Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo
Se você não sair da “Matrix” e ver as coisas como elas são, você não irá acessar o plano casual onde todas as coisas podem ser alteradas porque tudo que você pode ver é o efeito do que você mesmo criou através dos seus pensamentos, crenças, ideologias e todo julgamento que você comprou de alguém e, então, esses pontos de vista criam sua realidade e é por isso que sua vida é da forma que é.
[...]...Me entreguei à você como um pequeno pássaro ligeiramente tímido se entrega ao seu primeiro voo, de azas e coração abertos, com a alma leve sendo guiado pelos ventos de um destino instável, sem medo de ir tão longe a ponto de se perder ou sem coragem de admitir que ficou por perto pela paixão ao lugar. Me entreguei à você inteiramente e deixei neste momento todas as negatividades que poderiam chegar a atrapalhar. Como um pássaro que voa longe pelos céus de caminhos amplos, fiz de você o meu céu e estou voando em você...♪♫
Realmente não sei o que fazer, desta vez é tudo diferente. Desta vez ela não é só mais uma menina, ela é incrivelmente mais que isso. É como se eu olhasse para ela e visse as estrelas naquele vazio e no mesmo espaço tão cheio de mistério. Ela é um doce mistério, doce verdade que desce suave do meu pensamento direto para o meu coração, e eu aceito, aceito viver nesta história louca e inexplicável. Dou tudo por mais um dia, mas um dia nesse romance misterioso, pouco improvável de ser mais um, pouco improvável de ser comum e vivido somente por um. Agora somos nós. Eu aceito, e você?
"Foi numa noite qualquer, a lua estava no céu, cercada por suas estrelas. O vento uivava lá fora. A noite era quente, mas o clima estava gélido. Aquelas palavras já anunciavam que algo ruim viria. E veio. É triste ver um iceberg derreter, ver toda a sua estrutura desabar. Foram necessárias só duas linhas para o iceberg se desfazer em água. Em lágrimas. Não foi forte o suficiente para encarar aquele momento com firmeza, se desfez. Se refez, voltou e encarou o fim. Sentiu o vento frio soprar em seu rosto, seu coração fervia e o fazia tremer de dor. Soluçar diante daquele ardor incessante. Sentia um peso que comprimia seus pulmões, sentia como se amarrassem suas entranhas às suas cordas vocais. Ela disse as piores palavras juntas em uma frase que o ser humano já criou. Eu nunca te amei. Ele disse o que parecia só acontecer em filmes. Vai atrás do que te faz feliz. Pode um homem morrer de amor e continuar vivendo. Pode a dor ser tão forte que afoga qualquer resquício de felicidade que já existiu. Riso frouxo não se ouve mais. A pior parte de sofrer é que não dá pra lembrar de como era antes da dor. Se misturou com a água do mar, se deixou levar pela maré. Derreteu e nunca mais foi o mesmo. É isso que acontece quando um iceberg tenta tocar um vulcão em erupção."
“Eu não sei dizer pra você, nenhuma palavra minha vai ser suficiente pra descrever o tamanho de medo que eu estou sentindo, medo de te perder, medo de não ser tudo aquilo que eu sonhei na sua vida, medo de não poder cumprir todas as promessas que eu te fiz e ser apenas mais um, por que você sabe que eu te amo, e não é a toa que os meus olhos se enchem de lágrimas enquanto eu escrevo isso, e não é atoa que as primeiras lágrimas estão rolando, as lágrimas são como gritos do meu coração, que está desesperado, todos os sentimentos que surgiram de um dia para o outro estão me sufocando, tudo que eu mais queria agora era poder estar no teu colo, te abraçando e dizendo o quanto você é especial e único na minha vida, por que você me transmite segurança, do teu lado eu não sinto medo, mas parece que todos os meus piores pesadelos resolveram me assombrar de uma vez, eu estou tentando ser forte mas não está sendo fácil. Eu não consigo me imaginar sem você mas parece que isso está cada dia se tornando mais inevitável, acho que nós dois sabemos disso. Eu não posso chorar, eu tenho que ser forte, eu tenho que estar feliz, por que eu quero te ver feliz, mas é impossível sorrir em meio a tanta dor, não sou tão forte assim. Sem você, nada mais tem sentido para mim, sem você, eu não vivo por que você é a minha vida. Não se vá, segura a minha mão, a gente prometeu que seria para sempre mas a vida e o mundo todo está lutando contra o nosso amor, sinto que aos poucos os nossos dedos estão se soltando, sinto meu coração sendo rasgado, estão te tomando de mim, a minha felicidade está pouco a pouco indo embora, o que me resta aqui dentro é um grande vazio, a saudade jamais foi tão amarga, e o sentimento de perda, tão dolorido, meu amor, não chora, por que eu vou estar para sempre com você, mesmo de longe, eu vou estar pensando em você, eu te prometo, se você for embora, eu vou pensar todos os dias em você, você é e vai ser para sempre a pessoa que eu mais amei, você é o meu príncipe encantado, que realizou todos os meus sonhos, isso é muito melhor que um conto de fadas, por que você é real, o nosso amor é real, e mesmo que tudo acabe por causa das circunstâncias, e que as pessoas consigam nos afastar, o nosso amor vai estar gravado eternamente dentro dos nossos corações. Meu coração está sangrando, e eu que havia pensado que as minhas lágrimas haviam secado, me enganei, por que elas não param de rolar, o meu coração está gritando desesperadamente por você, a sua ausência me machuca demais, sem você, a minha vida não tem sentido, e se eu te perder, bem, eu não sei o que vai ser de mim.”
