Textos de Amor em Deus

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Oii...
Nunca pensei em dizer isso, mais eu desisto de você, sei que você nem liga mais, se eu te amo ou não, ou se estou sofrendo com sua falta. Sei que você também não liga se eu desisti de você. Desistir de você foi a decisão que mais me machucou a vida toda, perder você pra esse cara doeu mais do que perder minha tia. Esse cara pode ser de tudo,idiota, babaca, debiloide do caramba mais uma coisa eu confesso ele tem muita sorte. Garota você me insinou tanto esse um ano que estamos juntos, me corrigindo estávamos. Des dequele grupo que fizeram pra gente se conhecer eu já era seu e ainda continuo sendo seu. Uma coisa que você me insinou é que você jamais e nunca vai ser de alguém, mesmo você amando a pessoa de corpo e alma você nunca vai ser dela. A principal coisa que você ne insinou foi, aproveitar o tempo, mesmo sendo pouco, mesmo sendo apenas segundos curta aquele segundos com a pessoa que você ama como se fosse o último dia da sua vida, porquê quando se acaba o tempo só resta a saudades que vai te matando e quebrando seu coração aos poucos. Eu sempre achei que ia ser assim "Eu por você, você por mim", mais eu tava errado. Eu sempre ache que tivesse todo o tempo do mundo com você, e outra vez eu estava errado. Eu jamais vou te esquecer, jamais vou te tirar da cabeça. Você sempre vai ter o meu brigadeiro, você sempre vai ser a minha primeira namorada, você sempre vai estar viva em mim. Você mesmo longe continua me insinando que o mundo é um lugar frio por mais quente que esteija o dia, que o mundo é um lugar escuro mesmo estando claro com o raios de sol batendo no meu olho, e que as pessoas não são aquilo que mostram ser, que as pessoas são a própria destruição, que as pessoas só pensam no bem estar dela mesmo. Em quanse todo texto que eu te fiz desque você terminou comigo, eu sempre fale "Isso não é um a Deus", pelo o visto eu tava errado denovo é um a Deus, o a Deus que mais me feriu, que mais me arrancou lágrimas, o que tirou você de mim. O a Deus que me fez perceber que certaz coisas não são pra sempre (tipo tudo). Não precisa falar pro seu namorado que te procurei, não quero arrumar briga, quero deixar isso em paz, quero me despedir em paz com você. Sabe aquilo que eu falei pra ele sobre ter outras mulheres no mundo, estava sendo sincero so que eu esqueci de uma parte, nenhuma delas são você. Olha garota se cuida, seja o que eu sempre quis pra você, quero que todos seus planos se realizem. Daqui a 50 anos ainda vou lembrar seu nome, ainda vou lembrar o gosto da sua boca, ainda vou lembrar do seu rosto e do seu sorriso que me prende a você, ainda vou lembra do seu olhar de uma garota marreta, meiga e inocente, daqui a 50 anos vou contar pros meus netos e pros meus filhos como eu te amava. Ainda vou escrever un livro da nossa história de amor meu anjo. Ágora chega de falar porque, não existe mais olho, boca, dedos e corpo que aguentem chorar, Mais eles continuam a chorar por você. A Deus amo você, hoje, ontem, amanhã e pra sempre. Como a gente se chamavam marby, bb, panda, amigos, ficante e namorados a Deus. Amo você

Inserida por Marby

Não se permita passar pela vida sem florir!
E para florir faça semeaduras adubando com preces que pelas bençãos florescerem florindo canteiros...

Semeando canteiros de amor floresça afeto, amizade, adoração, devoção e zelo!
Semeando canteiros de esperança floresça expectativa, fé, confiança e esperança!
Semeando canteiros de harmonia floresça entendimento, concílio, reconciliação e unidade!
Semeando canteiros de honestidade floresça respeitabilidade, integridade, honradez, decência, dignidade e retidão!
Semeando canteiros de idoneidade floresça competência e habilitação!
Semeando canteiros de lealdade floresça fidelidade!
Semeando canteiros servis floresça auxílio e satisfação!
Semeando canteiros de verdade floresça autenticidade!
Florindo canteiros abençoados por Deus floresça gratidão.

