Textos em homenagem às mães para expressar carinho, amor e gratidão
E disse a minha FILHINHA (Carla Sophya Santos) após a Mãe ter dito que numa flor, via a poesia:
(…) Então o meu Paizinho (Manuel Santos) é um jardim! 🥰👑💐🌷🌹🌺🌸🌼🌻
Tu que em mim vês, um jardim, Linda Flor;
Sei bem, porque o tal vês, minha Querida;
Nesse ver que em ti tens, por tanto AMOR;
Que em ti, depositei; nessa em ti tida!
Tal vês, porque só de AMOR, foste feita;
No dia em que a Ti, à MÃE, nós juntamos;
Todo o sabor, que A nosso PAI, Respeita;
No demonstrar do quanto, nos AMAMOS!
És por tal, LINDA FLOR, de um jardim mista;
Brotada nesta vida, para eu ver;
A beleza do AMOR, em nós tão tida!...
Por em ti ter, a tua MÃE tão vista;
Num completar do AMAR, tido em meu Ser;
Para em TI ver, O AMOR; da nossa vida.
Com a sorte e a alegria de um ser de tão lindo SER, Pai;
A força de ser mãe
Ter a ternura daquele olhar que buscava o acolhimento de uma mãe
Deus me fez mãe
Me fortaleceu me dando paciência
Fui forte onde muitos cairiam
Estava segura na rocha
Não foi fácil nada é facil
A luz daquele olhar me fez ver que os dias seriam dificeis,
mas seriam alcançados
Deus me fez forte no momento certo
Pra pessoa certa
Minha pequena luz...
Shirlei Miriam de Souza...
OS OLHOS DE MINHA MÃE
Eram duas pérolas cravadas em um triste rosto.
Havia algo marcado, a beleza e o desgosto.
De dentro da água salgado, saltou-se a ostra
à maresia, e suas partes separadas, banhou-se
no sêmen d’areia molhada.
E seu ventre carregou-se de encanto ou desencanto,
a cada vez que amanhecia, por tantos e tantos dias,
ouvindo a noite gemer para cobrir seu sofrer.
Aflito o grito da alma, de uma alma sem calma...
E aqueles olhos? Nunca lhes vira tão de perto!
Nem sabia dos desertos que seu mundo oferecia,
mas em seu rosto, desenhadas, duas pérolas, sim, havia!
Quem nunca se sentiu desprezada pela mãe?
Sinto que apenas eu, passo por isso, talvez um pouco egoísta, mas parece que todo mundo sobe aquelas fotos bonitas com a mãe e eu não tenho nem uma na galeria, é complicado, quando te vendem a mentira que a relação maternal é puro amor, proteção e carinho. Isso é mentira, há mães que desprezam, que rebaixam e que deprimem os filhos. Dói imenso, as palavras que te saem da boca "Mãe", dói quando dizes que não sou ninguém, que sou desprezível e que nunca conheceste alguém tão relés como eu, dói tanto quando sussurras, "Oxalá nunca te tivesse tido". Eu não escolhi vir à tua vida, não quis estragar esses sonhos dos que nunca falas, não quis "obrigar-te" a casar com o pai, tu escolheste, vocês escolheram, e por má sorte nasci eu. Mas uma vez que já não havia volta atrás, por que não fazer bem as coisas?, por que não me dar o amor e a empatia que tanto preciso, por que não ser boa mãe, por que me desprezar e me chamares nomes feios.
Oxalá alguma mãe leia isto e reflita, cuidem dos filhos.
Oxalá a minha mãe veja isto e sem saber que sou eu, reflexione e mude.
Enoja-me dizer isto mas acho que lá no fundo Mãe, eu amo-te.
Mãe consagrada
Mãe Maria Deus coroou,
para ser mãe de Jesus
nosso Senhor.
Mãe rainha cheia de esplendor
que por mãe de todos
Deus consagrou!
Maria sua graça é só amor...(3x)
Seu coração de mãe,
ninguém superou,
porque Maria és alheia a própria dor.
Salvastes o mundo
pois, seu próprio filho renunciou...
Ensinou, que em um coração
cabe um ventre de amor.
Maria sua graça é só amor...(3x)
Este ventrículo é um laço
de um versículo abençoado!