O Sol e a lua eram destinados a ficarem juntos, mas eles nunca se viam pois a Lua nasce depois que o Sol parte. O amor deles durou uma eternidade, não aguentando mais ficarem separados, a lua e o sol se encontram 2 ou 1 vez a cada ano, num eclipse, o eclipse mais lindo que toda a galáxia já viu, como prova de que não existe amor impossível.
“Nós vivemos tão obcecadas por encontrar um amor que esquecemos o nosso próprio amor. Vivemos em busca do ideal sem saber o que é ideal. O que sonhamos nem sempre é o que nos fará feliz, já pensou que o inusitado, aquilo que nos surpreende muitas vezes nos faz melhor do que uma mera idealização? Ai, nos frustramos. Por que sonhamos demais. Criamos ilusões, expectativas e desmoronamos quando algumas delas se desfazem, mas não pelo fato de sonharmos, mas pelo fato de colocarmos tal responsabilidade em alguém. De fazê-lo suprir nossas carências, nossos desejos, nosso ego. Queremos muitas vezes aquilo que não tem nada a ver conosco, mas aquilo que precisamos mostrar para alguém que temos, e isso nos afasta do que realmente nos faria bem.”
Como se vai embora de uma pessoa? Onde se compra a passagem? Vai-se de ônibus? Avião? Trem? Ou vai-se a pé tropeçando na vontade tola de voltar? Quantos quilômetros de tempo são necessários para estar longe o suficiente? É preciso viajar até mudar de estado para mudar o estado da alma? Como se vai embora de uma pessoa? Esquecer é sofrer um acidente neste incidente todo que é amar.
Aqui estou eu pensando na ultima vez que nos vimos
Quando o primeiro toque aconteceu era como se já nos conhecêssemos
Seu amor é meu vício
Como isso é possível?
Quero um pouco mais essa noite
Um pouco dessa tua adrenalina
Um pouco dessa juventude
Um pouco de liberdade
Um pouco da sua vida
Quando nasci
saí do ventre de minha mãe
para o colo de Obaluaê.
E desde então
nunca soube o que era a falta
pois nunca nada me faltou
e a falta nunca me fez;
Obaluaê me completou
me embalou
me protegeu
me amou.
E o amor de Obaluaê
foi o mais puro e verdadeiro
que nessa vida pude sentir.
Ele é meu pai.
Ele é meu caminho.
Ele é dono de mim.
Com pipoca e com dendê
ele me cuidou,
nada nunca me pegou.
Uns dizem temê-lo,
eu não!
Eu digo amá-lo.
Silêncio!
O Rei está entre nós.
Atotô!
Pela primeira vez na vida eu estou livre;
Livre para tomar minhas decisões;
Livre para conhecer e desbravar o mundo;
Essa liberdade me liberta.
Dessas correntes que antes me perdiam;
Sempre preso ficava as coisas que não faziam sentido;
Coisas que para muitos os libertam e os guiam.
Nesse sistema a liberdade se diverge, converge;
Não é eternamente imutável, flui um rio de coerência;
Cada um tem sua liberdade, funcionando como uma digital.
Pequeno texto
Jesus desejando falar conosco hoje !
Texto escrito por Fernando Ferreira dia 15/09/2020 em São Gonçalo RJ
As vezes fico pensando que o mundo de hoje não teria tempo pra ouvir Jesus falando!
Primeiro iam dizer que ele " dá muita volta para falar"! Quando ele começar a falar em parábolas talvez alguns até iriam dizer que aquela menssagem eles já tinham ouvido ou tinha gravado na biblia no celular ou poderiam achar em uma pesquisa mais tarde no Google ...e outros iam dizer vai ficar gravado ? "Manda depois que eu vou assisti!" Isso é um reflexo que o saber popular não tem valor .
Ninguém houve ninguem não existe honra!
A busca é por uma mudança visível e resultados palpáveis! A busca é só até o limite " da minha satisfação e nem um pouco mais..." Pois preciso bater a meta" da minha própria vontade.
Imaginemos Jesus falando que meta dele era morrer ! Imaginemos Ele falando para os fariseus que sua justiça era trapo de imundiça!
Mas talvez tenha quem diga que Ele é AMOR e GRAÇA ! Que tudo isso seria relevado por Ele pois a culpa era da "tecnologia "!
Enfim toda vida dos que vieram antes de Jesus ninguem lembra ! Todos que tentaram mostrar o mesmo caminho e ninguém quiz ouvir ! Todos que acreditaram na voz do Pai que era contraria a nossa lógica foram esquecidos e mau interpretados ... Se tornaram inimigos e um perigo para a sociedade e para a igreja...
Enfim será que Jesus tem um tempo para nos ensinar que Ele é o caminho ,a verdade e a vida ? Ou já sabemos!?
Não! O texto (*) não é de Fernando Pessoa.
Subtítulo: A Brigada do Realejo.
A internet, soberana e autónoma, de escrita desejavelmente viva, tem – devido à comezinha coabitação das suas virtudes e dos seus defeitos – a importância de uma Maria deslavada e sem pudor, se não nos precavermos das suas bengaladas.
No passado sábado, já de madrugada, sou confrontado pelo meu amigo Bill – logo eu, que tenho mais alma de aluno que de professor –, questionando-me do lado de lá do atlântico sobre a possibilidade de um determinado texto, que anda por aí a passeio como sendo de Fernando Pessoa, não o ser.
Ele não acreditava que fosse, mas, ainda assim, um pequeno resíduo de dúvida persistia, assim, era necessário descobrir o seu autor ou ter a certeza por intermédio de fonte idónea, não ser de Pessoa.
O problema desde logo mereceu a minha melhor mas não inocente atenção, e começou a azucrinar-me a cabeça. Acontece, que não era dia das mentiras e a minha indissociável memória pulsava com a lembrança de há cerca de um ano por altura do Natal, ter tomado contacto com o referido texto e piamente acreditado ser de Pessoa, mais, com a santa ingenuidade empurrada pela senhora ignorância, até o tinha divulgado.
Assim, assumindo a instrumentalização – inocente sem dúvida – de que fora alvo e a minha parte de culpa na sua divulgação, domingo de manhã, lancei-me com genica na voraz tarefa de o descobrir, pondo à prova a minha pequena biblioteca de Pessoa que conta com uma dúzia de títulos, e népias, nem cheiro ou vestígio por menor que fosse do texto.
Muito bem… pensei, temos de descobrir qualquer coisa, a resposta terá de nos cair no regaço
Com a missão definida, qual Indiana Jones, sem cinto e em trânsito pelas estradas da informação, lá vamos descortinando de boteco em boteco, que a legião de ingénuos vai engrossando, este, o tal texto, consta por aí em dezenas de blogs, inclusive, num caso, como FrontPage de uma firma on-line. Do mal, o menos, afinal e como costumo dizer, um tolo nunca está só e a paliativa solidariedade destas coisas, sabe bem à brava.
Bem… nesta aliança luso-brasileira, iniciámos uma bem intencionada cruzada e, ao mesmo tempo, que com despudor recorríamos a amigos, enviámos e-mail para o blog “mundopessoa” da “Casa Fernando Pessoa” a pedir ajuda. No dia seguinte, pela nossa leitura da pronta resposta recebida e que logo agradecemos, sabíamos que este era desconhecido por responsáveis daquela nobre e distinta Casa. Estávamos portanto, perante um texto apócrifo com todas as letras e uma condenável injustiça póstuma.
