Textos de Filosofia
A Prisão do Livre Arbítrio
Nós vivemos em uma sociedade de livre arbítrio? Se sim, você está preso nela. Mas oque e livre arbítrio? Bom, livre arbítrio é um modelo social onde todos nela podem mostrar suas ideias, opiniões e críticas sem nenhuma “barreira ética” pra os impedir, na teoria o nosso modelo social segue esse padrão, mas só na teoria, em que momento se deixa de ser opinião e se torna discurso de ódio? Em que momento se deixa de ser discordar e se torna preconceito? Essas questões definem o que realmente é o livre arbítrio, e responde-las da forma correta significa que livre arbítrio e realmente só uma ilusão para agradar as pessoas, com a vinda da tecnologia e cada vez mais comuns aplicativos de interação social e compartilhamentos de ideias como Twitter, Instagram e Facebook, e com eles vem também a responsabilidade de suas palavras sendo expostas ao público, o que significa que ao publicar uma opinião os dois lados dela estarão lendo, se você fala sobre racismo, racistas e negro lerão sua opinião, mas quando se deixa de ser só mais uma opinião? Quando começa a se tornar errado? Se vivemos em um modelo social de livre arbítrio, nazistas poderiam andar com sua suástica, racistas poderiam dizer ao público “Minha raça e superior”, mas a questão e quando isso deixa de ser uma opinião e se torna errado, afinal existiria certo e errado no livre arbítrio? Essa e a real prisão de suas próprias opiniões
Kauan Victor-22/11/2021
Encanto
Foi em um sábado que a gente se conheceu
Se assim possoe dizer
Uma ocasião comum
Sem tanto a oferecer
Mas de conversa em conversa
Foi se moldando o interesse
Quem era aquela ali?
De acaso apareceu
É confuso
Não sei porque você
Não sei porque eu
Seria ironia?
De tantos caminhos
E outros trajetos
Por que esbarrar no seu?
De qualquer forma
Não é preciso tanta resposta
Foi o melhor que aconteceu.
Parecia que eu já te conhecia
Mesmo sem ter te visto
O fascínio e a lembrança dançavam juntos
Ao que parece
Nem desta vida.
Se de erros é que se aprende
Estou disposto
Vou confiar uma vez
Na serenidade brilhosa de seu rosto
Que só ilumina
Porque conversa com meus olhos
E de alegria faz sua química
No silêncio
É possível ouvir os muitos elogios
Que perante a cautela
Ainda não foram ditos
É de admiração
Que aos poucos
Vamos desdobrando nossa relação
Progredindo para conhecer
Saber um pouqiunho mais
É tanto mistério
Que a gente não sabe o que faz.
É fosco o véu que cobre o sentimento
Ainda é cedo para se entregar
Ei de chegar o momento
Que de intimidade poderei te contemplar
Te conhecer seria um prevlégio
A gente se fala tão pouco
Nem parece que estudamos no mesmo colégio
Até porque frente-a-frente
Não há tantas declarações
As palavras fogem
Nem sequer ficam os trechos de canções.
Me desculpe não ser tão destemido
É que pra mim não é natural
Nunca me preocupo com as pessoas
Elas geralmente me deixam mal.
Vou me esforçar por você
Assim espero
Ei de engradecer cada dia
A forma como te quero
Digo que anda não é amor
De minha parte seria muita pressa
Deixarei o tempo cuidar
E que seja na intensidade do seu dispor.
Você ainda precisa pensar
Ainda precisa se decidir
Quando for sua vontade
De braços abertos pode vir.
Até lá
Pode pensar com carinho
E amadurecer suas ideias
Eu sou acostumado a viver sozinho
Mas seja pra onde for
Onde quer que sua mente queira repousar
Me dê esperança
Que de mim não vai enjoar.
Assim
O mesmo vento que irá te aconselhar
Em uma calma e sublima brisa
Sem tantas anunciações
Vai te fazer retornar.
Apólyti
27/11/2021 (23:05 - 00:47)
Uma razão insuficiente
Refletimos sobre o infinito por causa da consciência da morte, ou seja, de nossa finitude. [...] Por sermos seres finitos especulamos sobre o infinito e deus, pois se fôssemos infinito não haveria o quê e para quê especular.
Obs (s): Infinito como sinônimo de eterno, ou melhor, algo além da compreensão de espaço-tempo ou qualquer conjectura, hipótese, e teoria científica, e até mesmo sistema filosófico. [..] Para além de qualquer vislumbre humano.
