Texto sobre Dança
O Poema e o Poeta
Por: Gilvan Olliveira
Estou tentando me convencer de que sou poeta.
Mas a luta é árdua, pois o meu EU sempre busca a porta aberta.
A arte, em si, requer do artista um sinal de alerta.
Para escrever o que sente, a mente há de ser desperta.
Na escrita da arte, sempre há a palavra certa.
Na dança da caneta,
O pensar se manifesta.
Toma forma e faz sentido, mesmo sendo bem modesta.
Diante dos desafios, a escrita é o que nos resta.
Para nascer um poema, tem que nascer um poeta.
A grande dúvida é: ser sem arte, ser quem sou ou ser poeta?
MALA CERRADA
Abandonada no canto
Mala fechada
Quieta, calada
Por onde andaste
Alegrias e prantos
Asas cansadas
Casco judiado
Hora e outra
Voltas ao pago
Porto seguro
Remenda os estragos
Descarrega os excessos
Mede o necessário
Acomoda carinho
Ao que tem importância
Infeliz na ganância
Leveza de infância
Volta teu rumo
Carrega esperança
Repleta ou vazia
Depende o momento
Sopesas destino
Tendes temperança
Rota sinuosa
Concessão de uma dança
Entregue-se a alguém
Que faz diferença
Balanciando as cargas
Mudando de ritmo
Nesse compasso
Surprendente da vida
Mais comedida
Ou mais atrevida
Estando parada
Não troca a estação
Que te firmem as mãos
Cerradas no peito
Aceitando teu jeito
Idas e vindas
Explosão de emoção:
Alma que brinda!!!
Conduzindo o amor idílico
pela mão deixo-me intensa
envolver pela vibração
de amor e total sedução
originária vibrante nas veias,
Cortejando com o coração,
você rendido me retribuindo:
Vou com o meu requebrado
dos meus quadris ao som
da percussão afro-brasileira,
cordas da violas e do mel
das flautas de bambu,
agradecidos pelo milagre,
Olhando no fundo dos teus olhos
e dançando o Siriá nós dois
estamos nos descobrindo.
Você determinado
se juntou com o Mestre,
o Contra-Mestre,
os dançadores e cantadores
para dançar o Cacumbi,
E eu já sei que ficarei
o dia inteiro sem ti,
Quando chegar a Festa
de Nossa Senhora do Rosário
o cortejo eu vou seguir,
Porque não sei ficar
nenhum minuto longe de ti.
Se não for para casar
com o cortejo
dançando Moçambique
eu não caso,
Quero com direito
a Capitão Chefe e Substituto,
dois guias, dois tambores
e com direito a tudo,
quatro pajens levando
o nosso guarda sol,
nossos trajes de Rei e de Rainha,
e você me declamando poesias.
Quero dois capitães bem enfeitados,
espadas reluzentes,
um Coronel bem apanhado,
por ambição mais
de um Alferes da Bandeira
um na frente e outro na retaguarda
para garantir a bênção
para sermos um só coração.
Quero esteiras de bastões
e os dançarinos com gungas
de sacudir os corações,
Quero você bem ajeitado,
todo perfumado dando a impressão
de flores desabrochando ao léu
e banho tomado de puro mel.
Se não for para casar
assim eu não caso,
passo o restante da minha vida
sem ter alguém ao meu lado.
Para cada batição
tenho escrito uma
nova letra para
animar o seu coração;
Irei nesta Serafina
em roda ou em fila
para buscar a sua
amorosa atenção.
O puçá está preparado
porque o nosso vai
ser lance bem alto,
O peito está apaixonado
e te quero enamorado.
No arrodeio baixo
vou fazer você cair
na minha sedução,
E você não vai pensar
em outra coisa a não
ser em cair na tentação.
E sem nenhum esforço
na hora do arrastão
você estará caidinho,
e se entregará
doidinho a nossa paixão.
Com a garrafa equilibrando
na cabeça lembrando
da garrafa de canjinjim
do passado que um dia
nunca mais se repita,
Fui dançar com as moças
da cidade a Dança do Chorado,
Você passou na minha frente
distraído e permaneci
com o coração calado,
Porque quando você
passar de novo e estivermos lado
você não vai responder por você,
eu não vou responder mim
e vamos responder por nós
dois aos beijos mais apaixonados.
Vilão
Os batedores seguem
o mestre dando ritmo
com os seus bastões
tocando o chão,
É assim que se dança
o Vilão para cumprir
conforme a tradição,
Os músicos acompanham
o ritmo até a hora
de encerrar com o Serradinho,
Quando a dança terminar
vou estar esperando por você
com todo o imenso carinho
em agradecimento de ter
escolhido percorrer comigo
o mesmo amoroso caminho.
