Texto Sobre Silêncio
Quando foi a última vez?
Quando foi a última vez que escutou o silêncio,
Ou o barulho de tudo, em seu violento desalinho?
As gotas da chuva, em cadência, no chão em relento,
E você, na pressa, perdeu-se do caminho.
Quando foi a última vez que encarou o mar,
Sem pensar, apenas vendo a imensidão engolir o céu?
Onda após onda, o mundo a sussurrar,
E você, vazio, preso ao próprio réu.
Quando foi a última vez que olhou as estrelas no manto,
Sentiu o frio cortante da verdade infinita?
A Lua, em seu brilho, despiu seu encanto,
E você, esquecido, sob a noite maldita.
E a última vez que de uma árvore colheu,
Saboreando o fruto, sentindo sua seiva correr?
Ou passou sem notar, sem saber o que perdeu,
Correndo da vida, deixando-a escorrer?
Quando foi a última vez que realmente viveu,
Sentiu o pulsar, o ardor em cada veia?
Ou será que, sem perceber, já morreu,
Na correria insana, sem lutar por uma ideia?
Feche os olhos, deixe o desconforto invadir,
Permita que o silêncio, com fúria, te abrace.
Quando foi a última vez que parou de fugir?
Ou será que nunca... Vai deixar que a vida o ultrapasse?
Cicatrizes do Silêncio
Nas madrugadas frias do desespero,
Ouço o eco de um amor que se foi,
Seu nome, uma cicatriz em minha alma,
Um sussurro que se apaga na escuridão.
Os dias que se arrastam, vazios e pálidos,
São fantasmas que dançam na penumbra,
Cada lembrança, um espinho cravado,
Na carne frágil do meu coração partido.
Garrafas vazias espalhadas pelo chão,
Refletem meu olhar, perdido e turvo,
Bebi cada gota do esquecimento,
Mas o sabor amargo do fracasso persiste.
Teus olhos, faróis que se apagaram,
Na tempestade do nosso fracasso,
E agora, apenas sombras restam,
Do que um dia chamamos de "nós".
Páginas perdidas de um livro inacabado,
Rabiscadas com palavras de dor,
São tudo o que resta deste amor morto,
Enterrado fundo em minha alma solitária.
Momentos infelizes, repetidos em loop,
Como um filme de terror sem fim,
E a morte do amor, lenta e cruel,
Desfazendo a última fagulha de esperança.
Queria poder gritar teu nome ao vento,
E pedir ao tempo que volte atrás,
Mas sou apenas um náufrago, perdido,
Nas águas turbulentas da saudade.
E assim sigo, carregando o peso,
De um amor que se tornou poeira,
Nas mãos trêmulas do destino,
Escrevo nossas despedidas, em lágrimas.
Escrever "Cicatrizes do Silêncio" foi como rasgar as páginas da minha própria alma. Cada verso é um eco dos tormentos que vivi, das noites insones e dos dias arrastados que só amplificaram a dor de um amor que, em vez de curar, me marcou profundamente. Essa poesia é minha despedida final, e dos tormentos que me consomem há tanto tempo.
Cada palavra rabiscada no papel é um reflexo das mágoas que acumulei, dos erros que cometi e das esperanças que morreram ao longo do caminho. No fundo, sei que este livro inacabado, cheio de lágrimas e arrependimento, pode nunca ser lido por quem mais importava. Mas se, por acaso, se ela algum dia se deparar com essas palavras, espero que elas a façam sorrir, mesmo que de leve. Porque, embora eu não esteja mais aqui, a memória do que fomos e do que restou em mim, talvez, possa trazer algum tipo de paz.
Este é o meu adeus, não apenas a ela, mas aos fantasmas que me atormentaram por tanto tempo. Com essas últimas estrofes, deixo para trás o peso de um amor que, mesmo transformado em poeira, jamais será esquecido.
No silêncio de São Luís,
O pin-hole revela segredos,
Poemas datilografados,
Um passado que o futuro carrega.
