Textos sobre o destino
Sombras Aflitas -
Trago o meu olhar vazio
no vazio da solidão
trago o destino marcado
e o meu corpo cansado
sem Alma nem Coração.
Peço à Vida coragem
peço à Vida mais Vida
que a luz do meu olhar
tal como as ondas do mar
por mim passa de corrida.
Na ausência do meu quarto
no silêncio desta cama
nas palavras que me gritas
entre sombras aflitas
está a dor de quem te ama.
Ponho os olhos no teu corpo
é um sonho, não me iludo,
tantas horas paradas
em palavras esmagadas
que me deixam quase mudo.
'PEDRAS DO DESTINO'
Não faço parte da casta,
Sou farinha de outro saco!
E não crítico ninguém
de seu passado, os atos.
Tentei ter minha linhagem,
Enfim não sei onde errei,
Pois todos foram embora,
Só novamente fiquei!
Pouco fiz pela estirpe,
Não me arrependo de nada...
Fui feliz por muito tempo
A família dedicada.
Tudo o que pude eu fiz,
Mas de nada adiantou.
Errar é do ser humano
"Atire a primeira pedra
Aquele que nunca errou".
Tropecei nas pedras do destino...
Mas é Deus quem guia meus passos,
Na vida, eu sigo sozinha
Alinhando descompassos.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Vejo a minha Vida Passar -
Vejo a minha vida passar ...
Vejo cumprir-se o meu destino ...
Vejo a minh'Alma perdida
cheia de penas no caminho!
Alta noite,, horas mortas,
quando não se vê ninguém,
abro livros, fecho portas
e o meu coração também!
Choro a dor desta lembrança
dou à Alma o que não tenho
e tiro à Vida confiança!
Esse poço de onde venho
vivo nele desde criança
como um grito que sustenho!
Poema sem destino.
Eu bem que queria lhe escrever um poema,
Um poema belo e bonito em compasso de fonemas.
Mas me faltam adensamentos, acrescentos.
O pensamento se dissolve,
E o sentimento vira fragmento, rebento,
As complexidades tomam adensamento.
Eu bem que queria lhe escrever um poema,
Destes com belas palavras apenas.
Destrinchando os acontecimentos,
Encobertos de sentimentos crescendos.
Deixar a timidez de lado,
Pra lhe servir versos esmerados.
Eu bem que queria lhe escrever um poema,
Falar dos bons momentos,
De quando nos conhecemos,
Das vezes em que estivemos a sós conversando,
Ou dos momentos em que
ficava te observando.
De como me cativam
Suas falas e percepções ,
Convicções e paixões.
Mas também destacar certas deflexões,
Como quando me dissestes
De que não se importava
Com minhas convicções.
Quem sabe um dia talvez, eu lhe escreva um poema.
Eu não faço a mínima ideia
Da onde o destino esta no levando
Mas quero que você saiba que com você
Eu vou até o fim do mundo
Enfrento meus medos absurdos
Por você me viro do avesso
Revelo meus segredos
Quebro meus preconceitos
Assumo meus desejos
Não tenho receio dos beijos
Caio sem pensar nos seus abraços
Seguro na sua mão e nessa relação
Entrego meu corpo, minha alma e meu coração
Com você, escolhi assumir o risco
Sem ter medo do abismo
E por isso hoje eu afirmo
Te quero e preciso
E sobre esse tal de destino
Quero que ele simplesmente
Abençoe e entenda esse desatino
E que esse amor tão lindo e repentino
Seja pra sempre
A grande e linda ironia, desse esse tal destino!
Pressa -
Nada é o que devia ser!
E o destino tem pressa,
tudo passa, embora peça,
terei um dia de morrer!
E eu sou o que sou
mas o que sou não chega
e a minh'Alma vive presa
por afinal ser quem sou!
E quem sou eu, por meu mal,
nesta pressa de saber
se sou alguém afinal?! ...
E se há noite no coração
o que tenho eu a perder
se vestir agora a solidão?! ...
Poema Curto
Meu destino é andar
Ter asas para voar
Manter minha fé
Beijar a terra com o pé
Exaltar a gratidão
Ter um elo de transformação
Viver com a alegria
Hoje é a cada dia
Como que cantando hino
Em atenção ao Pai Divino
Pela graça que me conduz
Ao NATAL DE JESUS.
Eis que aqui me apresento
Apenas mais um guerreiro da Luz
Tentando alterar o destino.
Nas poesias deixadas, a história de minha
batalha.
