Textos de Amizade Antologia Poetica

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Possibilidade Poética

Sou um pássaro de asas saradas,
da gaiola não mais prisioneiro,
não mais o horizonte finito e traçado
por verticalidades que não me elevam,
não me levam a lugar algum.
Não me impeça de voar!
E subirei... subirei ao mais longínquo de meus sonhos
e desejos mais sutis,
às mais poéticas paisagens do espírito livre.
E, quando entre as cores anis,
perceber que Deus me sorri gostosamente,
compreenderei que o mistério que a toda vida envolve
não me é mais temerosa,
livre, enfim, serei.

Inserida por warleywaf

Apenas existimos...

A felicidade é apenas momentos...
Em que existem Tudo e Nada em simultâneo...
Que se acaba
Quando os sonhos se destroem...
Em que nós apenas Somos...
A estrada é estreita e longa
Quando olhos se perdem...
À procura do que se esperou...
Apenas existimos com o nosso sentir
No amor não existe escala de tempo
E a emoção é intensa
Nós poderemos estar em mares distantes
Mas o que vivemos... Continua nos corações
E nas lembranças mais doces
Mas tu sempre poderás sentir o meu amor
Talvez seja o acordo do alvorecer
Uma luz que se acende no peregrinar da vida
É assim que refugio o destino
Nos braços de um novo dia...!

Inserida por celinavasques

Eremitando


Na solidão me entrego,
entre olhares perdidos,
Erguidos em escapismo.
Lirismo encoberto.


No horizonte me enterro,
neste luto eterno,
entre meu mundo interno,
e a realidade que impera.


Quisera eu poder inventar
minha quimera,
e dela fazer minha existência,
substância, essência.

Inserida por danielleronalddecarv

O que eu quero não se designa
não tem nome, nem titulo
não tem hífen e não tem trema
não se abrevia, nem se sublinha.

O que eu quero não cabe em livros
não cabe em contos
e tampouco num poema.

O que eu quero é integral
não se divide
é inexorável, inefável
consta no dicionário
mas não é verbo
é inenarrável.

O que eu quero
eu não tenho
é impalpável
desmedido
é vislumbrado pelos deuses mais antigos.

O que eu quero é singular
que com o tempo
esgotou-se no ar
foi tragado pela noite
por pseudo-amores.

O que eu quero não tem volta...

Inserida por leonardolmatoso

Eu gosto do simples, mas não do morno.
Eu me apego a detalhes, sejam eles bons ou ruins.
Eu luto com todas as forças, mas quando vou embora não olho para trás.
O que eu (re)conheci no caminho, eu guardo.
Eu me desculpo, eu falho. Sou ser humano!
Sou simplicidade, sou reciprocidade, sou verdade.
E a verdade, é que eu gosto mesmo gente de alma poética.

Inserida por tabatac

⁠Alma de Poeta.



Ainda criança...
Renunciei um verso antigo....
Cresci com minha herança....
Tenho brilhantes ideias....
Vôo como pássaro....
Bato asas e não sinto cansaço....
Em minha ilusão ótica....
Faço poemas com fetiches...
Nas preces clamadas....
Mudo tudo pra não ficar na mesmice...
Minha juventude ficou perdida...
Mas ela sobrevoou...
Nas montanhas e pradarias....
Verde campo rasteiro....
Sou um lisongeador da natureza....
Aprecio a escrita...
Descrevo o verso chorado...
Só pra ver o que acontece...
Azul cintilante....
Amarelo e verde do agreste....
E sigo avante no restante...
Ahooo madrugada fria...
Bom dia pra quem acordou...
Quem vai sair de casa...
Toma café com seu amor...
Amores a amoras...
Ahooo , nobres senhoras....
Faço poemas e não faço rascunhos...
Cabe a mim usar os dedos...
Movimentando meus punhos...
Se é pra versejar....
Sou uma ave no céu a cantar....
Os perfumes estão por aí....
As flores nos jardins...
Gansos no remanso...
Estados do sul...
América Central...
Ou Sul ou do Norte....
Fuso horário modificado...
Falo daqui de Manaus...
E se não me levem a mal...
Até para aqueles que não gostam de mim...
Mando um beijo e um mando um tchau...
Até outro dia...
Aceno pra vocês com minhas mãos....
Nessa despedida deixo também...
A minha saudação...
Adeus Canarinho pequenino...
A pegada aqui é segura....
O sistema aqui é bruto...
Sou versátil e eficaz...
Escrevo com a alma de menino...
Não bebo água no prato...
Sou chato por uma parte...
Mas nesse verso...
Exijo que me sirvam...
Em copo cristalino....


Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

Fiapos de Memórias

Se fui pobre não me lembro! Mas lembro de que já cai de caminhão de mudanças.
E isso é coisa de pobre. Ricos contratam empresas, delegam tarefas, colocam
os filhos confortavelmente em seus carros, enquanto funcionários embalam taças
de cristais, xícaras de porcelanas e telas de pintores renomados.

E nós? Como era engraçado. Na véspera arrumávamos caixas de papelão e muitos jornais, embalávamos os copos de vidros as xícaras de louças e portas retratos
com fotos da família. Enquanto todos estavam ocupados, furtivamente fui ao portão do vizinho, despedir-me do menino da lambreta, prometendo-lhe escrever.

Eufóricos com o prenúncio da aventura íamos dormir.
Com a claridade que precede o nascer do sol, meu pai nos acordava, tomávamos café preto com bolinhos de fubá. Lá íamos nós! Minha mãe se ajeitava na cabine
com os três filhos menores, junto ao motorista, e meu pai na carroceria com outros seis filhos incluindo eu. Partíamos rumo ao destino desconhecido.

A mesa da cozinha mais parecia uma espécie de barraca, o colchão em baixo amortecia os solavancos, com a lona por cima e o resto das tralhas espalhadas por todos os lados, uma pequena abertura na lona, nos servia de janela, que era disputada por todos.
Exceto por uma irmã, que com mania de grandeza, não fazia questão de ficar na janela improvisada, morria de vergonha que alguém a visse.

Mas eu me divertia! Acenava a todos, e foi assim que eu cai do caminhão. Foi um susto danado, achei que ia ficar para trás. A gritaria foi geral dentro do caminhão, mas foi alguém da calçada, quem conseguiu alertar o motorista. Reboliço total,joelhos e cotovelos ralados, broncas, risos e beijos. Para compensar tudo isso, uma
parada na beira da estrada, para um sortido, “prato feito”.

A irmã com mania de grandeza fingia que a aquela família não era a dela...
Seguíamos a nossa viagem, que hoje sei que era para um lugar no litoral do Paraná,onde meu pai dizia: O mar de lá tem muitos peixes e nada vai nos faltar.

Inserida por leila2009

O Diálogo das Flores

Amanhece, o clarão da luz do dia entra pela
fresta da janela. Lá fora as flores do jardim,
começam a se abrir para o dia que se inicia...

Tímidas e silenciosas, cochicham entre si sobre
como a lua estava bela na noite que passou
e como o orvalho as acariciou durante o sono...

Estavam felizes, mas se perguntavam; porque
está tão triste a moça por trás daquela janela?
sabia-se que ela tinha perdido um amor...

Mas diziam: Como ela perdeu o que nunca teve?
A Rosa olha o Cravo ao seu lado e pensa; mesmo
que eu não o tenho, ele sempre estará por aqui...

O Jasmim, como se lesse o que ela pensou, lhe
diz: Não se iluda Rosa, alguém pode arrancá-lo,
e ela respondeu: A moça triste não deixaria,
afinal somos suas flores favoritas...
Ela até nos presenteou com um poema:
“A Rosa e o Cravo”.

O Girassol ao longe gritou:
Rosa atrevida, ela nos ama igualmente
temos que nos unirmos para alegrar o seu dia...

O Cravo, até então calado em seu canto, decidiu
intervir. Quando ela vir até nós, exalaremos
perfumes ao seu redor.
A Dama da Noite, por motivos óbvios preferiu
não se envolver...

E o Cravo continuou: Que venham os pássaros
cantando uma canção, borboletas decorando
o clarão da natureza, com delicados tons, como
fadas brilhantes pintadas em telas...

A moça triste, se aproxima, ao ver o jardim
tão lindo, um leve sorriso se abre em seu rosto...
Ela senta na relva úmida pelo orvalho da manhã

Fica absorta em seus pensamentos admirando
tudo em silêncio...
Naquela paz interior pensa: Amanhã é outro dia
vou deixar essa tristeza no ontem e viver o hoje
e quem sabe serei feliz no amanhã.

Inserida por leila2009

⁠Poesia ou Feitiço?


Estou apta para cair e sentir.
Estou Apta para o desconfortável!
Estou apta para me destruir e destruir
Estou apta...
Para a derrota.
Para a perda, e me perder também.
Pois sei que eu mesma crio o caos.
Mas sou a cura também.


Estou apta para sentir, que nesta profundidade só minha.
sentir que apenas eu, soul, suor, suficiente para meu próprio bem.


vai doer!
eu sei !

Inserida por olhabruxa

⁠Solitários...
Sem vidas compartilhadas
somos momentos de emoção
sem promessas enraizadas
sentimentos sem definição
vivendo alegrias do momento
e a tranquilidade das partidas
nesse estranho envolvimento
sem apego nas despedidas
Do futuro não se tem noção
e as juras não são necessárias
ensinando a alma e o coração
que serão para sempre solitários.

Inserida por Genelucia

⁠Autorretrato

Faço apologia do inútil,
fomento as desimportâncias.
Não vivo sobrevivo apenas com o indispensável.
O sonho e a loucura são essenciais.

Faço oposição ao não amor.
O oposto do amor não é ódio, é indiferença.
Numa sociedade indiferente,
prefiro ser o antônimo.

Minhas palavras descalçam-se
em chão fértil de miudezas,
onde o desimportante vira raiz.
Sem pressa, sem aprisionar o tempo,
sigo plantando o improvável.

Combato o óbvio,
a pobreza da descrição cheia de certezas turvas,
com um segundo olhar.
Troco o fato pela frase,
para abortar extremistas e ditadores.

Economizo a informação,
aumentando o encantamento.
É o jeito que encontrei
de revisitar o Éden.
Utopia ajuizada não é utopia.

Penso que, melhor do que uma verdade escrita,
é uma beleza bem contada.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Uma edificação de transformação social...
Um espaço de sondagens, esperança, literatura, leitura e arte.
Um balneário de contação de histórias, narrativas éticas e fábulas.
Um lócus de transformação, reinvenção e inovação de projetos e ideais.
Um gostoso cantinho de relaxamento, terapia e lazer.
Meu pedaço (trans)oceânico e chão!

Inserida por Fernd_RS_Calderari

⁠Um lugar de muita viagem... E embarques!
Uma ambiência de paz, ciência, cidadania e integridade.
Um prédio arquitetônico que agrega valor à vida em comunidade.
Um recinto de celeridade, tecnologias, patrimônio, memórias e identidade.
Um paraíso de convivência, acolhimento, aprendizagem e notabilidade.
Meu pedaço de vida e (trans)formação!

Inserida por Fernd_RS_Calderari

⁠Memória no olhar, lugar de aprender e visualizar.
A memória provoca dores e amores, alívios e dissabores.
Há memória que enunciam gritos, tornam-se escritas palavras.
Há memória alinhada ao dever de ser esquecida ou revelada, cores jamais apontadas...
A memória avisa, protege, retalha, acaricia, alucina e nós decompõe.

Inserida por Fernd_RS_Calderari

Meu amor por você parametriza como a matemática,
Tão difícil e tão quanto desafiador é entende-la.
Mas sempre é legal conhecer seus pontos exatos,
O qual adoro calcular as curvas do seu corpo,
A geometria do seu beijo e a topologia nos seus lábios.
Num sistema único e dinâmico analiso seus limites
Convergindo nossos corpos ao infinito.

A NUDEZ

A nudez é a indiscrição poética
Do pecado na carne pervertendo
A alma na concepção dos desejos.

Iludido pelo encanto transcendental
Que desvirtua o ser e corrói a alma
Levando o indivíduo ao reles suicídio.
Mesmo que a visão enigmática turve
A consciência desequilibrada e torpe.

A nudez é a indiscrição poética
Desmemoriada abrupta e tísica
Em desavergonhada Saliência.

A nudez carnal nada mais é
Do que a descrição
Do obsceno
Poético em
Prosa
&
Versos
D`
G
Á
U
D
I
O
PROCÓPIO

Inserida por DGaudioProcopio

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida (...) mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure.

Paulo Sant'Ana

Nota: Versão adaptada de trechos da crônica "Meus secretos amigos" de Paulo Sant'Ana: Link. A frase é muitas vezes atribuída, de forma errônea, a Vinicius de Moraes

...Mais

Durante toda a minha vida muitas pessoas passaram por mim dia após dia, mas somente algumas destas pessoas ficarão pra sempre em minha memória, estas pessoas são ditas amigas e as levarei pra sempre em meu coração. As vezes pelo simples fato de terem cruzado a minha vida, as vezes pelo simples fato de terem dito uma única palavra de conforto quanto eu precisei, as vezes por terem me dado um minuto de sua atenção e me ouvido falar de minhas angústias, medos, vitórias e derrotas. As vezes por terem confiado em mim e me contado também os seus problemas, seus medos angústias e vitórias, isso é ser amigo é ouvir é confiar é amar e amigos de verdade ficam pra sempre em nossos corações. Assim como as pegadas na alma que são indestrutíveis. À você minha amiga, a você que é tão especial e importante para mim, eu amo você e sua amizade para mim tem um valor enorme e nada que eu possa dizer a você pode ser tão especial o mais significativo que a sua amizade

Refletir sobre a amizade é algo da maior importância, pois a amizade é uma bênção que nasceu do coração de Deus. Na Trindade, temos um belo exemplo de amizade e de cumplicidade, onde as pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo dignificam um ao outro. Amizade da alma, fidelidade e mentoria foi uma das grandes marcas do ministério de Jesus, que mostrou-se solidário e amigo nas situações mais difíceis. Diante do complexo mundo dos relacionamentos interpessoais, falar de amizade é uma necessidade urgente. É triste constatar como os relacionamentos têm se tornado superficiais em nossos dias. Diante de uma vida agitada e estressada, muitos já não encontram mais o espaço da cumplicidade e da empatia em seus relacionamentos, seja no lar, na empresa, na igreja ou no próprio círculo de amigos.

Inserida por alcindoalmeida

Nova Poética

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito.
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfa, as virgens cem por cento e as amadas que envelheceram sem maldade.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Belo, Belo, 1948