Coleção pessoal de RaqueelRosa

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O amor veio para suavizar minha vida.
O amor veio para cantar no silêncio.
O amor veio para a luz e para a escuridão.
O amor veio para ser vivido e amado.

Face a face com a dor, a qual chega sem aviso, de cara cruel, como um monstro invencível e desproporcional ao meu tamanho.
É o cinzel que esculpe, que talha, que faz o bloco amorfo de mármore se transformar em estátua, em obra de arte.
A dor é o convite à mudança de hábitos, de pensamento, de rumo, talvez.
Trocar o vestido da alma é renová-la. Mudar o padrão de seus tecidos é não permanecer preso às mesmas ideias, aos mesmos vícios.
É necessário deixar a vida fazer sentido.
Uma vida sem sentido é quase como uma escuridão. Nada se vê, nem a si próprio. Nada se encontra, pois não se sabe onde está e onde se deve chegar.
Infinitas lágrimas...
À espera do milagre de se encontrar, de ver a si mesmo com suas forças e fraquezas, mas sem máscaras, sem ilusões.
O milagre de perceber que se está melhor, que as feridas cicatrizam sempre, e que ali a pele se torna mais resistente.
O milagre do recomeço, de nascer de novo, de se dar nova chance.
O milagre de descobrir os amores ao redor, e quanto prezam por nós; de descobrir aqueles que nunca nos abandonam, não importa o que aconteça.
O milagre de saber que a vida procura nos levar sempre para cima, para diante, e nunca para trás, e a dor é lei de equilíbrio e educação.
Não há terreno melhor a ser explorado que nosso coração...

Dessa vez eu perdi.

GOVERNE COM DELICADEZA

Não precisamos de diagnósticos, mas sim de diálogos.Todo mundo tem uma filosofia de vida pessoal, tendemos a formá-la na medida em que vivemos e adquirimos cumulativamente as experiências.
As pessoas vêm cada vez mais passando por dificuldades que as deixam “imobilizadas”, ou pelo menos acham que estão em tal estado. Lançar-se sobre os fatos passados das suas vidas procurando causas de suas dificuldades atual é mais problemático, visto que pode haver conexões que não conseguem ver. Alguns acontecimentos podem ser esquecidos e detalhes irrelevantes são relembrados.
Primeiro devemos nos recordar que não somos donos da verdade e que cada pessoa, por mais que se pareçam, possui uma experiência de vida única o que não nos permite julgar o que outro deve fazer ou deixar de fazer.
Não busque diagnósticos, poupe problemas usando a experiência e a razão para escolher o melhor caminho a se seguir, arquive o que aprendeu e use.
Busque dialogar. Nós nascemos livres, todavia somos todos dependentes um do outro o que nos torna acorrentados. Somos interligados. Vivemos num meio social que temos que nos adequar ao tal. Nosso primeiro contato é com a célula social, a família.
Se governe, viver em sociedade não se trata apenas de ser gentil para que ninguém queira apunhalá-lo pelas costas. No caminho superior, as suas costas simplesmente não estão acessíveis, porque você já tem bem fundamentada sua filosofia de vida.

A vida é a primeira maravilha do mundo. A luta pela vida é uma persistência constante pela busca da felicidade, busca do amor.
Deus está no controle de todas as coisas. Nem a mente mais fértil é capaz de calcular a infinitude do universo e as surpresas que ele guarda.
Não esconda seu amor, aflore-o, não guarde um pássaro que quer voar, liberte-o.
A vida é clara e precisa, não oculte a essência dela, pois um dia podemos não mais nos ver, e tudo foi em vão.

Pensamentos

Tão misteriosa e apressada.
Qual seu objetivo?
Não volta atrás, dificilmente nos dá segunda chance – pelo menos numa mesma vida.
O que pretende com isso?
Por que somos, nós seres humanos, tão iguais e tão distintos?
Enquanto você passa acelerada, eu finjo que não vejo e danço, e canto.
Vida que me deixa em silêncio, diante da sua precisão, da sua personalidade forte!
O tempo te leva numa rua que a cada dia fica mais estreita em sentido aos céus.
Enquanto você me deixa estar por aqui, vivemos em harmonia.
Enquanto eu não acordar no céu, fico aqui na terra sonhando com as estrelas.
Sobretudo, amando imensamente.

