Coleção pessoal de mateusesteva

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⁠EMPRAZAR

Na minha poesia eu te citei, bendita
Dita. Em ti falei dos amores e de ilusão
Das dores e duma certa estorva ferida
Outras emoções e as afeições em vão

E vejo, agora, ao envelhecer da vida
Que sentimentos nos encontros serão
Espinhos e flores, na mesma medida
Pois, o destino são sementes ao chão

Brotarão ou não, depende do fraterno
De se ser amigo, de a alma enamorada
Sem as promessas do agrado eterno...

Em troca, cada minúcia é ter contigo
A vivida canção à sensação dedicada...
No detalhe, amor e paixão, bendigo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2021, 06’58” – Araguari, MG


Descrença


Esse bando de urubus pensantes deveras complexo
ora diferentes, ora lixo da homogeneidade
Esses sucumbentes de nada entendem sobre arte
congruem a escória do padrão, presos; reflexo.
Condenados a calar a própria personalidade;
moldados no ser em si de Sartre

Não há modo de viver em comunidade
Tudo de mais racional que tinha; perdera o nexo.
Mudar-me-ei para o mato; floresta.
Fauna e flora coexistem na mais plena naturalidade.
Com sorte, nunca mais verei meu reflexo.
Tempos na simplicidade, quem sabe me desinfesta.
Lava o ser, desenvolve próprias especificidades.
Não se abala com as adversidades.
Me autoisolar de quem tanto me indigesta.
Repleto de harmonia; será uma eterna festa.

⁠Refúgio

Distancio da realidade, por ora
Me recolho em busca de proteção
Procuro uma âncora para exaustão
Um Refúgio em busca da cura

Mergulho num silêncio profundo
Busco encontrar a paz interior
Contemplo a vida no amor
No meu abrigo sagrado

Me desligar do mundo
O meu coração clama
Um Refúgio para a alma

Equilibrar minha emoção
Num ritmo tranquilo e sereno
Em um momento pleno
@zeni.poeta

⁠Lágrimas perdidas
Coração partido
Trata se de alguém que a anos se encontra perdido
Sempre no seu canto, sem querer atrapalhar
E sem ninguém reparar.

Alguém perdido
Alguém por se encontrar
E sem mais nem menos
Sem crer uma opinião
Esconde se num buraco fundo, para sua proteção.

Sozinho e abandonado pensa estar
Mas com tudo do seu lado, para o ajudar
Amado, mas perdido num passado desgastado
Sem um ombro amigo que o tivesse ajudado
Saber o porque, é complicado.

Sendo julgado
E com dedos apontados
Perdido e acabado
No seu mundo se isola e por lá vai ficando
Com todos aqueles danos
Causados à muitos anos.

Tentar ajudar é tarde
Para alguém que acabou de chegar
Mas mesmo assim tenta sempre consular
E ao seu lado estar.

Sem uma explicação
Veste uma capa e mete um sorriso na cara
Segue a caminhada sem querer mais nada
É uma triste história que nunca foi lida
Mas ainda assim não esta perdida.

⁠Propósito ou Proposta
Todos devem aprender a diferenciar o propósito da proposta.
Proposta: Condição que se propõe para chegar a um acordo, uma nova opção, sugestão, uma oferta.
Propósito: Deliberação, resolução, decisão, desígnio, intento, objetivo, visão, sonho, meta.
A proposta fala de alternativas, opções, algo para ser acordado.
Quando uma pessoa encontra o seu propósito, não existem mais alternativas ou opções; pois o propósito é uma paixão que nos impulsiona a realizar algo relevante na vida. O propósito é aquilo que você nasceu para fazer e ser; O propósito é que nos faz sorrir; que dá aquele frio na barriga e aquela ansiedade gostosa quando pensamos nele.
O propósito é o que dá significado para nossas vidas; que dá sentindo ao nosso dia a dia e ao nosso cotidiano.
Em Mateus 4, o diabo faz uma proposta para Jesus abandonar o propósito, e a resposta de Jesus foi um sonoro NÃO!
Oportunidades são boas, algumas propostas merecem nossa reflexão, mas o propósito é insubstituível.
Precisamos ter cuidado com as propostas, pois elas podem nos levar para longe do propósito de Deus para nossas vidas.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.

Soneto de um amor que acalma⁠

Anja em forma de amor
Caminha célere em minha direção
Linda, sorridente, exuberante
Olhos que brilham, refletem emoção

Intensidade guardada há um ano
Abraçou-me forte, olhou em minha´lma
Calou minha boca, senti o perfume
No abraço silente que meu mundo acalma

Paz de um amor tranquilo e saboroso
Que não pede, não exige, mas compreende
Que nem sempre o tempo é vagaroso

Retorna ao seu mundo e deixa saudade
De vivermos cada segundo novamente
Segredos envoltos a tanta afinidade

⁠Fere-me alma e mente,
com teus gritos de silêncio;
condena-me ao nada.
Cada musa ficou para sempre
e nenhuma disse que me amava.
Uma a uma colecionei
pequenos prazeres e magoa.

⁠Amar não me cai bem
mas sou teimoso
aquele que esquece o passado.

⁠Uma e nada mais

Oh! imaginação minha,
Oh ! Minha imaginação,
Apenas mais uma,
Somente uma,
Nada além de uma,
Uma,
E nada mais.
Essa,
Essa vai para o mundo.
Quero que essa percorra os desertos e os seus submundos,
Quero que essa vôe para o além do horizonte.
Quero que essa chegue aos olhos de todos.
Quero que essa vá e diga que estou mandando uma beijo e um abraço meu.
Nela terá escritas jamais por mim inspiradas.
Será se é pedir demais ?
Permita-me , apenas essa escrever.
Eu termino logo e nem quero vê-la.
Nem farei questão de corrigi-la e ler.
Prometo-te que em minutos termino.
Só quero que saibas que sou um poeta apaixonado e um menino,
Ainda não realizei o que sonhei.
Peço-te isso,
Em forma de gratidão e humilhação.
Pois não sei se estarei vivo ao amanhecer.
Se aqui eu estiver,
Vou imprimir dezenas de cópias.
E quero no correio posta-las.
Ao contrário disso,
Minha missão ficará incompleta e ela ficará aqui.
Se alguém dela gostar e saber o que dói em mim.
Espero que façam isso pra mim....
Até que ela chegue principalmente,
Aos olhos de quem tanto quero amar.
A dona desses olhos se foi.
E nunca mais á vi.
Por isso imploro,
É somente essa,
E nada mais....

Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

⁠Meu desencontro

Meu desencontro.
Bebo a/à indiferença do mundo.
Crio pontes... Em repentes...
Essa linearidade da vida que roda sobre esferas.
Faço-me fera.
Faço-me alguns eus...
Sofrem alguns...
Centro-me.
No centro me desconcentro... me desencontro.
Difícil encontrar-se num encontro.
Sigo os semiapagados rastros...
Concêntrico... Homocêntrico...
Estou exausta...
E com os sapatos gastos.

⁠A CORRIDA DO TEMPO

O tempo tem corrido de uma maneira que eu não imaginaria que um dia correria.
E olha que eu corro hein , corro contra o tempo,
mas ele continua sendo mais veloz que minha penosa passada.

Vejo que até meus sonhos precisam estar acompanhando o passo do tempo.
O que ontem era revolucionário e desafiador, hoje está atrasado, defasado, precisando se reinventar para se enquadrar na vitrine pseudo-virtual.

E o que há de mau em ainda querer sonhos tão antigos?
E o que de bom traz estar sincronizado com os quereres do nosso tempo?

O passo do tempo exige de mim prontidão, atenção e ação.
Mas ninguém explica pro tempo que o ritmo do coração é o que dá paz ao ser que diariamente corre.
E é um ritmo tão intimidador e avassalador que rompe a linha do tempo.
Tanto faz se foi pra ontem, hoje ou amanhã.
O essencial é que estou aqui presente e não faltei nenhum dia.

E o tempo corre, ultrapassa os limites que nossos pés podem desenhar .
Mas o coração, já ultrapassado, nos envolvendo em sua grande dança de roda, nos mostra que não há necessecidade de ganhar, mas sim aprender (dentro do próprio tempo) o valor de esperar.