E ele é maior no amor
por dentro de uma oração!
Seu amor é gesto de bem doado;
Foste o bem para o bem,
e por bênção...
para ser sempre celebrado!
Maria sua graça é só amor...(3x)
Maria Lu T S Nishimura
Música em adequação ao soneto:
Versículo do coração
A mulher, mãe Maria, Deus consagrou
Ser a mãe de Jesus Cristo, nosso senhor,
É tambem mãe rainha cheia de esplendor,
Que por mãe de todos nós, Deus corou!
Neste contexto, o preceito é só de amor;
Coração de mãe nunca ninguém superou,
Porque, é de tal forma alheia a própria dor
À salvar o mundo inteiro, seu filho deixou!
Mas, também cabe um ventre no coração,
O ventrículo, laço do versículo abençoado,
É maior no amor, por dentro de uma oração!
Amor é sem dúvidas, gesto de bem doado,
É pratica do bem, para o bem e por bênção,
Sempre, nunca somente num dia celebrado!
Oxum
Você és o encanto em minha vida
Oxum, minha mãe
Só tu sabes das angústias vividas
Eu lhe sinto
Toda vez que me canso
Toda vez que tropeço
Toda vez que canto, Yabá
Toda às vezes que rezo
E você me escuta
Pois, sinto seu perfume
Doce como tu és
Sinto o seu toque
Seu abraço
Ouso até os seu idés
E quando repouso meu ori
Uma coisa grita em meu coração
"Não foi bom hoje
A vida é assim
Confia, filho em mim
E não desanima não".
Então eu levo fé
Levo, para todos os cantos
É que nasci do ventre de Oxum
E lá eu aprendi
O quanto amar é um encanto.
Sou mãe biológica de poesias
A Inês, minha amada sobrinha
Tenho comigo que sou mãe e não sabia
Sim, sou mãe biológica de poesias
Como tenho as portas da alma aberta
Elas chegam de mansinho
E se abrigam no meu útero com carinho
Nascem naturalmente, sem dor, sem fórceps
Sem traumas e sem gritarias
Não escollhem o horário e nem o dia
São libertas de qualquer imposição
São repletas de amor, esperança, certeza e gratidão
Nossa comunicação acontece por intuição
Nos momentos de exaustão elas me arrastam pelas mãos
Tagarelam em meus ouvidos e provocam confusão
Deixo tudo que estou fazendo para lhes dar atenção
Às vezes invadem minha privacidade e se vão
Para algumas eu conto com a magia da parteira
São arteiras, dão cambalhotas dentro de mim e se escondem
Dizem que tem medo da realidade desse sol que arde
Querem ser eternamente a inspiração da minha vida
Mas ao fazerem a travessia se expandem na alquimia da poesia
Do livro: Deusas Aladas
Mãe
Pelo exercício da vida
o mais assertivo foi
o teu caloroso colo.
Mãe é uma obra infinita
é um coração que absorve
toda a dor que surja aos filhos
mastiga-a e guarda-a na alma.
Esse ventre que me amparou
lançou-me à incessante vontade
de viver e à constelação do sonho.
Minha querida Mãe és a recompensa
em todas as minhas horas incertas.
Recolhes as minhas lágrimas
nas janelas do teu olhar
e sequestras o meu choro.
As tuas mãos afagam a face
do filamento paralelo aos dias.
Mãe, guardo no meu peito
o punhado de paz e sorrisos
que sorvi umbilicalmente.
Encerras as minhas feridas
com as tuas sábias palavras.
- Amo-te em todas as contrações
que desaguam: no mundo que me fizeste.
A mãe
A mãe é doce
como cheiro da flor,
que cheira oce
cheia de dor.
Que pinta o dia,
Para dar brilho,
que acha a melodia,
cheia de luz no trilho.
Como é feliz de esperar,
que a alegria chegue
com o amor de alegrar,
levando-nos a crer no que se.
Tão bom é ser feliz,
como flor no seu germinar,
doce como olhar de liz,
que ao céu fica a pairar.
É alegre de ver,
os brilhos dos nossos dias,
iluminados como o éter
que ao iluminar dá nos lias.
Minha oração...
Mãe,
em um tempo o amor se estendeu os braços para o nada e abriu o um mundo...
