Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo

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GOLFINHOS

Não é uma por nos festejar
Que os golfinhos de Fernando de Noronha
Nos assediam, como brincam
Neles tem o medo de que nós
Desejamos num relato de bordo
Seguir como conquistaram e se impuseram
Nossa nobreza falida
Eles temem por eles por que já sabem de nós
E de nossa visão direcionada do arpão
E assim, um batalhão nos segue
Como quem quer que os desocupemos
E nos aportemos fora de suas famílias
Enquanto o mar não se findar
Já noutras terras.
Aqui é o encanto deles
A lua sorri pra eles e já são cativos
Também das estrelas
Que continuam pelas águas descobertas.
E quem protege o coração contra o feitiço
Da liberdade de bater bem como quer
Esses peixinhos são por Deus também pessoas
E por isso lutam
A ver o mar entregue.
Ali eles nasceram se amaram
Como gente comprometido
Com o amor de fazer tantos alaridos.
Chega a noite e com a mesma visão líquida
Eles se aportam na calma do mesmo mar.

Inserida por naenorocha

Dueto com Fernando Pessoa


Existem alguns caras que são insuperáveis, Fernando Pessoa é e sempre será um deles; ao final uma humilde participação com duas estrófes deste blogueiro.


"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.

Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.

Se achar que precisa voltar, volte!

Se perceber que precisa seguir, siga!

Se estiver tudo errado, comece novamente.

Se estiver tudo certo, continue.

Se sentir saudades, mate-a.

Se perder um amor, não se perca!

Se o achar, segure-o!"



Principalmente se for novo.

Principalmente se for leal.

Principalmente se for cúmplice.

Principalmente se for de verdade.

Principalmente se for para sempre.

Pena que para sempre as vezes é pouco tempo.



Tantas prioridades para se ver.

Tantas prioridades para se insistir.

Tantas prioridades para se viver.

Tantas prioridades para se investir.

Tantas prioridades para se amar.

Nenhuma prioridade para se negar.

Nenhuma prioridade para se esquecer.

Inserida por jessef60

Música linda de FERNANDO e SOROCABA, eu não poderia deixar de postar ela aqui :-)


O que cê vai fazer

O que cê vai fazer
Quando ele não tiver mais vinte e poucos anos
O que cê vai fazer quando acabar esse desejo insano
E quando perceber que o jeito dele
Já não bate mais com o seu
Tava tão na cara que ele não ia dar o que prometeu

Quando os corpos não quiserem mais se abraçar
E os olhos desviarem quando ele te olhar, vai doer
Talvez hoje seja tarde pra gente voltar
Não quero estar na sua pele
Quando me encontrar, vai doer
Vai doer

As razões que me impedem de estar com você
Vai além de te amar, vai além do querer
Vai saber, vai saber

Já não somos tão jovens pra enlouquecer
Nem tão velhos pra ver nosso sonho morrer
Vai saber, vai saber
Não consegui te esquecer

O que cê vai fazer quando ele não ouvir mais o seu coração
E se ele não sentir mais nem vontade de segurar sua mão
E quando a rotina começar a te enlouquecer
Vai lembrar que sou o único que poderia te surpreender

Quando os corpos não quiserem mais se abraçar
E os olhos desviarem quando ele te olhar, vai doer
Talvez hoje seja tarde pra gente voltar
Não quero estar na sua pele
Quando me encontrar, vai doer
Vai doer

As razões que me impedem de estar com você
Vai além de te amar, vai além do querer
Vai saber, vai saber

Já não somos tão jovens pra enlouquecer
Nem tão velhos pra ver nosso sonho morrer
Vai saber, vai saber
Não consegui te esquecer

Inserida por luzysantana

Romance Sonâmbulo

(A Gloria Giner e a Fernando de los Rios)

Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.

Verde que te quero verde.
Grandes estrelas de escarcha
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho da alva.
A figueira raspa o vento
a lixá-lo com as ramas,
e o monte, gato selvagem,
eriça as piteiras ásperas.

