Textos eu Preciso
Assim eu
Nada fui tão igual
Nada tive ovação
Nada foi excepcional
Nada encontrei em vão
Sempre fui usual
Sempre fui exceção
Sempre fui atual
Sempre fui exclusão
Um solitário nunca só
Um amante sem paixão
Um alegre de dar dó
Um genuíno de tradição
E neste novelo de nó
Aprendi a poetar grão a grão
Num poético efeito dominó
Assim eu, indizível emoção.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14/05/2016, 03'35" - Cerrado goiano
A GENTE
Eu e tu: soneto e eu, poética repartida
Em duas estimas, duas estimas numa
Aí sentida. Tu e eu: ó versejada vida
De duas sortes que em uma só resuma
Prosa de partilha, cada uma presumida
Da alma contida, conferida... em suma
Essência na essência, sem que alguma
Deixe de ser una, sendo à outra medida
Duplo fado sentimental, a cuja a sina
Que na própria paixão cada uma sente
A sensação dum aquinhoar da emoção
Ó quimera duma poesia integralmente
Que infinitamente brote da inspiração
E, suspire na inspiração infinitamente...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26, agosto, 2021, 11’03’ - Araguari, MG
POSSA EU...
Possa eu na poética assim: tu, comigo ao lado
e, ao sentimento, as sensações resplandecendo
aquele olhar tão sedutor no toque rescendendo
em versos de carinho, dum poetar apaixonado
No mimo me espalhar inteiramente, e aí vendo
os teus gestos, os cuidados, em mim pousado
o teu sussurro baixinho ao ouvido, e eu, calado
sentimental, encantado, alegre, do amor sendo
Que em cada trova, um trovar contigo repartido
e num valioso sentido a terna emoção prosada
a alma, o pensamento, para sempre, sucumbido
Então, o meu destino no canto fosse conteúdo
e cada verso: um detalhe, um sentir, mais nada
e nas entrelinhas, que possa eu, dizer-te tudo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 de abril, 2022, 11’31” – Araguari, MG
EU (soneto)
Nasci em Araguari, das Minas Gerais
Daqueles imortais causos narrados
Guardados na imaginação, tão reais
Mineiro, dos sentimentos arretados
Da cidade sorriso e sonhos divinais
Dos portais do cerrado, encantados
Vivo carpindo a saudade, ademais
Cá tenho contos, tão afortunados
Nasci em Araguari, que me viu nascer
Que no aconchego teu, eu pude viver
Ó chão que amo e amar me ensinou
Atravessando o tempo, caminhando
Na ilusão de ser um poeta, passando,
Vou. Apenas um alguém que sonhou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 junho, 2025, 18’24” – Araguari, MG
Falta uma parte te tudo.
Ainda me sento no alto do monte para ver o por do sol, mas ele parte todos os dias tão triste quanto eu.
O forte vento intempestivo, roubou a beleza e o perfume dos tomilhos selvagem que nós perfumáva.
A brisa é tão fria e cortante quanto a sua partida.
A volta pra casa é solitária e insegura.
O que eu fiz?
Cadê a ternura da noite?
Elas têm sido longas e amedrontadoras.
O amanhecer se apresenta com o som dos pássaros, mas não ouço a sua voz,
o seu bom dia, o seu eu te amo.
Falta-me uma parte, falta-me você.
Esteja em paz, esteja com Deus.
O que ela sente, vai além de uma vulnerabilidade em sentir tão intensamente do que as outras pessoas. Mas não subestime toda essa entrega dela.
Quando não sentida da mesma forma que sente, ela pode até atrasar a partida, a insegurança questionar-lhe, a saudade fazer-lhe companhia por algum tempo.
Mas nada disso a intimidara de seguir em frente.
Ela sabe que o universo, está a seu favor. Ela não tem medo de partir!
Tão pouco de dizer adeus!
Ela vai em busca do que ela conhece.
A “reciprocidade”.
Há um vínculo único, incompreensível eu diria entre nós.
Tão antigo quanto verdadeiro.