E se abriu o Amor e estendeu as mãos e o ser abriu-se o encontro...
E o amor se tornou vida de tua vida e eu existi... Mãe, o céu sem confins revela-me teu amor...
A distância do oceano fala-me da tua bondade... As mais ingrimes montanhas refletem teu heroísmo... A profundeza dos vales espelha tua humildade..
E o toque das flores sem espinhos traduz teu caminho... Tudo isso encerras dentro de teu grande coração... E silenciosa, serena, sorrindo, continuas labutando no cotidiano da vida. Um dia, o Amor se tornou vida de tua vida e eu existi.
E um dia sereno de paz de amor iremos nos encontrar, mas enquanto isso não acontecer ainda sinto uma dor, um vazio que está me correndo por dentro, as lembranças estão ainda tão presentes, o sorriso, o dizer: "oh filhinho, deita aqui pertinho da mamãe". Mãe, quanta falta estás me fazendo, não sei se conseguirei aguentar, choro a todo instante a tua ausência, me ajuda a suportar....
Obrigado, Mãe, pela senhora existir dentro de mim...e perdoe-me por tudo que EU não consegui fazer...
Que dor!!!
Te amoooooo muitoooooo!!!
Élcio José Martins
MÃE 2017
Mãe 2017 é soma dez,
Dois mais zero, mais um, mais sete,
Resultado dez.
Soma vinte mais dezessete,
Resultado trinta e sete,
Que somados ficam dez.
Mãe é nota dez,
Não tem desvio e nem revés.
Cuida de sua cria com maestria,
Na escola da vida é mestra da bateria.
Mas o mundo mudou,
Cuidar só da casa no passado ficou.
Hoje é: uma, duas, três,
Família, trabalho, lazer às vezes.
Mesmo nesse mundo diferente,
A mãe tá no batente.
Nem a liberação dessa nova geração,
Tirou do peito seu amor e devoção.
Nesse mundo conturbado,
Cheio de vícios e pecados,
De gostos fritos e assados,
De pais ausentes, despreparados.
Filhos mal educados,
Na rua são formados.
Nas drogas, aliciados,
Sobra pra mãe os seus cuidados.
Mães de ferro desesperadas,
Viagem sem freio e sem estrada.
Do coração que era morada,
Chocou feio na encruzilhada.
Mãe não desiste jamais,
Por seus filhos tudo faz.
Não tem chuva, nem hora, nem sono,
Capaz de tirá-la de seu trono.
Mãe representa Deus na terra,
É nela que tudo se encerra.
Pra ela filho não tem defeito,
Como Maria, seu Jesus, sempre perfeito.
Mãe é doce e suave,
É a pena que adorna a ave.
Mãe é pluma de leveza,
É rainha de ternura e beleza.
Mãe é o alicerce e o telhado,
Dá o abraço e sempre deixa o seu recado.
Sua força e valentia são inexplicáveis,
Suas ações e seus atos irretocáveis.
Salve esse dia sagrado,
De presente, sorriso e agrado.
Na terra ou no céu fez bem feito o seu papel,
É abelha que para os seus produz o mel.
Amor de mãe é sagrado;
Amor de mãe é açúcar no melado.
Amor de mãe é puro;
É empréstimo de beijos sem cobrança de juros.
Nove meses de gestação,
À espera da emoção.
No colo ou no berço, muita dedicação,
Na saúde ou na doença, um sofrido coração.
Saudade do colo da mãe amada,
Mesmo com as marcas das palmadas.
Um sorriso e um afago na chegada,
Na partida, lágrimas de enxurrada.
Que as têm, ame e cuide,
Que as têm no céu ore e agradeça.
Quem vai ser mãe, bom parto,
A todas as mães meus Parabéns...
Élcio José Martins
Etelvina minha mãe
Quem sou eu sem você,
minha mãe amada,
sem os seus sorrisos protetores,
sem a sua voz indomada.
Os seus olhos francos,
ensinaram-me como encarar o mundo,
como amar aqueles que me odeiam
e,como ser grande homem e não homem grande.
Sem os seus conselhos brancos,
a minha vida não teria êxito fecundo,
que me leva aos sítios que nos rodeiam,
para a criação de mais um poema ande.
