Textos de Filosofia
Sobre a educação infantil, devemos ter prudência. Pois, quando muito podada e não estimulada, a criança se torna um adulto heteronômico.Sendo incapaz de questionar, refletir, repensar, inventar e criar novas regras.
Uma pessoa antagônica ao conceito de autonomia, e portanto, incapaz de fazer suas próprias escolhas e modificar positivamente o seu meio.
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A verdade dura até que seja conveniente. Pode ser verdade hoje e tornar-se mentira amanhã. É imprevisível como o amor e interesseiro como a fé:
Juramentos de amor são feitos enquanto ele dura, até que ele já não exista mais. Devotos e religiosos vão a igreja com o intuito de revigorar sua fé apenas pra não jazerem no inferno.
Ou seja; para os seres humanos a verdade nada mais é que um mero mecanismo de sustentabilidade regado de inseguranças e medos que tanto carecem de ser frisados. É como uma rosa que deve ser regada todos os dias: uma uma luta incessante de sobrevivência para manter-se firme, pois o medo que a sustenta já é uma verdadeira mentira.
A virtude da convergência
Estaríamos nós
Em uma polêmica convergência?
Onde a virtude saltou da filosofia
Se tornando assim resistência?
O combate é contra a realidade
Que, dura, sempre foi em sua feição,
Nua e desprovida de camadas
Para cobrir, indesejável imperfeição.
Mas então viu se, de que adianta guerrear?
Entre duas forças com grande potencial?
Façamos a escolha de uma, para a outra sobrepor
Que maravilhoso mundo virtual!
Fazer uma pessoa se sentir mal por algum tempo, como resposta reflexiva a uma injustiça praticada. É menos prazeroso e satisfatório do que causar uma mudança significativa em seu caráter. De modo, que esta pessoa deixe de produzir maus hábitos e estimule o bem comum por onde passar.
Thiago S. Oliveira (1986 a)
Fé: As pessoas que assim acreditam, rezam isso a partir de seus manuais, muitas vezes.
Assim, como as que não acreditam, rezam diferente em seus manuais. Os filósofos, igualmente.
Fé e falta dela: estamos fartos dessas retóricas fronteiriças. Quem não precisa dela, viva do seu modo e quem vive nela, cale-se, se não sabe a quem falar ou só fala aos ventos.
Os projetos não morrem:
São anteriores ao tempo
Existem antes do nascimento
E fenecem depois do fim.
Com eles se pode viver,
Mas não facilmente sem.
Vez ou outra renascem fortuitamente
E então pensamos ouvir os passos distantes de um ser que nunca nos foi
Ouvir a voz que ora nos apazigua
Quando, em verdade, são eles dando-nos asas ilusórias
Que mal dadas, são cortadas rentes
E muito posteriormente dilaceradas
Com a amplitude de inúmeros decibéis.
É tudo tão célere que mal notamos,
Tornamo-nos ao seio da mediocridade e vileza humanas.
Os projetos não morrem:
Pulverizam-nos.
"Se ao invés dos brasileiros viverem a dualidade do ufanismo e do pessimismo, começarem a vivenciar o realismo. De fato, o progresso da nação chegará rápido. Pois, o progresso não usará mais os lombos dos gados e das mulas.Ele virá como um jato supersônico desenvolvido por brasileiros com arrumação intracromossomial específica."
Thiago S Oliveira (1986 a)
"Quão pequeno é o amor quando se pode medi-lo com palavras, quão fútil e passageira é a beleza que se pode enxergar.
Sentimentos são complexos, quase incompreensíveis pela vã filosofia, é difícil sentir a plenitude de um sentimento quando se pensa, pois sentir é instintivo e irracional, não é possível pensar uma dor sem antes já tê-la sentido na própria carne ou na alma, não é possível amar verdadeiramente sem antes já ter sentido o amor.
Palavras são meras expressões justificadas pelo raciocínio, já sentir é espiritual, é dom da alma. Então antes de dizer sinta, pois a racionalidade se torna traidora e os olhos enganadores quando o assunto é amor."
Dói dizer e não sentir
Dói fazer e não construir
De tantas contemplações
Não apreciar a mim
Eu lhe disse para amar a vida
Sem medo
Eu lhe disse para viver o momento
Sem meio termo
O que incomoda
É lhe situar no berço da esperança
Com lindas palavras
E uma dose de confiança;
Sendo que minha incerteza
A passos largos se avança
Faltam motivos
Faltam razões para eu te amar
De tantas atenções
O que eu teria a lhe ofertar?
