Texto sobre Espera
O Tempo Que Nos Espera
Para Quem Faz o Mundo Crescer em Mim
Nós dois, aqui, sentados no silêncio do tempo,
Envelhecendo com cada respiração,
Mas não importa, porque ainda temos a eternidade,
Uma eternidade que espera, com paciência infinita.
Nosso apartamento, nosso refúgio privado,
Um espaço onde os sorrisos ecoam,
Onde a pele se toca e os corações se aquecem,
É aqui que eu sou verdadeiramente eu, e você, verdadeiramente você.
Eu sei que o tempo passa,
Mas meu coração ainda é jovem,
Ainda pulsando, ainda esperando,
Por aquele amor que é puro, sem hipocrisia,
Que se preocupa, que é gentil,
Que me abraça e me beija sem medo,
Sem pressa, mas com toda a paixão do mundo.
Eu sou assim, uma alma apaixonada,
Louca de amor, louca por sentir,
Por ser aquela pessoa que te espera,
Mesmo quando o mundo diz não,
Eu digo sim, porque ainda há tempo.
Tempo para te amar, para te fazer feliz,
Para crescermos juntos, lado a lado,
E enquanto você estabiliza sua vida,
Eu estarei aqui, firme, na minha espera,
Porque você vale cada segundo,
Cada batida, cada suspiro.
Então, não se preocupe, meu amor,
O mundo ainda nos pertence,
E é você, sempre você,
Que aumenta o tamanho do universo em mim.
À Espera de Alguém.
Na vida, cruzei palavras com muitos,
Trocando minutos por silêncios sem retorno,
Horas perdidas em ecos vazios,
Enquanto o tempo risca meu rosto com linhas invisíveis.
Não guardo rancores por partidas sem adeus,
Sem traição, sem porquês – só sumiram.
Mas ainda anseio por alguém que entenda o valor do afeto,
Que troque pressa por presença e palavras por gestos.
Não peço mundos, nem promessas douradas,
Apenas inteligência, autenticidade e riso.
Procuro um amigo em todas as estações,
Alguém que saiba ser abrigo, nos dias claros e nas tempestades.
Quero dividir sonhos com quem também deseja o céu,
Alguém que enxergue progresso em cada passo,
Que não tenha medo de ser grande e voar longe,
Mas que, sobretudo, seja raiz – mesmo quando distante.
Estou cansado de implorar por migalhas de atenção,
Carregando o peso da esperança nas costas.
A cada oração, peço um milagre simples:
Que o amor encontre meu endereço e seja bênção.
Mas a fé enfraquece quando o coração cansa,
E meus olhos já não enxergam promessas.
Por mais que eu tente, acreditar em alguém
Tem sido um fardo, um labirinto sem saída.
Então sigo, entre palavras não ditas e noites insones,
Ainda esperando que, um dia, em meio à multidão,
Apareça quem me faça acreditar de novo,
E transforme a espera em encontro, a prece em paz.
Receber o que se espera não é fácil.
Pior ainda, é se não tem o costume de receber, pois você não sabe se merece ou não.
O melhor que alguém pode enviar para alguém que vai receber, é antes disso ver o processo, elogiar, acompanhar aos bocadinhos, se fazer presente e sorrir diferente da maioria.
Talvez assim fique mais fácil receber com um sorriso tímido, mas sincero.
02/07/24 03:56
A TRISTE REALIDADE
O pobre fica doente
Não tem vaga no hospital
Fica na sala de espera
Mesmo passando mal
Se começa a reclamar
Isso tudo é normal.
Tanta falta de respeito
Sem ter democracia
Essa desigualdade
É tanta hipocrisia
Se um rico chegar
É a maior correria.
O socorro é imediato
Médico que tava dormindo
Deixando o pobre morrer
Logo vão surgindo
Com tanta preocupação
Tudo vai conseguindo.
Quanta falta de humildade
E o pobre nos corredores
Fica desprotegido
Enfrentando os dissabores
Esquecem que ali estão
Pobres trabalhadores
Irá Rodrigues.
Reflexões sobre o ocaso II
O que me espera ao final da caminhada?
Os aplausos acompanharão o meu cortejo
Ou será a alegria dos inimigos com suas vaias?
Os meus inimigos saberão o sabor
Do meu sangue e das minhas carnes?
Haverá choro na despedida?
Haverá ao menos uma flor para suavizar a partida?
Quem fará o meu epitáfio?
Haverá prazer ou dor ao fazê-lo?
E os anjos dirão ‘Amém’?
Ninguém vai fazer por você!
A vida não espera. Ninguém vai trilhar o seu caminho, enfrentar seus desafios ou realizar seus sonhos por você. A jornada é sua, e a responsabilidade também.. O poder de transformar a sua vida está em suas mãos.