Amo-te,amo-te e amo-te.
Mãe,um amor verdadeiro temos,
nada de falsidade está em nós,
para sempre nos amaremos,
e nada separa um amor fortós.
Nove meses no seu ventre,
eu já sabia chamar-te mãe,
doce nome tem entre
as saudades de te chamar mamãe.
A mãe lembra sempre,
da junção dos nossos nomes.
Francisco-Etelvina,de filho e mãe,
Que deram origem ao Franvina.
Isto é pequena homenagem à minha querida,amada,linda,bonita,doce,corajosa,honesta e trabalhadora mãe.Fui buscar palavras para lhe descrever,mas só encontrei essas porque o mundo está cheio de imperfeições,mas a mãe é perfeita.Mãe,para mim ainda está ao mundo dos vivos porque está sempre comigo e,é a minha inspiração.
MÃE DE ALGUÉM
Estive em lugares onde nao me recordo muito bem,
lugares diferentes na qual não conseguia sair.
Ambientes estranhos onde eu sempre estava com alguém,
não era vida fácil por apenas ser bonita e adequadamente me vestir.
Estava rodiada por homens que a mim desejavam,
me sentia valiosa, pois com dinheiro me compravam.
Geralmente quando acontece nao me lembro,
prefiro estar dopada do que ciente de como é a única saída que tenho.
Após alguns meses ja não estava na mesma condição,
minha barriga cresceu e dentro batia outro coração.
Não sabia o que fazer, minha vida ja era complicada,
mas me matar parecia ser a única fulga que restava.
Aguentei o tranco até onde não deu mais,
pessoas me ajudaram, o parto natural e o cordão partido por um bom rapaz.
Gravidez de risco e chegou a minha hora,
meu bebê está aqui, ja vou-me embora.
Deus ja estou indo, que ele seja bom como ninguém,
estarei cuidando daí de cima, para que dele cuidem bem.
Senhor sei que sou pecadora,
apenas me perdoe e me permita pois ainda sou mãe de alguém.
Minha Juventude
Minha amiga Patrícia, Mãe de Guilherme me pediu para falar sobre a juventude. Talvez minha juventude tenha sido muito parecida com a dela pois vivi momentos mágicos e incríveis.
Minha Amada juventude foi repleta de amor, amor que transbordava, cheinha de amigos-irmãos e muitas histórias para contar. Fui uma jovem quase qualquer, frequentei Village Café e Mikonos nas matinês de sábado e domingo, dancei horrores ao som de música eletrônica. Era fã de Menudo e Dominó. Tinha amigos pobres, ricos e classe-média e nada disso importava. Era promotora da paz, pelo menos tentava ser. É claro que a cada desobediência (rebeldia) eu ouvia do meu pai: "É isso que você aprende no Focolare?" (Movimento Cristão). Tanto meu pai como eu tínhamos a certeza que Não. A pergunta só vinha para me confrontar de que eu estava agindo totalmente ao contrário do que aprendia por lá. Vendia pão no sinal para a padaria Per Te, Morava no Boulevard e passeava em casa como dizia meus pais. Tinha muitos amigos, a vida de doação sempre me fascinou, e na sala de aula era a psicóloga, a primeira a saber que a amiga tinha engravidado na adolescência, a única a saber de algum problema familiar e assim me tornei a Sra. Conselheira, aquele ombro amigo, com palavras bonitas, respostas sinceras e resolução de todos os problemas do mundo. Sofria? Não me lembro! Estava tão voltada para amar o meu próximo que apesar de ser quase sempre briguenta me sentia leve em ajudar, quanto mais eu ajudava mais disposta ficava. Tive uma juventude de pouco namoro, esse não era o meu foco principal, aliás nunca foi. Está aí umas das minhas qualidades importantes. Sou feliz sozinha. Sou feliz comigo mesma e isso desde o tempo de menina. Mas amo ser feliz no coletivo, em comunidade.
Briguei no colégio e fora dele, distanciei de amigos, julguei, errei e recomecei. O tempo vai passando e tudo de ruim que aconteceu fica sem sentido, tudo parece lembranças vagas como sonhos ou porque não, pesadelos.
Eu não era perfeita, nunca fui, perfeição tava longe e ainda está, mas tenho uma sensação tão boa de dever cumprido, de ter aproveitado bem cada momento, de ter dado valor a quem merecia valor, de ter acreditado nas coisas simples da vida, no amor, na paz, na harmonia por mais estranho que possa soar uma geniosa, a Sra. Pólvora acreditando na paz.
Na juventude despertei para lutar por meus ideais, mesmo que parecesse careta, insano ou chatice. Sempre levantei a bandeira das coisa que acredito, sempre lutei. A juventude para mim é sinônimo de Amizade. Amizades essas que carregarei no coração para sempre!
Aspirado num sonho por sua mãe, concebido para ser um rei de uma nação
Despertado pelos deuses para guiar seu povo
Como estrela do céu nasceu de família real e palaciana, depois de sete dias sua mãe faleceu
Com o desígnio de estudar para ser majestade de se torna guia de seu reinado, casou-se cedo e um herdeiro de pronta alegria deixou
Não satisfeito com sua vida de cabedal, partiu de sua retidão para o mundo real
De todo sofrimento do homem observou da doença, velhice até a morte
Há descobrir que todas as forças militares nem todos os luxos da terra poderiam acabar com o martírio dos homens
Partiu para a luta para a verdade nesse mundo encontrar, abandonou tudo que tem de riquezas e bens se desfez de humildade se cobriu e de seu cavalo despediu
Nos bosques da meditação para se tornar um só mente e corpo com os eremitas se firmou
Se emancipando do corpo pelo seu controle psíquico, com o fim de liberta a humanidade do seu sofrimento progressivo lutou
Após algum tempo práticas essa se tocou com os eremitas não concordou e por isso os abandonou
Tentou métodos de mortificação do corpo para ascender a iluminação, aprendendo a compreender a dor atingiria o espirito
Experimentou o maior sofrimento que seu corpo podia suporta para a iluminação encontrar
Despertou e entendeu que da luxúria que tinha e do sofrimento que passou as respostas que procuravam sobre a vida não achou
Saiu do dualismo e caminhou pelo meio para encontrar o equilíbrio do corpo da mente unificar
A se recuperar numa figueira se assentou para ver se a luminosidade alcançou
O arrebatador da vida por muito tempo o atentou, na beira da morte o ceifeiro da vida pronunciou “ seus esforços são em vão, o caminho da luz e duro, penoso e inacessível “
Venceu outras tentações subsequentes e quando a estrela vermelha nasceu, seu olho com claridade seu sentido para a vida despertou em fim acordou é o velho Gautama um buda se tornou
No cair de Juno desapego dos sentidos alcançou, concentração e serenidade sem limites objetivou e com a pureza da alegria se retomou
De todo o sofrimento em busca das respostas foi sondar, para concluir que o sofrimento seria causas de eterno retornos sofrendo a miséria constantemente
A difundir aos interessados a causas das consternações se propôs a ensinar de forma clara e simples a quem quisesse escutar
Sem desejos, apegos e egos humildade e normas espirituais guiaram Siddharta Gautama ao caminho da luz alabastrino.
SER MÃE (crônica)
Ah, tá bom! Então eu sou mãe, a querida, delicada, que ama incondicionalmente ( in-con -di-ci-o-nal-men-te), que faz a comida preferida de cada filho, vai ao mercado, àquela feira lá do bairro nos confins para comprar a pamonha mais gostosa que seu querido adora.
Faz cara de paisagem quando ganha um presente que não gosta e já tem certeza que não vai usar, mas não demonstra, senão a doadora pode se ofender. Compra roupas pro marido, mas tem que ficar dando dicas para ver se adivinham o que ela está “precisando”.
Faz um esforço danado pra se entender com a empregada, que por sua vez é mãe até com mais filhos, contrata jardineiro, eletricista, encanador e ai se algum deles fizer serviço porco! Importante, jamais pode bater o carro ou levar multas.
E por aí vai o rosário de penas que vou desfiando... pronto, já me distraí, isso é um trecho da música que a Amalia Rodrigues cantava, mas ninguém me deixa ouvir porque é chata e das antigas - de novo mãe, ah não!
