Texto Sobre Silêncio
"Refém de Mim"
É madrugada e o silêncio grita,
me aperta, sufoca, me limita.
A cama parece um campo de guerra,
onde o travesseiro é refém da minha tristeza.
Me perco nos olhos que não estão,
no amor que finge que foi ilusão.
Mas eu sei... no fundo eu sei,
que amar não é erro, mesmo se eu calei.
O telefone não toca, ninguém vem,
o peito pesa, ninguém me mantém.
Meu avô luta, minha vó se perdeu,
minha mãe se apoia no que restou... eu.
E o emprego, e a vida, e as contas, e o mundo...
Tudo pesa num segundo.
Queria sumir, ser fumaça, desaparecer,
mas, mesmo querendo, não sei nem como fazer.
Tem dias que penso em ferir minha pele,
como se ela pudesse gritar o que minha alma não consegue.
Mas no fundo, lá no mais fundo,
eu só queria um abraço, um colo, um refúgio seguro desse mundo.
Se poesia é pra curar, que ela me cure,
se é pra salvar, que ela segure.
Que cada palavra seja um sopro de vida,
que me lembre que apesar da dor...
eu ainda respiro. Eu ainda existo.
E talvez... só talvez... isso já seja um sinal de que ainda há caminho,
de que não acabou, e que eu não tô sozinho.
“Nem todo silêncio é ausência de voz, às vezes, é presença de sabedoria.”
Há momentos em que o melhor argumento é o silêncio. Especialmente quando alguém está convicto de uma verdade que não abre espaço para escuta, insistir é como tentar acender uma luz em quem escolheu fechar os olhos.
Manter-se em silêncio diante de certas certezas alheias não é sinal de fraqueza ou de omissão, mas de maturidade emocional. É compreender que nem toda conversa precisa de resposta imediata, e que nem toda batalha merece desgaste.
Silenciar, nesses momentos, é um ato de autocuidado, respeito e inteligência.
É confiar que o tempo ensina o que o ego ainda não permite aprender.
Não há nome pra isso
Tem coisa que não se escreve,
mas insiste em nascer letra.
Um silêncio que sangra alto
no canto de cada espera.
É a sede que não se mata,
mesmo afogando na fonte.
É saudade antes da hora,
é o sol quebrando a ponte.
Tem amor que vem sem rosto,
mas deixa marcas na pele.
Feito vento que atravessa
sem pedir, sem dizer: "segue."
É o erro que a gente escolhe
mesmo sabendo o final.
É o abismo tão bonito
que faz a queda ser banal.
Não tem nome o que nos move.
É mais rugido que fala.
É o que pulsa entre os olhos
quando a palavra se cala.
Velha Amiga
Não corro da morte,
não tremo ao seu nome.
Ela não é sombra,
é apenas silêncio que chega sem alarde.
A vejo como uma velha amiga,
de passos lentos,
que caminha à margem da estrada,
esperando o dia em que nos sentaremos
para conversar,
como quem reencontra alguém
depois de uma longa jornada.
Ela não me assusta.
Me ensina.
Me lembra que cada nascer do sol é raro,
que o riso de hoje não volta,
e que amar vale mais do que temer.
E quando chegar o momento,
não haverá luta.
Apenas um aceno leve,
como quem parte de casa,
mas sabe que foi inteiro
enquanto esteve.
NO SILÊNCIO DO POETA
No silêncio do poeta...
A palavra fica pausada
Esperando a hora certa
E então ser expressada...
O poeta quando se cala...
Emudece todo o mundo
Não há verso e nem fala
Que rompa este segundo...
Podendo ser de tristeza...
Ou da falta do que dizer
Por não perceber beleza
Na existência de cada ser...
Já tendo a própria missão...
De exaltar o que é singelo
Ou só dá uma informação
Fazendo conexão ao elo...
(NO SILÊNCIO DO POETA - Edilon Moreira, Março/2024)
Amor em Silêncio
Você é o incêndio que arde em silêncio,
O nome que ecoa em minha alma sem voz.
É o amor que desafia o tempo,
Mas que a vida, cruel, separou de nós.
Teu toque ainda vive em minha pele,
Teu cheiro é brisa que nunca se desfaz,
Teus cabelos, seda em noites de sonho,
Teu corpo, refúgio que a realidade me traz.
Foste o sim escondido atrás de um não,
O desejo que se fez negação.
No abismo entre o querer e o poder,
Você é o amor que eu não pude viver.
Guardei-te entre os labirintos do pensamento,
Onde ninguém mais pode tocar ou saber.
És meu segredo mais ardente,
A paixão que escolhi não dizer.
E mesmo que o mundo jamais descubra,
Meu coração conhece tua imensidão.
És o eterno amor da minha vida,
Condenado à prisão da minha razão.
Amar Você em Segredo
Amo você no silêncio mais fundo,
onde o mundo não pode escutar.