Lembre-se: ninguém vai fazer por você. Mas você pode fazer tudo por si mesmo.
Rosinei Nascimento Alves
Ótimo dia!
Deus abençoe sempre 🙏🏾
Tenhamos fé!
A Espera
Espero-te sem pressa, sem desespero,
como a brisa que aguarda o mar ao entardecer.
Não é uma espera vazia, nem um lamento,
mas um segredo que só o tempo pode tecer.
Te espero nos instantes em que o mundo silencia,
nas entrelinhas de cada dia que passa.
Porque certas almas, quando se encontram,
não precisam de pressa, apenas de graça.
É um esperar sem cobranças, sem amarras.
Sem grandes pretensões.
Como quem sabe que o destino tem seus caprichos.
Seja agora ou em outra estação,
certas histórias nunca se perdem nos desvios.
E se um dia o acaso decidir tramar,
se os ponteiros do tempo se alinharem enfim,
a espera deixará de ser espera,
e seremos nós, sem antes nem fim.
Querido coração
Você sussurra
Me dizendo
Calma
Espera
Tudo se fará
Presente
Materializado
Também
Sei que me ama
Bem mais do que você queria
Mas eu também te amo
Como nunca amei uma outra mulher
Os nossos caminhos estão
Separados
Mas os nossos corpos
Estão ligados
Pela espiritualidade
E sei que você sabe disso
Me espera, você não vai
Se arrepender
Tudo no seu tempo
Foca nos teus projetos pessoais
Sei que essa cabeça não para
E sei que no seu coração
seu ateliê nunca morreu
Vai em frente, segue seu coração
e a sua mente.
Tá no seu sangue.
Tá no seu sangue também escrever, imaginar histórias
que são provavelmente coisas da espiritualidade falando com você, e você entende e transcreve as palavras.
Hoje eu quero que você saiba que você
será um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea, aquela capaz de escrever sobre tudo e sobre todos.
Você vai deixar sua marca na história,
uma das mais belas histórias de uma professora de Educação Física, e Capoeirista que vem escrevendo
a mais de dois anos as mais belas palavras que correspondem a sentimentos diversos que fazem parte do universo da vida humana, suas relações e seus desejos mais profundos, aqueles que envolvem a alma despida de todo valor e de todo orgulho.
REDESCOBRINDO
Quanto entrei na adolescência
o mundo parecia estar a minha espera,
então deixaria nele a minha marca.
Meu tempo parecia ilimitado,
inúmeras possibilidades se acotovelariam
e eu conquistaria tudo que desejasse.
Mas o tempo é rápido como o vento,
e as vozes habituais de que nem tudo é possível
me levaram num redemoinho de distrações.
E o anelo em marcar minha presença foi esquecido...
Talvez, um sinal quase imperceptível possa se observar.
Suponho, ainda ter uma margem no tempo... para me reinventar;
embora, agora, com outra visão, mais cautelosa,
e sem aquela força inspiradora e tão confiante da juventude.
A Beleza da Espera
O tempo demora a passar quando se espera,
Como um rio lento que não quer desaguar,
Cada segundo, uma eternidade inteira,
Um grão de areia que se recusa a cair.
O tempo, em sua marcha impiedosa,
Nos ensina a paciência, a dor da demora,
Mas também nos mostra que a vida é preciosa,
E que na espera, há beleza que aflora.
No silêncio da espera, o coração sussurra,
Desejos e sonhos que o tempo encobre,
Mas é na espera que a alma se apura,
E o futuro se desenha, em cores nobres.
Então, que a espera seja leve, mesmo que demore,
Pois é no compasso do tempo que se faz a história,
E o que hoje parece distante e sem glória,
Amanhã será lembrança, um doce lugar onde o amor floresce e não morre.
SimoneCruvinel
Sem tempo para fazer
Não têm como educar
Permite acontecer
Espera o tempo passar
Ao tempo dá a semente
Pensa a vida cuidará
Não sabe o que vai colher
Esquece como plantar
Não percebe, nem vê
Como deve madurar
Precisa realmente
Aprender, saber cuidar
Não se deixe esquecer
Seu motivo de estar
Oportunidades têm
De direito ensinar
Seja polivalente
Os deveres, sim cobrar
Entrelaçamento Conjugador
A espera! ah! A angustiante e incômoda espera que me faz atravessar as horas em solidão. Os ponteiros nada mais são que os espinhos que se cravam um a um no tecido do coração, iluminado apenas pela delonga de uma saudade que teima em fazer morada nas linhas entrelaçadas que cortam à palma de minha mão.
Solte-me! Deixe-me ir pois o mundo me espera.