Ah, sou mãe, o pilar da casa, mas eu nem comecei do começo, quando nascem os filhos, pediatra, vacina, escola, virose, aniversário do coleguinha, [......] colegial... dá licença, vou pular esta parte minha, a fase é deles, só mãe sabe.
Pulei, esqueci, nem sei mais quantos anos foram!
Onde eu estava mesmo? Sim, na família já formada, filhos grandes; vem os empregos, casamentos, genros, noras, netos...abortos...(doi, sempre dói de novo)
Alguém deve estar pensando, onde ela quer chegar com essa conversa, tudo igual, conheço esta história.
Aí é que está a questão:
Você que conhece esta história então me escuta. Mais...me ajude a contar tudo, não saia de fininho, somos iguais, não somos?
Dando continuidade, antes que citem a famosa frase - Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães, preciso fazer várias perguntas, questionamentos que não consigo solucionar sozinha. Você também não consegue! Vamos?
Aí a mãe faz o que pode para agradar a família, aguenta desaforo, vai perdendo os abraços, a beleza, a agilidade, surgem as artrites, com o colar de ites que o médico diz que é da idade, o pior, os “ais” verdadeiros e os costumeiros que ninguém quer ouvir.
Sem contar com o celular lindo de seu filho que ele lhe dá, bem intencionado, quando troca por outro bem melhor, e você não sabe usar bem, porém eles não tem tempo para ensinar. E tem aquela blusa que você ficou namorando na vitrine, quando criou coragem para comprar, chega em casa, vem a filha - ai que linda mãe, posso usá-la hoje? Aiaiai...
Não posso me esquecer: “mãe é a rainha do lar”. Fala agora, o que ela faz com o peso desta coroa enorme que colocaram em sua cabeça?
Como desfazer-se dela para aliviar os conflitos que ficaram presos pela força que ela engrenha comprimindo seu cérebro?
E os seus sonhos, seus medos, suas loucuras, seus tédios, seus planos interrompidos pelas diarreias caseiras?
Tem aquele filme que ouviu dizer que era ótimo, mas quando deu fé, já tinha acabado a temporada?
Onde será que ela guarda estes afetos, desafetos, inquietações, lágrimas de
banheiro, insônias, segredos íntimos, remédios sem receita, unguentos que a vó deixou a receita como herança?
Quem tiver alguma ideia, por favor me elucide, porque, como você, faço parte deste emaranhado de responsabilidades que a sociedade colocou em minha vida, sem perguntar se eu iria aguentar.
Por mim, eu colocaria tudo num baú (decorativo, para que não mexam), junto, um daqueles aparelhinhos de som made in china, com um pen drive tocando sem parar aquela música que me fascina desde o ano passado:
“Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós......”]
melanialudwig - maio/ 2018
VONTADE DE MINHA MÃE
Hoje amanheci com vontade de mãe. É, amanheci, feito pão esquecido no cesto da noite para o dia, um murcho, outro seco, sem saber o que seria feito deles.
Amanheci assim, precisando tomar meus remédios, mas sem ter que tomar a iniciativa. Querendo alguém que me lembrasse, aqui estão seu remédios, não se esqueça. Ou então, apenas um - dormiu bem?
Coloquei-me em pé e segui em direção à cozinha como faço todas as manhãs.
Ao atravessar a sala de jantar, me aproximei de um pote de cerâmica, colocado no aparador, diria até, estrategicamente, herança que trouxe lá da “nossa” casa, quando tudo foi dividido, por ocasião da morte de meu pai.
Parei e com as mãos em concha, deslisei-as em todo o seu contorno, como se dentro dele estivesse todas as lembranças concretas, desde o dia em que juntas, mamãe e eu, compramos aquela peça.
Na época era cara, de bom artesanato. Ela gostou tanto e eu também. Isso foi há muitos anos, nem sei quantos.
- Ah leva mãe, não precisa dizer ao pai quanto custou!
Voltamos rindo do feito, com todo cuidado para que não quebrasse e sobrevivesse aos sacolejos do ônibus, na sua volta, mais de quatrocentos quilômetros longe daqui.
Respirei fundo para afastar a lembrança, a vontade de mãe, e entrei na cozinha.