Segunda abordagem:
O arranjo linguístico nos impossibilita observar a unidade em cada abordagem filosófica, pois o é basilar a toda disciplina, dando a ela premissas e objeto (s) de investigação (s), objeto (s) tal (s), explicitado em suas premissas, ou implícito a ela, visualizado após a correta dedução. Seja o clássico silogismo aristotélico, as lógicas heterodoxas, ou às mais voltadas à matemática e suas aplicações, quase sempre em computação, como por exemplo, a álgebra booleana, ou a filosofia analítica com B. Russell e a posterior L. Wittgenstein, ou a abordagem dialética, e também as inúmeras escolas de filosofia desde a antiguidade clássica, todas elas têm em comum, como função determinante ou premissa fundamental, ou vetores contidos no mesmo espaço vetorial, daí a sua disposição nele serem suas nuances na história, o próprio uso da razão, ainda que não a se possa definir. Essência, o que é, sua realidade é material, derivada dela, o que é informação, interpretação, o mental, substância, causa primeira, diferentes nomes e definições que se complementam e apontam sempre para a mesma coisa, o seu sentido é, isto ou algo além, aquém disto tudo, metafísica, revelação, reminiscência e etc…Tudo se resume a uma só dúvida, é somente? E atentando-se à nossa indeterminação ao se debruçar no possível entendimento do transcendente teológico, fica em aberto às grandes questões da filosofia, pois o está, apenas isto ou …? Sendo assim, precipitado seria qualquer afirmação, pois jaz filosófica. O que aparentemente temos, é uma indeterminação, no conceitual de SPI, mas como somos seres finitos, orgânico, não sabemos se ao mais infinito chegaríamos a alguma conclusão, o que me parece ser bastante razoável propor que, dado a nossa condição evidente, o sistema da possível verdade é no mínimo, para nós, um SI.
Sofro, logo existo
Silogismo
1- Ansiamos obstinadamente por saber desde que nos damos por humano (''o que *não cessa* de *se escrever*'').
2- A coisa em si é inacessível (''o que *não cessa* de *não se escrever*'').
3- A verdade se apresenta apenas como possibilidade (''o que *cessa* de se *escrever*) e tudo isto nos causa angústia.
Esclarecendo
Me refiro a verdade da coisa e do real enquanto todo. A nossa relação com a verdade, real enquanto todo, é de angústia e ela marca seu impossível através da contingência, gerando pela lembrança sofrimento, pois o conjunto aberto nos causa incômodo, como prova, perguntar algo e ouvir uma resposta que não responde, além de termos uma necessidade não só orgânica, mas também em pathos pela verdade, por significados, sentidos e porquês. Uma das possíveis formas de elucidar que a verdade se apresenta a nós como possibilidade, mesmo ela sendo impossível, é o fato de tudo isto ser questionável, sendo assim, talvez a verdade nunca se apresenta, mas apenas a nós é representada enquanto impossível através de nossa linguagem insuficiente. Como a linguagem e a razão é o que nos define como humano, pois é o que nos diferencia, e sendo tudo isto seu grande marcador de realidade e desejo, podemos assim concluir por equivalência ou analogamente a regra da cadeia que sofremos, portanto, existimos.
Obs: Talvez este não seja o grande desejo da razão, principalmente no seu primórdio, talvez seja apenas meu objeto a, mas se atendo que é ela e a sua busca que nos define como humano, mesmo ela sendo um subproduto de uma complexa circuitaria neural ou detentora de uma substância pensante, ela é nós e nós somos ela em essência; só não nos damos conta de tudo isso porque o afeto não emerge a todo momento, até porque não desejamos, daí a fuga do tédio através do divertimento como retratou bem Pascal, mas este de fato é o nosso ser.
