Textos Emocionantes
A maior falha do ser humano é se deixar levar pelas responsabilidades ao ponto de transformá-las em supremas prioridades e deixar de cuidar da mente, corpo e alma, para apenas executar tarefas, se perdendo de si.
Ter controle sobre a vida emocional deveria ser nossa maior prioridade, pois uma vez que adoece, devido sobrecargas psicológicas, estaremos exaustos e ainda seremos forçados à mudar, para nos curar. Reverter quadro psicológico é muito mais trabalhoso e exaustivo.
Melhor evitar o problema e tanto sofrimento, aprendendo a se dar atenção e reservando um momento pra manter a mente sã.
Nunca deixar de fazer o que gosta, o que te traz alegria à alma, esse é o segredo.
Viver fora do automático, isso é despertar.
Parada de trem
Eu espero um trem
Não sei que hora ele passa
Desse trem, eu sou refém
Sinto que estou esperando uma farsa
Porém, eu quero prosseguir
Quero, no meu destino chegar, conseguir
Mesmo que todos me digam que não
Até mesmo o maquinista diz que não há salvação
Todavia, ainda o espero, sentada, ansiosamente
Ali fico, horas, dias, meses...
Ainda que me sinta desencorajada, ignoro minha mente
Penso, reflito muito, penso em mil hipóteses
Ainda sim, teimo em não ver a razão
Afinal, que coisa mais desnecessária
Preciso apenas seguir meu coração
É apenas uma incerteza temporária
Após muitos meses, vejo o trem no horizonte
O vejo a alta velocidade, pelo monte
Me emociono tanto, que escorrego e caio no trilho
Eu perco completamente meu brilho
O trem, corre em minha direção
A maquinista nem tenta frear
Embriagada, ela fala: "Acho que não"
Ela diz, antes de me atropelar
"A aranha, como metáfora da manipulação, tece uma teia de ilusões, atraindo suas presas com promessas de segurança e prazer. No entanto, quanto mais a presa se aprofunda na teia, mais se torna refém de sua própria ingenuidade. A liberdade é ilusória, e a armadilha é habilmente disfarçada de refúgio.
Nessa perspectiva, a aranha simboliza as forças que nos manipulam, seja através da emoção, da razão ou da necessidade. A teia representa a complexidade das relações humanas, onde as linhas entre o amor, a dependência e a opressão se tornam cada vez mais tênues.
A questão que permanece é: até que ponto somos cúmplices de nossa própria captura? Até que ponto nos entregamos às teias que nos são tecidas, renunciando à nossa liberdade em troca de uma sensação de segurança e pertencimento?
"Dividido entre a alegria e a angústia,
a solução foi oprimir o desejo.
Por medo de quem me tornei, encasulei-me.
Foram longos tempos como lagarta...
O casulo foi meu vazio.
E como vazios são essenciais,
eles foram base de minha
arquitetura emocional.
Por medo de não criar asas,
até hoje resisto à inevitável metamorfose."
QUANDO...
Quando eu me conheci de verdade parei de me preocupar com a vaidade e problemas financeiros, desisti da insanidade da ambição.
Abandonei os projetos imaginários e ilusórios do Futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando eu quero e no meu ritmo, vivo o hoje, o momento.
Parei de querer que as outras pessoas aceitassem as minhas verdades, desisti de querer ter razão.
Deixei de lado pessoas e situações que me deixassem para baixo.
Deixei de simular afeição por coisas e pessoas que não tenha de verdade.
Percebi que minha angústia e sofrimento emocional são sinais de que estou indo contra minhas convicções e harmonia com Deus.
Parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo que acontece é para o meu crescimento emocional e espiritual.
Sonhar é Bom!
Como é bom sonhar!
O som da tua voz e muito vivo e acalma,
O teu belo rosto é visto de maneira diferente, mais detalhado, ele me emociona,
Sentir o teu cheiro e a tua mão carinhosa no meu peito me causa arrepios, parece muito real,
O teu corpo escultural da vida ao meu, a tua fidelidade e o teu companheirismo são sentidos, eles me motivam a ti querer mais e mais do meu lado,
No mundo encantado dos sonhos o meu corpo, coração e mente agradecem a tua presença constante, sempre que puder venha me visitar.
