Textos Descritivo sobre Natureza
Sopro Divino - O Elixir da Vida
Sopro divino, ó vento que renova,
Com tuas asas leves que desfazem
As trevas, o mal, a dor que nos assola,
E trazes cura ao corpo e à alma jazem.
Que bela forma tens de purificar,
Refrescar, restaurar a harmonia,
Movendo as nuvens, o mar a alimentar,
Nutrindo o solo, a terra em sua poesia.
Tu és o vento que inspira e fortalece,
Trazendo vitalidade e a prosperidade.
Sustentando vida em tua grande prece.
E assim, com tua força e eternidade,
Conduzes-nos a Deus, à luz do céu,
Oh, vento divinal, sopro de amor, meu mel.
Gosto de olhar as estrelas
O brilho da lua cheia
Amo a risada sincera
Flores amarelas
Pisar na areia
Das coisas que são inteiras
Amo o pôr do sol
Assim como o girassol
Observar as nuvens
Em minhas viagens
Amo a natureza
Em toda sua lindeza
Da conversa jogada fora
Em um banco de praça
De quem consegue me levar embora
De quem me embaraça
Gosto do amor verdadeiro
Da sinceridade sem devaneio
Do abraço apertado
De quem tô acostumado
A Justiça, por ser fruto da ética e da moral humana, é sempre falha.
Por óbvio, não se pode esperar algo perfeito concebido por seres imperfeitos numa sociedade imperfeita.
A Justiça como valor máximo só pode existir numa sociedade ideal, de fato igualitária e fraterna, quando então o conceito de Direito se tornaria nulo e sem sentido, uma vez que as coisas seriam justas por sua própria natureza.
Não vivendo numa sociedade ideal, naturalmente igualitária e fraterna, a Justiça nasce corrompida, suja do sangue e das viscosidades humanas, maculada por sua corrupção e egoísmo, fazendo com que o Direito se torne mero instrumento de dominação e manutenção dos interesses de determinadas elites.
Há muito tempo,
habitou em nosso planeta um animal pavoroso.
Era um animal insano,
que todos os dias devorava um pouco de seu próprio corpo.
Um pedaço da perna,
o lombo das costas,
um rim, uma costela, um pulmão,
cada um de seus órgãos e vísceras.
Devorava-se por vezes com muito deleite,
outras vezes devorava-se com tanta fúria
que causava medo.
Era como se odiasse a si próprio,
mas em sua mente insana, irracional,
ele devorava-se para sobreviver.
Esse animal terminou por extinguir a sua espécie
por acreditar que ele era dissociado da Natureza,
mas não era.
Ele era um com a Natureza e não sabia.
Artífices verdadeiros, os encantos estéticos são capazes de transcender o corpo e tocar o âmago de nossa existência. Em momentos de aflição, a beleza se apresenta como uma dádiva, capaz de aliviar as dores mais profundas da alma. É como se a harmonia dos traços, cores e formas nos envolvesse em um abraço reconfortante, dissipando tristezas e restaurando a esperança.
Diante da beleza, somos transportados para um lugar onde as preocupações se dissipam e a paz se instala. Seja através de uma obra de arte, de uma paisagem natural deslumbrante ou mesmo do rosto de alguém que amamos, a beleza nos presenteia com momentos de transcendência, nos conectando com uma dimensão mais sublime.
A experiência estética nos permite contemplar a grandeza do universo e a complexidade da vida. Em seu esplendor, encontramos uma centelha divina que nos lembra da maravilha que é existir. Através do olhar atento, somos capazes de enxergar a magia que permeia cada detalhe do mundo ao nosso redor. Por isso, devemos celebrar os artifícios que nos presenteiam com a beleza. Aqueles que, por meio de suas criações e expressões, moldam a realidade e nos convidam a vislumbrar um novo horizonte.
São eles os portadores da cura para a alma, os enviados de esperança e inspiração.
