Textos de Chuva

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⁠Eu gosto de coisas que brilham. De pessoas luz! De gente que sabe ser sol, mesmo quando a vida está nublada.
Gosto de pessoas com calor humano, as que sabem transmitir amor e paz às pessoas ,mesmo quando está frio.
Gosto de pessoas que irradiam o amor de Deus.
Bom dia meus amigos queridos.
Mariana Chuva.💋❤

Inserida por atnejon_anin

⁠Nesse tempo de pandemia quero aqui registrar que mesmo enclausurada no meu quarto eu me sinto muito feliz.
Penso que isso é apenas uma cobrança do Universo defendendo sua força para que haja a renovação do planeta.
Muitos descrentes, indecentes e maléficos.
O mundo realmente necessita de um esvaziamento pra que chegue seres humanos sábios que valorizem essa pérola preciosa chamada Terra.
Deus nos abrace e nos console.

Inserida por atnejon_anin

Viemos em nome de Deus

Maria Lúcia sentiu-se mais desanimada. A chuva que caia impiedosamente lá fora, entrava por todos os buracos do barraco, sem dar muita chance de encontrar um lugar seco para dormir. Fora todo esse incomodo, havia o medo terrível de desabamento naquela favela construída na encosta de um morro. Como dizem os moradores mais antigos, “lugar que ninguém quer é o lugar do pobre”, mas ela não se conformava com aquela situação. Na única cama do cômodo, seus 3 filhos dormiam quase que abraçados, a sensação de frio aumentava com o vento que a chuva trazia.

Passava da meia noite e sua barriga enviava sinais de fome. Sua única refeição naquele dia fora um pão seco que ganhara da vizinha e ainda dividira com os filhos. Olhou para o caixote ao lado do fogão e percebeu que até o fubá que ela usava com água e um pingo de açúcar para disfarçar a fome das crianças estava acabando, o que seria dela amanhã?

Adormeceu com fome e sonhou que estava em um campo onde havia muitas árvores com frutas de todas as cores. Era um festival de cores e cheiros que inundavam a sua alma. Maria Lúcia sentia-se na plenitude dos seus 23 anos, envelhecidos pela miséria e descaso. Esquecera dos problemas e valsava uma música imaginária que só ela podia ouvir. Pegava uma fruta aqui, outra ali e se deliciava com os sabores…
Acordou com um gosto doce na boca, mas quando abriu os olhos, a triste realidade a fez chorar. seu choro, mesmo baixinho, acordou o filho mais velho, Márcio de 4 anos que abraçou-a e com seus dedinhos encardidos das brincadeiras de ontem, tocou no seu rosto com suavidade:
-Mamãe tá chorando?. Por que você está triste? . Chora não…sonhei com um lindo anjo esta noite, e ele falou que alguém viria ajudar a mamãe ainda hoje.

Maria Lúcia se surpreendeu com aquele recado do filho tão novinho. Onde ele ouvira falar de anjos???
Mais surpresa ainda ficou ao ouvir palmas na frente do barraco. Abriu a porta timidamente e viu algumas senhoras paradas diante dela. Todas estavam com um sorriso no rosto e faziam parte de um grupo de caridade da igreja local. Logo se aproximaram e foram invadindo o pequeno barraco com alimentos que pareciam até coisa de sonho. Arroz, feijão, leite em pó, fubá, farinha, ovos e até carne…quanto tempo ela não sabia o que era comer um pedaço de carne.

-Viemos em nome de Deus para ajudar. O que mais a irmã precisa.
Surpresa com todo aquele amor, Maria Lúcia queria agradecer, mas falou do seu maior sonho: arrumar um emprego para poder sustentar aquelas crianças. Ela sabia que aqueles alimentos iriam acabar em breve, e depois? Só um emprego a libertaria daquela miséria. Seu outro sonho era voltar estudar, concluir o segundo grau interrompido pela gravidez precoce.

Falou dos seus sonhos, enquanto as irmãs faziam uma corrente de oração, depois, a mais velha perguntou se ela não queria trabalhar na casa dela cuidando da mãe dela que sofria do mal de Alzheimer. Ela poderia inclusive morar na casinha que ela tinha no quintal com os seus filhos. Maria Lúcia não podia acreditar no que ouvia, grossas lágrimas escorriam pelo rosto, beijou as mãos daquela mulher que nem lhe perguntou o nome e lhe deu uma oportunidade.