Desejo em Negação
Escrevo sobre os sentimentos que desvendam o que arde em ti,
mas tu, com os olhos em silêncio, me negas.
O desejo é ser devorada, mas temes a entrega.
Dizes ser incapaz de despir-te, de te deixar conduzir.
Mas, no jogo dos sentimentos, tua pele grita.
A carne exige o que a mente recusa.
O tempo é o tempo, mas o desejo é sempre o agora.
Tu me lês, me sentes, mas não confessas os teus desejos.
Há medo nos teus gestos,
mas o abismo do teu querer me chama.
E eu, sem pudor, me perco nele,
em busca do que te faz tremer em orgasmos.
<br><br>
Augusto Silva
O teu universo é muito desafiante,
assim, facilmente interessa,
há uma atmosfera de inquietação
que te envolve, razão e amor estão
em constante confronto,
em raros momentos ficam em trégua,
por outro lado, a tua mente é muito falante, quase nunca sossega
devido a aglomeração de próprias cobranças, de pensamentos
incessantes sobre vários assuntos
ao mesmo tempo,
além do mais, existe uma paixão ardente, uma evidente gratidão,
um amor grandioso e uma felicidade que se percebe que fluem por todo
o teu corpo, esquenta a tua pele, teus sentimentos,
irradia a tua beleza, acende semblantes
semelhante a uma arte acalorada, expressiva, preciosa, que inspira,
assim, és uma mulher instigante,
que possui transparência e enigma
no seu íntimo, nas suas atitudes,
onde nem tudo é o que parece, aparências que confundem,
portanto, conhecer-te não é nada monótono, pelo contrário, é uma viagem emocionante que está longe
de ser desagradável.
Meus olhos atentos percorrem gentilmente o desenho do teu lindo rosto, teu olhar sereno, a textura reluzente da tua pele, a beleza do teu cabelo volumoso, teu sorriso sincero que resplandece como um dia majestoso que ricamente amanhece.
A tua natureza é quente, empolgante semelhante a um clima ensolarado que aviva ânimos, ilumina momentos marcantes, sendo assim, tão notável, emocionante, indispensável, cativante, então, certamente, é um prazer estar ao teu lado, mulher bela e interessante.
Devido a esta a sensação deleitosa que proporcionas e a tua existência pronta pra somar, a tua ausência logo é notada, portanto, espero que em breve venhas e traga-me de volta uma amostra do paraíso e fiquemos juntos ao menos por algumas horas.
Se ignorar a razão totalmente não trouxesse danosas consequências, certamente, ouviria a incansável emoção sem nenhum peso na consciência, instigado pela veemência do meu coração, evitaria o desgosto da tristeza, assim, desfrutraria de uma contínua exultação.
A minha racionalidade estando ausente, a minha impulsividade sendo muito emotiva tomaria conta, minha postura não seria julgada inconsequente, pois não teria nada inconveniente com que me preocupar, ficaria satisfeito constantemente, cada atitude seria salutar.
O pensamento racional, aquele mais sensato pode até ficar afastado em certos momentos, chega a ser saudável, porém, não o tempo todo, nunca se sabe quando será necessário, um resultado desvantajoso é capaz de vir por apenas um ato irresponsável.
Como há também as ocasiões nas quais o emocional é indispensável para se ter empatia pelo outro, para sentir a rara felicidade de um bom momento, o valor de alguns encontros, enquanto que em uma determinada situação, ele pode ser muito desastroso.
Tanto uma extremidade quanto a outra tem a capacidade de ser nociva, independente da ocasião, penso então, que o ideal é que a razão e a emoção possam estar unidas sempre que possível, o coração mais atento e a mente mais sensível.
Consegui.
Cheguei à distância onde a visão já não está turva.
Enxergo, enfim, o sentido que antes me escapava.
O tapete, antes um caos de fios partidos, hoje revela seu desenho.
Entrelaçado de dores, linhas cortadas, cores que sangraram dos meus dedos.
Mas está completo. Está no chão.
E ali, eu coloquei o ponto final.
Agora vejo:
Cada dor foi um traço.
Cada perda, um nó.
Cada esforço, uma cor.
Na ideia fixa de matar um leão por dia, alimentei muitas hienas e urubus.