Portanto, quando nos afastarmos com a beleza, devemos abraçá-la e permitir que ela nos envolva por completo. Que nos ajude de refúgio nos momentos difíceis, iluminando nosso caminho e renovando nossa fé na vida. Pois, em suas formas mais singulares, a beleza nos recorda que, apesar das adversidades, há sempre motivos para sorrir e celebrar a existência.
A Terra: Amor, Reflexão e Preservação
Planeta Terra, lar de vida tão vibrante,
De mares serenos e florestas exuberantes.
Teus vastos campos e montanhas altivas,
Guardam segredos e histórias verdadeiras.
Tua majestosa e singular aparência,
Um globo de amor que nos envolve em sua essência.
Com oceanos que espelham o luar,
Energia pulsante em cada ar que respirar.
Tu és a fonte de inspiração inesgotável,
Despertando emoções de forma inigualável.
A beleza que emanas nos envolve e cativa,
Ensinando-nos que amar é nossa prerrogativa.
Preservar-te é nossa sagrada missão,
Cuidar de ti com dedicação e devoção.
Tuas características tão especiais,
Refletem nossa interação com o natural.
Lembramos da história que carregas no ser,
Dos danos causados, das tragédias a sofrer.
Mas também da esperança que surge em meio à dor,
Do amor que nos guia e nos faz ser melhor.
No Dia Mundial da Terra, refletimos com devoção,
Sobre a importância de agir em prol da preservação.
Cientes de que somos parte deste todo,
Com amor e cuidado, criaremos um futuro módulo.
E aos animais, companheiros leais e verdadeiros,
Domésticos e selvagens, olhares tão sinceros.
Demos-lhes amor, respeito e proteção,
Para que também sintam a magia dessa conexão.
Que o amor pela Terra nos guie a cada passo,
Que a reflexão nos inspire a um mundo de abraço.
Juntos construiremos um futuro promissor,
Onde amor e preservação serão nosso maior valor.
Poluição devido à urbanização.
Você já parou para pensar no impacto que a urbanização tem no meio ambiente? A cada dia, mais pessoas se mudam para as cidades em busca de melhores oportunidades, mas nem sempre se dão conta dos problemas que isso acarreta. A poluição é um deles, e um dos mais graves.
A poluição é a alteração das características naturais de um ambiente por causa da introdução de substâncias ou agentes nocivos. Ela pode afetar o ar, a água, o solo, a fauna e a flora, causando danos à saúde humana e aos ecossistemas. Alguns exemplos de fontes de poluição nas cidades são:
- Os veículos automotores, que emitem gases como o dióxido de carbono, o monóxido de carbono, o óxido de nitrogênio e o ozônio, que contribuem para o aquecimento global e para a formação de smog, uma névoa espessa e escura que reduz a visibilidade e a qualidade do ar.
- As indústrias, que liberam resíduos sólidos, líquidos e gasosos no ambiente, podendo contaminar rios, lagos, oceanos e lençóis freáticos, além de provocar chuva ácida, que danifica as plantas e as construções.
- O lixo urbano, que é produzido em grande quantidade e nem sempre é descartado adequadamente, gerando mau cheiro, proliferação de insetos e roedores, e liberação de chorume, um líquido tóxico que pode infiltrar no solo e nas águas subterrâneas.
- O consumo excessivo de energia elétrica, que demanda a construção de usinas hidrelétricas, termelétricas ou nucleares, que alteram o regime dos rios, emitem gases poluentes ou geram resíduos radioativos.
Esses são apenas alguns exemplos de como a urbanização pode causar poluição. Mas o que podemos fazer para minimizar esse problema? Algumas atitudes simples podem fazer a diferença, como:
- Usar transporte público, bicicleta ou caminhar sempre que possível, reduzindo as emissões de gases dos veículos.
- Economizar energia elétrica, desligando os aparelhos eletrônicos quando não estiverem em uso e optando por lâmpadas de LED ou fluorescentes.
- Separar o lixo orgânico do reciclável e destinar cada um para o local adequado, evitando que se acumule nas ruas ou nos aterros sanitários.