Mas quem virá? E por onde?...
Ela fica na varanda,
verde carne, tranças verdes,
ela sonha na água amarga.
— Compadre, dou meu cavalo
em troca de sua casa,
o arreio por seu espelho,
a faca por sua manta.
Compadre, venho sangrando
desde as passagens de Cabra.
— Se pudesse, meu mocinho,
esse negócio eu fechava.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Compadre, quero morrer
com decência, em minha cama.
De ferro, se for possível,
e com lençóis de cambraia.
Não vês que enorme ferida
vai de meu peito à garganta?
— Trezentas rosas morenas
traz tua camisa branca.
Ressuma teu sangue e cheira
em redor de tua faixa.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Que eu possa subir ao menos
até às altas varandas.
Que eu possa subir! que o possa
até às verdes varandas.
As balaustradas da lua
por onde retumba a água.

Já sobem os dois compadres
até às altas varandas.
Deixando um rastro de sangue.
Deixando um rastro de lágrimas.
Tremiam pelos telhados
pequenos faróis de lata.
Mil pandeiros de cristal
feriam a madrugada.

Verde que te quero verde,
verde vento, verdes ramas.
Os dois compadres subiram.
O vasto vento deixava
na boca um gosto esquisito
de menta, fel e alfavaca.
— Que é dela, compadre, dize-me
que é de tua filha amarga?
— Quantas vezes te esperou!
Quantas vezes te esperara,
rosto fresco, negras tranças,
aqui na verde varanda!

Sobre a face da cisterna
balançava-se a gitana.
Verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Ponta gelada de lua
sustenta-a por cima da água.
A noite se fez tão íntima
como uma pequena praça.
Lá fora, à porta, golpeando,
guardas-civis na cachaça.
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar.
E o cavalo na montanha.

Federico García Lorca
Antologia Poética
Inserida por RicoRusso

"Meto-me para Dentro
_________________Fernando Pessoa.
Meto-me para dentro, e fecho a janela.
Trazem o candeeiro e dão as boas noites,
E a minha voz contente dá as boas noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o Mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, nem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida correr por mim como um rio por seu leito.
E lá fora um grande silêncio como um Deus que dorme."
O Guardador de Rebanhos por Alberto Caeiro

Inserida por bonecadepano

Fernando Gabriel Edsoon
Cantor e Poeta na empresa Rapper
Luso
Definir foto do perfil
Voltar para Linha do tempo
Amigos
Todos os amigos (4.568)
Educação e Trabalho
Empresa · Editar
Rapper Luso
Cargo
Cantor e Poeta
Duração
1 de janeiro de 2013 até agora
Empresa · Editar
Sua Música
Cargo
Cantor, Compositor e Produtor Musical
Duração
6 de maio de 2010 até agora
Pós-graduação · Editar
Ensino superior · Editar
Universidade Agostinho Neto '08
Diploma/ênfase
Direito
Ensino médio · Editar
Missionária vilaseca esparza '07
Ensino médio · Editar
Escola Politécnica do Huambo
Residência
Cidade atual · Editar
Huambo
Cidade natal · Editar
Huambo
Informações básicas
Gênero · Editar
Masculino
Data de nascimento · Editar
19 de agosto de 1995
Relacionamento · Editar
Solteiro(a)
Interessado em · Editar
Mulheres
Filho · Editar
Abel Nepa Black-Pleya
Irmãos · Editar
Abdiel Kasiama, A Lenda Voltou, Rigo Cp
Firstbalt, Vanilldo Chreezy Ell Andjell , Anthony
Ghalatas Lil-Pu, Severino Racha Racha,
Osvaldo André Mandire, Fernando Dreezy Pax,
Sara Jodar e Fernando Amoroso Pires Pires
Pais · Editar
Sol Linda Sol e Otavio Rodrigues Rodrigues
Primo · Editar
Edson Rodriiggues Do Sharme
Família · Editar
Anahy Manuel , Edsoon Chreezy Skill e Zuraida
Daniel
Tio · Editar
Francisco Miranda Xavier
Idiomas · Editar
Pt-br e Inglês britânico
Política · Editar
Amar (Fazer feliz pessoas)
Religião · Editar
Católica (Padre)
Sobre mim
Citações · Editar
Odeio meu Pai minha Mãe por terem um filho
tipo eu.
Sinto enveja do meu corpo é muito lindo.
Tenho medo quem sabe minha Mãe até pode
se apaixonar por mim.
Biografia · Editar
Nunca vou morrer.
Informações de contato
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fernandogabriel.saquissa.1@facebook.com
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Endereço
huambo
Luanda, Angola
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Seguindo
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Notas (5)