O progressismo
Existe três formas de progressismo, o positivo, o romântico, e o psicológico. Primeiramente falaremos do positivo, ele é o progressismo originário do iluminismo, a posteriori entrou em confluência com o positivismo de Comte. Este progressismo pauta sua análise em narrativas com o pressuposto assumido como verdadeiro desde já, o tempo presente como fato empírico dado. Pessoas que se encontram neste progressismo narram o passado com o viés do ultrapassado por o ser passado, haja visto, nosso conhecimento técnico e científico, os mitos aqui são interpretados de acordo com seu significado morfológico, o referente adotado não é a realidade psíquica, mas a do sujeito sempre sujeito a realidade externa puramente material e sobredeterminante, a narrativa lógica, aqui em seu sentido mais ordinário, sempre é adotado como uma das matrizes de seu pensamento, posto isto, a mitologia é interpretada como uma narrativa fracassada de tentar entender o mundo natural, ou seja, uma narrativa que mente, tirando dela sua natureza que a define, sua essência que relaciona-se e se relaciona com o seu propósito já dado na própria narrativa, o seu caráter multiforme evidente que denuncia sua semântica alegórica, e não apofântica. Ao assumir o tempo presente como o melhor, fazem por serem os únicos que pensam no que já foi feito e daí a probabilidade de tomarem escolhas melhores, fazem também por associarem a distância entre fatos ocorridos, e fatos que estão em ocorrência, com a memória de um fato, e o fato em si, que sempre é o experienciado, presente contínuo, daí a proximidade maior com o futuro do que com o passado. A potência sempre se concretiza em ato, mas a passagem de uma coisa para a outra sempre é linear, esta implícito nesta sentença com o aditivo e, potência e ato, pois há no ato a manifestação através da ação, a concreção de uma potência que jaz, ou seja, uma relação causal. Da mesma forma a interpretação do existente como aquilo que relaciona-se com o não-ser em transição, o vir-a-ser, o devir, e não a memória morta, pois nem em minhas sensações através da receptibilidade foram interpretadas. O elemento de progresso (que pressupõe finalidade, teleologia), ou a partícula não mais imaginária que os fazem relacionar (todo o campo) como dado que o futuro tende (pois deve) a ser melhor, é esta relação temporal e espacial do sujeito com o tempo, que o é psicológica, daí também sua relação com o progressismo romântico. Com Hegel, a função, que é a história, desenha sempre no conceito uma reta crescente, mesmo que de primeiro grau, no mínimo, porém, o que já está como premissa é que o conceito é tudo, o aspecto formal de uma análise é tudo e deve ser real (formal x ontológico _ o problema da implicação do formal no real), existir enquanto ente, ou no caso da sua filosofia, como uma espécie de agente dialético que também se manifesta na história, tese e antítese que gera síntese e assim sucessivamente; como destacado por Schelling, o Hegel peca ao interpretar já enquanto filosofia positiva a filosofia negativa, a ciência da razão, assim como se o processo conceptual do pensamento pudesse ser o próprio processo da realidade. Assim também o formalismo Hegeliano recai em uma insensibilidade estética para com a dor humana, a existência, em prol de um todo formal ao negar a contingência, esta é pois a crítica dos filósofos do irrealismo. E por último e não menos importante, é o progressismo psicológico, que não se dar apenas no senso comum da pós-modernidade, com todas as estruturas lógicas que pairam como vencedoras de outrora batalhas, mas também a partir da explicação introduzido por mim, além do conceito. O que todas elas têm em comum é o espaço no qual estão dispostas, o internalismo epistemológico, que o é um viés psicológico, uma ilusão gerada pelas nossas sensações à nossa razão, juízos e a adoção de um realismo ingénuo à qual sempre recai no otimismo inescrupuloso (Scruton ).
O Gênio
O gênio, que com seu corpo existe uma comunicação quase que instantânea, dado o entrelaçamento quântico, que jaz um, e do ser que é vindo do não ser. O gênio, simetria assustadoramente perfeita, supersimetria. Gritos retumbam e clamam o seu nome, quase que como uma prece, dizendo, como pode? Um só homem... O gênio, que desafia o impossível, e que sai vitorioso dessa batalha. O gênio que se comunica com tudo o que tem, e que da melhor forma, faz o que deve ser feito. O gênio que muitas vezes se confunde com o herói, o gênio que proclama com a sua própria existência, o que há de mais sagrado no mundo, a vida; o gênio que com o próprio ser provido de uma diferenciação tremenda, trás o impacto estético de admiração sublime, a certeza imensa de uma verdade que é. O gênio que se revela um pelo que faz, que jaz um com ela. O gênio é alguém que faz algo de uma forma única, e da melhor forma possível. Ao ouvir novamente o que me é nítido não ser somente uma música e um vídeo, ao me ver, mais uma vez, tocado por algo que não me é tão nítido, na aparente antítese; lágrimas. O gênio, o ser, a outra lógica, que porém, tão óbvia, mas tão difícil a sua visualização. A experiência que a muito tempo me tomava, retorna