- Consumir produtos locais e orgânicos, evitando o transporte desnecessário e os agrotóxicos que podem contaminar o solo e a água.
- Participar de movimentos sociais e ambientais que lutam pela preservação da natureza e pela fiscalização das atividades poluidoras.
A poluição é um problema sério e urgente, que afeta a todos nós. Precisamos nos conscientizar e agir para mudar essa realidade. Afinal, o planeta é a nossa casa e dependemos dele para viver. Vamos cuidar dele com carinho?
No espelho vejo o corpo, a forma que eu sou,
Uma pele que sente, um abrigo que ficou.
Nas veias corre a vida, pulsando em cada batida,
A matéria que me guia, na jornada tão querida.
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Corpo e alma em união, dançando na canção,
Ser humano em evolução, buscando a conexão.
No silêncio da existência, escuto a essência,
Sou parte do todo, da infinita consciência.
Olhos que veem o mundo, e aprendem com a dor,
Mãos que tocam a terra, celebrando o amor.
O som da Respiração, é um eco no vazio,
Uma busca constante, em busca do que é meu.
Corpo e alma em união, dançando na canção,
Ser humano em evolução, buscando a conexão.
No silêncio da existência, escuto a essência,
Sou parte do todo, da infinita consciência.
E ao olhar para o céu, percebo a imensidão,
Sou uma estrela perdida, em busca da direção.
Entre sonhos e verdades, entre luz e sombras,
A vida é um labirinto, onde a alma não se apaga.
Corpo e alma em união, dançando na canção,
Ser humano em evolução, buscando a conexão.
No silêncio da existência, escuto a essência,
Sou parte do todo, da infinita consciência.
Na dança do ser, corpo e alma a viver,
Caminhando juntos, prontos pra renascer.
E ao final da jornada, quando a luz se apagar,
Saberei que o amor é o que vai nos salvar.
VIAGEM TEMPORAL
São seis e quarenta da manhã, olho para o céu ainda indeciso, não sabe se chove ou faz sol, se vai embrumar de nuvens ou resplandecer. A mata parece escura, maior, imponente, como se fosse o seu todo de muitos anos atrás, hoje é apenas um pedaço que restou.
A neblina cinzenta sombreando a pequena mata me lembra de quando andei de barco a primeira vez, não faz muito tempo, peguei o motor e fui, apenas assisti um vídeo e meio na internet até perceber que o manual de instruções era mais prático.
"Quando se está de barco, o tempo é outro" diziam, "Não é como andar na estrada, demora-se muito mais para chegar onde quer".
Eu não fazia ideia de quanto tempo leva um barco para subir o rio até o sítio do meu amigo, preparei tudo e fui sem pressa. O motor praticamente novo funcionou logo de cara, no momento parecia bom, pois nunca tinha ligado um motor de barco antes.
Comecei a subir o Arinos com paciência e calma, lamentando por ver a barranca lotada de chacrinhas uma do lado da outra, pesqueiros e caminhos para descer o barco, casas e terreiros, cada um havia derrubado o tanto de mata que achava o suficiente para si.
O tempo passou tanto quanto quando se anda pela estrada, passei pelo sítio e nem percebi, até porque eu nunca tinha visto-o do rio, apenas do tablado. Quanto mais subia, menos chacrinhas com pesqueiros se via, a mata agora dos dois lados ficava cada vez mais densa.
Cerca de duas horas de subida depois eu já não via mais pesqueiro nenhum, era como se eu voltasse no tempo cada vez mais que subia o rio, que outrora reto como um aeroporto, agora cheio de curvas como uma serpente em agonia. Em alguns momentos eu tinha a sensação de estar navegando em círculos, mas é claro, o rio só corre para um lado.
A mata agora se impõe, tento me abrigar no centro do rio, que apesar de ter mais de quarenta metros de largura, ainda fica espremido pela floresta. Floresta densa, escura, antiga, aqui parece que nem o fogo lhe alcançou.
