Texto sobre eu Amo meu Irmao

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Adverso


Eu trago loucuras na lucidez
A poesia é a minha variedade
Inquieto translado timidez
Com palavras de venustidade
Trovando o amor exagerado
Do desalento da soledade
Me apego fácil ao ser amado
Mais fácil saio desta comodidade
Amo mais do que sou capaz
Tenho mais do que a prioridade
Se nos versos eu sou um audaz
No sentimento pura lealdade
Sou um eterno amador fugaz
Na inconstância tranquilidade
Um adverso com fragilidade, assaz

Inserida por LucianoSpagnol

Ah! Se Asas Eu Tivesse...

Se asas eu tivesse...
As daria para a minha emoção
Para buscar na imensidão
Do teu olhar... O amor...
E o levaria para aonde eu for
Como preciosa e rara flor
Se asas eu tivesse...
Voaria alto para trazer-te
O raiar do amanhecer
Para espelhar no teu viver
Como melodia de uma paixão
Que canta o encanto na canção
Se asas eu tivesse...
Ti levaria para a eternidade
Com todo vigor e intensidade
Do doce conforto da alma
Para adormeceres com calma
Nos acalantos do meu coração
E ao luar... Então eu daria razão
Se privado de ti sentisse solidão
E a ela pedisse alguma explicação
De sua ausência, de seus encantos
Pois a lua silente nada poderia saber
Só lamentar comigo por asas eu não ter
Para eu voar até ti e lhe dizer:
O tanto do meu amor por você
Se asas eu tivesse

Inserida por LucianoSpagnol

Até mais!

O tempo é indefinição
Eu vim parar no cerrado
Onde não tem inclinação
O por do sol é encarnado
E a secura racha o chão
Também, é encantado...
Eu vim buscar a benção
E encontrei o meu fado
No amor outra direção
Na vida o meu real cais
No coração só devoção
Na poesia tantos anais
Daqui, levo a gratidão
Até mais!

Inserida por LucianoSpagnol

A volta

Quando eu partir
quero ir com saudade
assim, poderei sentir
saudade e liberdade
juntas no meu existir
arrumadinhas
sem nada por vir
só lembrancinhas
que as carregarei
no meu poetar
e assim, estarei
lembrando, sem recuar
sem mala, sem passaporte
pois estou voltando...
me deseje sorte!

Inserida por LucianoSpagnol

Assim eu

Nada fui tão igual
Nada tive ovação
Nada foi excepcional
Nada encontrei em vão
Sempre fui usual
Sempre fui exceção
Sempre fui atual
Sempre fui exclusão
Um solitário nunca só
Um amante sem paixão
Um alegre de dar dó
Um genuíno de tradição
E neste novelo de nó
Aprendi a poetar grão a grão
Como companhia de um caxingó

14/05/2016, 03'35"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Saudades de mim

Levantei hoje com saudades de mim
Pelo tempo veloz eu fui ultrapassado
Já nem sei mais se é começo ou fim
Nesta rota de caminho cascalhado
Sigo em direção ao plano horizonte
Pois o por do sol me leva ao cerrado
O mais interessante é que virou fonte
Nela tento do menino ordenhar o fado
Assim aí eu possa ultrapassar a ponte
Do labirinto acidentado que hoje sinto
Nesta de buscar mais cor onde eu for
O cinza empoeirado me tornou absinto
Me pôs nu nos desejos de ser sonhador
E nas recordações arranquei o estopim
Pra atar na minh'alma os cacos do amor
E tirar da memória às saudades de mim

Luciano Spagnol
20 de maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Epílogo

Eu desperto no cerrado em cada alvorada
Sem acaso no destino, alma esbaforida
A fé de uma confiança vaga, indefinida
O poetar de encontro numa encruzilhada

O tempo se fazendo em horas, estirada!
Dum vulto da estória na história recolhida
Em sobras de ir e vir, querendo despedida
E o fado se deslocando em outra jornada

Não vejo um ideal estampado na vida
Do avanço veloz e distante da passada
O fim do horizonte aumenta a corrida

Neste vazio do hoje, o epílogo é morada
Criando e recriando as perdas já vencidas
Numa entusiasta esperança de virada...