Inserida por CleuttaPaixao

Eu te agradeço meu Senhor
Pelo dia q trouxeste
Pela proteção constante
Que me deixa sempre em ti confiante

Há momentos em que tudo.parece dar errado
E me sinto cm se fosse cair
Mas sei q por onde tenho andado
O senhor é quem tem me guiado

Te peço q não esqueças de mim
E q escute a minha oração
Pois sei q preciso tanto de ti
Por isso ainda bate o meu coração

Medos tristezas e choro me cercam
Me fazendo assim querer desistir
Mas lembro das suas doces palavras
E nelas encontro força p sorrir

Muita das vezes o passado vem a memória
Lembranças nem sempre felizes
Mas Luto olhando p frente
Pq acredito q o Senhor tem p mim algo diferente

Sei q erros eu vou cometer
Mas na tentativa sempre de acertar
E quando o mal vier me julgar
Sei q o Senhor vai me perdoar

Cmg sempre estarás
Nunca me deixarás
Enquanto em ti confiar
Sei q irei alcançar

Inserida por Moju

Carta Ao Aniversariante.
Então... Menino Jesus; Não sei por que escrevo, mas estou cansado, cansado dessa capa que o mundo se cobre durante datas especiais em particular a comemoração do seu nascimento, ou seria isso que deviam está fazendo; acho que esqueceram a essência que agora só mostram em filmes.
Você está feliz? Porque eu não, e acredito que você também não esteja. Tem gente passando fome, tem criança chorando por não participar dessa coisa que transformaram uma data que era para lembrar-se do quanto você era bom e solidário do quanto você era amor.
São poucas as pessoas que entendem, por isso mesmo com toda a minha esperança e fé (pois tenho fé) não acredito que essa carta faça diferença. Onde escondem seus ensinamentos? Não fica triste?
Tudo está tão distorcido, talvez na ceia farta lembram-se de te agradecer, mais com certeza vão esquecer-te de quem não tem o que comer, não pode fazer nada pensou, mais todos os presentes caro para manhã seguinte comprou.
Mais Jesus, mantenha sua atenção naquele que dorme sobre as estrelas (forma bonita não? As estrelas é um teto tão solitário, frio e perigoso) em que o ronco da barriga soá mais alto que os ruídos do vento frio sobre o inexistente cobertor rasgado, na noite fria de natal talvez pensando em ti ou na comida, pois tem fome.
Se esses que estão debaixo de pontes ou nas calçadas ainda assim tem fé (o que é difícil pode dizer que não, mais não estais lá sendo cuspido, chutado, ignorado ou até queimado) dê possibilidades e não fome, se não tens fé dê possibilidades, vida e comida. Pois dormem sós (Se é que dorme) ou com seus companheiros de rua um cachorro amigo ou amigo amigo.
Peço-te também amor. Ensine novamente suas lições, mostre novamente um rumo, ensine o amor, a solidariedade para que se vejam novamente como irmão, iguais, independente de classes ou posições sociais.

Inserida por CharlesAmorim

'CASAMENTO'

Era magro como os arbustos secos.
Olhos turvos.
Sorriso deformado no caule.
Pele escura queimada ao sol.
Desprezível na altura.
Camisa de botões aberta acima até embaixo,
surrada.
Na parte de baixo,
vestira algo como um bermudão maior do que lhe coubera,
amarrado com uns cipós enfraquecidos.
Facão enferrujado,
andar distorcido...

Morava nas matas,
sentia-se dono.
Receoso de diálogos.
Mãos calejadas e aspecto casando.
José plantava moisaicos,
cozia na lenha molhada.
Asfixiava peixes com as mãos.
Engolia banho de rios.
Pouco insinuava na terra seca que morava.
Colhia o que lhe davam,
tinha poucos afetos...

Intacto na linha do tempo,
José não tera casamentos,
conjugou-se com as quimeras,
chapéus de palhas.
Vivera a vida acaçapado,
perdidos entre matas.
Cantando entre pássaros,
criando melodias de uma 'vista perdida'.
Lá no fundo,
não afirma ser feliz ou se a vida é um tédio.
Sabe-se que tem nome forte,
e uma ostentação no respiro,
nada cotidiano visto por fora...

Inserida por risomarsilva

'ESTRANGULA-TE'

Molha teus pés nas praias desertas.
Elas te esperam medonhas,
curvando calor,
chuva,
vazão.
Pede morada nas pequenas cabanas,
enche-as de relíquias,
adormece.
Estrangula-te enquanto há tempo....

Cobri-te de vaga-lumes,
corre de encontro aos rebentos,
paredes de afagos.
Submerge a cabeça nas águas passageiras.
Suspira-as.
Engole o que te inflama olhando teu reflexo extraordinário,
repentino...

Donde vai tão mesquinho?
Sufoca-te e vê as neblinas até onde te sustentam.
Devora as flores que te contornam sentindo os contratempos nas hemácias!.
Celebra a vida com jeito de criança e a credulidade de quem dorme,
rescendendo montanhas,
terras molhadas...

Inserida por risomarsilva

'MADRUGADA FRIA'

A vontade era ser livre,
prosseguir com paladares,
coisas estranhas.
Livretos.
Histórias...

Advento,
a madrugada trouxe brusca trajetória,
destruíra pontes.
Não vira mais o rio que respira,
tudo outrora...

Esvaiu-se o tempo para compilar resumos,
resenhas.
Ficara tudo a fazer,
construir,
planejar...

Dilúvio!
Porquê permanece frio adentrando embaraços?
Sem avisar!
Meu sorriso esparramar!
As poucas horas findar!

Crivou-me às entranhas.
Plantou espaços,
saudades.
Abraçou-me e recusei.
Contou-me a última história e não tive interesse...

Aprisionou-me cativo.
No final a escurecer,
sem trilhos/avisos.
Tantas folhas perecer,
não haverá outra estação?

Saí de mim causadora leveza!
Leva teus faróis degradantes que planejou-me às escuras,
sem brilhos,
saídas.
Despir-me aquém essa misura?

Olhares no cômodo quadrângulo me despem,
mui reflexivos que eu.
Aguçados no coma que persegue.
Tristonhos,
silentes...

Aflições ou outros dilemas,
a ferida sempre finda.
Mera calada!
Pobre nos temas.
Geralmente na arquitetura não desejada...

Chegara o ápice dos velhos minutos,
já respiro águas brandas ,
metais desconhecidos.
Serei divindade em outras chegadas?
Mendigo?

Liberto estou das amarras,
o espírito não abandonei!
Eis o maior sarcasmo da vida:
trilhar novos caminhos/novos rumos,
não sei!!!

+++
Homenagem a mais um 'grande amigo'...
Que se foi (Jack)...

Inserida por risomarsilva

‘ÁLCOOL’

Às cegas, a cozinha definha.
Sozinho, a madrugada consome.
O gosto de vodca tem fome.
Paredes anunciam rotinas.

No estômago, a água declina.
Desequilíbrio a cabeça tortura.
Na vida, tudo amargura.
Vulneráveis pernas toxinas.

Metafísica a cadeira suporta.
Reflexos viajam no fardo.
Não atendera vozes de portas,
Ou sentimentos desesperados.
O vazio fingiu-se, desbota.
O álcool ficara calado!

Inserida por risomarsilva

'INIMAGINÁVEL'

Escrevo o inimaginável como quem compõe esboços na areia,
solto nos grãos,
livre de quedas,
Amparo-me às tantas luzes que se sacrificam,
homogêneas e dispersas,
luas lêvedas.
Imagino o mar acuando montanhas,
abatendo e aliviando correntezas.
Aconchego de calmas,
libertando prisões,
ventanias!
Assim crio,
sem tantas alegorias ou parâmetros,
figurado,
mortal...

Sucinto o inimaginável que peçonha o peito,
e rói uma habitude sempre infinda.
Posso ser íntimo,
campestre.
Rei,
miserável.
Os cárceres perguntam algo totalmente desfigurado,
invital.
Sou inimaginável,
mas cultivo existência.
Apascentando os supetões dos grande e pequenos alpendres,
avanço calmaria,
sem ode,
ou tesouro algum...

Inserida por risomarsilva

'LUA'

O veneno corre,
vivificador febril nas entranhas,
covil dos tentáculos envoltos na alma.
O amarelo,
fogo brando.
Simetria de mudos mistérios...

O pequeno rio barulha,
a pobre visão carapuça.
Hora de acordar!
Esquecer!
Adormecer inquietudes,
redemoinhos...

O andar às escuras,
extinguindo flores.
Flores absolutas!
Múmias juntos à acinzentada lua.
Refletora de luz,
horto na escuridão...

Porque tantas flores perecidas no escuro?
Se bem que o clarão já não importa.
Aqui distante,
loucos matam todas as formas,
lua míngua/futuro.
Homem inexpressivo no muro...

Tudo confuso!
A lua desencanta-te.
Fita-te ao horizonte,
é a muda esperança.
O pairar de mais um painel:
'o pincelar na lua minguante'...