Para quem for ler, atenção!
Hoje somos poucos,
e palavras e imagens
Confundem.
Como diria o programa:
Acredite em quem quiser
Mas lembre, como disse,
Somos poucos.
E obrigada por assistir
O meu Show!
Sempre Só -
A Vida é um sonho tenebroso
uma estrada sem destino
é um grito ansioso
um lamento a que me dei ...
E há um mistério na minh'Alma
esse resto de vida que não vivi
esse resto de caminho que não andei
talvez nele pudesse ser feliz!
Nem isso me foi dado
nem a isso tive alcance
sempre só, em vão, cansado
talvez agora, então, descanse!
Até quando atribuiremos ao acaso ou a sorte, o rumo de nossas vidas? O destino é reflexo de nossas decisões no presente. Faça valer o 2023 com novas atitudes, novos projetos mas que em tudo seja diferente das mesmices dos anos que se passaram.
O Ano só será feliz se as nossas práticas forem novas.
"Não precisamos de um 'ano novo,' precisamos de um ANO DIFERENTE.
Familia Galia
Na amparo do destino, uma família se forma,
Galia é o nome que sob o céu se reforma.
Três filhos e uma esposa, juntos a mim atados,
Amor e luz em nossos dias, sagrados.
Nos olhos dos meus filhos, o futuro resplandece,
Na mão de minha esposa, a certeza aparece.
Somos um, na jornada que se desenrola,
Naquele transcender em que a alma se consola.
Unidos, avançamos pelo caminho incerto,
Mas com amor, nenhum desafio é deserto.
No seio da família, a esperança se alinha,
Galia, nosso lar, é a estrela que brilha.
Juntos construímos o sonho de um mundo novo,
Amor é o alicerce, em Deus o nosso povo.
Unidos pela fé, pela esperança e amor,
Criamos a realidade, com fervor e valor.
Manuel de almeida: Poesia, Fados e Destino -
Quando algures se presta homenagem a uma ilustre figura que imprimiu no mundo a sua “digital criativa”, é quando, verdadeiramente, se cumpre e se manifesta a alma de um Povo. É quando se expressa, no mais vasto sentir de uma pátria, aquilo que de mais intenso e grandioso a precede e antecede. Isso que faz dela a ramagem que dá vida às folhas que brotam, num verde jucundo, dos ramos de uma árvore altiva e frondosa. A imponente e grandiosa copa de uma árvore que se ergue ao céu pelos tectos do princípio ao fim do mundo. É assim o punho de um poeta ou a voz de um rouxinol…
Manuel de Almeida. Um poeta solitário que canta a voz de um povo. E sê-lo, é saber profundo, pesado e leve de um passado distante, rude e austero, feito de idealismo sublime e arte manifestada. Força que emana de cada pensamento no doloroso silêncio de uma vida vivida, de um sonho total. De uma verdade expressa, de uma entrega inteira, real, sincera, altruísta, sensível, e até, quase cruel…
Manuel de Almeida, alguém atento, à vida que foi, à vida que é – ainda – sem o ser, porque o já foi, sendo-o. Alguém nas várias dimensões do tempo, projectado na grandeza panorâmica dos seus versos e do seu canto…
“Quando chegar a hora da partida
ordenada por Deus omnipotente
quando os anjos cantarem nova vida
o meu fado talvez seja diferente.
E quando for a festa do meu dia
no mundo imaginário que sonhei
quero beber o vinho d’alegria
e abraçar os amigos que encontrei.
Suspenso no meu fado, nem reparo,
no tempo de marcar a minha vez
quero morder o pão que me foi raro
nesta minha passagem com vocês.”
Bravo Manuel de Almeida! Bravo! Este teu “Até Sempre” permanecerá sempre, aqui e ali, em nós, teu Povo, tua Gente, em cada canto, para sempre! Bravo! Bravo!
Tão poético! Tão Fadista! Tão português …
Plasmando nos olhos e nos sentidos de cada um a imensidão da tua alma. Rubra e intensa, quando ao cair da noite as guitarras ainda se perfilam no horizonte das vielas e a tua voz se ergue de mãos postas pisando as penas de uma vida que nos vive. O que de ti para nós é o Fado! Isso que súbito, e em cada um, acorda e desperta uma memória longínqua e difusa de eternidade. Profunda e intensa. Indefinida nostalgia amarga e doce de algo que se sabe e se esqueceu. Perante o fado que é o teu todos somos poetas…
Todos sentimos frente à tua eterna e humilde presença, a dor e a grandeza da humanidade, esse património impresso no sangue lusitano desta pátria singela e amada a que todos pertencemos e erguemos como um facho a arder nas madrugadas transformando a noite escura em dia claro.