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Adeus ao cerrado

Oxalá
Que eu volte então
Para o poetar de lá
E assim na retribuição
Só saudade sinta de cá

Oxalá
Que de lá eu só despeça
Em breves idas ali e acolá
E então volte bem depressa
Sem ter que servir de escala

Uma coisa é certa, a gratidão
O cerrado foi recompensa
E um bem ao meu coração

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Passo a passo

Eu vim passo a passo errando
Parei no cerrado, hoje solitário
Chão árido, místico templário
Me vi na sorte contemplando

Então pus asas no imaginário
Em vagidos ocos, murmurando
E como peregrino venerando
Em silêncio, orei neste sacrário

E assim o meu poetar ficou perdido
Entre sonhos aos sons estradivário
Devaneando em suspiros indefinido

Já fiz o que vim fazer, involuntário
Fui nobre reverência e saio provido
A alma cheia de um amor solidário

Luciano Spagnol
Maio, 24 de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto garimpado

Na peneira da vida eu joeirei o amor
Entre vários cascalhos que separei
Nesta labuta e suor, aí te encontrei
Pois ele acontece, não é um eleitor

E assim árido, pelo tempo eu viajei
Bem acreditei, tive pouco ao dispor
Num certo dia pude sentir o frescor
E passei do silêncio pro apaixonei

Desde então vivi o perfume da flor
O garimpo do coração abandonei
E neste gigante afeto tenho ardor

Ai em uma nova luz me entreguei
Pude ser palavras, gestos, e odor
E que noutros versos eu não amei

Luciano Spagnol
2016, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto da Ave Maria

Na fenda de ter crença eu já sabia
O pouco de amor se tinha nobreza
Na alma o homem trazia pobreza
E no olhar a mão que oferta, vazia

Nos caminhos, trilhados, uma certeza
O embate de quem clama na Ave Maria
Que na vida a nós é a Mãe da soberania
Via esperança, chama da ternura acesa

E neste sustento de fé, a paz em poesia
E no peito o afeto se dando em surpresa
Sentir a prenda de se ter uma real alegria

Após rezar, contemplar toda está beleza
À luz de Jesus desce da cruz, em romaria
E beija nossa face com humilde riqueza

Luciano Spagnol
13/06/2016
Dia de Santo Antônio

Inserida por LucianoSpagnol

Saudação ao cerrado goiano

Caro cerrado goiano
te saúdo
e sem ter engano
mesmo eu este carrancudo
és soberano.

Aqui, pude te apreciar
aprender a lhe ver
diria até amar
mesmo daqui eu não ser
me sinto parte do seu despertar
belo, e também do entardecer.

Ali, cá, acolá
chão cascalhado
de frutos que são maná
arbusto desencontrado
flores, como não elogiar
tão mágico cerrado.

Então, minha gratidão
por tudo, pouco é o enaltecer
e o sentir que se leva no coração
e se saudade haver
volto, pra mais uma saudação.

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Anos vividos

Da vida, eu fui mais que se está vendo
Da felicidade eu fiz parada e repouso
E nem mais sei se fui tolo ou penoso
Nas trilhas de estar feliz ou sofrendo

Se estou enganado, ou fico glorioso
Não posso medir apenas no sendo
Sou fausto, e da paz eu vou vivendo
Tentando buscar só o bem precioso

Agora que a velhice é um havendo
Nada sei, eu persisto, e pouco ouso
Pois o fado não é claro no referendo

Disso, amei sem ter sido enganoso
Fui além, dum olhar, do só querendo
Na morte, vou do viver ser saudoso

Luciano Spagnol
20/06/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SABER

Talvez sonho, que de ti eu soubesse
Que no fado no cerrado aqui estaria
Pois na vida o escrito tem o seu dia
E não adianta querer outro na prece

Contudo, o fato é que se envelhece
Um logro, pois envelhecer não devia
Cria-se ausência, e a casa fica vazia
Quando da parceria mais se apetece

E se perde o entusiasmo da alegria
Sozinho, a saudade não nos aquece
A atitude só quer estar na nostalgia

No certo, paga-se o preço, e agradece
São as prendas de se obter a sabedoria
Saber, dá alforria e harmonia nos oferece

Luciano Spagnol
21 de junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AMBIGUIDADE

Uns carregam prata outros trazem ouro
Eu? Nem ouro nem prata, tenho rosas
Umas com espinhos, outras formosas
No meu farnel são um acaso e tesouro

Na oferta é para serem harmoniosas:
Nas dores, as brancas são vertedouro
Na sorte, as negras portam mal agouro
Assim, ornam a vida, tornam prosas

É enredo no amor passado e o vindouro
Aos corações belas poesias primorosas
E nas lágrimas, doce arrimo batedouro

Dotam a emoção, alegres e nervosas
São cores na morte e no nascedouro
Vão em todas as venturas, preciosas

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O AMOR

Fui um dia, mais que um diverso instante
Devaneei e nem se quer por ele eu tinha
Inspiração ou na estrofe qualquer linha
Para mergulhar na poesia emocionante

Por ele sem sequer saber, sofrer eu vinha
Nas estórias de imensa angústia cruciante
E seria envolvido em trama vil e delirante
Na inquieta nuance da desventura minha

Andei correto e fiel sem ser redundante
Me inspirou versos de dia e de noitinha
E mesmo assim, a solidão foi triunfante

No poetar espalhou como erva daninha
Contaminou as rimas, se fez importante
Ah! O amor, tê-lo é tal cigana adivinha

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Amor eterno

No saber, eu quero, és quem eu quero
Não é algum engano, nem do coração
Se é preciso terei calma nesta paixão
E com paciência, assim, eu te espero

Até quando te aguardar? Sem noção!
Pois o meu amor por ti é muito sincero
E quando se sonha, tudo é próspero
E no afeto de verdade, nada é em vão

Se o tempo deixar, se não for austero
Aqui vou estar, irei além de ser razão
Neste ou noutro plano serei só seu

Nesta vida, eu, neste amar te venero
Se houver eternidade, com permissão
Pra poder dizer: amo você! Tudo valeu!

Luciano Spagnol
29/06/2016, 10'22"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DA SOLIDÃO

Eu estou completamente solitário
Passa o dia, vem a noite, agonia
A tarde entristece, cinzenta e fria
E eu aqui no cerrado, destinatário

O por do sol, de belo, virou nostalgia
Numa clausura da saudade... Unário
Eu, vejo o tempo não mais temporário
Tal folha de outono sem a autonomia

Nesta sequidão aumenta o itinerário
Do místico e algoz retiro em infantaria
Avançando firme, sendo um breviário

A solidão na vida, tornou-se relicário
Onde o tempo ora neste árido sacrário
Em cadência nas contas da melancolia

Luciano Spagnol
30/06/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Mutação

Retratar o cerrado em vão eu cismo
Pois dele tento pintar o que se sente
Nem sempre sobra vestígio contente
Hão de surgir outros sem ser egoísmo

Porém eu, triste, cá tento ser presente
E o mínimo prazer me é eufemismo
Tentando me convencer no ceticismo
Que sopra desventura a mim somente

Sinto um misto de um cruel racionalismo
Também, pesares de um pesar diferente
E a solidão que sinto, não é radicalismo

Se ter saudade do mar não é prudente
Me condenam. Aqui tento mecanismo
Pra ficar no cerrado com olhar ardente

Luciano Spagnol
01/07/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO EM FRUSTRAÇÃO

Eu queria compor um soneto diferente
daqueles com harmonia na melodia
que nenhum outro já o tenha na poesia
onde ele possa ser o pódio da gente

Assim quero a inspiração com energia
e que no tempo possa ser ingente
tão e tanto que seja bem inteligente
e a todos reconhecido como ousadia

Tento escrever e só tem rima inocente
num papalvo poetar, sem a tal magia
e no complexo o inopinado ausente

Vendo que da mesmice ele não sairia
fico no comum e do belo pendente
e assim me conformo com sua amorfia

Luciano Spagnol
Julho, 2016, final

Inserida por LucianoSpagnol

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