Veja meus olhos
Assim como eu vejo os seus
Com um pouco de magia
E contentamento
E assim que se ausentar
Deixe seus bons momentos
Para que em minhas recordações
Eu possa vasculhar
Pois eu tentei a carência
Que nada adiantou
Sua postura de complicação
Outra vez retornou
Tive de recolher as cartas
Que jogada difícil
De tantos esforços
Logo o das máscaras
Agindo com indiferença
Você me revelou a tristeza
Que é a de viver
Sem ter certeza
Sem certeza de vós
Não sei o que esperar
Uma leitura tão falha
De alguém que ousa falar
Que depositar esperanças
É atitude a se condenar
Eu tentei te amar
Mesmo somente pela carne
Carne que nunca tive
Carne que somente enfeiticei
Pelo desejo do belo
Bela e doce ilusão
Me esforcei a te querer
Você se esforçou a me dizer
Que de tantas pessoas
Haveria alguma a me comover
E de possibilidade mais fáceis
Eu poderia escolher
Mal sei de nós
Somos dois seres ligados
Ao martírio do medo
De aparências
De julgamentos amargos
Talvez ainda possa
Dizer que sente minha falta
Mas até que diga
Buscarei aquela calma
Que somente a boa música causa
E de música saciarei
Aquela vontade de ouvir sua voz
De um tom tão doce
Que hoje já não me chama
Ato: Mundo XXI
Monetiza-se os sentimentos
Cala-se a quem tenta transpor-se
Transpor-se vícios e virtudes
Engajamento predominante ao capital
21 salvas aos impérios
Aonde localiza-se seu ideal hoje?
quem formula, constrói e destrói
a síntese filosófica; cliché
Tolstoi, Alan Poe, Nietzsche, K. Nishitani...
Venha ao 21
Desarme-se do capital
Cuidado para não ser enquandrado
*Enquadrar; viés argumentativa para falar/odiar-a sobre o pouco que sabe, o desprezo por seus iguais/diferentes.
Um abraço, Venha Cortella e difunda o seu (será?
Neves Oliveira, Willian.
Musica em sua mente ao decorrer: Until It's Gone - Linkin Park.
Terça, Outubro 19 às 23:47pm, Pradópolis-SP, Brasil.
Ampulheta na Horizontal
Me assustei ao pensar o quanto nos afogamos na rotina e no
cansaço. Lentamente nos encaminhamos, passos constantes para uma satisfação miserável de dormir e acordar no automático. Satisfação em vegetar em alguma estação antiga de rádio, com as mesmas músicas e uma locução sobriamente futura. Nos satisfazemos com o somatório dos dias e o assustar dos anos. Vivemos essa ampulheta na horizontal, num tempo parado, estagnado que passa sem sentirmos, mas que simplesmente passa...
O Vazio
Fala pra mim, ó vazio
O que é que tu tens
Que faz de todos bens
Um nada mais que vil
A letra já é numero
O papel já é manchado
E a mancha já escura
Faz do nada algo bordado
Num ombro todo o ouro
No outro a beleza
No meio nenhum louro
Só a nuvem de tristeza
E na longa estrada que desce
Guiado por ti, podre vulto
O ser outrora culto
Fecha os olhos e obedece.
Crepúsculo do Mundo
Onde está a espada?
Onde está a coragem?
A princesa encantada
O salvador de passagem
O tempo já levou
Ou a verdade se encarregou?
Sendo a areia ou a visão
Findaram a bela criação
Onde está a doce arte?
As linhas fortes da alma
Ou o som do sol da tarde
Sofreram dor ou trauma?
A sinfonia alta e regente
Fugiu do encontro com a aurora
A flauta que erguia a serpente
Fez dela uma sombra de outrora
Onde está o sábio
Aquele da mente hábil?
Outra vítima do humano
Que fez da coruja um pelicano
O mestre dos quatro elementos
Já fraco, menor e antigo
Fez do vácuo profundo um amigo
E sumiu como um grão aos ventos
Onde está o rei guerreiro?
O senhor da honra e da glória
Sucumbiu no ouro da vitória
E o nada virou seu inteiro
A torre dos homens caiu
E a árvore da vida secou
O leão das sombras rugiu
Quando a cova do mundo fechou.
A ponte da vida
Aos passos vagos e curtos
O homem na longa travessia
Enfrenta todos os vultos
Das ideias ele se sacia
As pontes da própria mente
Que ligam o gênio presente
Em sua genialidade total
Essa tão viva e também fatal
Ele atravessa a árdua ponte
As dificuldades do caminho
Endurecerem sua fria fronte
Fazem da água o vinho
O filósofo cumpre seu destino
Eleva-se ao saber divino
À outra margem tendo chegado
Vive então do bem dourado.
Os conflitos são como um caminho de uma montanha, cansativo e desafiador, porém cheio de descobertas.
À medida que subimos, desde o nível mais baixo até o topo, a vista se expande, nos permitindo apreciar a paisagem.
Assim são os nossos conflitos, eles nos ajudam a ter uma consciência mais ampliada, permitindo que deixemos de lado os pensamentos limitantes e abramos espaço para novas ideias e novas possibilidades.
É como se tivéssemos a oportunidade de ver o mundo sob uma luz diferente, um raio de esperança que nos ajuda a encontrar novos horizontes.