A fé profunda das palavras que nos falam de ilusão, a sabedoria e o êxtase dos sentidos despertos em horas de fado, bem ou mal fadado, e os abismos nocturnos onde se afundam lamentos que desejamos transcender. A nossa alma!
Tudo o que sempre foi e é este país mais do que qualquer outro. O teu, o meu, o nosso país. Este Portugal à beira mar, esta Lisboa de encantar adornada pelo Tejo.
E as palavras não se esgotam, dizem os poetas. Perante ti, Manuel de Almeida, não se esgotam, mas não chegam, já não vibram…
“As palavras são como um cristal,
algumas um incêndio.
Outras orvalho, apenas.
Secretas, vêm, cheias de memória.
Tecidas de luz
que paraísos de unidade activam ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe?”
Diz Eugénio de Andrade
Recolhe-as o poeta, escuta-as o fado… digo eu!
Nós somos, por isso, uma gente de mágoas, um Povo solitário, grandioso na partida e maior à chegada…
“Óh gente da minha Terra,
agora é que eu percebi,
esta tristeza que trago
foi de vós que a recebi.”
Disse Amália.
Manuel de Almeida escreveu:
“E quando for a noite do meu fado
fado que me foi dado de raíz
quero cantar até ficar cansado
numa canção de amor ao meu país.”
Obrigado Manuel de Almeida. Por seres poeta, por seres fado, por tão bem sentires a tua pátria, o teu Povo, a tua raíz, a tua Gente. Por viveres e fazeres acontecer em ti e de ti a alma portuguesa.
Manuel de Almeida: Poesia, Fados e Destino …
Cascais, 27 de Abril de 2015
Jantar de homenagem a Manuel de Almeida.
Eu caminho sem rumo, sem destino, sem saber o que me espera além do horizonte, além do ser. Eu busco novos ares, novas terras, novas cores. Eu fujo das prisões, das dores, dos horrores.
Eu sinto o desejo de viajar, de me aventurar, de conhecer o desconhecido, de me deslumbrar, de ver o mistério se revelar, de me surpreender, de sentir a vida pulsar, de me renascer, de sentir a vida que se move, que se renova.
Mas eu sou um cativo, um refém, de um corpo, de uma mente, de um lar, de um alguém, de um presente. De uma realidade que me oprime, que me consome, de uma humanidade que me afasta, que me abandone.
Eu sonho com a natureza, em sua beleza. Eu lembro da época em que eu era parte dela, em que eu era uma centelha. Eu anseio por voltar a ela, por me integrar a ela, por me libertar dela.
Eu quero viajar sem fim, sem limite, em busca de um caminho sem razão, parece que em parte alguma estou em paz, sempre a desejar um novo cais. Uma ânsia sem fim, pelas terras desconhecidas, o mistério, o desconhecido me atrai, enquanto minha alma se perde, se vai.
Aprisionado em tudo o que não sou. Eu sou um estrangeiro, em todo lugar, em todo tempo. Em busca do Éden perdido, vagando sem destino, pois somos todos eternos nômades, em busca do divino. Enquanto me perco nas ruas de concreto, a minha alma anseia pela simplicidade da terra, o aroma das flores, a luz do dia.
Caminhante do destino
Aquele que não luta pelo seu destino,
Deve aceitar o que o amanhã lhe trará,
Pois no esforço e na determinação se ensina,
Que o futuro é moldado por quem ousar sonhar.
As batalhas diárias, a persistência no caminhar,
São trilhas que definem o rumo a seguir,
Pois só quem busca, quem ousa se superar,
Pode alcançar os sonhos e fazer o porvir.
Não espere o futuro como um mero espectador,
Seja autor da história que deseja criar,
Pois nas escolhas de hoje está o fulgor,
Do amanhã que, com coragem, irá conquistar,
Aquele que não luta, resigna-se à dor,
Mas quem enfrenta desafios, há de triunfar.
Na trama da vida, fios de destino tecem,
Paradoxo sutil, o livre arbítrio estremece.
Como marionetes, dançamos em cordéis,
Mas em nossas escolhas, o mistério se revela.
O destino, um leme, traça caminhos certos,
Mas nas mãos do livre arbítrio, somos espertos.
