Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo

Cerca de 7782 frases e pensamentos: Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo

Não me deu valor
Autor: Ricky Henry

Pois...
Tudo que vivi com você ...
Além de fazer do jeito certo...
Valorizei aquém quis
Valorizar o jeito errado ...
Me disse adeus e foi se aventurar
No mundo... E me deixou sem ao
Menos dizer obrigado!!!

Refrão :
Quer saber parei com você ...
Digo mais, sei que sou capaz ...
De encontrar alguém pra findar,
uma felicidade, já que ñ me quer assim...
E prefere um caminhar no errado...
Eu ñ posso forçar você a ficar ao meu lado !!!

Inserida por chd

Canção mágica!!!
Autor: Ricky Henry

É meu ser, um anjo, uma flor o meu
Bem querer
Minha solução, meu problema que
Terei que resolver ...
Pra viver , é morar no seu coração
Na verdade eu confesso, que me traz alegria pro meu coração...
Uma química, efeito especial do seu beijo de enlouquecer ...
Me dá o tom, pro acorde da nossa canção assim...

Como simples toque de mágica ...
Como simples toque de mágica ...

Se pra te satisfazer sou capaz de
Ferir meu querer ...
Me dedicar pra você , me faz mto bem
Uma vida alegre tenho pra te oferece
Mais sacrifício fasso pelo amor
Que você me cedeu , sorrir te olhando
Me renova o meu querer pois tenho
Fé nesse amor que encanta e deixa
Claro o encanto, que canto assim

Como um simples toque de mágica
Como um simples toque de mágica

Inserida por chd

Não me deu valor
Autor: Ricky Henry

Ñ faz assim ,
Me difamar sem eu dar motivo ...
É tão ruim, me sinto magoado e mto ferido...
Me ignorou dizendo pro seus amigos,
que sou um de livro rasgado Envelhecido!!!
Me deu as costas, passou por mim
como eu fosse invisível !!!

Refrão:
Por queeee...fez assim comigo....
Por queeee... me julgou, se eu ñ dei motivo ...
Por queeee, Deu as costas na hora que mais precisava ...
Por que , tem tanto rancor no coração...
Por que , por que, por queeeee .....

Se o amor acabou era só me dizer
Diz que, ñ adianta mais lutar ...
Sei que isso tudo vai passar
E digo que por mais, que eu te amo
Em outros braços ñ irei buscar
Se for de Deus sei, que vai voltar...
Mais se ñ ouver solução ,
Vou te deletar, ñ rasgarei esse livro
Mais vou preservar pois servirá de
Exemplo pra ñ mais me enganar !!!

Inserida por chd

No desfilar do meu coração!!!
Autor: Ricky Henry
Refrão:
Para rara para rara...
Para rara para rara...
Creio que sabe que vc nasceu pra mim...
Nosso amor ñ tem segredo ,
Tem começo meio e ñ tem fim..
E canção , é muito quente...
Jamais esfria, é refrão , música, meu
samba enredo, que desfila aqui
dentro do meu coração a minha avenida ...


A inveja vai tentar nos parar querendo
comprar os jurados, dando nota
baixa pro nosso samba, passistas
e alegoria só porque tiramos aplausos
Na avenida , essa é a minha escola
Que sofreu com pouca verba , mais
Com muita dedicação, amor e alegria
No girar da porta bandeira e sambar
do nosso passista ...
Bela comissão de frente, rainha da bateria
mais que chamou atenção foi
A velha guarda as baianas que giravam
sem perder o compasso
Do nosso samba enredo!!!

Refrão:
Para rara para rara...
Para rara para rara...
Creio que sabe que vc nasceu pra mim...
Nosso amor ñ tem segredo ,
Tem começo meio e ñ tem fim..
E canção , é muito quente...
Jamais esfria, é refrão , música, meu
samba enredo, que desfila aqui dentro
do meu coração a minha avenida ...

Inserida por chd

A vida é o único livro que o autor não pode reescrever,apagar ou começar do zero;
Pode iniciar um novo capítulo, com novas histórias, novas amizades, nosso emprego, novas paixões, entre muitas coisas novas.
Mas a sombra do capítulo passado estará ali, então cabe a nós discernir como o tratar,
Podemos viver a sombra desse capítulo ou escrever um novo dia após dia, até chegarmos no final do nosso livro.
É preciso muita perspicácia para escrever esse livro, pois esse livro nem sempre aceita corretivo e muito menos uma borracha ou para os mais avançados não tem delete ou Backspace.
E por fim a história desse livro não acaba na livrarias, não tem leitores, e acima de tudo só tem uma edição.
Cabe a cada indivíduo na sua singularidade escrever cada capítulo de seu livro, lembrando que esse livro é pessoal e intransferível, as vezes as histórias se cruzam, porém o livro continua sendo individual. - Flávio Soares

Inserida por flavinhopsoares

Para os alunos da vida, da escola e do trabalho. (Autor: Henrique Rodrigues de Oliveira)
“As pessoas gostam do fácil! Estudar do jeito que quer, trabalhar na intensidade que quer e etc. Mas são vontades da nossa imaginação que não se encaixam com a realidade da vida contemporânea, e por vermos que a vida real é diferente daquilo que queremos e pensamos, automaticamente vem as nossas resistências e as reclamações diante das cobranças no trabalho e na escola.
O fácil que você quer é difícil, mesmo depois de conquista-lo terá que mantê-lo. Os benefícios dessa facilidade conquistada é: uma boa casa, uma boa condição, um carro e etc. E pra mantê-los? Continuará se esforçando!!!! A boa vida para ser mantida é fruto do seu esforço e consequentemente o fácil só vai se permanecer com você se esforçando. O fácil depende do difícil pra ser mantido... Não tem pra onde você correr. A sua vida depende exclusivamente de você!
Mas divirta-se um pouco também. “E lembrem-se: saibam dividir onde um não interfira o outro”.