Derrama em mim o teu beijo,
Não quero nenhum perfume
Que não o teu [cheiro]...;
Dança em mim o teu ritmo.
Não quero nenhum obstáculo,
Que não seja as quatro paredes.
Embevecida sempre dei pista:
Quem arrisca jamais petisca!
Ordene em mim a tua chama,
Que o meu corpo segue a risca!
Acende em nós o desejo
Flana a carne que te inflama.
Não quero ficar distante
Do teu corpo no reencontro,
A sede de beijos é lancinante,
Devora-me ou eu te [como]!...
Apaixone-se por meus caprichos
Que não te deixo nunca jamais,
A minha mente é um paraíso
Repleta de sinfônicos feitiços.
Nem sempre a dança é um "dom" nato. Pode ser um “dom” adquirido. Tecendo um paralelo entre a comparação de Betty Edwards (autora de "Desenhando com o Lado Direito do Cérebro"), em relação a uma pessoa que é capaz de escrever legivelmente em maiúsculas ser amplamente hábil para desenhar bem, eu ouso dizer que se você pode se movimentar normalmente, você também pode aprender a dançar. E a dançar bem.
Como falta gente nesse mundo. Gente que seja engraçada, que dança sem vergonha, que liga quando tem saudade. Gente rara que tropeça e disfarça sorrindo, que canta ao acordar, que anda de pijama pela rua. Como sinto falta de gente que pede licença, diz "muito obrigado" e evita dar motivos para pedir desculpas. Além de gente também falta sentimentos, daqueles que afloram lendo um livro, vendo um filme ou mesmo recordando de bons momentos. Falta gente para nos inspirar, para nos contar piadas, reunir a galera, fazer-nos ser feliz. A como falta alguém que nos faça sentir importante, que nos faça uma surpresa, que demonstre o que sente, como sinto falta de pessoas que não tem vergonha de ser feliz. O pior é que o meu tipo de gente preferido está em extinção.
Se imagine sendo uma moça, uma bailarina. Uma bailarina sozinha, que dança uma valsa solitária. Ela gira, dança e pula, olha pro público ver casais, olha pra si e não tem paz. É impróprio dançar só? A procura de ser um casal? Ela rodava, girava e pulava, e o único holofote era o que lhe destacava, sozinha por si mesmo, se julgando amada, sem um par. Dançava, girava e pulava, sozinha, a música triste que no final morria, teu coração sozinho, já dançava só faz tempo, e a bailarina não era aclamada, não recebeu palmas. E os súditos gritavam: Quero uma bailarina de verdade, e a bailarina retrucava: Quero deixar de ser metade.
Eu gostaria que você soubesse que eu não tenho mais vergonha de sair para uma boate qualquer e dançar no meio da pista até meus pés pedirem que eu pare. Também tenho arriscado a me vestir melhor, olhar várias lojas de roupa e sapatos que combinem. Você ficaria surpreso. E orgulhoso, tenho certeza. Gostaria que ficasse sabendo que eu ainda como brigadeiro todo final de semana, mas não vejo mais filmes românticos que você achava adolescente demais. Quando me dei conta dessas coisas, pensei em te ligar ou simplesmente te mandar um torpedo. Mas fui digitando o seu número e que estranho! Não tinha certeza se era esse mesmo. Faz tanto tempo que eu não te procuro que eu nem percebi que seus detalhes já estavam sendo esquecidos. Engraçado, nunca pensei que esse dia chegaria, porque eu temia as mudanças. Temia que eu me afastasse do nosso passado e da pessoa que eu era quando estávamos juntos. E mesmo tendo feito de tudo para que isso não acontecesse, aqui estou eu. Não que eu queira apagar você da minha história, porque se hoje estou muito mais minha, foi porque você me ensinou a ser assim, quando isso era a ultima coisa que eu queria. Mas hoje, vendo cada uma dessas pequenas conquistas, eu percebo que finalmente estou disposta a ter uma nova identidade para viver uma nova vida. Sendo inteiramente eu, espectadora de mim mesma, personagem principal da minha história.
Na dança do universo, todas as coisas estão entrelaçadas, como os laços de sangue que unem uma família. Cada evento na terra ecoa nos corações dos filhos da terra, pois somos parte do todo. O homem, em sua jornada, é apenas um fio na trama da vida, uma pequena parte do cósmico. Cada ação reverbera através do tempo e do espaço, tecendo consequências que retornam a ele como um eco. Seu toque na teia da existência é um toque em sua própria essência. É um lembrete de que somos todos interdependentes, ligados por uma rede invisível de conexão. Na consciência desse vínculo sagrado, reside o poder de nutrir e proteger, sabendo que cada ato de bondade é uma bênção compartilhada e cada dano é uma ferida infligida a si mesmo.