Inserida por fernandogabrieledsoon

Vida de poeta

Já dizia o grande poeta Fernando Pessoa, que essa classe é constituída por elementos fingidores. Mas ser poeta é muito mais do que isso, ser poeta é ser um elemento denunciador dos sentimentos alheios, ou até dos próprios sentimentos, mesmo que disfarçados e não assumidos. Ser poeta é ser como aquele vizinho que vive debruçado na janela observando a vida alheia, mas com um olhar mais apurado e sensível a tudo o que passa. Não para denegrir, mas para exaltar tudo de bom que existe ao redor das pessoas, que pela correria do dia a dia não o percebem.

Quando nasce algo dentro desses corações ternos e atentos a tudo a volta, as coisas mudam na vida de quem recebe essas preciosas palavras que soltas não falam quase nada, mas quando se juntam pela sensibilidade desses autores especiais da nossa literatura, tudo se transforma. A vida dos poetas, às vezes não é tão romântica do ponto de vista prático, mas quando ele entra no universo dos sonhos, das imaginações ou das emoções, as suas inspirações se desprendem naturalmente e acabam refletindo e externando sentimentos inigualáveis em qualquer tempo ou lugar.

Os poetas são uma classe de pessoas especiais que transpassaram o tempo em que viveram, e quem os lê atentamente percebe esses períodos. Vê também como os seus versos se aplicam ainda em nossos dias, mesmo as pessoas estando mais frias no que tange ao relacionamento de amor, onde muitos impedem a possibilidade de uma entrega total. Quanto aos poetas contemporâneos as suas visões e seus escritos são para todos os gostos, alguns voltam no tempo, outros são bem atuais..., existem também os reflexivos assim como eu, que buscam resgatar a identidade do homem honesto e de bom caráter de épocas recentes, mas existem também aqueles cujas visões são como de águias, eles enxergam mais longe, são os mais apurados nesta vertente da literatura.

A vida poeta tem como intuito trazer emoções sem precedente aos corações sensíveis nos seus momentos de carência. Busca fazê-los sonharem sonhos que entorpecem como uma ação sublime e enérgica. Como também não dizer ser uma obrigação literária, onde eles mostram uma profunda e indefinida vida que não consegue se firmar nos seus propósitos. Até porque, são muito frágeis e de curta distância os olhares de amor e de receio. A admiração sofre uma leve vergonha de não saber o que quer de verdade e, é nisto que o poeta se debruça para fazer de sua vida um solo fértil, e assim, levar os seus leitores a sonharem com flores e frutos. Os ensinam também a viverem na angustia por mais que sofra, e tem mais, os levam a se desprender do passado que não deve aprisionar ninguém, pois as lembranças mexem com as emoções e dilaceram os sensíveis corações.

Inserida por 81024673

Não levem como pessoal a frase a seguir de Caio Fernando Abreu:
“Hoje eu só queria ouvir: “eu te procurei pra saber se você está bem”.”
...achei-a muito interessante e verdadeira, e saiba que não me importo com quem NÃO me procura e sim com os que ME procuram, esses sim merecem minha consideração e apreço.

Inserida por JaniceRocha

Fernando Medeiros - Give up to love.

Butterflies elevating me by shoulders
I can´t feel the stone ground under my feet
We are in a fight round, we are losers
Cause we need each other, to being complete
Hearing your violent words
Hurting me like a blades sword
Believe, it´s so painful.
I´ll give up to love you.