Entretanto, o Bill continuava as investigações e, qual Sherlock de sede infrene, viria a descobrir a autoria da última frase do texto, que posteriormente teria sido apensa ao texto inicial, e também, a suposta autoria do resto do texto tresmalhado, que será de Augusto Cury, autor de Dez Leis para Ser Feliz, editado no Brasil.
A coisa ganhava contornos de uma hilariante overdose informativa, o autor da última frase estava descoberto: era “Nemo Nox” autor do blog “Por um Punhado de Pixels“. O próprio, tinha sido inquirido sobre a autoria do texto, e afirmava explicitamente que não era dele, confirmando no entanto, ser o autor da última frase que tinha publicado no seu blog a 2 de Janeiro de 2003, o que, confirmámos.
Na posse destes dados, atacamos as comunidades do Orkut, tanto de Fernando Pessoa, como de Augusto Cury, para autenticarem o texto e, dos muitos contactos feitos, recebemos até agora, sete respostas: quatro afirmam que o texto é de Augusto Cury, uma que desconhece o autor, uma que desconhece ser de Fernando Pessoa e finalmente, uma que diz ser de Fernando Pessoa.
Esta última, que provoca a troca de várias mensagens, não esclareceu em definitivo o busílis, visto que, o seu autor que na primeira resposta garantia que o texto era de Pessoa e que, até o tinha lido em LIVROS, não se manteve posteriormente tão categórico, quando confrontado com o desconhecimento que responsáveis idóneos da Casa Fernando Pessoa, tinham do texto.
Perante esta última resposta, tornava-se imprescindível – para além dos testemunhos que já tínhamos e da certeza de não ser de Pessoa –, visualizar o texto: Sherlock Bill, entra em contacto com um seu amigo livreiro que promete ter o livro de Cury na manhã seguinte. E, lá está, preto no branco, mas não se trata de um texto, trata-se de uma compilação de várias frases dispostas no final do livro, em que, a principal, como o Bill me informou, é a que inicia o texto e está na página 115 – 2º parágrafo.
Compreender não é aceitar e, por isso, retiramos daqui conclusões nada abonatórias sobre o funcionamento e a liberdade de publicação em geral, mas também, a desafiadora convicção que esperamos não seja efémera, de termos que correr atrás do prejuízo, tendo o cuidado de validar de forma mais agressiva o que publicamos e não aceitar-mos com a desmedida tolerância dos cábulas tudo o que nos chega, já que, pelo meio, podem vir as bengaladas.
O texto em questão é este:
(*)
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.”
Augusto Cury
Dez leis para ser feliz da Editora Sextante.
Ano 2003
E esta, a frase que lhe foi apensa posteriormente:
“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”
Nemo Nox
Por um Punhado de Pixels.
Fonte: http://www.pessoa.art.br/?p=98
Fernando, a tua cultura surpreende-me! (Dedicado a Fernando Alvarado)
Autor:LCF
1
A cultura é algo de inovador;
Tornando as pessoas mais interessantes;
E tu, Fernando, és uma pessoa culta;
Que possui montes de informações relevantes;
2
Para além da nossa leal amizade;
Tu ensinas-me a vida;
Grato estou eu, por isso;
E por toda a ajuda cem por cento nítida;
3
Para te falar não tenho muito;
Apenas desejo felicidades e sorte;
E sei que quando as angústias se revelam;
É só chamar-te e ver-te;
4
Orgulho-me de sermos amigos;
Pois a tua verdadeira dedicação;
Enche-me o peito;
Purifica-me o coração.
PERFUME
(Luís Felipe)
São tantos textos escritos por mim.
Como não me perco?
Nenhum contradiz o que fui, o que sou.
Talvez, minha maturidade sempre esteve aqui.
Apenas surgindo e surgindo a cada dia.
Cada vez que vou colocando as letras em ordem,
Formando as palavras, os escritos...
Nasce uma nova ideia. Um novo pensar.
Sempre agregando aos manuscritos passados.
Enriquecendo meu livro.
Acrescentando.
O meu legado já está sendo lançado.
Como folhas que caem duma árvore,
e se vão, com o vento.
Ou, como aroma das flores,
que perfumam e perduram.
Eternizadas pela extração,
colocadas num vidrinho...
Assim, são meus dizeres, deixados gratuitamente.
Meus pensares e pesares.
Como não me perco?
São tantos textos escritos por mim.