E ela soube aproveitar aquela oportunidade. Cuidou da mãe da patroa como se fosse a sua própria mãe, e além disso cuidava da casa da patroa com tanta dedicação, que mesmo depois do falecimento da mãe dela, ela continuou morando ali, onde pode criar seus filhos com dignidade, pode voltar estudar e agora, prestes a se formar na faculdade, a nova assistente social, que nunca esqueceu as suas origens, bate palmas naquele mesmo barraco onde um dia o filho disse que tinha sonhado com um anjo, e que a caridade mudou a sua vida. Na noite passada sonhou com um anjo que lhe mostrara o antigo barraco e pessoas famintas esperando por ajuda.

Quando a porta se abriu, uma mulher muito magra e assustada atendeu com olhar perdido. Maria Lúcia foi entrando, com as amigas da igreja, avançando com comida, roupas, esperança e uma parte de Deus.
-Viemos em nome de Deus para ajudar. O que mais a irmã precisa?.

Deus que nesta noite, através de seus anjos, falou em mais um coração disposto a ouvir. Assim, mais uma vez, antes da caridade, Jesus entrou naquele barraco, sentou, tomou água, abençoou a todos e partiu feliz, porque aprenderam a sua mais preciosa lição:
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.”
Mat. 5:7.

E nós nunca vamos nos beijar na chuva. Eu também nunca vou calar sua boca com um beijo e nenhuma das nossas brigas vão acabar na cama. Eu nunca vou te observar enquanto você dorme e nunca vou fazer cafuné em você quando você estiver com a cabeça deitada no meu peito. Não vamos passar tardes assistindo filmes românticos debaixo das cobertas e comendo brigadeiro. Também não vamos passar madrugadas acordados conversando. Nossos planos não vão se concretizar. Eu não vou ficar com vergonha conhecendo sua família.Não vamos contar aos nossos filhos a longa e estranha história sobre como nos conhecemos. As pessoas não vão olhar pra nós e falarem sobre como nós somos bonitinhos juntos. Não vamos discutir sobre quem vai levantar pra apagar a luz do quarto. Não vamos ter um futuro.Tudo isso poderia ter acontecido, mas não vai. Porque nós dois fomos feitos pra nos conhecermos, nos apaixonarmos, mas não pra ficarmos juntos.

Quando acordei esta manhã no quarto úmido e escuro, ouvindo o tamborilar da chuva por todos os lados, tive a impressão de que havia sarado. Estava curada das palpitações no coração que me atormentaram nos últimos dois dias, praticamente impedindo que eu lesse, pensasse ou mesmo levasse a mão ao peito. Um pássaro alucinado se debatia lá dentro, preso na gaiola de osso, disposto a rompê-lo e sair, sacudindo meu corpo inteiro a cada tentativa. Senti vontade de golpear meu coração, arrancá-lo para deter aquela pulsação ridícula que parecia querer saltar do meu coração e sair pelo mundo, seguindo seu próprio rumo. Deitada, com a mão entre os seios, alegrei-me por acordar e sentir a batida tranquila, ritmada e quase imperceptível de meu coração em repouso. Levantei-me, esperando a cada momento ser novamente atormentada, mas isso não ocorreu. Desde que acordei estou em paz.

Sylvia Plath
The Journals of Sylvia Plath. Knopf Doubleday Publishing Group, 2013.

Eu saí de carro em um dia de chuva de granizo, e o carro ficou todo arranhado. Mas, quem escolheu sair de carro nesse dia? Eu escolhi; por isso a responsabilidade é unicamente minha. Não me canso de repetir: você não é uma vítima indefesa das influências nefastas do espaço sideral. Eu sei que pode ser difícil ouvir isso, e talvez você até fique com raiva de mim, mas preciso dizer a verdade: você está onde se coloca.

Cai uma chuva gelada por trás da vidraça. Os dedos dos pés impacientes dentro da meia de lã, as mãos se aquecendo com a xícara de café, os lábios sendo mordiscados com os dentes, um pijama velho, um moletom jogado em cima, os cabelos bem amarrados, os olhos pequenos e perdidos acompanhando o desenho que água faz no vidro da janela.Não me importo em estar assim despojada, só quero me sentir o máximo bem que puder, embora seja improvável isso acontecer em uma noite de sexta, quando o fim de semana chega e você não tem ninguém. Ninguém que vá te abraçar enquanto a chuva cai lá fora. Ninguém que vá acalmar a tempestade que acontece dentro de você. Ninguém que vá te dar a mão quando você tem tanto receio de estar sozinha. Ninguém que ficaria ali, de graça, deitado ao teu lado escutando os trovões. Por um instante você pensa que isso é tão triste, que isso pode ser tão miserável e o amor parece ser uma esmola que você pede em troca de um sorriso, por mais falso que isso pareça. Frágil, o barulho da chuva viola o silêncio do pensamento, da lembrança, da doce ignorância em planejar o futuro. Você tem medo, porque você vê que tem tanta lágrima por dentro, escondida, calada, tímida e um dia chuvoso e frio é tão pouco comparado a tudo que você esconde atrás de um rosto discretamente limpo e doce.