No fim, eles só me seguiam, eu é que trabalhava para eles.
Mudei de estratégia, agora, domo leões.
Dá trabalho, mas é muito mais inteligente educar que destruir.
Porque agora trabalho com a vida, as hienas riram e os urubus voaram.
Sérgio Júnior
LIMPANDO O AMBIENTE
E então, o que achou?
___ Nem te digo.
Como assim?
___ Foi péssimo, nunca vi coisa pior.
O que exatamente?
___ Não quero falar, me faz muito mal.
Tá bom então. Mas, e sobre ela?
___ Ela é falsa demais, pensa que me engana.
Sério, mas por quê?
___ Assim, é tanta coisa que eu nem sei por onde começar.
Vixe!! Vejo que não está nada bem.
___ Não mesmo, está horrível!
Sim, mas o trabalho, vai bem?
___ E, nem te digo. O chefe é um babaca. Ele e aquele puxa-saco do gerente. Acho que os dois tem um caso.
O que, como assim, eles não são casados?
___ Sim, mas eu desconfio deles, já faz um tempo.
Okay então. E o carro tá feliz com a aquisição?
___ Vixe, agora você não vai acreditar.
Não diga, o que foi?
___ Foi a pior besteira que eu fiz, foi comprar esse carro. Ah se arrependimento matasse..
Me explica, o carro é ruim, tem problemas mecânicos ou consome muito?
___ Sei lá, só não gosto, me arrependi sabe?
Sei, mas você vai vender então?
____ Quem vai querer comprar aquilo?
Você tem um senso de humor aguçado.
___ Não mesmo, se você soubesse o ódio que eu estou.
Mas como assim, ódio de quem?
___Os amigos do meu marido, uffa, chato pra caramba!
O que eles fazem?
____ Nada não, só não vou com a cara deles.
São muitos?
____ Sim, um monte de cara sem o que fazer.
Entendo, mas e a igreja, você tá indo ainda?
___ Eu? Eu vou às vezes. Também, um monte de gente falsa, fofoqueira. Eu hem!
Me diz uma coisa : você já almoçou?
___ Eu mesmo não, olha é tanto stress que eu nem tô tendo fome. Tô trabalhando igual a um escravo.
Faz o seguinte: eu conheço um local aqui perto, muito bom, quer almoçar comigo?
___ Acho que você não entendeu, eu estou sem dinheiro.
Não tem problema, eu pago a conta.
___ Vou aceitar porque é você. Se fosse outra pessoa eu jamais aceitaria. Nossa, esse povo é complicado.
Então é aqui nesse restaurante 🍢.
___ Você está doído? Esse restaurante é o pior do bairro, a comida é horrível.
Psiu!!! Como assim?
___ Então você não sabe? Todos os meus amigos falam mal da comida daqui. Se você quiser entre, eu não vou.
Psiuuu, fala baixo menina...
____ Hei filho! Essa é a sua amiga? Vai comer o que filho?
É, pai, só um momento, vamos decidir ainda, talvez eu não coma aqui hoje.
___ Okay então, qualquer coisa me chama.
Tá bom pai.
🥺 Não é possível, então quer dizer que esse restaurante é da sua família?
Sim, você não sabia?
___ Tô passada! Desculpa o que eu falei, eu nunca comi aí, nem nunca entrei. Só falei o que me falaram.
Sem problemas nenhum. Eu só preciso te explicar algumas coisas, mas está tudo bem.
___ Explicar o que, eu já pedi desculpas.
É assim: o dono do restaurante é o meu pai, o pastor daquela igreja que você ia é meu avô, porém, o rapaz que te vendeu o carro é o meu primo, filho do dono da concessionária que é o meu tio, irmão e sócio de meu pai no restaurante.
____ Cara, você tá brincando não é?
O seu gerente é meu irmão por parte de pai, ele é filho de uma outra mulher.
____ Desculpa, eu tenho que ir, já tá tarde.
Tudo bem, mas não se sinta constrangida, você só deu sua opinião. Você sabe que seu marido quer mudar de emprego não é?
_____ Mas como você sabe?
Então, um dos amigos do seu marido, é meu amigo também. Ele me pediu para dar uma oportunidade para seu esposo.
