Textos sobre Dor
Ser ou não ser? Viver ou morrer? Amar ou sofrer?
Quantas perguntas terei que fazer? Quantas horas terei que perder? Até você ver que eu nasci para você! Desde o primeiro olhar, o primeiro contato, eu já via que ali não seria algo abstrato.
LUTE, CAIA, LEVANTE, APANHE, AME não desista, persista! Insista! Sua hora vai chegar e com ela você vai estar, no futuro prosperar, então finalmente poderá falar que nada é por acaso se você acreditar.
-LWomega
Blackout! Tudo está escuro... Para muitos isso seria algo ruim, para mim é algo muito bom. A escuridão é o meu maior aliado porque quando mais escuro está ao meu redor, mais escuro eu sei como sou por dentro. Porque ter medo do escuro? Se quando você se olha no espelho e vê como é sombrio, triste e vazio. Como ter medo de algo que você tem pior dentro de você? É igual ter medo de comida mas ter que comer porque é isso que te faz viver... Não tenha medo de ser quem você é. Não se esconda atrás da sua sombra... Viva, reflita, insista. Quando você aceitar vai ver que esse medo não passa de algo que vai passar.
-LWomega
Não tem noite perdida se você está com a pessoa certa. Não há horas de sono que não podem ser recomposta, não tem tempo perdido já que perderam muito tempo afastados, não há cansaço físico ou mental que possa para-los. Acordar e ver o sol se pôr, posso estar sozinho mas eu sei pra onde vou, em seus braços quero estar mas no momento não posso ficar, a vida é justa e sabe seu tempo, siga seu momento, no movimento lento que é a vida. Olhe aqui estamos quem diria, tá aí uma coisa que ninguém imaginaria, esses dois só podem ter sido feitos um pro outro, chega bate aqueles desgosto ve-los separados, mas dá um ódio ve-los juntos... Ninguém vai entender, mas o melhor dá vida é poder conversar com você.
-LWomega
Quando eu começo a escrever sem saber o que dizer, não sei o que pode acontecer. Mas se estou escrevendo porque não paro de pensar em você, olha querida, não sei o que falar de você, mas sei que poucas inspirações tenho na vida, a grande maioria é Epifânia mas com você eu senti essa sintonia, dividi minha loucura, minha solidão, minha carência, sou um soldado de guerra, ferido simplesmente no coração, você me fez entrar de novo nessa jornada então isso significa que nunca existiu ferida, simplesmente era a luta errada, não sei ao certo se és a certa, nunca sabemos, podemos começar tudo do zero e imaginar que tudo vai ser a perfeição, mas olhe, nem sempre vai ser isso não... Digo logo que coisas virão, nossa felicidade poderá incomodar cabe a nós apenas flutuar, nos amar e seguir em frente enfrentando tudo e não desistindo no primeiro incidente.
-LWomega
As lagrimas caem do meu rosto
sem sentido vem o desgosto
passando por tudo no fundo do poço
será mais uma noite em claro
mais uma noite vazia
mais um olhar de perdão que escorre
posso estar sendo esnobe
tento tudo para ser feliz
pessoas que amo e a mulher que eu sempre quis
mas a vida é louca, a vida é cruel
a vida não pode ser vivida apenas no papel
a vida mata os que choram por ela
olhe pra janela, veja esse sol
agora olhe para dentro de sí e veja a solidão
não adianta dizer não
a vida está no final
não importa quantos digam que isso é normal.
-LWomega
Uma vez perguntaram pra mim, qual era o meu maior defeito. Eu respondi só de um jeito:
É pensar demais!
Lembro quando te encontrei no lugar de sempre amor, com aquela calça jeans e o colar com meu pingente... Pode se dizer que eu nunca exerguei dois passos a minha frente, não digo que estou carente porque nado contra a corrente, não me chame de diferente por pensar demais. Você diz que é difícil de esquecer, mas amor, o passado já passou e o futuro começou... Aí amor, eu não paro de pensar em você, você, seu brinco na orelha, seu batom vermelho claro, vendo ele eu me distraio, aí amor, vem cá ser minha, vem cá ser minha rainha.
-LWomega
Fecho os olhos sem dormir
Ouvindo a vida lá fora
Sentindo que ela não faz parte de mim
Passo dias sem sorrir
aqui ainda não é o meu lugar
Sou uma filha sem pátria
Acreditando na dor que sinto
Fazendo tudo para errar
Desistindo do amor
Insistindo nessa dor
Desprezo o calor
Cruzo os braços diante ao abraço
Viro o rosto para o beijo da morte
Me cansei do carinho invisível
Não encontrei a tal outra metade
E quanto mais fundo penetro em mim
Maior parece o vazio
A hipocrisia me alimenta
Como se me aproximasse do fim.
Impossível não dizer que o ódio prevalece
Porque até o amor não cresce
Não ter uma vida calorosa
E dizer que assim é majestosa
E o esconderijo da carência?
Sobre não ter a vivência
Não há nada parecido com amar
Se não o próprio fato de amar
O ódio prevalece
Quando a ilusão vence
Em um mundo feito de ilusão
Quando ter é diferente de ser
Quando o viver é diferente de sobreviver
Quando ninguém sabe o seu sofrimento
Quando ninguém liga quando está em pranto
Como viver então?
Julgar sem saber
Julgar sem poder
Julgar sem ser
Julgar sem viver
Julgar sem ver
Mas a vida é assim
Só acaba quando morrer
Mas pra que viver?
Se o fato de não existir
Significa fingir
O pior pouco passa pela nossa cabeça quando estamos apaixonados. Ele (a) nunca vai fazer aquilo e se fizer eu esqueço, ou "é melhor não pensar nisso agora." O fato é que eles(as) sempre fazem/falam algo que nos magoa algumas mais sérias que as outras e no pior dos casos nós desistimos de esquecer e seguir em frente. Conviver com o sentimento de desconfiança (as vezes culpa) é pesado como se a culpa fosse nossa, mas nós sabemos que não é. "Foi aquela ali, foi bem ali, eu tava aqui, descobri nesse dia" memórias de quando fomos magoados e decepcionados, repetimos essas memórias mesmo sem querer, pois desses pensamentos vem estes: É hora de ir embora. Acho que já deu. É, eu tentei.
Mas o pior, o pior é que dá saudade, porque o motivo de você ter se apaixonado tá ali, o sorriso tá ali, nós só não sabemos o que mais tá escondido dentro daquele corpo lindo. E nos decepcionamos quando descobrimos. Mas, e a saudade? Deixa ela... ela some, assim como a paixão. Você está na última etapa!
MELANCOLIA
Tem dias que a alma se agita,
E a gente se cansa de correr uma milha sem sair do lugar.
Tem dias que a gente queria gritar tudo aquilo que sufoca,
E em outros a gente quase se asfixia com as verdades que não vomitou.
Tem dias que a gente é dia nublado,
Desses que se desabam em água, destruindo algumas coisas mas lavando tudo.
Tem dias que a gente abre os olhos mas não quer acordar,
E em outros a gente nem dorme porque os olhos não fecham.
Tem dias que a gente se enrola, se embola,
Se aperta com a esperança da dor passar.
Tem dias que o coração se angustia,
E até pensamos que ele pode mesmo se partir.
Tem dias que a gente ri pra não chorar,
E em outros a gente apenas chora mesmo.
Tem dias que a gente foge da vida,
Mesmo sabendo que ela sempre encontra a gente.
Tem dias que a gente espera que passe logo,
E outros que passam quando menos se espera.
Mas a alma é forte, se recupera.
A alma acalma quando encontra colo,
E se cala quando encontra abrigo
Nos braços do Pai.
Linda de sorriso farto que me alegrou a alma e o coração.
Entre tantos pensamentos vejo o meu *eu* escondido na solidão que não quer me liberar de *ti.* Ai me pergunto o porquê do amor se ele só machuca e faz doer?
O engraçado da dor é que só podemos senti-lá em um lugar de cada vez... daí a confusão entre a razão e o coração.
Mas não me importo, pois lhe conhecer irá vale a pena qualquer dor!...
Eu Sou
Eu sou tudo aquilo que você renega,
Sou efeito efémero de uma causa ...
Sou o que se traduz e se reflete no espelho, sou o brilho apagado de seus olhos e quão belos olhos...
Eu sou aquilo que enxergo sou a causa de sua dor e de seu amor...
Sou o que lateja e grita, contido em seu sorriso de aparências...
Sou do tamanho de sua mente, o suspiro latente...
Sou única.
A sanidade vinda de uma insanidade mais que presente, de um silêncio esmagador caracterizado em alma.
Silenciou. Silenciou e todos à sua volta sabiam que era um sinal de alerta. Ligam-se os faróis de SOS, Estado de sítio, fujam para as colinas. Ela silenciou.
Entrou lentamente fazendo com que sua presença fosse percebida por todo o salão da cafeteria. Olhei pela janela e logo conheci o motivo que a trazia aqui, estava chovendo. Todo mundo sabe que chuva, café e cigarro são como pólvora para corações que ardem.
Deu meia volta em um dos saltos e se dirigiu à área externa, era uma varanda com plantas aéreas que faziam a ideia de um ambiente acolhedor. Dali fiquei a observar. Marlboro branco denunciava sua preocupação em não deixar odor, embora já não fizesse muito efeito, qualquer um poderia sentir a quilômetros de distância o cheiro da dor que queimava naquele peito.
Unhas e batom vermelhos, pediu um expresso duplo, ela nunca foi mulher de meios termos. Tragava como quem mais parecia beijar, talvez pela lembrança de alguém que refletia na fumaça. Era dia dos namorados e por isso ela decidiu silenciar. Passou a semana ouvindo e respondendo suas amigas sobre presentes e jantares daquele dia, sempre foi o estilo Amelie Poulain: Resolvia a vida amorosa de todo o universo, menos a sua. Optou assim por achar que sofreria menos, até sentir na pele o peso intenso daquele 12 de junho.
A chuva deu uma trégua, e como a mulher forte que era- ou demonstrava ser- engoliu o choro que estava prestes a sair, pagou a conta e cruzou novamente o salão para ir embora. Pausou me fitando com a porta semi aberta, desisti da minha tentativa de disfarçar lendo o livro e encarei, ela suspirou aliviada ao fechar a porta.
Duas almas boêmias sabem se reconhecer.
Quando se sentir na escuridão
E silêncio parecer de longa duração,
Reflita o amor, se distancie da dor
E cresça de novo !
Se caso a dor não for embora,
Embrulhe-a numa sacola e arremesse-a bem longe.
Mas, se isso não funcionar
Apenas lembre-se que :
A dor nunca vai embora,
Você com ela tende a se acostumar !
As vezes ela é passageira,
Outras ficam uma cicatriz que 'cê' pensa :
-Ah, é besteira !
E dela você vira aprendiz .
Chega uma hora que você grita :
-Por que temos que sentir dor ?
Enquanto as lágrimas secam
Na velocidade do seu ventilador !
E o incrível da dor é que
Ela não tem solução.
Ou você aprende com ela,
Ou morre numa ilusão !
Existência
Existem horas que não entendemos nada do nosso real ser, acontecendo a dúvida de nós mesmos, transbordando na rotina do dia-a-dia.
Existem momentos que sorrimos do nada, não achando graça na realidade do tudo, escondendo consciente o nosso lado carente, emotivo, sonhador.
Querendo sorrir de verdade, conhecendo um “verdadeiro” sentimento, mantendo um sorriso completo.
Eloquente essa situação, de sentirmos a necessidade da liberdade explodindo por dentro, mas completamente presos por fora.
Existimos para viver plenamente, porquê não?
Porquê fingir um sorriso enquanto sentimos dor, ter medo de falar tendo receio das interpretações?
Medo de ser humano.
Medo das fraquezas.
medo de ter medo.
Liberte-se!
"Queria ser pedra, fria, dura, inabalável.
Queria o não sentir, o não desejar, o não carecer.
Sinto-me estúpida por não o ser.
A cada aceleração cardíaca por uma simples voz indicando sua chegada.
A cada inquietação causada pela ânsia do toque que não vem.
A cada espera, ah a espera, por um olhar, uma palavra, um gesto, uma centelha.
Sinto-me cada dia mais frágil, dependente e tola.
Seria eu tola por sentir ou é tolo quem não sente?
Não sei ao certo, só sei que sinto e dói sentir."
Iasmin Borges
simbiótica da poesia
arquipoética
a
arte
da vida
faz parte,
arteiro poeta,
a musa arquiteta,
maestrina dest’arte.
é arte que atura a forma,
o espaço, é o astro agora,
astrolábio a guiá-la ao norte.
a musa abusa da música
entoando a temática
pela matemática
na simbiótica
da rota.
nota.
fá.
do pensamento ao lábio onomástico do poeta,
destarte, a arte concreta do arcabouço tônico
na mão do arquiteto biônico na arte histriônica.
faz bem aos olhos e ao coração arquitetônico
humano qual regala o bom humor estrangeiro,
brasileiro-nipônico, carioca-paulista de brasília
ou de qualquer ilha, que maravilha de parnaso
a dar aso à asa do voador poeta-trovador, vaso
de flor de odorífico amor, às vezes atleta jônico.
às vezes desmedido atônito, menestrel, rei irônico.
o tudo, o nada, o prédio, o tédio, a alegria, a calçada
desregrada e regada, bem aguada, desperdiçada no tédio
do majestático prédio estático, extasiado altaneiro, compacto
brasileiro. arte que edita o seu valor hermafrodita e cosmopolita.
licença poética, social,
apoplética, especial.
cada arte com seu
menestrel
no intervalo
ao tropel cavalo.
bom senso do civil engenheiro
fiel companheiro de cálculo
preciso, quiçá, sem cálculo
no órgão renal, ao som do
órgão pascal, eclesial do
bem e do mal, o poema
entrelaça o todo da vida,
janela, lajota, vil janota
de dar nota na alegria
do tom maravilha, filhos
da musa, poética-poesia
denota qualquer bel heresia.
arte concreta, poesia herética,
fantasia frenética, fala eclética,
de cana, feijão cozido ao pimentão,
de cana libertina, liberdade assassina,
de velha jovem cega, menina, rico nobre,
de trabalhador honesto e pobre,
de jóia, de josé descalço, de joão,
se arquiteta o teto de toda criação,
movimentando-se pelo chão batido
sob asfalto no alto de seu sobressalto.
às vezes ao falso cadarço ao cadafalso.
o político, ladrão, traficante, nação pobre
nação que sobeja sobre velhaco ataúde
que ilude a nação mais nobre, porém,
atrás sempre vem o “big bang”
depois do velho trem.
assim se cria o planeta perneta
da costela de eva e doutras
tretas verdes e amarelas
repletas de sequelas.
adão já era
nesta era.
jbcampos
E se despede o domingo
calado e vazio, sem lembranças, receios, rancor...
Apenas vai terminando
assim de repente,
como todos os meus sonhos de amor.
Vai... sem olhar pra trás,
sem resposta,
inusitadamente verdadeiro,
como todas as canções
que deixei de escrever em teu corpo... que por pouco,
se desfez em ilusões.
Vai... sem deixar uma saída...
Não sei se satisfeito,
desapercebido
ou sem jeito...
mas vai, sem perguntar pela minha dor.
Usina de Letras
04/04/2004
"O coração calejado precisa cuidar para não criar uma casca impermeável em torno de si. O coração sensível precisa cuidar para não se expor a machucados desnecessários.
O que muda não é o jeito de ser, mas o quanto de carinho que nos damos."
(Henrique Vitorino Moura Valle / Mauá-SP)
(© Henrique V. M. Valle - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Espaço, tempo, vida, alma
Fui convocado a esquecer
As linhas que perpassam
O tempo
A vida
O caminho
A alma
Tento limpar o caminho
A alma
Recolher os cacos
Jogar no lixo
Bater os tapetes
Sacodir a poeira
Mas a vida sopra tudo de volta
E o tempo continua a me torturar
A espera é ativa
Reflexiva
Pois assim é a vida
Mas a alma se contorce
Remoendo-se pelo caminho,
Caminho que não quer chegar
Alma viva, caminhava com alegria
Perdida comandada pelo momento temporal
Não percebeu o eterno
Nos olhos singelos
Da dama de agua e sal
Hoje a alma é tormenta
E a vida passa lenta
Torturada pelo estreito no qual quer passar
Mas no mundo tortuoso
Devo ser teimoso
E a calma reconquistar?
Remo em mar sereno
Que de tempos em tempos
Tempestade vem me dar
Não me mata
Nem quer minha calma
Pois só deseja a mim
A alma
Torturada, dilacerada como está.