Nasci há dez mil atrás. Todavia, me sinto, ainda, desnaturalizada. O que me faz parecer uma extraterrestre na minha morada de hoje, logo porque sei que existem várias moradas nessa infinitude do universo.
Preciso sempre manter contato com o mundo natural, a natureza. Dela vim e para ela voltarei, como essência é meu ser no gérmen espiritual. Pois também sei que a matéria está sujeita à alteração e à decomposição.
Ao sentir o cheiro de terra fresca, o ar limpo e o silêncio, que
só é quebrado pelas pequenas criaturas ao redor, reencontramos
nossa essência por tanto tempo abandonada.
O princípio das coisas está nos segredos de Deus, porém nós nos equivocamos querendo saber da verdade. De muitas coisas jamais saberemos e nos enganamos com a ciência. Há sempre, como lei imutável e perfeita de Deus, a lei do amor: Amar o próximo como a si mesmo; Fora da caridade não há salvação.

Sábio é o pai que conhece o seu próprio filho.

Não existe nada tão caro quanto a ignorância.

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Suporta-se com paciência a cólica do próximo.

Lágrimas não são argumentos.

Crônica do amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. (...)

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco, você levou-a para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano-Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário, ele só escuta Egberto Gismonti e Sivuca. Não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama esse cara? Não pergunte pra mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes do Ettore Scola, dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine al pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.

Enfim, depois de tanta falha passada, tanta aventura, tanto perigo; agora não querendo te comover, nem quero também disfarçar minha dor, venho dar a resposta à carta que deixou e ao que sinto por você, penso que seja doença, “procurando” analgésico...
Sei que não sou perfeita, mas eu sei que procuro corrigir meus defeitos... O meu grande “defeito” é acreditar que as pessoas não são tão ruins, quanto você me dizia, quando você tentava me mostrar (porque eu ainda não via), mas depois que me propus a caminhar “sozinha” no mundo, venho percebendo que você tem razão e não me esqueço de você nessa hora... Esse seu jeito malicioso me ajudava muito, porque estou tentando sair do meu mundo ilusionista. Sinceramente, leia esta carta como se eu estivesse desabafando mesmo para você, porque se fosse frente a frente eu não conseguiria terminar, até teria chance de terminar em brigas. RS. Você vai dizer que minhas palavras são bonitas, mas a minha atitude é a mesma; não faria nada para mudar. Sabe que sinto até falta de você me falando isso?... Olhando de longe é engraçado. E “reclamando” comigo por conta de que eu vivia sentindo saudade do passado com a família e com os amigos, mas você podia se fazer o amigo nesse momento e me entender.
Espero que por meio desta você entenda que estou aqui para que eu sinta esse sentimento pelo menos um pouco valorizado, porque eu sinto demais, para ficar assim. Olhar para trás e pensar: “Mas, já?” Enfim, tenho você como se eu tenho a fé... Nunca vou poder tê-lo materialmente, mas tenho em mim... E isso para mim basta, tenho sã consciência do que sinto. Tomara que pelo menos se lembre um dia que eu existi e se existi que se lembre de um momento de alegria.

A primeira glória é a reparação dos erros.
(Ressurreição, 1872)

As ocasiões fazem as revoluções.
(Esaú e Jacó, 1904)

Não se perde nada em parecer mau; ganha-se tanto como em sê-lo.
(Memorial de Aires, 1908)

Também a dor tem suas hipocrisias.
(Helena, 1876)

O medo é um preconceito dos nervos. E um preconceito, desfaz-se; basta a simples reflexão.
(Helena, 1876)

Dormir é um modo interino de morrer.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)

O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto.
(Esaú e Jacó, 1904)

Matamos o tempo - o tempo nos enterra.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)

Amor repelido é amor multiplicado.
(Miss Dollar, 1869)

De todas as coisas humanas, a única que tem o seu fim em si mesma é a arte.
(A Semana. In: Gazeta de Notícias. Rio de Janeiro, 29 set. 1895)

O destino, como os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.
(Dom Casmurro, 1899)

Não se ama duas vezes a mesma mulher.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)

A vaidade é um princípio de corrupção.
(Dom Casmurro, 1899)

Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular.
(Memorial de Aires, 1908)

Suporta-se com paciência a cólica dos outros.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881)

A fortuna troca às vezes os cálculos da natureza.
(Iaiá Garcia, 1878)

Há coisas que melhor se dizem calando.