⁠Ninguém completa ninguém, isso não é real
Se tiver sorte de achar alguém que consiga tolerar um pouquinho
Agarra firme, não deixa fugir, custe o que custar
E um dia, vocês vai perceber
Todo mundo ama você
Mas ninguém gosta de você
Hoje eu olhei pro céu e lembrei de você
Saudade apertou e comecei a chorar
Tu era minha razão pra continuar a viver
E agora sem você não sei continuar
No meio desse caos que tá a minha vida
Tu era meu porto seguro, minha saída
Agora o que eu faço é me afogar em remédio
Tentando não lembrar logo daquele dia
Que vc me deixou sozinha
mas tu se via indefesa
Desculpa não entender o que se passava na sua cabeça
Oque que tu vio em mim?
, até hoje não entendo
Como alguém foi capaz de me amar?
Agora o meu coração vive chovendo
E nessas minhas lágrimas eu vou me afogar
Eu te deixei ir, desculpa me arrependo
Eu nunca na minha vida queria te soltar
Talvez com os meus erros eu até aprendo
Que mesmo o amor pode te magoar
O foda é acordar e não ter o seu bom dia
Me lembrar do tempo em que
Eu via você sorrir, eu via você feliz
Mas tu conseguiu fingir tão bem
E agora o que será de mim?
Tô deixando de existir
Queria ter feito mais por ti
Só dei valor quando eu perdi
Agora da minha mente eu virei refém

⁠O PONTO SENSÍVEL
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Tudo se inicia no começo.
Lá, em nossa origem, somos o que somos e nem sequer pensamos que poderíamos ser outra coisa
Já nascemos vulneráveis, sem mesmo entender o significado dessa palavra
Que significa: onde podemos ser feridos.
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Nem imaginamos que esse ponto sensível em nós acaba se tornando um ponto de fragilidade, nosso calcanhar de Aquiles
Logo que começamos a destoar da normatividade, das regras sociais, das crenças culturais, somos atingidos bem nesse local.
No começo, bem no começo, nem entendemos porque estamos sendo repreendidos e maltratados.
Somos somente o que nós somos, mas de algum modo isso não é o suficiente.
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Após umas pancadas da vida percebemos que somos diferentes dos demais naquele ponto vulnerável, que no expõe e nos deixa envergonhados.
E é apartir daí que começamos a vestir nossa couraça emocional, a esconder a sensibilidade do mundo que ousa nos ferir.
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E essa armadura acaba servindo muito bem para que nos sintamos inseridos na sociedade, que somos parte de uma comunidade.
Somos agora todos iguais.
Um número, que arredonda os milhões e bilhões de pessoas no mundo.
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Até que conhecemos alguém que possui algo a mais. Percebemos que ela deixa transparecer em seu jeito de ser aquele ponto vulnerável.
E nos apaixonamos, deixamos cair as couraças e mostramos nosso lado sensível ao ser amado. A vida, que antes parecia mecânica agora tem vitalidade, tem luz, tem cor e sentido.
Agora podemos ser novamente, sem esconder.
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Mas é óbvio que a vida, irônica e trágica, acaba trazendo um drama de um término, uma traição ou uma despedida, que faz com que o nosso ponto sensível novamente seja estilhaçado.
E mais uma vez voltamos a nos fechar pro mundo, com medo de nos machucar.
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Agora, nosso Ego-Persona está mais esperto e consegue fingir vulnerabilidade quando alguém se aproxima. Se disfarça de um sorriso amarelo, de um humor ácido, um ar de deboche, fantasias românticas, formas que evitam sentir a realidade e encarar a verdadeira exposição.
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Mas, mesmo com tanta inteligência em saber burlar as dores originais, acabamos no final nos sentindo sem ânimo, sem propósito, sem o Eu.
E há um grande abismo entre quem estamos agora para o que somos, pois no fundo do penhasco do vazio encontra-se a ferida, as dores causadas ao nosso ponto sensível.
E há um medo surreal de encarar e reviver esse mar revolto.

Mas não há outra saída. Ou nos arriscamos atravessar, ou permanecemos a cada dia perdendo a nossa alegria de viver.

E de uma forma extremamente inusitada percebemos que sempre houve uma ponte que conecta o nosso ponto de estadia para nosso ponto de origem, chamada Vulnerabilidade.

Pela mesma via que a vulnerabilidade nos leva a nos machucar e a nos fazer fechar ao mundo, é também ela que nos faz sentir novamente e nos abrir pra nós mesmos.

É somente através da abertura, da confiança de que a cada nova ferida em nosso ponto sensível, nos tornamos mais fortes, mais articulados e mais preparados pro próximo baque que a vida der.