'Traçado de homens flamejantes',
pronunciando-se ao glacial,
acidental.
Embaralhando neblinas,
as tantas luas que se foram,
pontos na velha retina...

O mundo paisagístico revela algo sinistro:
Lua Negra tão pequenina,
vagão!
Um curvar-se ao pequeno ponto!
E o traçado atônito,
imensidão na palma da mão?

Inserida por risomarsilva

'NATAL HODIERNO'

Não sou de ficar empolgado com o Natal, considerado pela maioria das pessoas, importantíssimo. Mas sempre fui de participar e contribuir de alguma forma para as reuniões da família todos os anos. Olhando de alguns ângulos, cheguei a conclusão de que esse ano eu não quero Confraternizações Natalinas! As pessoas não estão preparadas para tal, sequer sabem seu real significado.

O Natal teria de ser um ponto de partida para a mudança individual e coletiva. Reflexões à cerca dos nossos atos como seres humanos. Apertos de mãos e abraços sinceros. Se bem que esses pequenos [grandes] detalhes deveria acontecer constantemente e não apenas na data prevista. Mas o Natal proporciona essa reunião familiar tão querida, que às vezes pode demorar anos para acontecer, mas que de um modo geral, é apenas mais uma 'reuniãozinha qualquer de alguns parentes distantes ou próximos.'

Por falar em proximidade, há aqueles que moram tão próximos (dos parentes) que são verdadeiros ausentes; irmãos que não se respeitam; outros, literalmente abandonam os pais e só servem para criticar; outros são ardilosos em enganar sua prole sem quaisquer escrúpulos. A irrelevância é uma barbárie diária nas famílias. Não quero o Natal! Não pelo fato de ser uma Festa Capitalista ou uma estratégia antiga da Igreja Católica que deu certo, mas pela simbiose que não existe entre as pessoas; pela demasiada falta de respeito que à antecedem; e pelos tantos panos negativos estampados à nossa frente na maioria das famílias falidas.

Há um trecho da bíblia que relata: 'chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.' Natal é sinônimo de humildade, simplicidade e celebrações verdadeiras. Nada de pompas ou desavenças familiares. O espírito natalino tão falado, caiu em desuso. Não mais existe! As pessoas extinguiram a transformação que teria de começar de dentro para fora, mas que sempre é o contrário, não fazendo nenhum sentido fazê-lo.

Inserida por risomarsilva

'VOCÊ II'

Arrumas o cabelo,
ondulados percorrendo em mim,
assim como os mares,
nas correntezas da primavera.
Inunda-me de abraços,
beijos,
costelas!
Gesticulosa e salinizada,
quero-te inesperada!
Prendendo-me com teu cabelo negro e esbanjador.
Suaviza-me a dor,
enche-me de cores,
teus mares,
borboletas...

Inserida por risomarsilva

Sempre acreditei que fomos criados com uma missão ímpar de impactar vidas.
Não somos meramente frutos do acaso ou estamos aqui por estar.
Cada um de nós, em essência, somos aptos pra de alguma forma marcar a vida de alguém com aquilo que mais puro emana do nosso coração.
Seja um abençoador no seu tempo! Deixe marcas de amor que nem o tempo seja capaz de tirar, mas que na eternidade somam peso de glória.

Inserida por VilsonFNascimento

"sei lá,
as vezes as coisas não fazem sentido em minha vida,
diante dos acontecimentos me vejo perdido,
já não tenho mais certeza das coisas que quero
sei lá
está tudo diferente.
com um pé atrás de qual quer atitude
de qual quer escolha
desconfiando de tudo,
não me sinto mais seguro confiando em alguém
sempre quebro a cara.
seria bem mais fácil se eu soubesse resolver com cáulculos
as perguntas complexas da vida
ou pelo menos tivesse a capacidade de tentar na lógica,
sei lá
vejo meu chão afundar cada vez mais
me vejo perdido.
não enxergo nenhuma solução para meus problemas.
me pergunto se Deus realmente ainda luta pela minha vida
porque eu, simplesmente não tenho mais forças para continuar."

Inserida por pedro_kadjon

Meio estranho te conhecer assim...
do começo para o fim
e depois para o meio

Confesso que o meio está sendo ótimo.
Pulamos do começo para o final e agora estamos no meio.

Ninguém conhece alguém no começo e quando chega o final a historia acabou.