Quando estamos longe um do outro, em um piscar de olhos, nos permitimos sentir como o outro se sente, por outro conseguimos ler nossas mentes quando estamos juntos.
Podemos nos ver através dos nossos olhos,enxerga parte um do outro, sentir o amor com todas as diversidades, e tudo isso nos unindo ainda mais.
Eu estarei pronto pra ti vencer, pode ter certeza, eu vou ti vencer, não duvide...eu fui capaz de matar meus desejos, prendi meus sonhos, matei o medo, destrui a culpa e agora vou soltar todos eles na sua direção.
Assassinei a sangue frio o meu ego, então nada do que me disser vai importar...eu vou ti vencer, eu não desisto, eu nasci pra morrer.
Eu vou ti vencer...pode vir, lobo em pele de cordeiro e se se for um demônio usando roupa de anjo com a biblia na mão, vou ti "destruir" usando o que você segura como arma...
Passei por muitas dores. Isso fez eu ter um lado que gosta de se isolar, ficar em silêncio. Por outro lado, ter pessoas ao meu lado que compreendam isso e não me deixe isolada por muito tempo, me soa como um resgate de mim mesma. Se a pessoa também me esquece no meu isolamento. Com o tempo eu esfrio
com ela e já não podemos caminhar juntas. Ou até podemos dividir o mesmo espaço. Mas não mais teremos a sintonia que nos uniu.
Eu tanto queria te dizer, a todo o tempo,
Estou contigo, em todo o momento.
Mas eis que não te disse nada disso.
E se o disse, não fiz mesmo isso.
Eu queria estar contígo na tua aflição,
mas eis que não te dei a minha mão.
Quando estavas a muito chorar,
Eu fingi que te não vi a clamar.
Quando não tinhas o teu pão,
eu também não te dei a tua porção.
Eu no fundo queria, sempre te amar,
mas eu, fiquei no meu só lugar.
Eu senti muito, quando estiveste, na prisão.
Mas de visitar-te, não tive tal ação.
Nem quando estiveste, doente,
eu junto de ti estive presente.
Eu te peço perdão, por isso tudo,
Eu falhei, mais que todos no mundo,
Eu te peço também a ti oh Deus,
que me perdoes, pecados meus!
HelderDuarte
Quem é você além da profissão
Um dos maiores dramas da vida é o desconhecimento, por parte das pessoas, sobre quem elas são: se definem pelo que fazem. Quando perguntadas sobre quem elas são respondem com suas profissões – advogada, médico, professor, engenheiro, dona de casa, mãe – mas não sabem, de fato, quem são. A grande questão é que a parte fundamental do autoconhecimento e das melhores escolhas a fazermos para nós dependem de sabermos quem nós somos para além das profissões e papeis que momentaneamente desenvolvemos na vida. (Marta Almeida: 08/07/2025)
"Falhei quando achei que eu estava correto e que podia ser daquela forma!
Falhei quando não ouvir mais que falei!
Falhei quando recuei no momento que deveria buscar ajuda!
Falhei quando amei demais!
Falhei quando amei de menos!
Falhei quando dei atenção acima do normal!
Falhei quando não dei atenção algumas!
Vivemos tanto em buscar do perfeito que não observamos que as vezes só precisamos observar mais, ouvir mais, falar menos, agir mais, não parar quando deveria andar, não olhar para trás quando deveríamos seguir enfrente!"
Enfim! Eu falhei!
E os sonhos não vividos...
Aqueles, que ficaram num cantinho a esperar [?]
Uma noite, apenas, ou um dia...
Irrelevante o tempo!
Quando só momento importa.
Caminho eu, pesado agora.
Tamanha bagagem que arrasto...
Depois de você...
Caminho eu, pesado agora...
E meu sol não tem mais cor...
Embora, me queime a pele...
E me provoque o suor.
Não me basta para me aquecer a alma...
Não me basta, para acalmar
meus intrépidos pensamentos!
Suave é a noite, ouço alguém dizer...
Então, por que, aos sobressaltos,
Tenho pressa de chegar?