Olho pra tudo que eu fiz e vejo que eu coloquei tantos pontos finais nessa história que esses pontos deixaram de ser finais e se transformaram em três pontinhos. Mas não há nada depois deles porque você resolveu não voltar mais. A nossa história não teve fim. Agora só tem um vazio. E eu nunca vou saber até onde a gente podia ter escrito juntos. Eu nunca vou saber, e você já não se importa.
Pontos de vista são vagos e relativos! Algo por ser e não ser ao mesmo tempo. As mentes se conflitam, relacionamentos se desgastam... um não faz o todo! Por que tantos julgamentos, menos diálogos e mais tensão? O simples fato de não estarmos " dentro" do outro já é razão suficiente para não conhecê-lo verdadeiramente mesmo convivendo há anos! Não temos direito de julgar ou usar de palavras adversas. Muitos diriam " há o diálogo resolveria todos os problemas"... mas não! Diálogo existe para mentes corajosas! Mentes capazes de lutar contra uma "guerra" interior e idealizar algo maior ...algo que gere paz! Outros preferem utilizar de palavras agressivas e de tom rude para não cair em contradição com sua própria ideologia , se achando racionais e acabam por parar sua própria evolução.
ESPÍRITOS OPOSTOS
Não houve muita política na última entrega dos Oscars. Uma piada do Billy Cristal aludia aos privilégios que Bush teve durante o seu serviço militar e o diretor do documentário premiado sobre Robert MacNamara e o envolvimento americano no Vietnã disse temer que o país estivesse entrando em outro buraco parecido, no Iraque. No ano passado as críticas a Bush e à guerra foram aplaudidas e vaiadas. Este ano não houve vaias.
A guerra do Iraque pode ser menos discutida, nas próximas eleições americanas, do que uma outra questão quente: casamento entre gays, sim ou não? É uma discussão engraçada, porque as posições de lado a lado tendem a ser invertidas, sem trocadilho. Os gays, no caso, são mais conservadores do que seus críticos, pois lutam para preservar e prestigiar uma instituição que parecia estar agonizando, vítima da nova moral sexual.
Em muitos casos o que os parceiros buscam é uma formalização legal da união para fins de sucessão etc., mas na maioria dos casos — imagino — o que querem é uma sagração matrimonial como a dos seus pais, com toda a sua carga de tradição e emoção. Véu, grinalda e gravatas prateadas opcionais.
As objeções religiosas a casamentos entre pessoas do mesmo sexo também são paradoxais. Em toda ligação homossexual — ou homoerótica, porque o mundo está cheio de ligações homossexuais que não sabem que são — existe um componente “feminino” e um componente “masculino”, mesmo que imprecisamente definidos por características de personalidade e comportamento.
E na medida que personalidade e comportamento expressam o “espírito” de alguém, para usar outro termo indefinível, todas as uniões sexuais são entre “homem” e “mulher”, mesmo quando os corpos são do mesmo gênero. O espírito é a pessoa, segundo o ensinamento religioso, não o seu corpo transitório. Mas nenhuma religião quer saber de espíritos de sexos opostos se amando e fazendo arranjos domésticos “normais”. Sua crítica parece materialista e contraditória. Mas como não sou nem gay nem religioso, longe de mim esse cálice de confusão.
O mais curioso de tudo é a nova avidez das pessoas por parâmetros formais e cerimônia. Ouço dizer que foi por insistência dos alunos que as solenidades de formatura que, misericordiosamente, se encaminhavam para uma depuração sensata e para a brevidade, voltaram a ser como eram antes, pesados e palavrosos rituais de passagem com beca e tudo. Agora, quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha.
Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras; e por tudo isso, ando cada vez mais só. O que vai sendo vivido e sentido por cada um é tão particular que, mesmo incomum ou já cantado em prosa e verso, é para sempre também único.
[...]Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal comecei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom.
Tudo isso me deixa com calafrios na barriga e uma certeza maluca de que o que realmente quero - como a gente é louco - é na verdade oposto de tudo isso, entende?
Estou cada vez mais bossa-nova, espiritualmente sentado num barquinho, com o violão no colo. Deus, como eu quero paz.
Com o baú da memória absolutamente repleto e o coração sabendo mil coisas de tudo. Ando apaixonado por viver, com tudo que isso implica, e espantado pela passagem do tempo.
Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos. Ando assim descontínuo, exaltado, mas sempre com carinho enorme por você.
