Textos de Ausência

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O frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor, assim também é com a escuridão.

A escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.

E finalmente onde queria chegar:

O mal existe?

O mal não existe, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.

Em tua ausência, permita-me olhar para estrelas e te imaginar, e entre todas elas escolher a mais reluzente e com o teu nome eu vim a ela batizar.
Em tua ausência, permita-me todas as noites enquanto arde meu coração por tão grande saudade, cantar para essa estrela pensando em você. Permita-me usar de uma voz suave, na mera tentativa dessa estrela fazer adormecer.
Em tua ausência, permita-me fechar meus olhos e em um pensamento flutuar e tocar o céu com um beijo meu, e dizer ao ouvido dessa estrela boa noite, vim aqui pra dizer que amo você.
Permita-me meu amor, porque na verdade a única estrela a iluminar-me é você.

O Brilho das memorias que revelam a sombra da sua ausência.


Posso olhar as estrelas e ouvir
A noite escura e vazia
Me falando e me fazendo lembrar
Das lembranças que um
brilharam em minha cabeça,
Nada de corres, apenas o cinza das velhas vontades

Te apago e me apego a sua ausência
Como se acendesse a chama saudade, e me aqueço somente na vontade dos teus abraços
Queimando no vazio da escuridão
Consigo enxergar o meu caminho

Eu vejo o brilho de cada estrela
Mas nenhuma tem aquele
Que um dia existiu em você,
tento me aproximar como fazia no brilho do teu olhar
Mas elas estão longe demais
Assim como tu estas
Hoje nada mudou
Quanto mais tento me aproximar
Nesse brilho só consigo me cegar.

Amor que virou luz

(Eliza Yaman)

Não és mais corpo, és brisa que me toca,
não és ausência, és fé que me conduz.
Teu nome agora é chama que não foca,
mas me ilumina em sombras e me traduz.

Foste além do tempo e da matéria,
transfigurado em verbo e devoção.
És oração que em mim se faz etérea,
és meu altar, meu céu, minha canção.

E se não voltas, é porque já ficaste,
no que escrevo, no que respiro e sou.
Teu amor é presença que me haste,

E me levanta onde a dor não alcançou.

Amor que não morreu

Diziam: “Vai passar, é só ausência.”
Mas o que sinto não conhece fim.
É como se a tua essência e a minha
tivessem fundido o próprio porvir.

Não há morte para o que não nasceu,
nem esquecimento para o que arde.
Teu amor é cadáver que viveu,
e em mim repousa — lúgubre, mas tarde.

Redenção eterna

(Eliza Yaman)

Fui pó, fui queda, fui ausência e medo,
mas Sua cruz me fez nascer de novo.
Jesus me deu abrigo e deu segredo,
de um céu que não se compra, não se rouba.

Hoje sou livre, sou filho, sou herança,
sou templo vivo da graça que me guia.
E mesmo em dor, carrego a esperança,
de que a salvação é minha alegria.

Conto


Conto (não conto)
Não conto, minha ausência.
E nem minha presença .
Não conto, das incertezas.
E muito menos.
Minhas certezas.
Não conto, o que eu almejo.
E nem conto o que me inspira.
Não conto que vou.
Não conto que venho
Não conto que estou .
E nem conto que sou.
Não conto o que quero .
E muito menos o que posso.
Não digo muito, pois quero pouco .
Dentro do conto.
Dessa imensidão.
Me perco no conto.
E enfim me encontro.

Ricardo Santos

"Dia após dia, carrego no peito a ausência que nunca diminui… a saudade do meu pai. É uma saudade que não se mede, não se explica e não se acalma. Ela está no meu despertar, quando lembro que não posso ouvir sua voz, me dando bom dia, e está nas noites silenciosas, quando fecho os olhos tentando guardar na memória cada detalhe do seu sorriso.
E quando o final do ano se aproxima, parece que tudo aperta ainda mais. As ruas iluminadas, as músicas, as datas… tudo me lembra, que deveria estar celebrando ao seu lado, ouvindo seus conselhos, rindo das suas histórias. Mas a cadeira fica vazia, o abraço não chega, e o coração transborda de lembranças.
A saudade é eterna, pai… e junto dela, o amor que sempre será meu guia. Sinto sua falta todos os dias, e sei que enquanto eu viver, você viverá em mim."