Hoje eu vou fazer a entrevista com ele. Então, provavelmente, seu marido será o novo garçom do restaurante de meu pai. O que achou?
_____ 💃💃💃💃
Ei, amiga, volta aqui!
Nossa, foi embora sem nem se despedir 😿...
É, pai, me serve um cordeiro?
___ É para já filho, a sua amiga foi embora?
Sim pai, ela é uma princesa, não aceitou que eu pagasse o almoço, mas elogiou sua comida.
Falou muito bem da igreja e dos sermões do vovô.
___ Que bom filho, se eu não me engano foi ela que comprou o carro na mão de meu sobrinho, não?
Sim paí, ela me disse que o vendedor foi gentil e que o carro é o sonho da vida dela.
___ Poxa filho, que mulher maravilhosa, confesso que tinha uma outra impressão sobre ela.
Pois é pai, as vezes a gente se engana..
_____ Pronto filho, aqui o seu cordeiro.
Obrigado pai, tá com uma cara boa e um cheiro de manjar dos deuses.
_____ Filho, você sempre gentil...
Pai! Pai!
____E então, o que achou?
Sérgio Júnior
É URGENTE SER INTELIGENTE
A única coisa realmente urgente para qualquer pessoa é se manter em vida. E para isso, precisa desenvolver e refinar a "intus legere", a capacidade de interpretação e leitura de movimentos, discursos e comportamentos.
Caso contrário, serás escravo da imagem, da ilustração, da voz e da aparência; agindo, crendo e vivendo, guiado pelas pulsões emocionais e com altíssimos níveis de cortisol, ignorância, ansiedade, obesidade e depressão. A sua inteligência ou a sua leitura interna dos cenários que te apresentam, sejam eles reais ou sensacionalistas, vai determinar o seu estado de saúde mental e emocional.
Insuficiência,
E a culpa é minha,
Eu não aguento mais,
Eu só queria que meus pensamentos ficassem em silêncio,
Eu queria dar um reset na vida,
A intensidade me corrói,
Ninguém me aguenta,
Ninguém fica,
Eu só queria que tudo isso acabasse,
Mas, me falta coragem,
Se não faltasse,
Talvez meu peito não chorasse mais,
Às vezes não é só texto,
É um pedido de ajuda,
Mas, quem é capaz?
Dói demais,
Essa insuficiência insuportável,
Me sinto insignificante,
A insegurança bate forte,
Eu só quero fugir da realidade,
O que não resolve,
Mas, a dor é tanta...
Como confiar novamente depois de um término.
Confiança não é um salto no escuro, nem um presente que alguém entrega de mão beijada. É uma semente que nasce da terra mais árida do nosso peito — aquela que parece impossível de florir depois de tanto sofrimento.
Eu sei que você está cansada. Cansada de promessas vazias, de palavras que voaram, de silêncios que doem mais que qualquer grito. Cansada de se entregar e, no fim, ficar com as mãos vazias, o coração ferido, a alma despedaçada.
Mas a verdade que ninguém te contou é que confiar de novo não é esquecer as cicatrizes. É aprender a carregar cada uma delas com leveza, como medalhas de quem sobreviveu a batalhas que pareciam impossíveis.
Confiança começa no silêncio da sua alma, quando você decide olhar para dentro e dizer: “Eu me escolho. Eu mereço um amor que não me diminua.”
É nesse momento que você planta a primeira semente. Um amor por você mesma — que não precisa ser perfeito, mas precisa ser verdadeiro.
Não se apresse em preencher os vazios com alguém que não respeita seu tempo, sua dor, seu processo. O amor que cura espera, não atropela.
Você já é inteira, mesmo com suas feridas. Já é forte, mesmo quando se sente frágil. Já é luz, mesmo quando a escuridão insiste em rondar.
Confie na sua força, no seu tempo, na sua capacidade de se reinventar a cada amanhecer.
Quando a confiança voltar, ela não será um risco cego, mas um caminho consciente, suave, onde você pode caminhar de mãos dadas com o amor que você merece — aquele que acolhe, respeita e transforma.
E, até lá, seja gentil consigo mesma. Permita que seu coração se cuide, se ame e se prepare para florescer de novo.
Porque você merece florescer.