Fui logo passar um café. Adoro café de manhã. Acho o meu café muito bom. Só que eu queria que ela estivesse ali para experimentá-lo e dizer que meu café estava “sehr gut”.
- Nossa, filha, você aprendeu a fazer um café sehr gut!
Levantei a xícara acima de meus olhos e ocultamente ofereci a ela. Então, desci a xícara devagarinho, como num ritual sagrado e quando senti aquele cheiro quente bem próximo às minhas narinas, sorvi gole a gole em silêncio.
Nunca uma xícara de café me pareceu conter tanta vontade de mãe...
melanialudwig - 21/08/19
Hoje mostrei a minha mãe um perfil no Instagram. São diversas fotos de um jovem que aparece com frequência mostrando seu corpo nú, claro, imagens censuradas. O comentário de minha mãe foi o mesmo que provavelmente muitas e muitas pessoas de sua época fariam e fazem: “- é para se aparecer?” Imediatamente respondi que não e que a pessoa é artista.
Entendo minha mãe pensar dessa maneira, afinal, ela foi criada em outro tempo e acabou de dar partida em sua vida digital, ou seja, acabou de mergulhar em um mar onde as pessoas diferentes podem ser elas mesmas por através de todos os muros de preconceitos, ainda lhe custará um par de anos até que entenda que o mundo evoluiu. Por isso, não julguem a ela nem aos que ainda não entendem nosso progresso. É uma questão de tempo.
No momento que falei a ela que a pessoa das fotos é artista, também lhe disse: quando é uma modelo na playboy, não tem problema? E se fosse o ensaio sensual de uma bela mulher? Essas seriam aceitáveis?
Minha mãe parou para pensar, não me respondeu, mas percebi que se pôs a mudar de opinião.
Nem tudo é preconceito, às vezes é só desinformação e desatualização.
Somos cristãs e isso não anula o respeito que tenho por qualquer ser humano, independente de sua profissão, cor, sexualidade, religião ou estilo de vida. Aliás, não deveríamos ter que militar em favor das pessoas por elas serem diferentes de nós, a evolução mental deveria ser natural, já que não é, vamos mostrar EM AMOR a quem ainda não entendeu que ser diferente é bom.
Ah! O perfil que mostrei a minha mãe é do @jupi77er
Palavra do dia: Pão
Na minha infância a minha mãe fazia o pão em casa. Pão não! Eram fornadas de pães no forno à lenha.
Fazer pão era um ritual que começava de manhã, desde a troca de fermento de litro vindo da vizinha, da lenha seca, cuidadosamente colocada no forno.
Enquanto se preparava a massa, deixando crescer até aumentar de volume. Aí sovava novamente com os punhos, deixando crescer mais uma vez. Untava as formas com gordura ou manteiga (caseira). Enrolava em punhados a massa, sempre sovando bem no formato do pão. Deixava crescer novamente. Enquanto isso, lá fora o fogo queimando a lenha até formar um braseiro, que ia aquecendo todo o interior do forno. Quando os pães estavam bem crescidos, rastelava as brasas do forno e colocava várias formas lá dentro e tampava a boca do forno com uma folha da lata, escorada com um pau cumprido.
De vez em quando uma espiada para ver se estava ficando no ponto.
A festa era quando desenfornava e a gente podia dividir um pão quentinho na manteiga que derretia, geléia de goiaba, entre outras e comer junto a um café com leite. Todos numa mesa grande com bancos na cozinha aconchegante.
Era muito bom!
melanialudwig
E agora ?
Assim perguntava a menina para a sua mãe. Isso era rotina, a qualquer problema ou dúvida, ela corria para a saia da progenitora, pedindo ajuda, mesmo que fosse apenas um sorriso de aquiescência ou pela graça do fato. Nem sempre obtinha respostas, mas tentava, sem saber que a cansada mãe não sabia tudo. Cresceu e aprendeu muita coisa por conta própria, experiências boas e ruins a fizeram entende melhor a vida. Este é o caminho - abrir as asas e voar sozinha - enfrentando tombos e sequelas, mas tendo o porto seguro na hora do pouso: o colo da mãe.
Saudade da minha que foi embora há pouco tempo, está em paz e sei que se eu tiver tropeços, ela ainda tem um sorriso maroto como a dizer: filha, bem que avisei...
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