Quando olho para uma mata eu penso no passado, em tudo o que pode ter acontecido por ali durante séculos de isolamento e todo o caos das poucas décadas perante o poder dos homens. Estando ali no meio daquelas curvas, o silêncio predador, o cheiro das folhas e da água, o sol que parece quente e fresco ao mesmo tempo, tudo isso parece primitivo.
Enquanto acelerava pelas curvas, o sol tentava me seguir lá no céu. Nunca tinha o visto se mover daquele jeito, girava de um lado para outro sobre as árvores, tentando me alcançar. Como não havia sinais de vida civilizada naquela altura da viagem temporal, decidi retornar e seguir o fluxo das águas do tempo, rumo ao futuro, rumo ao lugar de onde vim, onde conheço, onde nada é tão novo assim.
Constantemente me recordo daquele dia, geralmente quando amanhece escuro e enevoado sobre a pequena mata aos fundos de casa, lá na baixada, onde a neblina demora a ir embora nestas manhãs. A mata perde seu negror noturno, mas prevalece sua escura-essência primitiva, de quando era inteira e não resto, de quando era viva e pulsante, de quando era silenciosa e imponente.
Me entristeço ao ver algo que outrora fora tão grandioso e imoldável desaparecendo, ver apenas o seu fim, sua triste memória. Me alegro de ainda poder me embrenhar e sentir o cheiro do mato, o ar abafado às sombras murmurantes, de ver o que foi, com meus olhos vivos nesta viagem temporal.
Crislambrecht 18/01/2024
No dia 10 de janeiro, o Parque Nacional do Iguaçú, que abriga as Cataratas do Iguaçú completou 85 anos. - Patrimônio Mundial Natural.
Minha homenagem:
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FOZ DO IGUAÇÚ - LIRISMO E POESIA
As suas águas caem sem parar,
explosão de suprema beleza,
seus chuviscos esfumaçam o ar
revela- nos a sua grandeza.
Dançando num traçado singular,
serpenteia bela com firmeza.
Ao cair, vejo seu amor derramar,
milagre de Deus na Natureza.
Verde Vida em volta das matas.
Força, vibração com encontros mil,
faz da imagem magia sutil.
Poema jorrando em cascatas,
lirismo na Foz das Cataratas.
Um Cartão Postal do Sul do Brasil !
Acampamento é sempre uma diversão
Barraca, colchão, fogão e botijão
Lanterna, não podemos esquecer
É com isso que vamos viver
Basta 2 panelas e um pouco de macarrão
Está pronta a refeição
Não troco por jantar caro
Pois aquele é um momento raro
Dividir o que tem com a amiga
Pra raspar a panela sai briga
A criança nunca vai esquecer
Que chamou a outra pra comer
Que sentaram na cadeira de madeira
E nem se importaram com a poeira
Acampamento é tudo simples
Pode calçar um bom chinelo
Não precisa de nenhum luxo
O confortável torna-se belo
Não precisa de muitas roupas, só o que cabe em uma mala
Não tem casa para limpar e nem precisa tirar o pó da sala
Aquele pouco é suficiente
Um colchão e um banho quente
Um coador pra passar um café
Cada um está do jeito que é
Com o cabelo não precisa se preocupar
E percebe que nada vai te faltar
E quantas amizades fazemos
Isso é o tesouro que temos
Aquelas pessoas compartilham do mesmo chão
E isso traz laços do coração
Quem gosta de acampar
Consegue parar para apreciar
A chuva, o sol, o que vier
E aproveita tudo que der
Quem acampa observa a natureza
Vê no singelo, no detalhe, sua beleza
Vive momentos de tranquilidade
Deixa de lado a vaidade
Percebe que ali tem felicidade
Que se vive bem na simplicidade
Hora de partir tem um sentimento triste
É preciso sorrir e ir, mas a vontade de ficar persiste
O que conforta nosso coração
É a certeza que foi muito bom
Que logo tem mais acampamento
E na nossa história ficarão guardados esses momentos
Fim de Tarde
Fim de tarde e eu tranquilo na varanda
Estou em paz e pensativo procurando explicação
Fim de tarde, vejo que o relógio anda
Mas aqui o tempo para, há de ter uma razão
Fim de tarde olho pra fora os passarinhos
Embelezam a paisagem e vão voando longe ao pares
Eles cantam um canto tão bonito e constroem os seu ninhos
A natureza é perfeita, percorrem tantos lugares
Fim de tarde sinto um cheiro de café
Que vem lá da cozinha, o aroma é memória
Lembro da minha mãe que me dizia: Filho vai com fé!