novamente, quase que em uníssono, com acontecimentos recentes. A vida que me parece ser algo a mais, e o verdadeiro humanismo, provindo, derivado mais que contido e que em somatória nunca chega ao todo. Palavras que aparentemente me faltam, e eu opto por simplesmente me deixar levar com a dança. Comentários, vicissitudes, elogios a escândalos de admiração, bibliografias e apaixonamentos por um ser, ou ser algo, do qual pouquíssimo se conhece. E a surpresa, ao vim algo que nunca se espera. Os gênios que me baseio para essa pequena elaboração, são o da nova arena romana, que dessa vez não reflete o escárnio e a grandeza de quem a assiste, e sim a pequenez de quando a imensidão toca um homem e então os olhos comuns nada podem fazer além de ficarem boquiabertos. O gênio não é indivíduo, o gênio é o ser, por isso, não tem nome. O gênio é uma projeção de uma dimensão muito maior, que como em um subespaço vetorial, reflete distorções que não podem ser feitas com o espaço. O gênio é aquele que dita pontos e vírgulas, apenas com sua reticências. O gênio é aquele que diz, retira, acrescenta, e deixa de ser, medíocre. O gênio não é pessoa, o gênio é mensageiro, por isso a figura alada ao gênio é o Hermes. O gênio transcende tempo-espaço, e sempre trás a mesma mensagem, de que é possível. O gênio não te cobra nada, você se cobra ao ver um gênio. O gênio não é visto, é intuído, pois como que quase tudo em um gênio é deparar-se, assim o é quem o conhece. O gênio é um instrumento entre o mais sagrado do mundo, e o mais profano. O gênio é a comunicação perfeita entre os céus e a terra. O gênio não é matéria de estudo, o gênio é matéria assim como a tua. O gênio é matéria da tua, com um pequeno acréscimo. O gênio não pede, e não obriga, o gênio sempre é a terceira opção não vista. Quando se pensa que entenderam os gênios, ele mostra novamente que ele não pode ser reduzido a essas 3 dimensões Euclidianas, ou que não pode si reduzir as 4, dado espaço-tempo, haja visto o conflito com a mecânica quântica. O gênio nunca diz algo, ele grita, ao mesmo tempo que ressoam em uníssono, gritos brandos, e cochichos altos. O gênio não é diferenciação por mistura, o gênio não é solução, o gênio antecede o soluto e o solvente, ao mesmo tempo que não é os átomos. Talvez o gênio não seja o que antecede, digo, a priori, talvez o gênio seja o que não é dito, pois é desejado que se cale. O génio talvez seja apenas aquele que não se rendeu, e que talvez por isso, te cause incômodo. O gênio não é partes, e nem o todo de fato, pois as séries são em síntese, somar o infinito, vide o "paradoxo" de Zenão. O 1 nunca se alcança, por isso, o gênio sempre está em busca, e é justamente dessa busca, que o confundem. A somatória das séries sempre levaria a pequenos restos, e esses pequenos restos sempre é o humano demasiado humano no gênio. A insegurança, o medo, faz com que o gênio duvide de si mesmo, e que se pergunte, O que devo mesmo fazer? Mas que depois de um tempo, ao observar outros gênios, retorne aos ombros de gigantes e retome, sua trajetória. O gênio também é caminho, ele não é a soma perfeita, as operações perfeitas de fato não existem. Perfeição é uma palavra, mas que se apresentado ao gênio, faz com que seus olhos brilhem, ou caiam em lágrimas. O gênio as vezes é covarde, mas a única certeza é que é as vezes. Do gênio mais uma vez _ o gênio não é egoísta ou coletivista, pois o antônimo do coletivismo não é o egoísmo, e sim o individualismo _ não cabe redução. O gênio não se acha pronto, dado o seu tamanho criticismo. O gênio também é disciplina, e não apenas paixão. O gênio é sentar na cadeira e decidir continuar, mesmo com tanta dor no coração. O gênio é persistência, persistir, palavra que cai tão bem ao gênio. Progressão que muitas vezes não vista, faz com que o gênio, muitas vezes, ache que continua o mesmo e que em colapso e contorções, caia em lágrimas, ao se deparar com sua pequenez, diante da imensidão. O gênio se afasta da mediocridade, e chora ao cerrar os dentes, quando percebe que ainda se encontra nela. O gênio é lágrimas, gritos, puxões de cabelo, o gênio muitas vezes é desistir em desespero, é desacreditar, o gênio não é o produto feito, a solução de uma equação, o gênio é o processo, e o processo, é o que faz o gênio. Quem chega no outro lado? Quem está disposto a ir até o fim, por vários motivos, porém, com um em especial, uma constante, que é, A Vontade do/ para /o Sublime. O gênio é caminho em contínuo aperfeiçoamento, pois o gênio não é o final, acabado, pronto, provido desse nosso desejo imundo de morbidez, o gênio não se aposenta das suas atividades, ele e ela são um, para um algo maior, daí a vontade e ela meu amigo, nunca cessa. O gênio é alguém que decidiu aceitar, continuar, não reclamar. O gênio é aquele que aceitou o caminho. O gênio representa o caminho. O gênio é a janela do caminho e representa o possível que é o caminho. O gênio é a concretude da aceitação de uma vontade transcendente e inerente. O gênio é certeza da supracitada vontade, derivada das suas obras. Eu ainda poderia dissertar muito mais sobre o gênio e o assunto assim mesmo não se esgotaria e mesmo isso, reflete a natureza do gênio.