Entre ruas de saudade,
A máquina Hermes Baby dança,
Letras como memórias antigas,
Marcadas nas páginas do tempo.
Celso Borges entrelaça versos,
"O futuro tem o coração antigo",
Uma ode à nostalgia, ao encanto,
Onde a poesia abraça a imagem pin-hole.
No Instituto Federal do Maranhão,
Estudantes, fotógrafos da alma,
Capturam instantes com pinças de luz,
Diálogo entre texto e imagem se faz.
No livro, o projeto gráfico é trama,
A estética crua do pin-hole ecoa,
O digital rende-se à máquina,
Uma sinfonia de passado e presente.
Nas páginas escaneadas, a cidade
Respira poesia, respira história,
Um livro que sussurra segredos,
"O futuro tem o coração antigo".
No silêncio do vazio, eu despeço-me.
Do amor, despeço-me; Da paixão, despeço-me; Da ilusão, despeço-me; Do sonho, despeço-me; Do riso, despeço-me;
E o mais, aterrorizante e assustador é que tu não percebes, que cada fala e cada atitude é uma despedida.
E que de tanto falar, fiquei muda;
E de tanto querer ver o que estava errado, fiquei cega;
E que ao tentar fazer e fazer algo para corrigir, fiquei paralisada.
E agora, só me resta o milagre, de que me veja, me sinta. E na despedida, me acolha.
No silêncio aprende-se
O improvável não altera a lógica
Finalmente não somos nada
Insatisfeitos
Invejosos
Sem disponibilidade
Erramos mas não se engole o erro
Na busca por tudo
Encontra-se o nada
A essência se perdeu
Enlutaveis
Não conheço a min mesmo
Busco no outro a perfeição
Fujo de min
Fujo do meu tesouro Eu mesmo
E me entristeço por que não me encontrei
Pobre de min
O tempo não volta
Mais ainda há tempo
Acorda!
O silêncio ( luz e escuridão)
O silêncio é o ponto seguro.
Em alguns momentos,
ele está em luto em torno do sol.
Pode ser que não seja possível acessar a luz.
Quero ser o silêncio.
O girassol está situado em torno da direção da luz.
Em busca do fim da escuridão.
O sol deixa a vida mais alegre.
Seus raios penetram profundamente na alma.
Chegando a deixar as veias do coração pulsantes.
Quero ser o silêncio.
Nossa vida sempre terá luz e escuridão.
Nossa vida é composta por necessidades.
Com bases em sentimentos que sentirás.
Em torno da sua vida.
Lembre-se, apesar de você andar na luz do dia, a escuridão sempre haverá na sua vida. Mas, é melhor deixar ela consumir nossa imaginação para, assim, nos acostumamos com ela. Enfim a solidão.
A família
No silêncio da família, a dor se esconde e o amor dá lugar a palavras e olhares que ferem. Laços familiares se enfraquecem, e o riso se transforma em tristeza. Promessas quebradas e a distância emocional deixam o lar frio e cheio de espinhos. Mas, apesar do rancor, há raízes profundas que mantêm a esperança. Mesmo em meio à dor, ainda existe o desejo de reconciliação, onde o perdão e a compreensão podem fazer a família renascer.
Obras
O dia obreiro. Silêncio se torna a música mais tocada. A cabeça levada ao aconchegante, escolhemos descansar os olhos por pernoitar, e desfrutar do bem que ocorre em nosso dia ou lamentar aquilo e aqueles que não desfrutam. Seguimos como um brilho além de toda escuridão ovacionada. Vejo aquilo tão belo e hipócrita — o nada rarefeito —, vagando pelo absoluto e chegando a lugares onde o fútil prevalece.
No Silêncio das Palavras
No silêncio das palavras não ditas,
Nos ecos dos sonhos por realizar,
Caminhamos na dança da vida,
No tempo que insiste em passar.
Entre o hoje que é nosso agora,
E o amanhã que um dia virá,
Desvendamos a alma que chora,
E a esperança que sempre guiará.
Nas sombras que o medo projeta,
E nas luzes que o amor acender,
Encontramos a força secreta,
Que nos faz persistir e vencer.