Não ligue, esqueça e esteja distante
Você nunca se importou, nem se quer olhou
Pois você hoje não é quem era
Passe distante e olhe indiferente
Você, quem sabe eu, tenha tornado-se outro
Aliás, vivemos em mundos bem diferentes
Antes até que ligava, mas hoje eu ligo pouco
Agora tenho que ir, nem despeço-me
E para não ser notado, saio pela porta traseira
Prefiro de fato assim,
Menos pessoas sabendo que entrei.
MAL DE DOR
Toda poesia de agonia, por mais que doa
Na prosa de espera encontra recompensa
Toda aquela situação que causa sentença
Muda-a poeticamente em composição boa
A rima que fere, a inspiração que agrilhoa
Emoções não são que o tempo não vença
Apreço transforma em luz a penúria densa
Em um verso com sentimento nada magoa
Ai do poeta que sente, sem ter proposta
Escrevendo o mal de dor e de amargura
Negando o sim, e poetizando que gosta
Noutra parte, em vão, busca a ternura
Em um coração partido, sem resposta
Pois, somente com amor a dor se cura!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 maio de 2023, 14’16” – Araguari, MG
TAL UMA BOCA QUE DESEJA
Vês? Não sentiste meu soneto amável
Poetizado com a sensação em espera
Somente o desinteresse, em ti impera
Deixando à emoção: tristura inevitável
E, neste poetar de uma paixão sincera
Um amor, aberto, ao coração palpável
Vindo d’Alma, do sentimento inevitável
Uma necessidade, de doce atmosfera
Agora, resta o pranto, o silêncio bizarro
A dor cortante, afastamento, o escarro
Quem um dia amou, todavia, apedreja
Se o meu verso causa inda poética saga
Tu o vês insignificante, ele, que te afaga
Beija, ameiga, tal uma boca que deseja!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 maio de 2023, 18’24” – Araguari, MG
*soneto que dialoga com "Versos Íntimos" de Augusto dos Anjos
DESPREZO (soneto)
Quão dor eu sinto, pelo desprezo
onde espera palavras num abraço
olhar no olhar enleado por um laço
e por vezes se tem o pesar aceso
Procuro então respirar, assim faço
nesta incisão, sair dali sendo ileso
do que cortês nele eu me ver adeso
ferindo o ser dum conforto escasso
Se leve ou reles, nos faz indefeso
é crueldade que só traz embaraço
Será que sabes deste agravo teso?
É complicado todo este compasso
do afeto em luta e ao bem coeso
quando o amor no amor é fracasso
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
TOCAIA (soneto)
Dói-me esta constante tal espera
do que já não mais tem donde vir
que o desejo insiste em querer ir
aguardando na ravina da quimera
Doí-me uma dor insana, há existir
a cada alvorecer duma primavera
da ausência, da saudade, sem era
e do que não se tem, e quer pedir
Dói! O tempo a passar, eu quisera
poder nele estar e ali então devir
chorar, alegrar... ah! se eu pudera!
Como eu não sei como conseguir
a tocaia no peito se torna megera
e a alma romântica se põe a fingir
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 15 de julho
Cerrado goiano
VOZ DO SILÊNCIO
O silêncio brada vazios inconfessos
Num linguajar da emoção em espera
Desatados da tribulação tão megera
Tecendo sensos selvosos e travessos
No silêncio escoa solidão em esfera
Soprando suspiros turvos e espessos
Dos enganos emudecidos e avessos
Do tormento, ásperos, tal uma tapera
É no silêncio que se traga a memória
Desfolhados das sílabas da estória
Do tempo, despertando os momentos
Tal o vento, o silêncio é uma oratória
Que verborreia o pensar em trajetória
Nos lábios lânguidos, frios e sedentos
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano
REMORSO II (soneto)
Às vezes, um poetar me espera
E os amores e temores infando
Me padecem, doem, até quando?
E assim, em branco vai a quimera
Inspiração, emoção, vou sufocando
N'alma, sem a doce ventura sincera
Oh! Como este gozo no poetar quisera
Mais suspirar, viver e amar trovando!
Ah! Quão dura é a vera realidade
Desespera, ao encarar a vetustez
Te traz remorso e tira a suavidade
Das paixões que deixei por talvez
Da timidez do olhar na oportunidade
E dos versos quererem só a lucidez!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/08/2019, 06'55"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ir-se
Escandalizo a tal sorte
Afetação cruel e triste
Espera, alma e morte
Do gabo nada existe
Mesmice reescrevo
E o passo aí, passa
Na saudade relevo
Nos olhos fumaça
Nasci pra renascer
Das cinzas ressurgir
Morro e tento viver
Afeito. Outro partir!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano