos conhecemos? Eu poderia passar por lá como quem só quer afogar as tristezas num copo de Absinto, mas e se você não estiver? Vai doer mais ainda porque pensei que poderias estar lá?

Inserida por sweetclementine

Sinto falta da melancolia que agora já não é mais minha. Masoquista eu? Não, não gosto de sofrer. Mas é simples, quando estava sozinha em minha solidão, estava eu acompanhada de minhas palavras indizíveis e pensamentos eloquentes, coisas que eu sentia pra mim e acabava vivendo pro mundo. Um paradoxo que me tomava. Talvez Clarice estivesse certa, de certo modo, minha escuridão era a minha melhor face, minha solidão era minha força. Agora entendo, era meu lugar certo, onde minha essência brilhava e onde já não havia nada mais que pudesse me ofuscar, até porque,eu já estava mesmo no fim do poço!

Inserida por Micavieira

Ah, é uma depressão física e mental quando estou longe de você. Melancolia, gula e muitos sonhos! Uma casa na praça, perto da igreja, com jantar fora depois do trabalho e massagem nos pés. Com surpresinhas, não esquecimento, buquê de flores, comida da Dona Maria, saudades sempre, gargalhadas na varanda e um bom vinho pra comemorar a vida, a nós!

Inserida por Fullhet

Sou melancólica, ansiosa, desajeitada para aquilo que chamamos de “amor”, e às vezes na minha tentativa de ser carinhosa, acabo sendo não muito – não sou a típica princesa dos contos de fadas, mas o fato de eu ser desajeitada não quer dizer que eu seja sem sentimento. Eu sei amar, do meu jeito peculiar, mas que não significa ser menos significante.

Inserida por deborafalcao

Resgate-me de minha melancolia,não me deixe à beira de meu próprio precipício.Salve-me das loucuras impertinentes que me prendem e liberte-me antes de tudo da dor que me perfura.Sonda-me,e me encontre em teus pensamentos,leve-me ao voo distante,onde min’alma tenha descanço e onde o meu cantar seja compreendido.Descubra os mistérios que há em mim e os faça seus também.Jogue comigo o jogo de plavras soltas,e solte à mim suas palavras mais belas.Conquiste o meu sorriso,e também meu coração,ajude à me reerguer e baile comigo a dança da vida.

Inserida por Micavieira

O canto angorento das aves bordou o horizonte do universo em uma saudação melancólica que prenunciava a vida em sua predileção assombrosa e apocalíptica do fim, cortado pelo arco íris que limita o belo e o triste, ainda há de se ouvir o canto do carão festejando o inverno, sob o olhar penetrante da coruja que bisbilhota os quatro cantos do mundo no recôndito da ilusão, a vida é um sonho.

Inserida por gnpoesia

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