Textos de poema
Viajante
Eu nem sei o que seria
Se acaso fosse diferente
O meu passado dia-a-dia
Com aura de viajante
Rebelde e determinado
A conhecer cada lado.
Quando é preciso
Uma ponte se constrói
Seja do agora ao paraíso
Ou do vilão ao herói.
Falar é tão fácil
Discutir a teoria também
Há de ser forte e dócil
Para ir mais além.
A vida ensina todo tempo
Basta aquele melhor olhar
Até mesmo um contratempo
Tem algo a revelar
Assim fui descobrindo
Depois de atravessar...
Romper as fronteiras,
Esquecer alguns limites
Faz com que a gente
Veja novos horizontes
Repletos de outras verdades
E consequentes possibilidades.
Eu seguirei como os viajantes
Enquanto houverem caminhos restantes
Quando tudo acabar
Se tu choraste por mim,
de verdade eu lamento,
entendo seu sentimento,
mas o destino quis assim...
Sei que é triste o fim,
é duro esse sofrimento,
mas é apenas momento,
toda dor se faz trampolim.
Pois um dia serei passado,
nem lembraras que sofreu...
Aí sim... Terás acabado...
Virado a página que viveu,
desse amor desperdiçado...
E o sofredor serei eu.
Sob a luz da verdade
As vezes o silêncio é enlouquente,
mas não posso mais ficar calado,
o mundo anda deverás complicado,
a mentira sempre chega na frente...
O pior é que tudo isso é coerente...
A verdade é sempre um passado,
que como tal está sempre atrasado,
por isso a mentira sempre presente...
Mas a verdade vem, tal qual vento...
Sem pressa, ela tem sua própria toada;
e contra um fato não há argumento...
Ela chega, e resolve de vez a parada...
Ainda que tarde, ao chegar traz seu alento,
fazendo que toda mentira seja refutada.
Quando dois mundos se cruzam sem intenção, sem planos ou sem ideais. O destino faz o papel de uni-los.
Sem ao menos saber o risco que isso irá causar ou a dor que um dia poderá existir.
Assim você chegou em meu mundo, mudando tudo o que há em mim, me derrubando e me reerguendo. Me fazendo sentir algo que eu relutava dentro de mim.
Assim você foi chegando, me conquistando e me ganhando. Me trazendo de volta a paz, me arrancando sorrisos e me fazendo viver.
Meu mundo, era o que eu queria que você fosse, mas isso não aconteceu. Da mesma forma que você chegou, você se foi, levando consigo metade de mim, metade dos planos que eu tinha para nós.
Mas deixou comigo a esperança e o amor que um dia iremos compartilhar, sem medo, sem segredos e sem fim.
Pois por você eu lutarei, até ter meu mundo só para mim.
Existem desejos que não podem ser realizados
existem misterios que não podem ser desvendados
você é meu misterio que dança com veus escuros sobre mim
se pudesse senti o que eu escrevo
saberia que escrevo com fogo o teu nome
e com o vento te beijo, porque posso voar na velocidade da luz de cada verso,
porque moro na tinta que olha
na letra que morre
e no espirito que sente
que é a vida que carrego em mim
sem ti não é nada...
minha rainha te quero
venha voar comigo sobre o abismo
de minha face que esconde um olhar sem fim,
porque olho o infinito dos teus olhos
e tudo que vejo é a sombra do meu reflexo
que reflete apenas o vazio de sua alma por mim...
como pode eu ser abismo se meu vazio está em você
como pode o dia ser separado da noite se meu dia só é completo em com você...
(Cicero Laurindo)
Arvoredo
Folha, raiz arvoredo
Qual segredo
Guarda dos corações
Dos namorados,
Dos apaixonados?
Ou será guardião de ilusões
De corpos que se unem
De bocas que se beijam
De supiros e desejos?
Secreta ao passarinho
Aquele seu olhar
Que reflete carinho
No seu jeito a me cativar.
Ama - me doce, sereno
Sinta em meu peito o suspiro
Enlaça - me em seus braços
Me faz mulher!
Me faz amor!
Diz - me:
- Eu te amo!
Ai de ti pequeno coração
Envolto neste rio de emoção
Fazer - me crer
Fazer - me perder
E depois voar feito passarinho
A buscar amor em outro ninho!
Verdes matas
Verdes matas
Azul sem anil
São as colinas
Deste país varonil!
Tem o céu poluição
Nos lagos ebulição
Valor de capital
Política, coisa e tal.
Se faço enredo
Digo sem medo
Não guardo segredo
Faço condenação!
Quero vales verdejante
Ver o além do horizonte
Correr por de traz dos montes
Sem medo dos assaltantes!
Isso é tudo o que acredito
Embora o poder e a ganância
Destrua em abundância
Nosso futuro de esperança!
Mas ainda tenho fé
Neste coração criança,
Trago ainda na lembrança
A planta e a fruta no pé!
Mordia sem receio
Conhecia o semeio
Mesmo o grão e o centeio,
A manga e o café!
Hoje não sabemos mais
O quê com a natureza se faz
Tudo tem um agro a mais
Não é igual tempos atrás!
O fruto não tem mais gosto
O verde não é tão verde
O ar não é mais puro
Hoje até sinto desgosto!
De ver um berço assim
Talvez progresso sim
Mas o país progride
Se a natureza não agride!
Brinde ao dia
Brindemos juntos ao dia
Cantemos uma canção
Digamos à todos: bom dia,
Sem distinção de ninguém!
Estenda suas mãos
Façamos um círculo
O maior do planeta
E que nosso gesto
Vá se alastrando
Envolvendo o mundo
Então em um segundo
Ouviremos em cadeia:
- Bom dia!
Em todas os dialetos.
Caminhemos
Vamos seguir juntos
E agora abrace
Sem saber a quem
Simplesmente abrace
Diga:
- Paz!
Haverá então neste intante
Um universo inteiro
De um dia de paz!
Porque se hoje podemos
Olhar nos olhos de quem amamos,
Se podemos dizer bom dia,
Se podemos abraçar
Então tudo valeu e valerá a pena!
Chuva
Ah! Chuva maravilhosa
Quero sentir seu gosto
Quero abrir os braços
Refrescar - me do calor
Estar juntos, descalços
Correr para o seu abraço
E viver só de amor!
Sem receio e sem medo
Sentir - me solta os cabelos
Saciar meu desejo
Ouvir juras de amor!
Vem, segura minha cintura
E vem sorrir junto a mim!
Vem se molhar na chuva
Sem medo de ser feliz
Nesta liberdade sem fim!
Olhar para o mesmo rumo
Seguir a mesma estrada
Resenhar nosso futuro
Juntos numa longa jornada!
Vamos cantar uma canção
Desenhar um coração
Escrever com pedrinhas
O seu nome e o meu
Unidos sob os olhos de Orfeu.
Vamos correr pelos campos
Gritar juntos: amor
Depois entre ramos
Sentir no corpo o mesmo ardor!
Mudanças
Mudanças e transformações quero
Luto todos os dia juntos de vós
Trago certa: Deus ouve nossa voz
Nossas súplicas, nosso desespero!
Nossa sociedade em abandono
Peço nos dias em minha prece
Mais justiça, paz e igualdade
Minha esperança em vão cresce?
Mudos e surdos é a nossa nação
Ao nada fazer em nossa volta
Isso tudo causa que nos revolta,
Violência, insegurança, drogas
As mãos sujas da corrupção
Desesperança, vidas, crianças!
II
Olhar doce,inocente sem pecado
Vitimas! Homem animal maldito
Aqueles loucos, sem alma, senil
Abominavel abuso no seio infantil!
Sociedade de caos e de terror
Terrível colapso, mundo de dor
Sofreguidão de mãe, de povo
Clamamos um mundo novo!
Nova consciência, nova política
Corrupção hoje não faz sentido
Aspecto de mundo globalizado
Se olhamos de canto ou de lado
Lá está o corrupto malvado
Com a face na tela retratado!
Aposentadoria
Se contribui
Se contribuo
Tenho direito!
Que negócio é esse?
Não é porque se está inativo
não há contribuição, já houve a contribuição!
Agora o que se fez com a arrecadação?
Tinha que estar no banco da Nação,
Porém, há tanta corrupção
Que não sobra um tostão!
Não há que reformar
Há que se parar de roubar!
Pois, cada um que trabalha
Ou trabalhou, muito já contribuiu,
E não é pouco não!
Então vem aí
Mais uma embromação!
CAETANIANDO.
O sol não nasce em Santo Amaro
Sem que o poeta Caetano
esteja com os versos cantando;
Poesia com samba de roda, meu caro.
Dança criança, velho e a moça morena.
Com isso faz o lindo recôncavo baiano se alegrar.
O tempo é um deus generoso que deixará
Caetano Veloso como um eterno poema.
A ditadura tentou lhe ditar,
Mas Caetano nunca andou só.
Ele é protegido pela força do orixá.
E abençoado pela reza de de Dona Canô.
Caetano é uma ladainha.
Sua amizade com Gil,
É como o berimbau e o capoeirista;
Que a capoeira da vida os uniu.
Caetano é filho da terra sagrada,
Que é filha da mãe África.
Que a pariu no fundo do navio.
A Bahia é a poesia
e Caetano Veloso é o poeta que a canta com muita alegria.
Sobre Mãinha escrevi: SOMOS UM
Meu olhar é o dela.
Meu cabelo crespo é o dela.
Meus lábios carnudos é o dela.
Até meu sorriso!
A cor da pele é dela.
O nariz esparramado é
o dela.
O rosto, é o dela.
Se tivermos distantes, a alma não se desconecta;
Somos uma alma, só dividida em dos corpos.
Nem a morte pode nos separar.
Pois até depois de mortos, a vida faz questão de nos juntar.
Somos a beleza do continente africano;
Eu sou seu poeta,
E ela, meu poema que declamo.
Mãe é um pedaço de Deus:
Porque é uma vida que gera outra vida!
Fragmentos do meu livro: Dom Amaro.