Na eternidade de um momento,
No sopro suave de um respirar,
Vivemos em cada fragmento,
Da vida que nos faz sonhar.
Então, aproveite o hoje,
Sem medo de arriscar,
Pois o ontem já faz muito tempo,
E o amanhã pode não chegar.
amplecti singula et vivere in totum
Entre o silêncio e a lembrança
Há um vazio que ainda respira
Não se trata de partida
Nem de chegada
É o eco de passos que já se foram
Mas que ainda ressoam
Bem baixo quase inaudível
Os dias seguem
Mas há momentos em que o ar pesa
Como se o tempo insistisse
Em carregar consigo fragmentos do que foi
Não é dor
Mas uma sombra leve
Que se estende ao final de cada tarde
O toque que não se repete
Mas que a pele ainda guarda
Um olhar que já não encontra
Mas que os olhos ainda procuram
Nos reflexos dos dias
Há uma paz que tenta nascer
Mas é abafada
Não é ausência
É uma presença sutil
Como folhas que caem sem alarde
Poesia para ler no silêncio...
(Nilo Ribeiro)
Poesia para um momento especial,
ela será melhor apreendida
no silêncio total,
somente tua voz poderá ser ouvida
no silêncio da madrugada,
no silêncio da alma,
momento da fé resignada,
momento de grande calma
uma poesia com proposta,
com direção definida,
coloque tuas mãos postas,
pense em toda tua vida
decore a próxima estrofe,
ela será o teu mantra,
ela te fará mais forte,
ela, todo o mal suplanta
"Meu Poderoso Senhor,
opere um milagre em mim,
tire do meu peito esta dor,
esta dor que não tem fim"
agora, com os olhos fechados,
deseje a luz da vida,
repita o que foi decorado,
cure a tua ferida
é um exercício poderoso,
repita-o com exaustão,
Deus é um Ser Majestoso,
Ele vai curar teu coração
acredite com toda certeza,
acredite no Criador,
Ele é a tua fortaleza,
Ele é paz, saúde e amor...
Amém...!!!
Um sonho distante, em silêncio a brilhar, nos corações e na mente fazia morada sem parar. Laura, o desejo que o tempo guardou, até que em amor, a vida te chamou.
Era sonho, da dinda , do papai , da mamãe e dos irmãos, promessa, doce ilusão, hoje és realidade, puro coração.
Cada sorriso teu é um milagre a cada amanhecer, és a razão de todo o nosso viver.
De sonho a verdade, vieste pra ficar,Laura, estrela que o céu, a Terra quis presentear.
És o presente que a vida nos deu, minha afilhada, o sonho mais lindo que se realizou e cresceu.
Saudade
A saudade ecoa no silêncio
Do não dito
Do desejo em estar ao seu lado,querido!
A saudade implora
De forma dolorosa
Nos momentos que vivemos juntos
A saudade surge numa tarde fria
Numa fúria louca pela sua boca
No seu cheiro lisonjeiro
Que impetra minhas entranhas
Enquanto não a posso matá- la
Ela me devasta
Como uma forma nefasta
E de tanto amar você não me mata
Sentado em silêncio, o velho a pensar,
Com a mente cansada de tanto esperar,
No rosto marcado, um traço de dor,
Carrega no peito um profundo clamor.
As contas nas mãos, deslizam sem fim,
Cada nó, um segredo guardado em si,
O tempo que passa não traz mais razão,
A vida esculpida na pura solidão.
O olhar vazio, perdido em si mesmo,
Parece buscar algum outro enredo,
Mas o peso do mundo o faz inclinar,
A alma se curva, sem forças pra andar.
Talvez seja a espera por algo que vem,
Ou memórias antigas de alguém que se tem,
Na quietude da pose, o cansaço revela,
Uma história profunda que a vida desvela.
Cores vibrantes, contraste feroz,
Mostram o grito que não tem voz,
E o velho sentado, em meio ao torpor,
É o retrato da vida, em busca de amor.
Janeiro
Um coração magoado chora em silêncio,
Coberto de lágrimas que caem ao vento.
No outono sombrio, as folhas se vão,
Levando consigo a última ilusão.
O frio se instala, endurece a paixão,
E o amor já não encontra mais chão.
As flores murcharam, o riso calou,
A primavera, quem sabe, nunca chegou.
Mas no ciclo da vida há sempre um renascer,
Mesmo no peito que teme sofrer.
Sob as cinzas do outono, a esperança refaz,
E um novo amor brota na estação da paz.
Silêncio na Porta Fechada.
Pai, por que não batestes na porta?
Nós esperávamos ansiosos por ti.
No vazio da noite restou o silêncio.
O som mais cruel que ouvi.
Saudade! Do sorriso no teu rosto cansado.
Do toque das tuas mãos calejadas em mim.
Caístes do quinto andar pai,
Não voltastes do trabalho sem fim.
Por que não gritastes o perigo da obra?
Um trabalho sem dignidade, sem proteção.
Nem sequer te treinaram pai.
Restaram as marcas do teu sangue no chão.
Pai, que teu nome seja lembrado,
Não como um número em uma estatística fria,
Mas como o grito do filho que não pode mais esperar,
Que a porta se abra ao final do dia.
O berro de um silêncio agônico, restringido por emoções embaralhadas.
Escolhas egotistas, para o bem-estar unilateral.
Verdade conviniente para sair do conforto instaurado.
Medo do tempo constante e infinito, ao deixá-lo dizer o que foi a nós.
Inevitável o apagar de risadas em seus mais puros momentos.
Ódio e decepção de um olhar, regado de energias durante o que acreditamos ser nosso.
Após a chuva no concreto quente, suas gotas são evaporadas para um novo clico de tempestades e serenos.
Escorra e diga. Pingue e Viva. Acumule e Chore.
Derreta e Amadureça.
De vida para aqueles que não tem.
Você deveflorescer em seu tão amado clima equatorial úmido.
No ínfimo silêncio, fecundo ébria;
Ahh que bela coreografia...
Na coxia, a bela intérprete, envolta de espúria;
Mais uma vez, dançais no palco doente;
E o público aplaude, em olhar gélido e coração ausente;
Palhaços disfarçados, atletas moribundos;
Murmúrios ditam o insumo primário e facundo;
A psique distorcida, um teatro insano;
Que rejo-o, no centro do engano.
Antes certo que não se quisera passo, mas o silêncio...
Gente suja...
De pés feios...
Falando alto...
Embriagados com putas velhas...
Roupas surradas...
Cheirando a fumaça...
A noite decreta o cancro...
Qualquer música degredada em pranto...
Gargalhadas torpes...
Viciados da rotina...
Quem diria...
Um pensamento que não se esconde...
Nem mesmo disfarçados pelas bebidas pagas...
Das pedras que colho...
Só gente cambaleando...
Sujos...
Feios...
Excrementos de seres humanos...
Um só destroço...
Corpos fedidos e suados...
Rugas fundas...
Dentes tortos e amarelados...
Esquecendo para sempre as loucuras do vinho atrevido...
Falam cuspindo...
No Português errado...
Buscando distração...
Quem sou eu de fato...
Entre os porcos...
Um diamante jogado...
Meu Deus...
Meu Deus...
Tratar a todos com respeito...
No túmulo não há diferença...
Mas será que de fato..
O céu pertença a essa gente tal como rato?
Recolho-me em sonho e mágoa...
Óh tristeza descendo em meu olhar...
Sonho moribundo...
Gente feia...
Não há como se misturar...
Diz-se que a solidão torna a vida um deserto...
Mas antes só que mal acompanhado...
Posso ter respeito...
Mas amor é negado...
Sei que embora essa luz nem para todos tenha o mesmo brilho...
Tudo o que existe em nós de grande e puro...
Nem sempre esconde o lamento...
Dobrada é minha ventura...
Em poder escolher com quem convivo e me deito...
Sandro Paschoal Nogueira
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