Com todo meu carinho,
O Peso Invisível
✍ Por Diane Leite
Dizem que o home office foi a grande revolução do trabalho. Dizem que agora podemos conciliar tudo – carreira, filhos, casa, sonhos, ambições. Dizem que podemos trabalhar no conforto do lar, produzir enquanto assistimos ao crescimento dos nossos filhos. Dizem tantas coisas…
Mas ninguém diz a verdade.
Ninguém fala sobre as palavras interrompidas, sobre o cursor piscando na tela enquanto uma voz infantil chama sem parar: “Mamãe, mamãe, mamãe…” Ninguém menciona o caos mental de tentar responder um e-mail enquanto alguém puxa sua blusa pedindo atenção. Ninguém fala sobre a raiva silenciosa de tentar construir um futuro enquanto mãos pequenas tentam te puxar para o passado – para aquele tempo em que você era apenas mãe, apenas colo, apenas entrega.
O mundo aplaude pais que trabalham de casa, admirando sua dedicação e equilíbrio. Mas quando é a mãe que tenta, o que ela encontra? Um labirinto sem saída.
Ela tenta negociar, tenta explicar.
"Filho, me dá só mais meia hora e depois a gente brinca."
"Mamãe está ocupada agora, mas depois vamos ver seu desenho favorito juntos."
"Por favor, me deixa terminar isso, é importante."
Mas as crianças não entendem tempo. Elas entendem presença. E quando percebem que a mãe está ali, mas não está, insistem, persistem, exigem. Querem tudo. Querem agora.
E a mãe?
A mãe não está frustrada porque não ama o filho. Não está frustrada porque não quer estar ali. Ela está frustrada porque precisa pagar as contas. Porque precisa trabalhar para sustentar o filho que, ironicamente, é quem a impede de trabalhar.
E o pior: a criança não entende.
Ela não sabe que aquela mãe exausta que pede “só mais um minutinho” está tentando garantir um futuro para ela. Não sabe que, enquanto brinca distraída, aquela mãe está planejando, negociando, buscando um jeito de fazer tudo funcionar.
A mãe engole a raiva. Engole o cansaço. Engole o grito que quer sair.
Porque o mundo já a ensinou que mães não devem sentir raiva dos próprios filhos.
Porque o mundo já a convenceu de que esse é o seu papel e que reclamar é ingratidão.
Mas lá dentro, um vulcão silencioso se forma.
Não é culpa.
Não é medo.
É frustração.
Porque enquanto o pai seguiu sua vida, ela parou. Enquanto ele construiu, ela segurou tudo sozinha. Enquanto ele dormiu tranquilo, ela ficou noites em claro, estudando terapias, pesquisando tratamentos, garantindo que aquele ser pequeno e frágil tivesse um futuro.
Agora que o filho cresceu e que ela finalmente tenta respirar, tudo parece puxá-la de volta para aquele tempo de doação total. O tempo que parecia ter ficado para trás, mas ainda vive dentro dela.
Ela sente raiva porque percebe que ninguém vai dar esse espaço a ela. Ela terá que tomar esse espaço.
Mas ninguém ensina como.
E então ela segue, tentando negociar, tentando encontrar um pedaço de tempo entre as exigências do dia.
O cursor ainda pisca na tela.
Os e-mails ainda esperam.
Os sonhos ainda querem nascer.
Mas há um peso invisível sobre seus ombros.
O peso de ser mãe e ser mulher ao mesmo tempo.
O peso de carregar tudo enquanto o mundo finge que não vê.
Mas ela vê.
Ela sente.
E um dia, de algum jeito, ela vai conseguir respirar de verdade.
E não pedirá mais desculpas por isso.
Diane Leite
Liana Sombria…
No vasto reino das florestas ancestrais, onde o sol beijava gentilmente as copas das árvores, existia uma planta que se destacava por sua aparência frágil e despretensiosa. Essa planta, conhecida como a Liana Sombria, serpenteava de maneira sutil ao longo dos troncos robustos, envolta em um manto de folhas esguias e flores pálidas como névoa matinal.