O amor platônico me deixa perdido,
Por não ser achado por quem eu amo.
Meu peito dói tanto
Pelo fato de não ser correspondido.
Não é uma dor que me mata.
É uma dor que me abraça,
Que me arde por inteiro,
E eu ao mesmo tempo, sinto-me bem.
Por saber que, mesmo sendo ser humano
Eu consigo amar alguém.
Trecho de um poema do meu livro: Dom Amaro.
da dor ela se fez poesia
do amor fez moradia
em meu peito adentrou
sem muita cortesia
cortou-me estilhaços
fez um balaio com meus pedaços
quebrados
deixados no armário
desde o dia de finados
refez em retalhos
me devolveu em afagos
soltou a fogos
fez um baluarte
me revestiu de arte
fez uma balbúrdia
desfez em luxúria
nem o sol nem a lua sabia
que de teus brilhos,
não mais careceria
teu fulgor é devido
tua risada é melodia
dei um dó sustenido
pois sol já fizera em mim
todo dia
Para! Eu digo.
O teu bater de canto me adoece!
Não tem gaiola pra não habitar em minha sala,
Voa pra bem longe!
Eu te odeio!
Um urubu caiu nas minhas costas, ele não tinha a intenção, se arrastou para baixo do carro e me olhou triste, pediu desculpas.
Tu és canário, alegre, bate à porta e ceia em minha mesa, não me espreita.
Eu sei que não desejas devorar a pele dos meus ossos quando cair morto, a tua diversão é cantar, pular e gritar, enquanto vivo em dor.
Morra!
É o amor que me conduz, força linda poderosa que toma conta de tudo, água tranquila serena, espelho que reflete o rosto encantado por ser tão belo esse sentimento.
O amor muda tudo, deixa tudo mais cheio de luz e de cor.
Então caro poeta, deixa-te envolver por essas profundas águas, que te levaram ao paraíso, e escreve-as em teus lindos poemas, tuas linhas sagradas, como só tu sabes fazer.
Vazio de tão cheio
Ah!
Vazio de tão cheio
Receio...
Que derramei
Transbordei...
Percorri o leito de um rio
Sentido frio...
Me perdi de mim
Cheio de vazio
Agora transbordo silêncio
Ócio...
Vou perambulando o vento
Me perco no tempo
Sopro sem fim, sem começo
Adormeço...
E meu corpo me carrega
Escorrega...
Enquanto meu rastro apago
Afago a dor
Para não sentir seu amor
No seu rastro flutuo
Fluo...
No vento me disperso
Em me encontro num verso
Ah! Reverso
Meu preço
O meu endereço numa estação
Ah! Canção...
Meu coração ainda murmura
Ternura...
Mas há ainda lágrimas no chão
Despeja de mim a inundação...
Se acende o sol
Girassol...
Flores florescem
Enquanto recolho as pétalas
Pago o preço
E vou juntando pedaços de mim
Por onde despejei meu adereço
E me faço
É meu recomeço...
PRIMAVERA
estação de renascimento. de crescimento. das temperaturas amenas trazendo consigo a suavidade nos ares. a terra inclina-se para o sol pronta para ser beijada por seu calor, e o equinócio traz a equidade entre os dias e as noites, para que possamos aproveitá-los com vigor.
primavera é a época de colher os bons frutos com sabedoria que as tempestades nos regaram. do olhar otimista em direção ao horizonte em busca de novos caminhos para nosso coração repousar.
que o solo aquecido em nosso peito faça florescer sentimentos que, tão amedrontados, aprisionamos.
que saibamos celebrar cada etapa de nossas metamorfoses como fazem as borboletas, reconhecendo o valor do tempo em quando caminhar e quando alçar voo.
que os céus coloridos nos tragam inspiração para que enxerguemos em cada circunstância, uma oportunidade, e em cada dissabor, mais amor.
primavera é marcada pelas alvoradas cintilantes. pela candura e resistência das flores. pela determinação em desabrochar beleza que, nem mesmo pessoas nubladas e tempos sombrios, conseguem apagar.
VERÃO
estação revigorante. de plenitude. da terra que abre seus braços para a luminosidade, deixando para trás todas as sombras do passado. os céus ardem resplandecentes e o solstício traz dias mais longos e noites mais curtas, nos convidando a sair de nossas redomas e nos lançarmos em ação.
para aproveitarmos o abraço do mundo lá fora, criar novos laços e explorar nossa imensidão.
verão é a época das temperaturas elevadas e dos cabelos de sal. dos corações em alto mar e da serotonina tocada pelos raios de sol. do calor que nos envolve para entregarmos o nosso amor, e do vigor que brota para darmos o nosso melhor.
que você possa aproveitar os dias mais intensos para exalar sua luz própria, ampliando sua visão e encontrando entusiasmo para brilhar em seus sonhos.
verão é a estação que fecha e abre o ano; representando o fim e o início dos ciclos, e marca a vitória da chama que lutou e permaneceu acesa após atravessar as mudanças e tempos chuvosos. da força e a resiliência. da resistência do fogo que habita em você e hoje queima, mais do que nunca, mais intenso e revigorado.
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