E construa seu caminho seja herói da sua história
Fim de tarde e me ponho pensar
Se queria outra vida, se seria outro alguém
Mas vejo que segui o meu destino, aqui é o meu lugar
E não há nada que me faça ir, esse é o meu lar não vou além
Fim de tarde estou aqui por uma razão
Fim de tarde cheio de paz e tranquilidade
Fim de tarde que faz feliz meu coração
Fim de tarde, é minha vida, minha liberdade
Dia da Árvore
Hoje é Dia da Árvore
Que é fonte de vida
E deve ser protegida
A árvore também serve
No calor para refrescar
E para o passarinho criar
A árvore é muito importante
Para o ciclo da natureza
E para gerar pureza
E a árvore é especial, pois nos traz
Flores para embelezar
E frutos para nos alimentar.
O céu azul do entardecer. Salpicado de nuvens de vários tamanhos e formas.
O vento movimentando, como um teatro de marionete, as formas suspensas.
O sol entregando tonalidades.
O tapete verde das árvores compõem o cenário, proporcionando profunda reflexão.
Me sinto grande, ao poder presenciar esta grandeza e benção.
Me sinto abençoado, só por poder perceber os tons de cor e luz. Por poder perceber os movimentos das nuvens. Por poder ficar extasiado por estar aqui e agora.
Ivan Madeira
Jan2024
ENCANTO PELO NATURAL
Pela manhã aquele fenômeno invisível
Tocou minha pele, e quer saber? Foi de uma fineza muito grande.
Tocou meu rosto delicadamente, lançou meus cabelos e o fez dançar.
Por um instante me deparei e viajei
Do quão gratificante é poder senti-lo.
Caminhei mais um pouco e percebi que ele me seguia. Em determinada posição de seu percusso, me embalava, não sei , mas de alguma forma me fazia seguir.
Logo mais tardinha, ele insistiu em voltar.
Veio como quem não queria nada. Já eu, ah,eu queria sim tua passagem sobre mim. Dessa vez a sensação era diferente, as árvores que o digam.
As árvores sem sossego se agitavam,
Pareciam felizes, ou não! Tendo em vista que o galho de uma antiga planta se quebrara. Quanta tristeza daquela natural antiguidade .
Dessa vez veio mais agressivo que o normal. Parecia que traria contigo teu companheiro mais proximo, a chuva! Talvez seria por isso a sua inquietação e felicidade.
Corria numa velocidade um tanto quanto assustadora. Em seu momento de fúria,
ouviam-se zumbidos e tremores das construções antigas, quase se desfazendo.
Por um instante me imaginei sendo ele,
Que apesar de invisível,devastador e medonho, é incrivelmente cobiçado e de uma nobreza rara e indispensável nesse planeta chamado Terra.
Na imensidão vertical das montanhas, onde os picos tocam os céus e os ventos sussurram segredos antigos, encontrei minha própria jornada. A primeira montanha ergueu-se diante de mim, desafiando-me com sua majestade imponente. Cada passo rumo ao seu cume foi um testemunho da minha própria resistência, uma dança entre o esforço e a contemplação.
No silêncio solene dos seus flancos, descobri a melodia da minha própria respiração, um eco da terra e do céu que se encontram nas alturas. Cada rocha, cada fenda, cada trilha íngreme contava uma história milenar, uma narrativa entrelaçada de coragem e perseverança. Sob o manto celeste estrelado, eu me tornei parte dessa epopeia, uma nota na sinfonia universal da vida.