Deixe doer o que for honesto. Deixe alagar seus olhos de chuva, escorrer pelo seu rosto e traçar caminhos sinuosos ou retas perfeitas como fazem os rios. A dor só quer te lembrar que há vida naquilo que você rejeitou porque compunha um outro extremo do que imaginamos ser a felicidade. Ela quer que você adquira sabedoria experimentando a totalidade…

Chuva
Lá fora ela desaba
Assim como aqui dentro de mim
Chuva
Lágrimas que escorrem como água no telhado
Chuva
Que para lá fora
Mas continua aqui dentro
Como tempestade incessável
Dilúvio de emoções e pesadelos que transbordam sobre mim
Daqui de dentro ouso vozes
Lá de fora
Ninguém ouve os trovões e raios que caem aqui dentro
Chuva
Que não cai só lá fora
Nem só aqui dentro
Há tempestades que caem constantemente em outros lugares
Gritos de socorro que são vistos mas não são ouvidos.⁠

Inserida por relbsonoficial

É terça... Chove lá fora, minha mente vai ao encontro de momentos já guardados dentro de mim, o que ela não sabia, é que lembraria de coisas que ainda não aconteceram... Por quê ele? O que está havendo? Uma voz rouquinha lá no fundo me diz que é com ele que quero ouvir o barulhinho de chuva. Sentir o cheirinho de terra molhada com ele seria bom? Não sei... Tudo o que sei é que meu coração quer e ele chama, e a detalhista da minha mente lembra-me do que viví e me acusa... É uma amarga briga constante das duas, enquanto isso o meu corpo grita, é desejo... É o querer... E agora, o que vou fazer? É o doce desejo de viver sem ter limites, sem culpas... É a vontade de voar, com novas asas, e que as novas me façam chegar à lugares bem mais altos por onde eu possa enfim, ver o que realmente quero, sentir a tão esperada borboleta que há muito já não voa em meu ventre... É o doce desejo de te ter. Cadê você? Cadê você? Quando as coisas tem que acontecer elas simplesmente acontecem, então vou deixar que seja naturalmente, e espero que a chuva venha com aquele som de alerta aos gemidos e arrepios, o tão esperado carinho, e que esta mesma chuva perfume a terra quando a hora chegar e nossos lábios se tocarem. Já imagino... Um romance, eu e você. Ai meu Deus que loucura! O que vai proceder? Devo saber, ou deixar acontecer? É o meu eu que sonha em ter você.

"Odeio amar, não é engraçado? Amanhã tento de novo. Amar só é bom se doer. Parou de chover. Não sei qual o Deus padroeiro das cartas - mas de qualquer maneira a noite de hoje foi dedicada a ele. Hoje eu queria que alguém me dissesse que eu não precisava me preocupar - como no Last Picture Show - um ombro, uma mão. Desculpe tanta sede, tanta insatisfação. Amanhã, amanhã recomeço. Te espero, te gosto, te beijo."

Quero poder conhecer você melhor, me divertir rindo das suas histórias de quando era criança e do jeito como falava as palavras erradas. Quero me acostumar com o som da sua risada, o encaixe de nossas mãos juntas, quero poder reconhecer o seu perfume de longe e poder cantar no meio de todos qualquer música que lembre todos os nossos momentos. Eu quero isso e quero muito mais, eu quero sim, quero eu & você pra realizar. Quero…. Nós.

As noites sem sono, dificuldades para dormir, me diz claramente que a depressão está de volta. Com ela surge o pensamento que destrói e ao mesmo tempo esclarece o motivo pelo qual chegou o corona. Não é maldição. É o remédio invisível de transpor as máscaras existentes em toda a raça humana. Máscaras essas escondidas dentro de cada um esperando a hora da sua atuação no palco da vida. O espetáculo está aí, em cada um de nós, para que possamos ver claramente o que possuímos de bom e de mal, como a atuação de uma peça de risos e choros. É nesse momento de pandemia que podemos ver realmente a atuação de todos e daí subtrairmos os valores morais de cada atuante. A vida é um palco e cabe a cada um de nós, mostrar para o que veio. Sejamos bons e verdadeiros interpretes para que no final do espetáculo sejamos contratados pelo nosso Criador. Bom dia aos amigos e um abraço fraterno. Mariana Chuva.

O mundo esfriou. Gelou o coração de muitos humanos. Não se vê mais aquele bom dia tão esperado pelos amigos. Não se vê mais o agradecimento pela vida. Não se vê mais imagens de pessoas sorrindo, se mostrando na sua essência e na felicidade do momento. Temos alegrias, temos momentos de muita luz mesmo em meio a esse vírus que nos amedronta. Mesmo em meio a tantos pesares, temos que nos manter firmes na fé, na luz, irradiando alegria para vencermos a escuridão. Estamos numa guerra se ainda não perceberam, a luta do bem contra o mal. Essa luta foi prevista e ela tá aí. Somos os soldados de Deus e como tais, temos que manter nossa lamparina cheia de óleo irradiando a luz, pra mostrar pra escuridão, que o comandante desse mundo é Deus e tão somente Ele. Vamos agradecer ao Pai celestial pelo manto de proteção que tem nos dado. Vamos lutar, vamos mostrar a nossa força ao inimigo até o término, que está bem próximo. Vamos sorrir, vamos agradecer e vamos fazer parte da maioria que entende muito bem que nesse momento é hora de ficar em casa. Bom dia amigos!!! Mariana

Inserida por atnejon_anin

Nasceu o sol e com ele a esperança de um novo dia cheio de luz. Um dia forte na fé, na certeza de que teremos a resolução dos problemas e dores que nos afligem nesse atual momento. Deus em seu imenso amor com certeza nos preparou aquele banquete espiritual que nós muitas vezes o deixamos de lado, para que possamos evoluir como espírito . O amanhecer com vida é agradecimento. Vamos pra mais essa empreitada sorrindo, firmes e voluntários como jardineiros plantando na seara de Cristo Jesus. Bom dia amigos. MARIANA CHUVA

Inserida por atnejon_anin

Chove-me

-Em mim chove lembranças, chove saudades, chove você!
Você, chuva que não estia.
Torrente, encharca-me de loucos desejos. Orvalha-me...
-E eu, tal e qual uma folha que a brisa balança, gotejo gulosamente nas ânsias cristalinas de suor, de dor, de amor!
-Pequenina, volta prá mim!
Volta, ó pequenina semente viva de mim...
☆Haredita Angel

Inserida por HareditaAngel

CHUVA (soneto)

Chove lá fora. O meu peito também chora
São suspiros de velhos e eternos pesares
Da alma que desapegando quer ir embora
Uma tristura que diviso, repleta de azares

Chove... Que agonia se percebe de outrora
Ah! Quem falou pro agrado voar pelos ares
Em preces de ira, com o chicote e a espora
Deixando as venturas laçadas pelos alares...

Chove lá fora. Minh’alma também aflora
E eu sinto o que o cerrado também sente
O pingo quente, e abafada a aflição afora

E esta tal melancolia que no temporal uiva
Tão impiedoso e ruidosa, que vorazmente
Tem a sensação: - choro! E chove chuva!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE

Acordei
E vi que chove
Observei
Que não era só lá fora
Revestido de breu
Minha alma
Também chora
Dengosa
Amorosa
Reclama do olhar
Da sua beleza singular
Sua essência
Desta sua silenciosa ausência
Não importa os desencontros
A sua irreverência
Não diminui o meu amor
Nem a dor
De sua indolência
Onde está?
Os sonhos sonhados
Os beijos por nós calados
Curvo-me diante desta ferida
Aberta
Sofrida
Tocada sem nenhum pudor
Nenhuma compaixão
Nenhum valor
Acho que foi só ilusão!
Agora solidão...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Rio de Janeiro, 30/08/207
05'30"

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE... (soneto)

Chove... que sussurro no humedecido
Cerrado molhado. O cheiro se enleva
Em nubladas nuvens, o temporal leva
O dia, perfumado, no chão lânguido

É a poesia! Palpita a vida num alarido
E nos meus versos a saudade eleva
Na chuva, e que vai caindo em treva
A melancolia de este tempo chovido

Chuva, lá fora, cá dentro um roteiro
De solidão. Encharcando a emoção
Doudejante, em um silêncio inteiro

Entre os tortos galhos nus, troveja
E a enxurrada numa doce canção
De um latente gotejar, a terra beija...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 9 de novembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

"Feliz dia para quem é o igual do dia".
"Saúdo-vos e desejo-lhes sol, e chuva, quando chuva é precisa".
"E olho para as flores e sorrio...".
"Que pensará o meu muro da minha sombra?".
"Que triste não saber florir!".
"Amar é a eterna inocência".
"Sejamos simples e calmo, como os regatos e as árvores".
"A minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer".
"Eu sou do tamanho do que vejo".
"Dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe, vamos os três pelo caminho que houver".
"Pega-me tu ao colo e leva-me para dentro da tua casa".
"Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos".
(Citações de poemas de Fernando Pessoa extraídos de "Fernando Pessoa - Obra poética II" - Organizado por L&PM - Porto Alegre, RS - 2010)