A Liana Sombria não possuía a força majestosa dos carvalhos nem a resiliência das coníferas, mas, em sua aparente fragilidade, escondia um segredo voraz. Ela se enlaçava suavemente em torno das árvores vizinhas, sussurrando promessas de sombra e abrigo, enquanto silenciosamente sugava sua seiva vital. Lentamente, as árvores sentiam seu vigor se esvair, suas folhas murcharem, suas raízes enfraquecerem, enquanto a Liana florescia exuberante, alimentada pela essência alheia.
Na quietude da floresta, esse ciclo parecia eterno, até que um dia uma brisa sutil trouxe consigo a sabedoria do vento. As árvores, antes resignadas, ouviram o murmúrio distante das montanhas, que lhes contou sobre o poder do desapego. Com um esforço coletivo, começaram a se libertar dos grilhões invisíveis, afastando a Liana de seus troncos e permitindo que a luz do sol novamente banhasse suas copas.
A Liana, desprovida da força alheia, definhou lentamente, suas promessas vazias dissolvendo-se no ar cálido da manhã. E assim, o bosque redescobriu sua harmonia, suas cores vibrantes retornando com um vigor renovado.
E, naquele silêncio reverente, as árvores compreendiam que às vezes era preciso deixar para trás aquilo que, em sua aparente fragilidade, esgotava seu espírito. Afastar-se da sombra ilusória era permitir que a verdadeira luz penetrasse, revigorando a essência e devolvendo ao mundo sua beleza intrínseca.
A "arte" da inversão…
Manipulação é a dança velada da sombra, onde a culpa, disfarçada, se impõe e assombra.
É o espelho quebrado da razão alheia, que reflete o erro como se fosse cadeia.
Teu grito, nascido do corte profundo, é moldado em silêncio por quem rege o mundo.
Teu lamento, legítimo, é transfigurado, num teatro cínico, ao algoz dedicado.
Quem desrespeita finge ser ferido, torcendo a verdade num laço distorcido.
E, assim, o carrasco se veste de vítima, invertendo a lógica, tornando-a enigma.
Leia de novo, até o véu cair, até que o ciclo não possa mais se repetir.
Pois quem usa teu pranto como argumento, te prende num labirinto de tormento.
A manipulação é a arte da inversão, um veneno sutil que invade o coração.
Mas quem enxerga além da neblina espessa, rompe o jogo e resgata a própria promessa.
Mentes…
A pequenez de uma mente revela-se no seu fascínio pelo efêmero, pelo irrisório, pelo rumor que se arrasta pelas sombras do cotidiano. Focar-se nas vidas alheias, desfiando os fios da privacidade do outro, é sinal de um espírito que se detém na superfície, incapaz de sondar as camadas mais densas da existência. A fofoca, em sua essência, é o refúgio de quem se recusa a confrontar a vastidão do pensamento, preferindo habitar o estreito corredor da banalidade.
Por outro lado, há aqueles que se inclinam para o dinamismo dos eventos, para os movimentos que moldam o mundo e nossas experiências compartilhadas. Essas mentes, embora mais arejadas, ainda se limitam ao transitório. Discutem fatos, narram histórias, mas se deixam enredar pelo agora, pelo cenário externo que se desenrola como um teatro. Não ousam perscrutar as raízes que sustentam o que é visível, pois talvez temam o abismo que aguarda sob a superfície dos acontecimentos.
Já as mentes verdadeiramente grandiosas transcendem a distração do trivial e a armadilha do imediato. Essas almas encontram o infinito no pensamento, o eterno nas ideias. Não se satisfazem com a espuma das ondas; buscam o oceano profundo onde residem as perguntas fundamentais. Elas sabem que discutir conceitos é escapar da prisão do contingente, é tocar o que é universal, absoluto e transformador. O diálogo de ideias não apenas conecta consciências, mas também as eleva, permitindo que o espírito humano se expanda para além de si mesmo.
Assim, a diferença entre essas três categorias de mentes não é meramente uma questão de escala, mas de profundidade. É a escolha entre o passageiro e o perene, entre a distração e o propósito, entre o ruído e a música. A grandeza de uma mente não é medida pelo que ela consome, mas pelo que ela cria e pelo impacto que suas reflexões exercem sobre o mundo. Enquanto as mentes pequenas se contentam em observar o palco, e as boas em relatar suas cenas, as grandes reescrevem o roteiro que dá sentido à existência.
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