Esboço de epistemologia _ 1
Os sentimentos são entes, pois não se faz ser em em si, ou dado pela natureza; ele é produto da interpretação que damos às nossas sensações, sendo assim, são produto da percepção de algo externo a nós que nos "abala", um choque de informações derivadas do orgânico e suas funções, pertence, portanto, ao reino mental, uma contiguidade entre sensação e causa é o que gera ideias, ideia da sensação, que é sentimento; a tal contiguidade entre sensação e causa é produto quase que efeito colateral de um encéfalo demasiadamente grande (em proporção com o corpo) e denso (em n de neurônios), produto, também, da evolução, daí a semelhança entre a relação cérebro × mente e hardware × software. O que chamamos de percepção já está implícito na semântica o mental, o cérebro como função interpretar (mundo externo) o que está em contato com nosso corpo (diretamente ou indiretamente); faz-se a imagem do objeto que nos abala com o eu envolto nele, ou seja, no reino mental. Assim sendo, quando falamos que sentimos algo, falamos que intuímos um objeto dado pela percepção através da sensação ou intuímos um objeto como coisa-em-si que nos abala através da imagem dele nos entregue pela percepção, que deriva-se da sensação (do ser senciente). A impressão do objeto não é ordenado à compreensão de nosso aparato cognitivo, o ordenamento é definido por determinadas regiões do encéfalo. O ser percipiente de dar através da faculdade da receptibilidade, que provêm da 'consciência no impresso'. O invólucro entre eu e objeto é doxamente sabido ao pensarmos no objeto, quanto mais intenso for o pensar nos parece que mais distante fica de nossa compreensão; podemos inferir indiretamente pela interpretação dos ditos populares, como discursos, "O importante é viver a vida", "Não pensa de mais se não você fica doido", que o pensar nos é inútil e isto nos dar uma plausibilidade para supormos que a explicação é que 'quanto mais vou mais vai', ou seja, a busca do conhecimento inversamente proporcional ao conhecido do objeto, porém, isto se dar como fenômeno e não fato em si, vejamos, o eu não pode ser o discurso, o subproduto da linguagem, pois o eu não é acabado em sua compreensão, como bem descreveu através do conceito de identificação o psicanalista francês J.Lacan, sendo assim, o eu é antecessor ao discurso ou se estrutura nele, ou é a ele verossímil em natureza (no sentido aristotélico de essência no objeto). Primeiramente devemos pensar se a linguagem, que é a antecessora, é uma substância, se está contida em algo além do que nela está contido. Ao iniciarmos esta análise, em não muito tempo, veremos que estamos pensando sobre a natureza do próprio pensar, digo, como ato e isto é um meta-pensar que irrevogavelmente nos leva a filosofia de Descartes, ao cogito, onde a contiguidade é entre ideia e objeto, que se dar pelo método analógico, eis a crítica de Reid; para Descartes a percepção do objeto se dar através da imagem que se faz consciente no pensamento (ideia do objeto), porém, para Reid as sensações nos dão o objeto em si, não precisamos pensar na sensação de dureza da mesa ao pôr a mão sobre ela, a informação transmitida vai direto a consciência através do sentido primário; é por intermédio das funções dos sentidos na epistemologia reidiana que formamos para nós as concepções de extensão, solidez, espaço, ou seja, das qualidades primárias e secundárias também. Em síntese, os sentidos nos dá a sensação com o objeto já dado em nossa mente através da percepção dele pelo aparato cognitivo naturalmente capaz disto, então, concebemos o objeto. A problemática está justamente nas próprias correntes filosóficas defendidas, onde para ele (Descartes) o objeto é a ideia na mente, onde o próprio objeto percebido é a percepção daquele objeto e que inevitavelmente recai no ceticismo, eis a crítica de Reid a teoria das ideias; o Reid adota o realismo direto, haja visto, a adoção do senso comum, onde as crenças têm um papel fundamental na percepção e concepção, daí o fato de o chamarem de falibilista. Poderíamos traduzir estes extremos da seguinte forma, não é o encéfalo, mas a mente que interpreta os objetos (Descartes), o objeto já nos é dado (Reid), porém, não só não há evidência positiva (na neurociência) a favor ou contra a ideia de Descartes, como não há evidências fortes e o suficiente para a afirmação extraordinária que sua filosofia nos leva, é questão de proporção, peso e contrapeso, e no caso de Reid há sistemas de sobra contra a simplicidade da sua epistemologia. Ambos recaem na relação eu-objeto e adotam inconscientemente tais premissas, respectivamente, eu>objeto, objeto>eu; faremos uma breve investigação lógica a respeito disto. Sou se o mundo existe, não sou se o mundo não existe, porém, o mundo continua a ser se não existo, então, a relação não é bicondicional. Tentemos portanto o princípio da contraposição logo no universal, somos se o mundo existe (S), se o mundo não existe, então, não somos (T) ou para todo sou ( ∀S→T ⇔ ∀¬T→¬S); o mundo existe por pensarmos nele (U), porém, ficaria a par da semântica, então, a sentença é problemática em si, mas podemos utilizar o silogismo hipotético S→T, T→U ⊢ S→U, podemos interpretar, respectivamente, que sou (como universal homem) se existo é equivalente a não existo se não sou e sou (como universal homem) implica a existência do mundo, a existência do mundo implica o pensar sobre ele, então, o sou implica o pensar de acordo com a propriedade da transitividade da implicação.
O sou é sinônimo de existo, por isso quando exclamo, Sou! Automaticamente estou dizendo, Sou no mundo! Da mesma forma a força da expressão indica um reconhecimento de si em pensar através da linguagem e como existente. O sou é ato de linguagem, por sua vez, do pensar; assim como o pensar é ato sempre, também penso no pensar estando nele, ou seja, pensando. Por isso a ação intelectiva é ininterrupta, sempre está apontando para várias 'direções qualitativas', memória e imaginação. Como demonstrado no meu artigo psicanálise e lógica matemática a linguagem tem uma relação de interdependência com a razão, logo, com o pensar. Sendo o pensar no ato da razão (significante), o significado pensar está submetido ao significado do significante, ou seja, seu sentido, sendo ele desprovido de substância o pensar o seria de sentido e todo o ato filosófico seria inútil. O próprio reconhecimento de estarmos pensando pressupõe um observador, mas é aí onde mora o erro fatal de Descartes, esse salto lógico se dar a partir da analogia (método analógico) entre o ato como causal ou produto de um Eu, a causa (que deveria causar uma variação do movimento natural no eu); perceba que Descartes ao afirmar que só não posso duvidar que 'estou pensando', ele já pressupõe um eu pensante no ato de pensar como causa disto e não se direciona a este eu (cogito) e o questiona (como objeto do pensar), pois sabia ele que entraria em um ciclo infindo de dúvida, por isso o ceticismo de Descartes não o é de fato, ao certo é um método cético. Em Reid a concepção naturalmente dá uma visão da imagem real, é uma imagem metafórica, pois na mente só há pensamentos. Para Reid a imagem não é o objeto do mundo externo na concepção, entretanto, o próprio ato de conceber pressupõe isto, digo, em termos conceber é representar e por mais verossímil que fosse, nunca seria o objeto em si, daí a aproximação com as metáforas úteis de Nietzsche e com o incognoscível da coisa-em-si de Kant. O ser percipiente que se dá através da faculdade da receptibilidade, que por sua vez provém da consciência no sentido, é em outros termos o eu de Reid, o eu que concebe, enquanto que o eu de Descartes é o eu que concebe-se no ato de conceber ou identifica-se com o ato de pensar constante, o pensando ininterrupto que remete ao Ser Pensante (cogito), que deve ser uma substância no sentido dado pelo Agostinho de Hipona, T. de Aquino, ou B.Spinoza. Se fosse a essência deste ser que estivéssemos identificando, dever-se-ia haver nele categorias para além do axioma que inferimos, ou seja, haveria nele categorias além do que nos é necessário, em outros termos, haveria em nós como ser necessário a nós um ser autônomo e desconhecido para além do seu predicado essencial, ou seria todo ele o predicado em si, como o significante universal em todos, Razão e a nós desconhecido por questão de quantidade e limpidez; a sua concepção se dar apenas no ato do pensar, a autoconsciência é o pensar sobre o ato de o estar ou sobre o ato do pensando, este é pois o eu de Descartes, a substância contida em nós do todo, o campo que estamos inseridos.
Rematando, o problema de ambos também recai nas associações equivocadas, dado a causalidade como premissa implícita e não como objeto de estudo e teorização, além de ambos assumirem que o cérebro e a mente são coisas completamente distintas, onde a relação mais próxima entre elas é de bicondicionalidade. A contiguidade entre sensação e causa se dá através do ser percipiente, por conseguinte, da substância pensante (determinante na significação do ser senciente como função) e o princípio que regula está relação é a mesma que faz a lei de causa-efeito existir; semelhante ao princípio de uniformidade da natureza, e aos primeiros princípios constitutivos do ser humano, que por sua vez é semelhante ao a priori de Kant e a res extensa de Descartes. Tal princípio primevo nos diz que a existência de corpos extensos está submetida a sua forma primária, ou seja, áreas infinitesimais em progressão em série, isto é, a primeira unidade de área que trás inclusive a existência da reta e com ela qualquer área, este é pois o postulado soberano, absoluto da geometria euclidiana, o ponto, que por sua vez está associado ao número 1, também irredutível e soberano na aritmética. Os números naturais são fechados sob a função unária do sucessor, o um, depois o sucessor do 1, depois o sucessor do sucessor do um e assim sucessivamente, acontece de forma análoga com a linearidade dos acontecimentos, o erro do paradoxo de Zenão está em supor divisões infinitas, e mesmo assim é possível somar o infinito, mas em termos geométricos, como posto, forma, o um é o único que não é sucessor de algum outro, assim como o ponto.
Dinheiro nenhum neste mundo pode comprar algo que está faltando... Dentro de você.
Há coisas que você pode comprar, e há coisas com as quais você pode sonhar — pois mesmo para o dinheiro há um limite. Por exemplo; ele não compra talento. Você pode comprar a instrução do melhor professor de pintura, mas você não pode comprar a arte que floresce dentro dele.
TERTÚLIA FAMILIAR
Que comece mais uma “tertúlia”! Abaixo à internet!
Que cada um possa falar! Mas de longe? Como escapar?!; salve 'a rede!
Família é coluna. Pra todos: elementar.
Família é o sustento que sustenta de onde está.
A distância é quebrada sem aperto de mãos, sem aquele cafezinho...
Mas com o acalento das emoções ao conversar.
Primeiro: a casa dos pais nos resguarda do mundo, fisicamente, o coração.
Depois guardamo-nos de perder o caminho das emoções... de certo que a razão.
Família é sempre família! Pode ser a de sangue, ou a que conquistamos;
Destas sortes que nos fazem viver!
O que é verdade para todos nós; é que família é aquela que nos leva ao “reencontrar”:
Reencontrar o irmão, mãe, pai... família!
Mas principalmente o próprio “EU”.
poeta_sabedoro
MEU POEMA ERA...
Meu poema era nada! Um completo vazio
Mente?! Minha mente leve transitava pelo espaço sideral,
Em outro lugar bem distante, como que douta estratosfera
Um engodo! Meu poema era...
Maçante que pesava como o ar, impenetrável que se era.
Meu pulmão enchia-se pra citar um outro poema;
Declamar algum teorema quem sabe
De forma bem discreta seria... Qual tom eu poderia?..
Meu peito era um armazém de turvo ozônio.
Maçante! Meu pensamento era maçante e depois fugaz!
O pensar estava pesado; um fardo
Inexoravelmente pesado como o ar.
A inspiração passou como pássaros em revoada,
Pesado! Meu poema era...
poeta_sabedoro
QUANDO NILO DEYSON MORRER
Quando eu morrer, serei odiado por uns e aplaudido por outros, no entanto, ambos não sei se terão o cuidado de pesquisar meus trabalhos filosóficos e poéticos, que falam sobre parte de um pouco do Nilo Deyson em espírito. Quero que leiam meus livros e meus artigos.
Assim como a água flui em diferentes direções e caminhos, o conhecimento também segue trajetórias únicas e singulares em cada ser humano.
Reconhecer a singularidade do saber é compreender que não há uma verdade absoluta, mas sim interpretações individuais e diversas da realidade.
A sabedoria está em aprender com a diversidade de perspectivas e habilidades, e em aplicar o conhecimento de forma apropriada a cada situação.
Que possamos valorizar a singularidade do saber e cultivar a humildade para aprender com o outro, construindo uma sociedade mais rica em sabedoria e em compreensão mútua."
ETÉREO AMOR {Soneto}
O amor que não questiona nada, somente - É -
A vida aconteceu num sopro e aos ouvidos ma deu:
Viva! A palavra se tornou em decreto porque é o que - É -
Na essência do ser foi como se deu e onde se esqueceu
Porque não se olha para a formiga e diz:
Por que és tão pequena? Por que não foi ser grande?
Não se perturba o elefante perguntado sobre seu tamanho
Isso não se questiona! É a natureza do bicho - elefante -
Natureza intima de todas as coisas
Assim se firmou tudo na terra e céu - assim é o que é -
Nada obscuro quando se tira o véu
Natureza intima de todas as coisas
Amor é só o amor. O que é o amor? - amor é o que é -
Etéreo obedecer da natureza com primor.
Poeta_sabedoro
AUTóPSIA
Loucos! O que procuram neste poema?
_Óbito bem definido - pode registrar.
No tempo jaz o bisturi de tal dilema,
Vossos corações podem aquietar.
O tal já vinha há tempos dissecado.
Ele chegou e repousou na maca jacente
Óbito bem definido foi o que eu disse.
A família dizia: _há tempos doente!
Salvem o poema! Alardeou alguém.
Mas já era tarde o mesmo jazia.
Sequer uma evocação promulguem!
Nunca se viu fato descomedido assim
O poema vive e levantando bradou:
Quem a esperança perdeu ou já amou?!
Eu olho para uma pedra com meu olho.
Eu ouço um pássaro cantando com meu ouvido.
Eu sinto o gosto das frutas com minha boca.
Porém, com que sentido eu percebo a eternidade?
Eu tenho certeza que ela existe.
O que em mim está sentindo isto?
Expermento a eternidade do lado de fora, pois existe algo da eternidade dentro de mim.
Eu e meu sábio Eu.
À noite, pego-me conversando comigo mesmo. Ouço mais o meu "outro eu" e questiono pouco, mas quando isso acontece, ele prontamente responde com uma réplica afiada, verdadeira e dolorosa, e eu aceito, concordo.
O diálogo entre meu eu físico, instável emocionalmente, e o "outro eu", frio e lógico, foi bastante reconfortante. No entanto, infelizmente, tenho que optar entre minha calma temporária para dormir ou despertar e escrever e correr o risco de tudo voltar como estava. Infelizmente ou felizmente, decidi dormir, e só ficou a vaga memória. Lembro-me de poucos diálogos, provavelmente porque talvez foi marcante.
Conversa mental;
Ele disse:
- Eu sou o seu sábio, sou também aquele que não sente, não escuta, não vê, mas sabe, eu sei de tudo o que você lembra. O que quero dizer é que não sinto o que você sente, mas compreendo. Sei que pode ser uma sensação que parece ser incontrolável. Você me criou como uma forma lógica de organização, estou aqui para simplificar... No entanto, infelizmente, não consigo perceber a raiz do seu problema, pois eu sei tudo o que você sabe, conheço todas as suas lembranças. Talvez esse problema esteja ligado ao meu velho irmão, oculto em uma sala ampla e escura, onde ele se cala e se manifesta. Quero lhe informar que encontrá-lo pode ser uma tarefa difícil, pois ele se encontra distante, ao mesmo tempo próximo o suficiente para despertar seu medo. Mesmo sem você saber, você se vê envolto em pensamentos e ansiedade.
Meu irmão, o seu "profundo Eu", é bastante reservado, é bastante camuflado. Ele se esconderá de você, e você terá que manipulá-lo de tal forma que ele morda a isca e lhe dê acesso à sua rica sala. Ele também sabe o que você sabe, mas a diferença entre eu e ele é que ele também sabe o que desconheço. Sou uma forma criada por você, enquanto ele é uma forma nascida com você e guarda todos os seus problemas que você mesmo esqueceu, como uma forma de anestesia. Acredito que terá que entrar em transe para se conectar a ele, e assim eu saberei simplificar e desembaraçar tudo para você!
Eu sei o que você sabe, compreendo que você não é o mocinho da história, sei que você é egoísta, mas posso afirmar que você adquiriu um sentimento nobre, tal sentimento que está lhe transformando aos poucos.
Você está se definindo, você está saindo no caminho da alienação e isso vai descobrir as piores sensações com as quais você terá que lidar. Eu estou aqui, agora em diante, ao dormir vamos refletir, eu serei seu guia lógico da verdade, da sinceridade e da racionalidade...
Eu farei com que tenha sonhos.
Crença
Quando alguém acende um fosforo
em pleno breu e se vê o rosto de nosso senhor- chamamos
esta dadiva de ESPERANCA, e quando o ultimo fosforo apaga
e se continua acreditando que o rosto esta' lá velando
por ti- chamamos este fenômeno de FE'- Uma chama que
ascende ao coração e não apaga mais.
LEITURAS DA ALMA
Aos que falam expressam por palavras- sua leitura se faz por leitura labial, aos que não falam quase que não expressam, mas sua leitura se exprime por leitura facial e ainda há os que brincam por aqui, quando na verdade ainda não os cabem o existir, a estes se faz leitura por leitura espiritual.
_ Em sendo uma ou outra; todas são reveladas.
_Assim diz um viajante do tempo.
Nosso corpo é a árvore que nos acompanha até nosso último suspiro e que como toda árvore tem que, na medida do possível, responder diariamente três perguntas:
1 Tenho proporcionado
sombra aos que precisam?
2 tenho proporcionado
fruto aos que têm fome?
3 tenho buscado a luz
que me mantém vivo?
BORBOLETA MAGICA {soneto}
Cintilante como uma centelha de luz
Brinca e esnoba rebolando aquém
Seu brilho atraente como se aduz
A um expectador pelo seu desdém
A borboleta graciosa vive ao natural
Sua casa e' regada de flores, flores
Não, não plástico industrial- artificial
Sua beleza e' posta viva, sem dores
A existência deve ser sempre plena
Não cabe a isto negociar a saúde
Assim como o mundo tal nos alude
Sempre plena, e quando só amena
A vida deve ser sempre como magica
Uma borboleta voando sendo trágica
poeta_sabedoro