Que música é essa que ecoa em meus pensamentos, mesmo no silêncio?
A melodia é quente, eloquente e sedutora.
Minha mente inquieta se cala, e se confunde, alternando entre desconectar e conectar, camuflando as palavras sem sentido.
Os impulsos são irresistíveis...
Tudo se encaixa em um desencaixe perfeito, sem propósito ou objetivo, temporariamente por acaso. Estranhamente, tudo faz sentido quando, aparentemente não há algum sentido.
Entre treinos duríssimos, sparring, brigas, aulas de psicologia, artigos científicos e livros. Entendi que a luta em si, é pura Arte da Guerra. Além do fator físico e técnico, existe também um jogo mental - fator psicológico que envolve estratégias de combate.
Aí é que entra a ciência do esporte!
Quando o Toque se Faz Eternidade.
“O toque, quando autêntico, converte-se em epifania; e o efêmero, subitamente, adquire a dignidade do perene. Por isso, a alegria é o que desejo gravado em meu epitáfio.”
Há instantes, raros e quase inaudíveis, em que a vida se inclina sobre nós com uma doçura antiga. É o instante em que algo um olhar, um som, um gesto toca o centro invisível do ser. É nesse toque, breve como o sopro de uma harpa, que o efêmero deixa de ser apenas passagem: torna-se revelação.
Rilke dizia que “a beleza é o começo do terrível que ainda podemos suportar”.¹ Talvez por isso o artista, o amante, o poeta e o espírito sensível busquem incessantemente essa fronteira onde o instante se ilumina por dentro. É ali que a arte nasce não da vontade, mas da necessidade de transfigurar o transitório em eternidade.
A beleza não salva o mundo apenas por existir: ela o desperta. É uma lembrança de que há um pulso divino em cada forma, uma vibração silenciosa em cada cor, um apelo à transcendência em cada sombra. O toque autêntico, seja o de uma mão, de uma palavra, ou de uma nota musical é a súbita irrupção do eterno no coração do instante.
E quando esse toque acontece, a vida deixa de ser mera sucessão de dias: torna-se rito, poema, oferenda.
Assim, a vida não é mero contentamento, mas gratidão por ter sido tocada pelo indizível.
É no epitáfio da alma que soube sentir, que ousou criar, que amou o belo apesar das ruínas, deve estar escrita apenas uma palavra: Alegria.
¹ Rainer Maria Rilke. Elegias de Duíno, I Elegia. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Relógio D’Água, 2001.
"A beleza é o instante em que o espírito reconhece, com espanto, que a vida também da dor pode florescer."
A CLARIDADE DA TUA VERDADE.
Dizer a tua verdade, é um ato de resgate íntimo não uma sentença sobre o outro. É o momento em que a tua consciência decide deixar de viver nas sombras do não-dito para respirar na inteireza do que sente, percebe e compreende. A tua verdade nasce de dentro, moldada pelas experiências que só tu viveste, pelas sensibilidades que só tu conheces, pelas feridas e pela luz que só tu carregas.
Quando alguém expressa sua própria verdade, não está criando tribunais, nem ergue paredes morais que acusem o outro de falsidade. A verdade pessoal não tem vocação para arma; tem vocação para libertação. A tua verdade é tua e, por isso mesmo, não precisa desmerecer a história, o olhar ou a compreensão de ninguém. Cada consciência habita uma moldura distinta, e é dessa moldura que emergem percepções que podem convergir ou divergir.
Psicologicamente, dizer a própria verdade significa assumir responsabilidade pela própria visão de mundo, sem depositar no outro o peso do que se sente. É o ato de nomear emoções para libertá-las, não para condenar alguém com elas. É a coragem de não silenciar o que te fere, mas também de não transformar tua ferida em acusação. É assumir-se inteiro sem exigir que o outro responda à tua inteireza.
No âmbito introspectivo, expressar a verdade é um exercício de alinhamento. Quando permaneces calado por medo, receio ou prudências excessivas, tua alma se contorce num labirinto onde tu mesmo te perdes. Mas quando falas com honestidade, ainda que tua voz tremule, não se trata de desmascarar ninguém trata-se de te reencontrar. É o momento em que compreendes que a tua verdade não precisa da mentira alheia para existir: ela se sustenta por si mesma.
Atribui sentido galopante ao teor de alforria. A libertação que vem do gesto simples e profundo de dizer: “É assim que vejo, é assim que sinto.” A tua verdade não vai atrás de culpados; vai atrás de coerência. Ela não exige reverência; exige respeito por ti mesmo. Ela não aponta dedos; abre portas.
Quando dizes a tua verdade, tu te libertas e libertas também o outro. Porque tiras dele o jugo da interpretação, da adivinhação, da suposição. Permites que cada um permaneça no seu lugar de consciência, devolvendo a cada qual a dignidade de sua própria narrativa.
Dizer a tua verdade não transforma ninguém em mentiroso. Apenas te devolve ao território sagrado onde tua alma respira sem medo.