Eh... o amor tem este poder incrível
Acredito que esta é a verdadeira função do amor... ele não deixa acabar o que é real
o que é para ser
Então ficamos no meio...

Inserida por niviarodrigues

'O RIO SEMPRE CORRE'

Os rios sempre correm,
nos olhos correntezas tropeçam.
Pupilas pequenas,
peixes artificiais.
Puro 'eu' no espectro da cena...

Canoas enferrujadas,
abotoadas no leito caído.
No remanso,
limbo de abelhas,
insetos praguejando tormentos...

Da janela,
carnificinas estilhaçam o peito amarroado.
Sou agora fúlgidos ferimentos,
perdas no espaço,
loucos sentimentos...

Curvas infinitas,
nas ilusões deixadas nas noites.
Rios permearão,
nas pernoites passadoras,
nas auroras de essências deixadas p'ra trás...

Sonho carnes cruas e mera existência,
sequelas jogadas nas ruas.
Sons nas madrugadas digerindo utopias.
Tudo se foi com os ventos,
deveria!

Reflito à montanha calado,
presente gladiador em revoltas,
águas revoltas nas nuvens.
Serei contornos sem inspiração,
ausência de rotas no alvorecer...

Inserida por risomarsilva

'DIFERENTE'

Tudo ficou diferente,
após o aluvião.
Aos doze,
cicatrizes se abraçam.
Turbilhão de andorinhas,
voando sem direção...

Obstante,
a semelhança é vil.
Raios solares duplicados,
os ares são os mesmos navegando bordões.
O tudo vira nada.
A sacada são rodas dentadas...

Ambíguo o empírico,
a diferença está nos sonhos.
Olhos recíprocos!
Nas mãos olhando p'ra cima.
A diferença está na breve humildade,
no simples homem despojado...

Inserida por risomarsilva

'O TEMPO DO MUNDO'

Acordo às seis da manhã,
e quando olho p'ro mundo,
já é madrugada nas horas que passam...

O relógio pouco importa.
Raios já ultrapassaram-me.
Estou sem cordas vocais...

Sempre pela manhã.
Dou um abraço no filho pródigo p'ra que ele não se perca nas veredas.
O abraço ficara pendurado no caminho...

Olho para os lados,
e sempre vejo ela,
cabelos brancos no tempo...

E a vontade é sempre abraçá-la.
E falar-lhe do amor que explode na alma.
Mas não tenho...

Sou arte mal acabada.
Que pragueja as rotinas que vêem ao despertar.
E o grito sempre ecoa calado...

No rio o grito abafado.
Com suas tralhas penduradas.
Sem peixes para alegrar o sorriso...

Apaguei os fogos que surgira.
E adociquei a salada de alecrim.
Com certa pitada de paixão...

Mas o tempo escorrega pelas mãos.
Como o rio inerte passando à minha frente.
O mundo vai ficando propenso...

Desmedido quando a vontade é amá-lo.
Desbrotar-lo-ei ao extremo.
Se seguir estrelas vãs...

Temos todo o tempo do mundo.
Mas a vida é passageira.
Tinha dez anos e agora sessenta...

Nem tudo se sustenta como desejamos.
Tínhamos tantos planos.
E um amor na janela...

E agora só dores sequelas.
A porta sempre aberta.
O vento trazendo as cinzas...

Lembrei-me quando menino.
Subindo montanhas.
Pegando pescados...

Sem medo dos rios.
Ou do tempo distante.
Sendo abraçado por todos os lados pela mãe...

As esperanças terminam.
Como as relvas queimadas.
Não há brotos nas terras disfarçadas...

Apenas o tempo que se perdeu.
Não se sabe como.
Talvez na escassez...

Ou na breve lucidez de se tornar imortal.
Na falta do pão para alimentar a alma.
Nas palavras não ditas ficadas p'ra trás...

O amanhã será passado.
Perdido na criança que se alegra.
Serei pó nos nascimentos que virão...

Imortalizado nos filhos.
Não mais a figura que poucos viram.
Talvez a roda não deveria ser dentada...

Espalhando águas.
Jorradas pela manhã.
Nessa ilusão que um dia morrerá...

Inserida por risomarsilva

'CERTO DIA'

No fim das contas ela sabia de tudo! Sabia que iria para um lugar que ninguém sonha. Lugar de pessoas medonhas. Ninguém se importam muito umas com as outras. Estão muito ocupadas para isso. Quando se tem tempo, gasta-se como quer, plantando e espalhando cicatrizes paradoxas...