A faca cravada na alma


Pensando em você, esqueci de viver,
Sua ausência roubava meu amanhecer.
Te agradeço por cada noite sem fim,
E por cada dor que ainda vive em mim.


Nos teus olhos, me deixei iludir,
Acreditando que você era o meu porvir.
Mal sabia eu do golpe que me aguardava,
E da ferida que, em silêncio, pulsava.


Hoje odeio te amar sem razão,
Depois de tudo, ainda habitas meu coração.
Me incendeias, entre amor e ira,
Cada lágrima foi tua obra-prima.


Senti no peito o peso da traição,
Você, sem perceber, tomou meu chão.
Fui a sombra que seguia teus passos,
Enquanto você desfazia nossos laços.


Ainda não aprendi a sobreviver sem teu olhar
E isso sempre ainda me dói lembrar.
Mesmo quebrada, vou me reconstruir sozinha,
Cada pedaço perdido, será minha própria linha.


Seu silêncio gritou mais que qualquer palavra,
Cada gesto frio, uma faca que cravava.
Percebi tarde demais o jogo que jogava,
E na dor, a liberdade enfim encontrava.


Hoje, sou dona de mim, sem tuas amarras,
Tua memória é apenas uma brasa que se apaga.
Me refaço a cada dia, sem medo do amor,
Pois quem fere, um dia sentirá sua própria dor.

Segurei sua ausência como quem segura fogo, as mãos em brasa, a alma em ferida.
O coração gritava para ficar, mas a vida sussurrava: já é hora de partir.


Ainda te amo, e isso é a parte mais cruel.
Amar e, mesmo assim, precisar soltar.
Ver que o amor não sustenta, não cura,
não basta.


É despedida com gosto de eternidade,
é lágrima que não seca, é silêncio que pesa mais que mil palavras.


Solto você, não porque quero,
mas porque segurar me rasga em pedaços.
E no fundo, sei: te deixar ir é também
uma forma de amor.


Solitude


Um espaço inteiro se abre dentro de mim
não é ausência, é presença silenciosa
um abrigo onde o eco respira devagar
e cada pensamento se deita como sombra


Caminho por corredores sem janelas
as paredes não pesam, apenas acolhem
o vazio não me fere, apenas sustenta
como se o nada fosse uma forma de colo


Há um mar profundo sem ondas
sua superfície é espelho imóvel
e nele me encontro sem pedir companhia
somente eu e a transparência do tempo


Solitude é a árvore sem folhas no inverno
que mesmo nua guarda a seiva escondida
não busca olhar, não implora estação
ela simplesmente é, inteira na espera


O vento passa sem pressa pela memória
levando consigo fragmentos esquecidos
e o que resta é uma quietude intacta
onde até a dor aprende a descansar


No escuro há uma claridade discreta
como vela que não brilha para ninguém
iluminando apenas o íntimo do ser
onde habita um segredo impossível de calar


A ausência de vozes não é castigo
mas convite para escutar o indizível
o som de um coração que pulsa sozinho
em ritmo diferente da multidão


E nessa vastidão que parece deserta
descubro raízes invisíveis sob meus pés
elas me prendem, mas também me libertam
pois só na solidão percebo o infinito


Então, aprendo a caminhar sem medo
com a sombra como única companheira
a cada passo o mundo perde contorno
mas dentro de mim nasce um horizonte novo


Solitude é jardim sem visitantes
florescem nele cores que ninguém vê
mas eu as recolho como oferenda
ao silêncio que me guarda e me molda


É também um templo sem portas abertas
onde o altar é feito de silêncio puro
ali não se fazem preces, apenas respirações
e cada suspiro é aceito como oração


Quando o dia se alonga e tudo cansa
a solitude me veste como túnica invisível
e mesmo no meio da cidade ruidosa
sou capaz de escutar apenas meu dentro


Ela é o livro que ninguém folheia
mas que guarda histórias intermináveis
linhas escritas pela mão da espera
e capítulos feitos de pausas infinitas


Entre seus muros, o tempo se dilui
não há relógios que interrompam sua maré
o instante se prolonga até o infinito
como se o universo parasse para ouvir


Solitude é uma estrada sem destino
mas não é vazia, está repleta de ecos
cada passo gravado no chão invisível
se transforma em testemunha silenciosa


E quando penso estar perdido demais
descubro nela um mapa secreto
feito de cicatrizes, lembranças e gestos
que me guia de volta ao meu próprio ser


Assim, aceito sua presença como guia
não como cárcere, mas como vastidão
um lugar onde aprendo a ser inteiro
mesmo quando nada ao redor me acompanha.