No colo da noite, a poesia dança em minha cabeça Minha alma palpita versos esquecidos no armário do tempo, era uma noite como outra qualquer, mas meu pensamento, estava longe e minha alma estava inquieta. Nessa noite nem dormi fiquei batendo papo com a lua e os olhos pairados na janela. Uma grande nuvem negra se avisinhou cobrindo tudo com sua negritude poderosa meu silêncio gritou incessantemente dentro de mim vi minha descrença abraçar-me e enfraquecer meus sonhos. já e mesmo hora de voltar, senão me perco no deserto dos meus pensamentos. Boa noite.
Chame a vida pra dançar. Pegue pelas mãos e mostre os passos dessa dança. Mude essa ideia de que não sabe dançar, e mostre a vida o ritmo que você deseja guiar. Se for lento chegue junto, abrace, trás pra perto as coisas boas que você sente. E se for ritmo mais rápido, seja preciso no toque, não deixe escapar a oportunidade de finalizar aquele giro por completo. Atitude! Faça com que a sua vida entre na dança, e não que você dance nela sem saber ao certo o ritmo que você gosta. Para alguns a vida segue em valsa, e para outros a vida segue em rock in roll. Ninguém melhor do que você poderá dançar melhor na sua vida que você mesmo. A melhor parte não é saber a coreografia, mas sentir cada ritmo e se envolver em cada passo. A vida te tira pra dançar para que você viva, e não para que você apenas se apresente de vez em quando.
Batucada é uma diversão popular com instrumentos de percussão, podendo haver dança e canto. Entramos no mérito de nossas vidas viverem numa eterna melodia, às vezes em ritmos alucinantes de uma balada, no batuque do tamborim e muitas outras na entoação de suaves balanços. A batucada da vida nos leva ao stress do dia a dia, pura loucura que nos adoece. Melhor seria ao compasso do coração ritmado, se levar apenas ao batuque da emoção, outras da razão, sem exagerar na toada do pandeiro. Vamos viver no equilíbrio do ritmo dessa melodia que é a vida, para não se arrepender depois. Chegou a quinta feira e logo o toar da minha bateria diária vai começar.
Mazagat é uma palavra árabe. Significa "prazer": o prazer de sentir a energia da dança através do seu corpo; O prazer de compartilhar com os outros amigos viajando entusiasmo, descoberta, aprendizado, elegância; O prazer de conhecer professores mestres de todo o mundo e se deixar levar pelo seu talento e paixão; o prazer de preservar este pedaço da vida em nossas memórias como uma experiência única e inesquecível!
Só por que trabalho e amo Dança Árabe não quer dizer que tenho que concordar com o modo machista de pensar e agir de árabes que estão em nosso país. A origem da Dança Árabe não é Árabe. Não há comprovação científica, mas tudo nos leva à origens Egípcia e Cigana. O que restou da grande civilização Egípcia hoje é usado para enriquecer o turismo árabe. Uma dança que liberta a mulher não poderia mesmo ter vindo de uma cultura que desrespeita e violenta mulheres. Apesar de a nossa sociedade ainda ser machista, nós temos a nossa liberdade e não abrimos mão dela. Eu amo a minha dança com toda a sua beleza e conteúdos herdados de civilizações bem mais evoluídas.
No meio daquela dança me lembrei que não sabia dança.Como pode, você consegue me transformar,em plena tarde e num calor de matar você me puxa pelo meio da casa só para dançar,por que sua musica preferida está tocando,você sempre soube muito bem me despertar coisas que nem eu mesma sabia que existia em mim.você me faz brilhar os lhos só de pensar em estar com você,e quando estou de verdade, eu me sinto brilhar.Não me importo quantas mulheres vão te olhar e se sou a mulher certa para você,sabe porque? por que sei que você naquele momento está comigo e não me importo se daqui 1 semana ou um mês ou quem sabe 1 ano você vá me deixar,só me importo em aproveitar cada momento com você.Nessa dança eu quero dançar,você sempre diz para eu me soltar porque você me conduz,mesmo sem jeito eu vou topando essa, e no final fico tranquila,só sei dançar com você e é Isso o que o amor faz,Quero que as coisas aconteçam sem pressa, sem roteiro, sem programações, sem expectativas, sem sofrimento,e que o amor seja como cada passo que você me faz dar,num ritmo leve e suave de dois para lá e dois para cá,segurando sua mão e deixando me conduzir...No meio daquela dança me lembrei que não sabia dança...