Não dá para ignorar os infortúnios da vida! Eles veem quando menos esperamos. Logo ela que, creio, não merecia! Lavou, passou, fazia comidas das mais agradáveis quando pudia. Era atenciosa com o homem da casa. Sem perceber, as doenças lhe atacara. Tinha vida pacata, exceto por um vício que nunca deixara...

Todo mundo tem vícios, pensara! Pelo menos um deve-se ter nesse corre corre contemporâneo. Homem sem vícios parece não ter muito sentido. Não teve filhos como a maioria das mulheres. Não sei se, seu futuro rebento agradeceria-lhe, mas confessou-me algum dia: falta ou diferença pouco fazia. Colocar filho no mundo e tentar moldar-lhe não é tarefa fácil...

Já cuidara de crianças de outros pais e dera muito amor de mãe. Seus caminhos findaram como a água de poço no verão. Sua face não esbanjava felicidade. Isso soa meio clichê, talvez constrangido. Não se fala de algo que parece tão distante dos olhos. Ela sorria feito criança, brincara nas calçadas da vida. Sempre próxima, parecia distante...

Dia atrás, o mundo virou-lhe às costas. Não parecia ser grande problema. O emblema é que: o mundo sempre deixa-nos à ver navios. Isso acontecerá com todos, sempre dissera! Apenas acho que ela não teve muita sorte com o tempo. Bem, ela poderia estar entre os sortudos. Desses que apostam tudo, e não têm medo das consequências...

Certo dia seus olhos fecharam de vez e hoje, depois de algum tempo, não é muito lembrada. Talvez isso faça ou não faça alguma diferença. A receita para vida se aprende em pouco tempo. O amanhã é coisa que não nos pertence. Os aprendizados tornam-se palavra de bolso, sem muita praticidade. Mas a verdade é que, o vilão sempre será o tempo, correndo nas mãos...

Tentara de tudo, desde jogar as pedras que tinha nas mangas e beijar o infinito, mas não foi mais possível. Deitada, descobrira que seus ciúmes fora em vão. Que suas raivas não tinham sentidos. O seu lar ainda esconde imenso aprendizado, não ensinados em faculdades. Perdeu todas as arrogâncias e os bens que planejou. Seus pés não mais tocam os chãos, e os seus braços não abraçam. Perdera àquilo que nunca ganhou...

Mas as frase de bolso ainda perduram em alguns corações. A vida parece tão, mas tão pequena! Um dia sentiremos falta dos amores que nunca tivemos e da essência das flores que não cheiramos. Falta dos abraços das crianças ainda vivas no peito. Falta da vida, dessa que sempre sonhamos. O hoje será esquecimento. Amor findo. Brisa leve jorrando solidão. Algo nada inspirador no escurecer...

Inserida por risomarsilva

'POBRE CRIANÇA'

O destino abraçara o pesar.
Filme à céu aberto,
estampando o prato bestial do meio dia.
Mãe à tiracolo,
sem colo para aquecer o frio matinal.
No ônibus milhares de fúteis paisagens.
Quatro da manhã e sete anos de pura espontaneidade,
sem tantas respostas,
o garoto fez-se homem de idade.
Não decorou ruas paralelas,
nem fadas.
O menino nascera do nada,
criança prodígio...

A vida era-lhe autêntica,
miragens.
Hoje microfilmes.
Turvos dias apenas!
O estômago embrulhara os ecos.
Risos soltos - projeções -,
sem foco,
reflexos.
Infância corroída nos aluviões,
perdido como pedras nos rios profundos.
Os dias não tinham porquês,
longe as expectativas,
tudo vinha meio sei lá pra quê...

Casa de palha.
Entulhos e panos ao redor de uma vida baldia.
Que chatice!
Hoje tem escola.
Mas a barriga ainda ronca.
Vazia de futuro
uma,
duas horas.
Sou mais meus carrinhos de latas!
Fico a Imaginar outros meninos,
fortes e fartos à vontade.
Fazendo trajetória,
futuro promissor...

Histórias sem leitores.
Quase nada mudou!
Apenas retrocesso,
do processo circular estagnando e definhando pessoas.
Sou da lama,
quem se importa?
Trilha sonora nas mãos,
faço lúdica às minhas memórias.
Atual leitor de um mundo melhor.
Ainda inventor,
correndo nas chuvas.
Íngreme em chamas,
utopizante em vitórias...

Inserida por risomarsilva