Nos gestos pequenos, nas pausas do dia,
nos olhos que não ousam falar.
Guardei teu nome em cada verso calado,
em cartas que nunca enviei.
E o peito, coitado, tão apertado,
abraça um amor que não revelei.
Vejo você rindo com outros caminhos,
e finjo que não dói saber.
Mas todo sorriso teu, mesmo alheio,
faz meu coração se desfazer.
É cruel amar assim, em segredo,
ser sombra do próprio querer.
Mas prefiro a dor de te ter no peito
a te perder sem nunca te ter.
O canto das cordas
No silêncio além da matéria,
onde o espaço é dobra e dança,
vibra uma corda invisível,
tecendo o mundo em esperança.
Ela canta sem voz, sem tempo,
no palco de onze dimensões,
como harpa em vácuo absoluto
ressonando antigas canções.
Seus fios não são de aço ou vento,
mas de pura equação,
laços que sonham ser tudo:
luz, gravidade e criação.
Numa dobra de Calabi-Yau,
o universo se esconde em flor,
cada pétala uma partícula,
cada simetria, um rumor.
E nós — poeira que pensa —
tentamos decifrar seu segredo,
mas talvez só escutemos o eco
do mistério que teme o enredo.
Pois a corda, em sua elegância,
não jura ser real ou verdade,
é talvez só uma hipótese bela,
nascida da nossa saudade.
Saudade de unir o que é tudo,
de fazer da física um poema,
onde cada partícula é verso
e o universo, um dilema.
Então seguimos — sonhadores —
entre buracos e brilhos quânticos,
escrevendo, com lápis de fóton,
as partituras dos campos românticos.
E se um dia ela se quebrar,
não será fim, será abertura:
a física, como a poesia,
vive da sua mais bela ruptura.
Reflexões da Noite
À noite, uso o silêncio para refletir.
Refletir sobre os caminhos que devo seguir.
Sigo meus passos firmes,
em direção ao amanhecer que, um dia, sei que vou alcançar.
E quando esse amanhecer chegar,
com ele virá minha evolução.
Prosseguirei em minha busca constante:
crescer, progredir e expandir meus sonhos e ideais.
Gabriel da Silva Salvador
Pensamentos da Madrugada
Tenha fé, Deus está te conduzindo, mesmo quando tudo parece em silêncio. Ele te toca, onde ninguém mais alcança. Todas as orações sussurradas com o coração cansado, nenhuma delas foi em vão. Há caminhos sendo abertos onde seus olhos ainda não enxergam. Há promessas sendo reveladas no tempo divino. As portas que se fecharam? Foram as mãos de Deus te protegendo. Aquilo que não deu certo? Foi Deus desviando de tudo que poderia te ferir. E a espera longa, por vezes dolorosa? É o tempo de Deus preparando e amadurecendo a sua fé. Você não está sem rumo, você está sendo guiado. Nada saiu do controle, mesmo quando tudo parece fora do lugar.
Deus não improvisa a sua história. Ele escreve com perfeição. E o que Ele prometeu, Ele vai cumprir.
Quando o silêncio revela a verdade que o mundo não vê
“Corremos atrás do que já temos e esquecemos de ser o que já somos.
A pressa nos afasta do agora, onde habita a essência que buscamos.
O mundo grita, mas a verdade sussurra no silêncio de um coração atento.
No silêncio profundo, o Espírito revela o que mil palavras não alcançam.
Ouvir é mais divino que falar — e estar presente é mais sagrado que conquistar.”
SiLênCiO AtíPiCo
Frase curta e potente que carrega o contraste entre o barulho interno e o silêncio inesperado e que diz tanto sobre quem carrega o mundo por dentro.
Quem é atípico, provavelmente sente, pensa e percebe com muita intensidade — e quando se cala, esse silêncio vira quase um manifesto. É como se a alma, por um instante, recolhesse suas asas pra escutar o que o seu mundo interior tem a manifestar.
Esse "silêncio atípico" pode ser um grito invertido, uma pausa pra ressignificar, uma proteção diante de ausências, uma máscara diante do abandono de si mesmo e de quem muitas vezes está ali mas nem sempre quer ficar.
Sangue em Silêncio
Quero rasgar a pele,
abrir fendas onde a alma sangra em segredo.
Cada corte é um grito mudo,
um pacto silencioso com a escuridão que me habita.
Não é só dor física
é o vazio que corrói,
o peso da ausência que não cabe no peito,
é o eco das palavras que nunca chegaram,
das mãos que não seguraram.
Sou terra partida,
fragmentos que caem,
cacos de um ser que não sabe como se recompor.
Na lâmina, encontro a agulha que fura a névoa,
a única verdade tangível neste mundo insano.
O sangue escorre
vermelho, quente, real.
É o meu grito sem voz,
a minha resistência à anestesia da dor sem nome.
Mas mesmo nesse abismo,
há um fio frágil, quase invisível,
que prende o caos ao desejo de existir
uma luta sangrenta, feroz,
entre o desespero e a esperança que insiste.
Vontade que arde
No silêncio escuro da mente,
uma chama que queima sem parar,
a pele pede o corte urgente,
mas a alma quer se salvar.
É dor profunda, grito calado,
um peso que sufoca o ar,
um impulso que deixa marcado,
mas que busca se libertar.
No sangue, o lamento contido,
na sombra, o medo de existir,
mas mesmo ferido, perdido,
a esperança insiste em resistir.
Querida pessoinha especial,
Faz tempo que não nos falamos. Às vezes, o silêncio entre duas pessoas não é ausência , é o tempo cuidando de fazer florescer aquilo que, um dia, foi semente. Hoje, ao olhar para o caminho que percorri, vejo com clareza que você foi o primeiro aceno do universo me chamando para dentro. E por isso, sou imensamente grata.
Na época, talvez eu não soubesse nomear o que se movia dentro de mim ,uma inquietude suave, uma saudade de algo que eu ainda não conhecia. Você, com sua presença e maneira de enxergar o mundo, foi a centelha que acendeu essa busca. E bastou.
A partir dali, enfrentei muitas despedidas: de ideias, medos, formas de ser. Mas no meio de tudo isso, encontrei um espaço que não pertence ao tempo. Um espaço onde, simplesmente, sou. Onde a paz não depende das circunstâncias e a alegria não pede explicações.
Não permanecemos juntos, e hoje entendo que isso era o que precisava ser, mesmo que não tenha sido escolha nossa. Talvez fossem apenas os diferentes tempos da alma. Mas quero que saiba: guardo você num lugar sereno dentro de mim. Como quem guarda uma luz que ajudou a atravessar a noite mais longa.
Obrigada por ter existido no meu caminho. Por ter sido espelho, pergunta, e ponte. Onde quer que esteja, desejo que sua alma esteja em paz. E que, de algum modo, você saiba: algo em mim floresceu por sua causa.
Com carinho e gratidão.
Fagulha.
Uma fagulha,
Cai do teto,
O fogo do silêncio que consome no ócio,
Não apagou,
Na força do pensamento que não compensa a lembrança,
E o sufoco?
É uma pedra na janela,
Quebrou, sem eu lançar,
Mas, quem foi?
Também não pude alcançar,
Logo agora que só sei voar,
Olhar,
Atento,
A dentro,
No lindo concerto intrínseco que ninguém ouviu.
NOITE DE INVERNO
O silêncio que perturbava a névoa
Trazia o mundo nas costas
De uma noite sombria e sem vida
Os ponteiros giravam em prol do destino
Que atormentava o homem na sacada
Fumando um cigarro e arfando problemas
Só mais uma noite comum de inverno
Em uma pequena cidade do século XXI.
Apago, Reescrevo
Ergo o rosto, encaro o espelho.
Estranho reflexo:
olhos gastos de silêncio,
boca árida de palavras,
nariz vermelho de cansaço.
Mas...
não é assim que me enxergo.
De novo,
me aproximo, me olho no espelho.
Curioso retrato:
um homem de terno e brilho,
bolsos cheios,
passos firmes,
destino herdado.
Ah…
quem me dera ter nascido herdeiro.
Mais uma vez.
Me ergo.
Me busco no espelho.
E me pergunto, em silêncio:
quem sou, quando ninguém está olhando?
“Que neste domingo a gente desacelere, respire mais fundo e se permita apenas ser…
Que o silêncio nos traga mais respostas
e sabedoria …
Que a nossa fé, renove as esperanças não somente da gente, mas de todos aqueles que acreditam …
E que nossos corações se encham de gratidão pelas pequenas coisas….
A vida é feita de instantes simples, e é neles que mora a verdadeira paz..”
Ah, meu amor, eu digo
Que o silêncio fala mais que muitos
Ah, meu amor, contigo
Carrego toda a imensidão
Vem de me esquentar,
Florescer, florescerá
E que se vem, me andará,
E nos andares pulará
Transcender,
Cantar,
Encantar....
Nos seus olhos a tristeza,
Que de em mim a certeza,
Que consigo andar....
Ah, meu amor, pra quê? Essa tristeza
Em seu corpo há o que reina?
Não há morte,
Nem escuridão no sol
Não há vida,
Nem luz da lua no dia...
Pois, o por da vida,
Clareia mais que a dor
Meu amor...
- Relacionados
- Frases sobre silêncio para momentos em que as palavras não bastam
- Silêncio: frases curtas que dizem muito em poucas palavras
- Frases de silêncio que provam que ele é a melhor resposta
- Quietude
- Silêncio
- Frases de combate à violência que rompem o silêncio e promovem mudança
- Silêncio dos Bons