Ao alcançar o cume, meu coração transbordou de uma alegria indescritível, uma êxtase que só os que desafiam os limites conhecem. Ali, diante da vastidão do horizonte, mergulhei na imensidão do presente, onde o tempo se dissolve e apenas o momento sublime permanece. Prometi a mim mesmo que nunca mais enfrentaria tal desafio, mas as montanhas têm uma maneira peculiar de conquistar nossos corações.
Hoje, quando fecho os olhos, sinto a chamada das montanhas ecoando em minha alma, uma melodia etérea que me convida para novas jornadas. Em seus picos silenciosos, encontro a promessa de redenção e renovação, um santuário de beleza intocada que acalma as tormentas da vida. Pois cada montanha, com toda a sua grandeza e majestade, é um convite para a alma voar livre, para além dos limites do cotidiano, rumo aos horizontes desconhecidos da própria existência.
Meus olhos se rendem...
a delicadeza das flores,
ao colorido diverso dos pássaros,
aos tons de verde da mata,
as tonalidades que o céu pinta ao entardecer,
as ondas brancas do mar,
aos formatos das pedras...
Como admiro essas diversidades da beleza...
E ao contemplar a linda e vasta natureza, sinto Deus tão próximo de mim que chego a me arrepiar.
Ai que dor de cabeça!
Mas quando coloco-a embaixo da água gelada, essa dor ameniza. Quando penso em água gelada, lembro-me do mar com sua imensidão de água gelada. Oh mar! A perfeita arte de Deus. Com essas suas ondas que não transportam matéria, mas sim energia. No qual carrega toda a energia negativa em que eu carrego no meu corpo. Oh mar! Como eu amo-te.
Enquanto andava na praia, fui materializando Deus através do meu pensamento:
As ondas do mar... eram Deus.
No céu escuro, as estrelas... eram Deus.
Com os pés na areia - vida... era Deus.
A brisa do vento suave... era Deus.
A dádiva foi grande ao distinguir Deus em tudo que é simples, belo e gratuito.
Eu Preciso de Sol
Eu preciso de sol. Preciso da luz que abraça a pele, da energia que aquece o coração e da alegria que se transforma em sorriso sem esforço. Há algo no verão que renova a alma, que espalha positividade como o calor que sobe do chão em um dia quente.
Sou praiana. Sempre fui. Gosto do pé na areia, daquele contato direto com a terra que parece nos conectar com algo maior. Gosto do sal do mar que pinica a pele, como se o oceano deixasse um lembrete: “Você esteve aqui, você é parte disso.” Gosto da leveza dos dias ensolarados, do barulho das ondas que parecem sussurrar segredos antigos.
Meu signo é Câncer, o caranguejo. Talvez por isso eu tenha essa ligação tão forte com o mar, essa necessidade de estar perto dele, de senti-lo e de escutá-lo. O mar é refúgio, consolo e celebração ao mesmo tempo. Ele me entende, mesmo quando eu não consigo me entender.
Desde a infância, o mar foi palco das minhas memórias mais felizes. Nas férias de verão, minha família sempre ia para Florianópolis. Lá, minha conexão com o oceano foi forjada. Brincadeiras na beira da praia, castelos de areia que nunca resistiam à maré, e tardes infinitas sob um céu azul — o tipo de lembrança que não apenas fica, mas se transforma em parte de quem somos.
O verão é minha estação de renascimento. É quando me sinto mais viva, mais alinhada com aquilo que realmente importa. A luz do sol não ilumina só o dia, ela ilumina a alma. E o mar… ah, o mar me lembra que a vida tem ondas, altos e baixos, mas que, no fim, tudo encontra um ritmo.
Preciso de sol porque ele me lembra que a vida é para ser vivida, celebrada e sentida, como uma onda quebrando suavemente na areia.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia