Textos sobre Dor
Cedo, você chegou e logo teve que partir,
bravamente lutou, recusou desistir,
agora, sinto uma grande dor,
já que não farei você sorrir,
não verei os seus primeiros passos,
não verei os seus olhinhos brilhando
e você correndo pra dar-me um abraço,
mas sei que por Deus, serei confortado,
meu amor continuará vivo,
será sempre carregado por mim,
eu te amo, meu filho.
Olha para o teu interior,
não com desprezo,
mas com zelo e amor,
reconhece os teus erros,
as tuas imperfeições,
os teus medos,
mas não deixes de se dá valor
já que provocaram alguns
dos teus acertos
com preciosas lições,
não se trata de ser alguém perfeito,
mas de poder perceber
que as marcas de sofrimento,
da dor
são resultados daquilo
que já foi enfrentado
e até mesmo superado
graças ao Senhor.
És intensa,
grande é a tua sensibilidade,
muitos até pensam,
mas poucos te conhecem
ou querem te conhecer de verdade,
pra te abraçarem nos momentos
de fraqueza,
pra desfrutarem da tua graciosidade, entretanto, não precisa ser motivo
de tristeza ou de dor
e sim uma oportunidade
de experimentares o teu próprio amor.
Uma pessoa que demorou pra perceber,
mas, finalmente, chegou este momento
e hoje sabe que não foi em vão
a sua dor,
tenta deixar de lado a lamentação,
convertendo os danos a seu favor,
tirando alguma lição, apreciando o que já conquistou, dando mais amor a si,
mesmo sabendo que outros desafios virão,
pois, graças ao Senhor, está ficando mais forte a cada decepção,
tanto que tem dado mais atenção
ao que a faz feliz de verdade,
a coisas que não têm preço,
quer reciprocidade,
sinceras demonstrações de apreço
já que a vida passa tão rápido
e não deve ser desperdiçada
com amargos lamentos.
Ela desconhecia o seu valor,
deixou que a fizessem acreditar
que não era o bastante
então, contentava-se, antes,
com migalhas de amor,
ou pior, de amores farsantes,
não dava a devida atenção
para os que a amavam de verdade,
portanto, grande era a sua dor,
que foi ficando cada vez mais sufocante,
desgastando sua identidade aos poucos
ao ponto de seu antigo eu virar pó,
mas graças ao Senhor,
o que sobrou dela percebeu
que o seu fim ainda não havia chegado
e que tudo tinha sido necessário
para o seu amadurecer
por ter lembrado que semelhante
a uma fênix, temos a capacidade
de renascer das cinzas
e assim, renasceu
e alçou um vôo flamejante
no céu do seu próprio amor
para a liberdade de sua vida angustiante.
Muitas vezes devido a certas circunstâncias, somos separados daqueles que amamos e uma das coisas mais valiosas que podemos deixar com aqueles é a saudade da nossa presença por ser uma parte de nós que se fará presente quando estivermos distantes fisicamente.
É uma forma de mostrar a relevância das lembranças que construímos juntos, onde o amor foi e será uma constância com a gratidão prevalecendo sobre a dor e os lamentos, uma luz de esperança a se carregar aonde for e em vários momentos.
Isso pode acarretar em lágrimas mas também em sorrisos que darão forças até chegar a hora exata do almejado reencontro e do regozijo de almas que se amam tanto, consequentemente, enquanto for preciso, que a saudade possa continuar com o seu brilho radiante nas nossas mentes.
O choro não pode ser contido por muito tempo, caso contrário, será semelhante a uma represa que, num determinado momento, estando sem resistência, certamente, irá sangrar, causando danos, alimentando a tristeza, sufocando a alma que infelizmente não pôde desabafar.
Por meio de uma percepção errônea, chorar pode ser considerado como sendo um sinal de fraqueza, quando na verdade, graças a Deus, é uma prova de força de quem consegue externar seus sentimentos, suas angústias, mesmo que, muitas vezes, na sua privacidade, um ato evidente de muita bravura.
Não importa se choramos por causa de uma dor física ou na alma ou ainda emocional, O Senhor seca as nossas lágrimas e assim, renova as nossas forças, os nossos ânimos, portanto, que o medo de chorar, de sofrer e a insegurança sejam cada vez mais ausentes, pois é Deus que nos conforta verdadeimente.
Naturalidade de fato apaixonante do teu sorriso esplêndido, um sol fascinante que tempo certo nasce, externando o amor constante que existe fartamente dentro da tua veemente essencialidade.
Sorrindo, revelas a tua personalidade terna e intensa, um fogo que esquenta, dando ânimo ou que aquece durante um momento de frieza, assim, quando sorris, fazes um bem e tanto, um requinte da tua beleza.
Sorri, irradia o teu lindo esplendor, provoca euforia, alivia a dor de quem te aprecia de verdade, que reconhece que o teu valor é incalculável ou até mesmo de uma pessoa desconhecida, pois talvez sejas uma luz que ela muito precisa.
Confiança de um amor puro, a bênção preciosa no mundo de uma criança
numa sensação de renascimento, um sabor de esperança, fruto de um abraço sincero, acolhedor, que passa segurança, também dos risos e da atenção que fazem aliviar a dor, então, feliz de quem alcança o esmero de um ser de tanto valor que traz o frescor da infância graças a constância de amar do Senhor.
Cifras
O grito veio do fundo mudo
e ecoou oco, aos poucos.
Não era um grito de susto,
não era um grito de raiva,
tampouco era um grito de empolgação ou de alegria.
Era, sim, um grito ressentido;
era, sim, um grito gritado para que todas as lágrimas fossem choradas.
O mais belo de todos os gritos,
feito de um fôlego só,
de uma só dor,
Ade uma dor só,
🌒 "Te penso, te espero"
Eu era vento livre, riso sem medida,
hoje sou silêncio preso, alma consumida.
Te penso no escuro, te espero no dia,
e mesmo sem toque, tu és minha guia.
Não fui feita de espera, mas aqui estou,
a cada mensagem que não vem, me refaço e vou.
Teu nome ecoa onde o mundo cala,
e a falta que tu faz... meu peito embala.
Tua ausência dança no meu travesseiro,
e eu me perco em sonhos, de janeiro a janeiro.
Se a dor é poesia, eu rimo o que sangra,
e com cada palavra, meu coração desanda.
Porquê me seduziste?
Nem ao menos te toque
no teu corpo não peguei,
do teu espinho não tirei.
O Porquê deste aroma?
me prendendo com teu feito,
me envolvendo desse jeito,
me deixando sem noção.
O que fiz foi passar do teu lado,
mesmo mal intencionado,
com a morte não merecia ser enganado.
Me feriste quando te olhei.
Marcaste-me com as armas que te dei!
Mesmo que eu vá, marcas tua levarei.
Transbordava sentimentos, estava exposta de corpo e alma,
Jamais foi tão real, intenso, puro e verdadeiro.
Quando o coração se enche de amor e paixão de verdade
É impossível superar, é a vida te presenteando
Tudo é exposto; o amor, a raiva, o ciúme, a paixão...
Descontrole e intensidade
Desespero e dor
Felicidade plena e abandono.
Superar você é morrer um pouco em vida a cada dia, devagar, como quem se afoga e ninguém estende a mão.
É gritar no vazio, rasgar a garganta, mas só ouvir o próprio eco sufocado.
É acordar todos os dias com o peso de uma ausência que esmaga o meu peito, queima a minha alma e arranca qualquer vontade de continuar.
E é cruel saber que, por mais que doa, ninguém pode dividir essa dor comigo — ela é só minha, íntima, insuportável.
PERSISTÊNCIA
Onde andas encontro?
És mago ou és monstro?
Será preciso perder-se para saber?
Num momento: certo, seguro, coberto...
Vestindo furor em mil coincidências
Robusto explendor reflete e cegueia
Despido no tempo, brilho ofuscado
Raquítico e belo, coração mal tratado
O passo foi firme e já hoje rengueia
Segue tua senda, coxo, maltrapilho
Ergue a cortina, na busca da Luz
A casca que cai desnuda a aparência
Ampulheta cruel retarda tua sina
Reflete e ensina o valor da essência
Mago e monstro: eterna insistência!!!
TEMPOS DE AMOR
Hoje o dia amanheceu cinzento e ardor no coração
Tudo para estar certo e o sentimento é de prisão
Prescindindo de mim na empatia de alguma dor
Tentando abrir as nuvens para o sol de um amor
Por onde quer que estejas que te aflore natural
Sem pressa se apresente para Seres imortal.
O QUE ARDE CURA
Arromba a porta a insistência
De regras a te sucumbir
Vai te envolvendo em obediência
Te impedindo evoluir
Perdeu a chave a pertinência
Palavras a se repetir
Muitos retratos de ausências
Ciclo vicioso a te implodir
Detalhes e não evidências
Antes o porão da clausura
Solidão e reminiscências
Acha na dor dose de cura!
MONÓLOGO
Para onde vão os meus lamentos
se já não mais me escutam?
Que terra vã e sem sentimentos
de ilusão. Pra onde iriam?
Aí, tudo está tão cego, esquecido!
Me perdi nas teias do mundo
quando no mundo tentei o infinito
e o infinito era só um segundo...
Para onde vão as minhas palavras
se versadas pra vida e não pra morte.
Quem ou alguém me escutavas?
Acho que nada, nem a sorte!
Então, o que pode, quem me acode?
Se nem de porre há resposta
ou tão pouco o fado é custode...
Pois, a alma na dor está exposta!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
O grito
A angústia morde os lábios
Árido de tanta perturbação
A alma gretada cata os sábios
Fundamentos do terno coração
Ardendo o pedido de socorro
Sufocados no amorfo pulmão
Onde a erudição se faz forro
E manta das quedas do coração
O corpo chora as agonias
E o alarido estridente uivo aflito
Tentando cuspir arrelias
Das entranhas num seco grito
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/08/2012, 18’58”
Cerrado goiano
CÍCIO
Em mim um cício, que esmorecer escava
Entristecido e desiludido o bom encanto
Jogado no murmúrio em qualquer canto
Uiva e faz da queixa uma enfada escrava
Mas amastes, profundamente, portanto
Olhais com leveza a tristeza que trava
O peito, e outrora não em ti ela forjava
Cousas tristes, e aqui te torturem tanto
O amante encena o palco em que vive
E, em contraponto de abrandar, abrasa
Numa nova guia, outro pesar, e avive...
E assim, a quem possa saber, eu ando:
Solitário e no silêncio da alma sem asa
Numa sofreguidão, a andar chorando...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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