Give up to love you. Give up to love you

Our ways, our hate
Our world to build again, but no pain
Breaking the chords of fate
Reaping what we create
Without you I don´t know who I am
Butterflies elevating me by shoulders
I can´t feel the stone ground under my feet
We are in a fight round, we are losers
Cause we need each other, to being complete

Inserida por fernandomblazar

Quero minha imagem também no TOP AUTORES, assim como Fernando Pessoa, Haile Selassie, Machado de Assis,Clarice Lispector,Carlos Drummond de Andrade,Renato Russo...Hehe!! Brincadeira,eu quero apenas escrever meus simples pensamentos que surgem dentro de mim no meu dia a dia. Só quero públicar algumas reflexões que sobre o momento atual que estou vivendo e também públicar pensamentos que estão há decadas em meus cadernos. E espero que alguém possa gostar!
ENTÃO É ISSO. VIVA A POESIA! VIDA OS GÊNIOS DA POESIA!

Inserida por LeonardoCabral

Hoje lembrei de momentos encantados...Lembram da primeira música lançada por Fernando Mendes? Sim! Chamava-se "A Desconhecida" Pois é, era quase assim:
- Uma tarde tão linda de sol, ela me apareceu, era a juventude...
Hoje é mais ou menos assim:
- Numa tarde tão feia de tempestades, ela me apareceu, é a velhice que vai chegando, e deixando marcas, por mais que você queira dizer ao contrário, e se faça de durão, não tem jeito. Dói o fígado, dói o baço, dói até os colhões, as pernas ficam bambas, câimbras até nas orelhas, o cabelo cai, altura diminui, quando você olha não enxerga mais em frente, a corcunda só permite olhar o chão...É! Mas um local não altera, não muda as sensações., Ele chama-se coração, pode está batendo fraco, sente, chora, esbraveja. Contanto, se você foi bom, vai amar eternamente e sempre sentir compaixão...Bondade, romantismo e emoções boas não tem idade você leva na alma e na matéria que finda em um caixão...Viva e deixe viver, e faça o bem sem olhar a quem.

Inserida por NonatoMontes

Sonhos impossíveis

Tenho sonhos impossíveis
Conhecer Fernando Pessoa
Ter andado com Jesus Cristo
Ser amiga de Lya Luft
E Clarice Lispector ter conhecido
Ser amada do Augusto Cury
E ter Calos Drummond de Andrade como filho
Ser poeta, poetiza
E ter mais de um milhão de livros
Digo que sim, existe sonho impossível
É só desejar algo intangível
Aquilo que o tempo não traz
E veraz que o possível se desfaz
Predominando o inexistente
O que nunca será presente
Assim sigo em frente
Tentando outros sonhos projetar
A vida é assim mesmo
Agente tem que se virar

Inserida por Rutyenne

Fernando...

Peço à Deus que te abençoe e esteja do teu lado em todos os momentos da tua vida!
Para que possa agir da melhor maneira em todos os seus afazeres
Que seja correto em suas decisões
Que seja justo em suas escolhas
Que seja feliz em seu dia a dia.
À Deus cabe o nosso destino
E a nós, cabe desejar o bem.
Jô 2005

Inserida por joluz

"A literatura é a melhor prova de que a vida não chega." nos diz Fernando Pessoa.
Será que poderíamos dizer mais alguma coisa?
Seria fingidor o poeta que se vale da literatura para se eternizar, já que a própria vida não é o suficiente?
Quem dera fôssemos tão fingidores quanto poetas
que dissimulássemos dores e alcançássemos leitores.
O homem é perene, faz parte do tempo - é temporal
a obra ultrapassa o tempo - é atemporal.
Fernando Pessoa é sempre presente
poeta fingidor nosso presente.

Inserida por InajaMartins

- Porque “Acaso” vai ser sempre o nome de uma rua escura

Meu querido Fernando. Não tão querido. E muito menos meu.

Não sei o porquê de estar te escrevendo uma carta, acho que me deparei com a nossa foto rasgada no canto da sala e, não sei, ouvi tua voz rouca gritando: “Alice, nós combinamos que iríamos tentar.”. E eu consenti entorpecida.
Ainda não sei o real motivo de gastar quase três horas e nove pontas de lápis para tentar lhe explicar que o teu sorriso reflete a cada canto em que deixo o olhar fixo. Queria arranjar uma desculpa para ter jogado vinte e três folhas fora e, em uma delas ali amassada, ter escrito à lápis bem fraquinho que amo a forma como você dança desastrado, amo seus dois pés esquerdos, amo quando teus olhos dançam sobre o meu corpo. Sei lá, Fernando. Mandei esta carta justamente porque ouvir tua voz perguntando “Alô, quem é?” tiraria qualquer gota de coragem que eu poderia ter ingerido junto ao whisky. Há tantas coisas que eu queria te dizer sem que teus olhos cinza me deixassem constrangida pelo simples fatos de pousarem sobre minha falta de concordância. Por favor, só não rasgue a carta na metade, assim como anulaste meus sonhos no meio do teu caminho. Por favor, Fernando, me perdoa por sentir dentro de mim a necessidade de expansão, da renúncia à solidão. E tu sempre foste a solidão em carne, osso e infelicidade, Fernando. Por mais que o teu semblante na minha rotina fosse como a claridade potente indo encontrar a noite estrelada, eu tive que perceber que todos os encantos acabavam à meia noite, e que não se saltam três metros à frente com quem não ousa a incentivar um pequeno passo sequer a diante. Perdoa o meu excesso que problemas, o meu estoque de loucuras e a minha vontade de esmagar o mundo num abraço quente. Perdoa-me por não ser o suficiente na tua insuficiência. Ah, quis o acaso que você caísse daquela escada e eu te conhecesse. Bonita gola pólo vermelha, óculos quebrados pitorescos. Sorriso encantador. Poxa Fernando, tinha que dizer na primeira conversa desinteressada que gostava de café e Charles Bukowski? Quis o acaso que tu me visse na chuva e me acompanhasse até o prédio com aquele guarda-chuva de bolinhas amarelas, quis ele também que você afagasse meu cabelo molhado dizendo que o loiro dos meus fios entrava em sintonia com a minha boca rosa claro. Quis o destino que eu gostasse de ti, mas não tão satisfatório a ponto de largar um futuro planejado antes mesmo do acaso ser acaso. Juro que tentei lhe ver que um parâmetro não tão sistemático, entretanto eu vi nosso futuro antes mesmo de pensar em ser presente. É por me conhecer, mesmo desconhecendo, que sei o quanto o meu instinto de não justificar os meus princípios, manipular os meios e obstruir os fins, lhe arranjaria dores de cabeça e no coração também. Entenda Fernando, minhas asas são maiores do que minha vontade que querer permanecer. Eu só queria que tu compreendesses que, se fosse para ser diferente, eu não me importaria em não entender o porquê de querer lhe dizer o quanto eu te amo a cada risada que nossas almas soltassem. Porque eu olho pra ti e não vejo um nome, não vejo um passado que pudesse nos atormentar, não vejo porque diabos nossos corações batem na mesma frequência assim que as linhas dos nossos corpos entram em confronto. Nossa única diferença é que teus olhos brilham mais e, ao meu lado, garanto que essa chama não duraria mais que alguns meses. Sim, Fernando, vou sentir falta de quando tu pedias algo doce e eu me oferecia como moeda de troca. Eu vi que estavas cego e já me senti vitoriosa por conseguir um pouquinho da tua atenção. Só sacrifiquei minha felicidade justamente por saber que não serias feliz chamando-me de “Minha esposa” a cada maldito dia.

De sua, não tão sua.

Alice

Inserida por AmandaSeguezzi

Diálogo com Fernando Pessoa.

Mote
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?

Voltas
Pessoa li o teu versar
Da quantidade de sal
Que há nas águas do mar.
Um pouco era natural
Um pouco era lacrimejar.
Era dor, saudade e tal.
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?

Porque é preciso lembrar
Do negro a chorar na nau.
Da viúva em pranto a fitar
Seu homem arrancado do local.
Podemos então concordar
Nesta questão crucial
Que nem todo o sal do mar
São lágrimas de Portugal.

Fernando é preciso falar
Do indígena tropical.
Que muito esteve a prantear
Por ser tratado tão mal.
Então se pode afirmar
De modo justo e imparcial
Muito pouco do sal do mar
São lágrimas de Portugal.

Inserida por PauloRobertodeJesus

Eu sou a linha torta
do poema Reto de Fernando Pessoa
Eu sou o painel de Kafka,
o caos, a neurose, o processo.
Eu sou o Tempo Perdido de Proust,
a memória, o sonho, a lembrança.
Eu sou a Náusea de Sartre,
o Ser, o nada, a angústia.
Eu sou a dor de Nieztch,
a corda atada no abismo.
Eu sou o "Gita" do mago
Eu sou aquele que não sabe.

Inserida por katiacristinaamaro

AS COISAS!

Qual o mistério das coisas, perguntava Fernando Pessoa?
Ele mesmo responde que nas coisas não há mistério algum!
Segundo o poeta, as coisas são o que são.
Elas simplesmente existem!
Não tem significado!
As coisas são o único sentido oculto das coisas!
Em si, as coisas não significam nada!
Realmente não significam nada.
Quem da significado às coisas é o homem
Através da linguagem, ou seja,
Dentro dos discursos que construímos com ela.
As coisas deixam de ter meramente existência
Passam a ter causas, beleza, finalidades, justiça,
Fundamentos, semelhanças, natureza, necessidade, contingências.
Portanto, sem entendermos as diversas linguagens existentes no mundo,
Não nos aproximaremos da verdade das coisas!
Pois é através delas que construímos a realidade!

Grafite.

Inserida por sarau

⁠Para ti honesto insosso de verdade!…

Citando erradamente, o Poeta Fernando Pessoa;
Disse: “pedir desculpa é pior que não ter razão”;
Deturpando, a humildade havida em na da Pessoa, boa;
Demonstrando: a burrice que em tal tem, ao ser mamão!

“Não dar desculpas, é melhor que ter razão”, adulteradas;
Citações do poeta, em Álvaro Campos, heterónimo;
Que em nada mais tais são, que as desse esperto: um simples antónimo;
Que em nada mais tais são que: humildades tão desencontradas.

Quem citar a um poeta, sem ter humildade, em si havida;
Arrisca-se a mostrar a toda a gente, que a tal não tem;
Devido a em poesia, o interior dar pra se ver bem;
Daí tão dar pra se ver, a quem tal tem, a em si perdida.

Cuida-te ó pobre insosso, ou tão salgado, em teu mau ser;
Com o que andaste a fazer, a tanta gente inocente;
Devido à linda humildade em ti se encontrar tão ausente;
Devido a pensares que de cá, jamais irás morrer!

Porque esse: pensar que anda a enganar-te;
Como tu, tão o fizeste a tanta gente;
Jamais poder, vai a ti desculpar-te;
Devido ao desculpar em ti ausente!

Tens andado a dar as do Poeta, mas sem razão teres;
Contrariando com as tais, seus pertinentes dizeres;
Por isso, pobre insosso, é por em humildade o seres;
Que a ti, tão te salgaste, com a mentira em teus fazeres.

Acredita também, que ninguém quer: um teu desculpar;
Pois como em tal citaste, não és capaz de a alguém tal dar;
Devido a tão insossa, a verdade em ti, já tão se encontrar;
Por nada mais seres que: um da mentira, tão pobre mar.

Por isso, ó pobre ser, sem humildade pra pedires;
Desculpa a quem quer seja, sempre que a culpa em ti tão vês;
Paga, mas é a quem deves, pela tua malvadez;
Paga, mas é a quem deves, pois já chega de mentires.

Com pena de ti;

Inserida por manuel_santos_1

SONETO: FERNANDO PESSOA

Eu acho que já chega
De dar ouvidos
Às vozes que falam
As vozes do “Dragão”

Chega de fazer analogias
Chega de falar nela quando é ele
Mas eu vou continuar a ouvir
Não vou ser como os surdos

Aquela história
De que o poeta é um fingidor,
Sim, mas nem sempre

E a verdade está incutida na analogia
Ele chamou de fingimento
Eu de analogia

EM: 19/09/2021 | P. DO SUL – RJ

Inserida por linjetico