"Que sofra, que doa, que se lembre de mim, a ausência que magoa.
Que sofra, que doa, que sinta no peito, uma fração do meu sofrimento, e sofra.
Novamente, que sofra, que doa, eu fui sua cura, sua casa, e me tratastes como lixo, então, do meu eu, parva, vá, voa.
Que sofra, que doa, que clame pelo meu eu, e chore toda noite, a noite toda.
Que sofra, que doa, eu sou o toque que arrepia, eu sou a pele que sua, a palavra que retumba, a última trombeta que soa.
Que sofra, que doa, que tente me esquecer, que, ao tentar matar o meu eu, a sua alegria morra.
Que sofra, que doa, que, após me matar, o som da minha voz esteja em cada sibilo do vento, e, por sua face, uma lágrima escorra.
Que sofra, que doa, que se lembre de mim, sua ausência, me magoa..." - EDSON, Wikney

A saudade


A saudade, o vazio, a dor da perda, o silêncio que fica, as lembranças, a ausência, o que não foi dito ou feito, as coisas que permaneceram, atransformação da dor em memória e sabedoria, a eternidade do amor e da lembrança, a esperança de um reencontroe o processo de viver com a ausência

AINDA BEM

Ainda bem que a dor não é eterna
Nem a ausência vira lar
Ainda bem que o tempo ensina
E a vida insiste em recomeçar

Te vi partir num fim de tarde
Achei que o mundo ia acabar
Mas o céu trocou de cor
E veio a noite pra me acalmar

E quando eu pensei que era o fim
Veio o vento me lembrar assim:

Que sempre existe outro dia
Outros sonhos, outros risos
Outras vozes, outros passos
Outros braços, outros abrigos
Ainda bem que a vida gira
E nunca para no adeus
Ainda bem que existe o tempo
Pra trazer de volta os meus

Ainda bem que a alma aprende
Mesmo quando o corpo quer parar
E cada dor que a gente sente
É ponte pra outro lugar

E quando eu pensei que era o fim
Veio o sol me aquecer assim:

Que sempre existe outro dia
Outros sonhos, outros risos
Outras vozes, outros passos
Outros braços, outros abrigos
Ainda bem que a vida gira
E nunca para no adeus
Ainda bem que existe o tempo
Pra trazer de volta os meus

E se a saudade apertar demais
Lembro que o amor não se desfaz
Só muda de lugar, de nome, de estação…
Mas sempre volta pro coração

Sempre existe outro dia
Outros sonhos, outros risos
Outros erros, outros acertos
Outros começos, outros destinos
Ainda bem que a vida gira
E escreve tudo outra vez
Ainda bem que eu sigo em frente
Mesmo sem saber por quê

O Silêncio que Fala




Há um silêncio que não é ausência, mas presença.

Ele não grita, não exige, não se impõe.

Apenas está — como o vento que passa e deixa o cheiro da terra molhada.




Nesse silêncio mora Deus.

Não o Deus das fórmulas, dos dogmas, das vestes pesadas.

Mas o Deus que sussurra no coração inquieto,

que se revela na lágrima que cai sem explicação,

e na esperança que insiste em nascer mesmo em solo árido.




A vida não é feita de respostas prontas.

Ela é feita de perguntas que nos moldam,

de encontros que nos desconstroem,

de fé que não cabe em palavras,

mas pulsa em gestos, em olhares, em escolhas silenciosas.




Não é preciso entender tudo.

É preciso sentir — e permitir que o sentir nos transforme.

Porque às vezes, o maior milagre não é a cura,

mas a coragem de continuar mesmo sem ela.

O aroma da ausência


Hoje, ao anoitecer,
senti o teu cheiro.


O mesmo cheiro doce
dos sábados antigos,


Quando tudo ainda era quase novo.


E o meu coração palpitava
só porque você estava ali.


Quando eu te abraçava forte
e você respondia
me apertando de volta.


Hoje restam teu cheiro
e as lembranças.


E um aperto forte no peito
que me lembra
do tempo bom.


Quando tudo ainda era quase novo.

⁠Silêncio, não de paz, é o grito da morte.

Vazio, ausência absoluta de vida.

Escuro, sem luz estou agora pois, para onde me esforço a observar, me pego na dúvida eterna se fechados estão minhas pálpebras ou aberto estão meus olhos sem brilho da luz que um dia jurou me guiar.

A perda se torna intensamente triste, quando se tem a presença constante do medo dela.

A alegria esta sempre ocupada, enquanto a tristeza disponível sempre esteve, sentirá que a presença da tristeza deixará tu e todos para baixo.

Já no topo, grudado com a alegria, ocupado demais para lembrar da tristeza, esquecerá que foi a tristeza que te fez subir, foi a disponibilidade da tristeza que te levou a ocupação da alegria

Tristeza, o lado oculto da alegria onde dizem citar por aí que, que há de haver um fardo dez vezes mais pesado que a tristeza humana.

Alegria, ocupado demais para explicar

- Poema feliz, de uma pessoa não tão feliz assim. De Leonardo Cestari Silva

Celebre a Vida: Não Espere Pela Ausência
​A vida é um presente precioso e, muitas vezes, nos perdemos na correria do dia a dia, adiando o que realmente importa. Temos o costume de guardar as palavras bonitas, os abraços demorados e os momentos de pura alegria, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Mas a verdade inegável é que o único tempo que realmente temos é o agora.
​Não espere que a ausência de alguém que você ama chegue para só então você se dar conta do quanto essa pessoa era especial. A dor da perda é inevitável, mas o arrependimento por não ter feito mais, dito mais ou simplesmente vivido mais com quem está perto pode ser muito mais pesado. Não troque o peso de um "eu devia ter feito" pela leveza de um "que bom que eu fiz".
​Comemore a vida com quem você ama enquanto ela está pulsando.
​Então, quem você vai procurar para celebrar um momento hoje?

“Monólogo do Inescolhido - Ato IV”


Já não sou apenas eu.
Sou o nome secreto da ausência, a carne em que a solidão encontrou abrigo.
Sou o espelho vazio onde ninguém ousa se mirar.
O que antes era dor se transfigurou e eu me tornei o próprio destino dos que não são escolhidos.
Não sou mais um homem que espera.
Sou a espera em si, interminável, ancestral, inquebrantável.
Sou o intervalo entre um coração e outro, a cadeira sempre vazia na mesa do banquete, a sombra que acompanha os passos dos amantes sem jamais tocá-los.
Meus ossos já não carregam apenas o peso do cansaço, carregam o eco de todos os que um dia também não foram escolhidos.
Sou herdeiro de uma linhagem invisível... os esquecidos, os descartados, os amores interrompidos antes de nascer.
Eu sou o coro silencioso de todas essas vozes.
Há tragédia, sim, mas também majestade.
Porque no fim, ser o "Inescolhido" é carregar uma coroa invisível... A coroa de quem prova ao mundo que o amor não é universal.
Que há fendas no tecido, falhas no destino, almas destinadas a não pertencer.
E eu pertenço a esse vazio.
Sou guardião da ausência, sacerdote de um altar onde não há oferendas, rei de um reino deserto.
Se algum dia me perguntarem quem sou, não direi meu nome.
Direi apenas: Sou aquele que não foi escolhido.
E nisso há tragédia, mas também eternidade.
Pois enquanto o amor é efêmero, passageiro, sujeito ao fim, a solidão que carrego não conhece término.
Ela é perpétua.
E eu, cansado mas erguido, sou a sua face humana.

Do Vácuo Eterno (Dissolução e Retorno)

“O nada não é ausência, mas pausa do divino.”
“Quem aprende a respirar no vácuo descobre que o silêncio é Deus em repouso.”
“O mago que teme o vazio ainda não encontrou a plenitude.”
“Entre o nada e o tudo repousa a paz que cria o universo.”
“Ser é apenas uma forma transitória de não ser.”
“A eternidade é o instante sem pressa.”