As pessoas que ainda não perceberam que viver se trata de ser vulnerável acaba se fechando e exigindo que os demais escondam o diferente, o sensível e o fraco.
Mas na realidade o foco nunca será o outro, nunca será o desamor ou a padronização.
O ato de controlar fora é imposto para que ninguém mais os machuque dentro.
É somente uma forma de proteção.

Então, pra quem esse texto chegou hoje, está na hora de se abrir novamente e mostrar suas verdadeiras cores ao mundo , sem ter medo de retaliação, sem ter medo da exposição ou de sentir ferido novamente.
Viver é isso, amar as nossas dores como forma de bálsamo e cura.
Pois somente a gente pode entender nosso lado sensível e o quão amado ele deve ser.

Ser vulnerável para livre ser.

⁠Ansiedade

Ela olha pra mim
Automaticamente de
Tudo me faz desistir

Ela me sufoca
Na frente dos outros
Me faz querer gritar

Mas ninguém intenderia
Então sou obrigada a
Disfarçar

As dores nas costas
O choro intenso, que
Se misturam com
Um enorme sentimento
De angústia e medo

Que me fazer entrar em
Um poço de desespero

Ela tira meu ar
Me deixa inquieta e
completamente apavorada

Em situações simples
Mas que fica impossível
Manter a calma

Ela me prende, me faz
Criar paranoia sem necessidade

Ela que está comigo desde criança
Minha companheira de infância chamada
Ansiedade...

⁠Amor não é quando as semelhanças nos juntam é quando as diferenças não os separam.

De tão forte que já fui, hoje vejo que estou fraco.⁠

⁠Papai do céu, cuida dela pra mim, enxugue qualquer lágrima que caia de seus olhos, tire dela toda a dor, se ela precisar de ar, tire de mim para que ela respire. Se ela precisar de sol, me faça sentir frio mas aqueça ela, cuida dela por mim Papai do céu, porque ela é a luz da minha vida.

⁠Nem todo sofrimento nem a maior parte dele depende do destino; ocorre conforme o nosso convite. // Livro: Intensidade

⁠Razão

Penso sempre todo dia
a que mal alguém foi acometido
para que, de tal ato, desencadeasse algum aviso.
Aviso de dor e angustia que tenho sentido.

Ao me deitar, repenso tudo sob um prisma
de tudo que me aflige de um passado
não tão distante.
E, de repente, sou laçado
em uma corda asquerosa de misantropia.

Sinto uma necessidade maior da solidão,
mesmo sabendo que isso não é a solução.
Remoo minhas feridas e meu desespero,
mesmo sabendo que será minha última injeção.
E, no dia seguinte, percebo que tudo foi um exagero.

Reflito muito sobre o tempo, em especial o passado
Busco encontrar respostas para minhas questões,
mas elas sempre estiveram de onde saíram
E hoje eu vejo, se eu as tivesse encontrado
a tempo,
meus monstros nem teriam se formado.
Nem tudo tem razão
Seja atento ao tempo para que não perca o presente,
procurando a lógica em fatos sem explicação.

⁠As vezes sofremos golpes terríveis de quem amamos. Quem ama golpeia? Acho que não.
O amor único, verdadeiro, ultrapassa os limites da admiração, do encantamento. Ele legitima aquela paixão perene e caminha lado a lado com o para todo o sempre.
Os flertes da vida são como anjos maldosos, ninguém está imune, mas os focados e fiéis são duros como rocha e ateiam fogo aos próprios olhos em nome do seu propósito, do seu amor.
O amor respeita opiniões, o amor ouve. O amor é um infalível lembrete de datas especiais que marcaram a vida de um casal.
O amor de verdade se dedica , provoca a estupidez de muitas vezes deixarmos o que é nosso para o outro.
O amor verdadeiro existe, mas, às vezes penso que é igual ao sorteio de uma loteria. São poucos os sortudos que lado a lado têm sua cartela preenchida com os mesmos números. Alguns até morrem juntos, de mãos dadas.
Na velhice depois de tanto se lambuzar no amor, morrer ao lado de alguém que amamos, deve ser algo tão divino e celestial , que somente aqueles que se amaram de verdade por uma vida inteira é que são dignos do último suspiro juntos com direito a um ❤️ coração entre os dois para então pegar nos braços do casal e levantar seus espíritos e os levarem para um outra morada e assim darem continuidade do amor na eternidade.