Entre amarras invisíveis, decidimos seguir,
Ou desafiar o destino, ao nosso existir.
Na infância, te vi, inocente e risonho,
Sentado num bar, destino traçando sonho.
Amigos na escola, cuidado em teus olhares,
Evitando os caminhos tortos, éramos pares.
Crescemos juntos, o afeto a florescer,
Cuidavas de mim, como o sol faz ao amanhecer.
Na escola, nos laços da vida a tecer,
Percebi, era paixão, não só dever.
Histórias entrelaçadas, vinho a misturar,
Crescia o amor, difícil de conter.
Até que outra pessoa, em teu coração,
Entrou, levando-nos à separação.
Soluços na despedida, tentativas na escuridão,
Escondidos, na noite, buscamos razão.
Mas forças maiores nos conduziram a partir,
Caminhos diferentes, corações a ferir.
No entrelaçar da vida, amores se desfazem,
Guardamos as memórias, enquanto cicatrizes crescem.
O tempo, curandeiro de feridas, há de trazer,
Novos horizontes, para eu e você renascer.
Três mulheres seguem caminhos distintos,
Sonhos de reconhecimento e estabilidade, trançam destinos com passos firmes, ponte na vida de quem cruza sua realidade.
Uma é artista, com tintas e telas, e cantoria pinta o mundo com cores de sua alma,
Busca ser vista, sua arte nas estrelas, encontra na criação sua calma.
A segunda é mestre em religião, com fé e ensino constrói pontes de espiritualidade e luz,
Deseja o sucesso, seu trabalho faz divino, em cada mente e coração, uma esperança que seduz.
A terceira é sonhadora, menina mulher , esforçada, corajosa e fiel,tem paixão pelo funcionamento cerebral,seu desejo é simples, com grande devoção,ser ponte na vida de todos, em missão vital.
Diferentes em jornada, mas unidas na essência;cada uma busca seu brilho e lugar, reconhecimento e estabilidade, com persistência, sendo ponte para outros, sem jamais hesitar.
Três mulheres, três sonhos em fusão,desenhando um futuro com mãos talentosas,
Serão lembradas, cada uma em sua missão,fortes, brilhantes, eternamente generosas.
Seja na arte, na religião ou no saber, elas plantam sementes de transformação,tornam-se pontes que nos fazem crescer,
Inspirando vidas, guiando a evolução guiando sonhos com paixão e dedicação.
Soneto da Dor e Superação
Cansado de chorar, vago por migalhas de afeto,
Ajoelhado ao destino, em prantos e rezas, eu clamei,
Queimei velas aos deuses, por teu amor implorei,
Desfiei a lua em lágrimas, num gesto incerto.
Nas estrelas lancei a dor, por teu amor,
Desfiz-me em vários eus, para teu bem-estar,
Machucado em mil, pra te engrandecer, te elevar,
Feri-me, para poupar-te, ocultando meu temor.
Sorrisos camuflando tristezas, dei-te aos montes,
Desfiz-me para ganhar teus elogios e carinho,
Deixei de ser eu, tentando ser nós, montes.
Tantas vezes oprimindo a dor, busquei ser amado,
Encontrei desprezo onde esperava abrigo,
Das cinzas renasço, em mim mesmo, reencontrado.
Não é só devaneio
Agarre a possibilidade de seguir
Seguir o teu destino que é legítimo
É aquilo que é seu
Zele e cultive do que desabrochar
Regue os teus jardins ,à medida em
que crescem para você
O restante são árvores alheias
O descanso,o fruto do outro
É só sombra , o nosso é nosso
Mesmo que conquistado com dor
O prazer é o outro
De usufruir o que é suado
Estar em deleite no que é cedido
Traz segurança e pode prender
De conquistar o que é pedido
Aquilo que está longe se ser só sonho
O GATO DE ALICE
A deriva e sem destino,
Assim passamos a vida,
Como Alice que perdida,
Pergunta ao gato felino.
Qual o caminho a seguir?
- Se não se sabe onde ir,
- Qualquer estrada é saída,
- Qualquer rota é guarida.
Mas o caminho é escolha,
É traço, é linha, é trilha,
É a busca que se compartilha,
É a vida que se recolha.
E na dúvida do traçado,
No enigma do destino,
Segue o passo, peregrino,
Que o caminho é revelado.
Cada curva é descoberta,
Cada passo, uma lição,
Na jornada, a direção,
É a vida que desperta!
(livremente inspirado em Alice
no País das Maravilhas de Lewis Carroll)