Tenho pressa de partir?
Tenho pressa de esquecer?
Tenho pressa de dormir?
Tenho pressa de acabar... [?]
Renasci quando nascestes...
Incansável, por ti foi minha espera...
A cada dia em que o vazio me tomava,
eu te buscava!
Renasci quando nascestes...
Reconheci-te num rompante,
Num segundo
Num instante...
Descansei minha espera em ti
Como um andarilho,
já cansado do caminho...
Reconhece o lugar a descansar seu corpo,
Da áspera jornada,
da [in]certeza do amanhã...
Alma antiga... Velha alma!
Não acumulaste sabedoria -
haja vista os erros grosseiros que comete!
Acumulaste, apenas dores - nada etéreas
Da longa caminhada até aqui
A qual te propuseste.
Até a expurgação total de cada [...]
Que vai te devolver a ti
como nascestes...
Pura, como da fonte,
a cristalina água...
Leve como a pluma
da asa do teu anjo,
teu guia na caminhada...
Voei, voei para me afastar... Andei,
fui à milhas daqui...
Eu me agarrei às asas dos meus pensamentos intrépidos,
aqueles que acompanham o vento na velocidade das rajadas,
ou da luz!
Busquei, busquei à milhas daqui,
o que somente aqui havia...
O que só daqui, queria!
É onde está a minha cruz,
Aquela, que carrego e com ela
peregrino pelos tempos, desde então!
Aquela, que me fere, às vezes, ombro e coração...
Mas é parte de mim, e, me importa carregá-la,
e entregá-la,
no lugar de onde a peguei;
Ao lugar para onde voltarei,
após, cumprida a missão...
Venha com as flores que vier...
Com as cores que tiver
Trabalhadas em detalhes
Consumados
Quero ser flor...
Ou serei fruto?
Sou amor quando é preciso
Sou queixume;
Sou ciúme...
Sou perfume,
em estado bruto
Sou cantiga...
Sou espiga ao nascer
No milharal,
Com cabelos coloridos
Vermelhos; roxos; lilases...
De cores tantas,
e lindas!
Que trazes,
porque enfim,
é primavera!
És bem-vinda!
Caminho pela vida como quem pisa em algodão...
Não quero acordar o silêncio que grita.
Prefiro eu, sentir somente a vibração
Vinda do lado de fora...
Poderia eu, tocá-lo, se quisesse, agora;
Mas, não quero.
Permaneço quieta para não acordar o vácuo ao meu redor
Minha cabeça não quer o rufar de nenhum tambor...
Nem o estilhaço luminoso dos fogos de artifícios...
Ou as falas desconexas da multidão ensimesmada
Minha mente, saturada
Reluta em aceitar o que eu não posso mudar.
O que não mudo, permanece a assombrar minh’alma...
Que ainda se contorce em espasmos por um lugar ao sol.
Meio torto o lugar; meio às avessas!
Só um cantinho que abrigue as minhas dores...
Que me devolva às cores;
Que transforme em flores;
Todos os versos que encontrar...
(...) e chegou o dia em que ela cansou de tanto se doar e foi embora. Entendeu, afinal o que entendera lá atrás, mas, teimosa que é, prosseguiu na maratona diária de trazê-lo para seu mundo.
Ele não a desejava, era certo. E ela deveria aprontar-se para outros convites para nascer de novo, até partir em uma embarcação capaz de suportar seus vendavais...
Um pouco de voo...
Um pouco de asa
Um pouco de pena da asa do Arcanjo!
Meu guardião!
Um pouco do vento, batendo em meu rosto
E, lá vou eu, no sonho
O espaço é meu!
Peregrino eu,
Peregrino na noite!
Na jornada, ainda menino!
Ora piso nas pedras que ferem
Que matam meus pés
Não sei desviar...
Ora piso em nuvens macias...
Como o doce algodão
Do vendedor da minha rua.
Aquele, ao qual nunca ouvi
Vejo a voz...
Pela fresta do portão.
Me perdoe, vendedor!
Ainda vou comprar seu algodão...
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