Inserida por clarique07

Maria Sozinha e seu filho (Autor: Henrique R. de Oliveira).
...observador
Maria observa a dor
Observa Maria, em movimento e exausta.
A situação exata
De um dia comum qualquer.

Maria segura a mão destra pequenina
E a esquerda sem a mão masculina
Caminham os dois na vida
E a criança segura nas mãos com esmaltes de uma mulher.

Todas essas coisas que rodeiam Maria
lhe atinge e lhe cansa mas ela não desiste.
Porque mãe é mãe e não foge
E na dificuldade resiste

E em meio alguns momentos tristes
A sua criança lhe ensina
Com os gestos inocentes sem intenções
Mas, com efeito, que te anima.

Por que Maria ensina seu filho
E seu filho ensina Maria
A ingenuidade pequenina
Tem uma grande força que comove e incentiva.

Maria caminha com seu filho.....
Maria feminina com traços de pai
A estrada é longa, mas mãe que é mãe tem a sina.
De não abandonar o seu filho jamais.

Inserida por clarique07

LINHAS DA VIDA. (Autor: Henrique R. de Oliveira).

Andamos em linha reta....
E as vezes dobramos na curva do errado.
Da queda, a busca do certo, que é o correto.
E se levantar pra concertar o errado.

Mas pra cada tropeço tem a dor da topada.
E pra cada topada, a dor acerta.
Porque nas quedas vem o remédio aprendizado.
Pra curar a fase com seu sabor amargo.

Há quem caminhe embriagado....
E o caminho afunda a cada gole.
Há quem esteja com a cabeça querendo o certo.
Mas com os pés no caminho errado.

Nas adversidades em busca do certo.
Vem obstáculos que lhe para .
Há quem desista e se revolta.
Há quem enfrente e o derrota.

Mas tem linha reta com os mesmos resultados.
E que façamos uma curva para novas respostas.
Bebendo as doses do amargo aprendizado.
Até chegar o doce, contido no mesmo frasco.

Inserida por clarique07

Cultivei seu amor
Autor: Ricky Henry

Eu fecho os olhos pras coisas que
Que ñ convém, chateia e põe nosso amor em prova ...
Já orei pedindo pras línguas felinas
Irem pra bem longe da gente ...
Deixando a paz em nossa relação
É o mais importante nesse momento
Disfrutar de vc é só alegria agora ...

Refrão
Seja minha ....
É tudo que sonhei ...
Faço o que vc quiser...
Pra se sentir bem...
Eu vou te dizer!!!
Que essa semente , que plantei ..
Em seu coração ...
Foi cultivada com meu amor
E com minhas lágrimas reguei ...
É hora de colher a fruta da alegria
Que está dentro de ti meu bem...

Inserida por chd

Agradeço em Louvor !
Autor:Ricky Henry

Nas minhas andanças ...
Sei que caminhei em espinhos ..
Feri meus pés , e cai em conflito
Com meu espírito!!!
Pensei que , era o fim quando
Pensei em desistir ....
Senti a mão de Deus em mim
Sua voz dizia filho eu estou aqui !!!

Pai, porque se calou ...
Pai, ferido estou...
Pai, ñ aguento mais toda essa dor ...
Pai, obrigado pela sua mão
que me resgatou!!!

Hoje serei fiel e ñ mais questionarei
O Seu querer...
As nas orações de joelho estou ...
Escrevo mais um louvor...
Agradecendo pelo Seu amor...
Como é Lindas as mãos do Salvador .

Inserida por chd

Soprou meu sentimento!!!
Autor: Ricky Henry
E lá, laia, lá, laia...
E lá, laia, lá, laia laiaaaa ....

Foi, com o vento que soprou
Nem se importou...
Com o meu sentimento ...
Partiu deixando solidão ...
Assim foi, com o passar do tempo
Em minha vida, ela passou...

E lá, laia, lá, laia...
E lá, laia, lá, laia laiaaaa ....

Mais....
A solidão , em meu coração...
Hoje se alojou...
Em meu barracão, ouço samba canção...
De Nelson Cavaquinho e grande Cartola...
Me faz relembra...
Dos tempos de outrora ....

E lá, laia, lá, laia...
E lá, laia, lá, laia laiaaaa ....

Na minha janela , olhando a figueira..
Canta, sabiá saboreando o figo...
É inspiração o tom que se encaixa
nessa melodia ...
De saudades....
Onde fico a me perguntar???
Por onde andas, aquela que soprou
meus sentimentos ???

Eu, fico a me perguntar???
Por onde andas, aquela que soprou
meus sentimentos ???
E lá, laia, lá, laia...
E lá, laia, lá, laia laiaaaa ....

Inserida por chd

Homem sem Fé
Autor: Tadeu G. Memória


Existo na vida e vivo num sonho
Morro no dia a dia e me enterro na letargia
Existo no sonho de todas as coisas incríveis quer não existem.

Faço amor mas não amo o que faço,
Ou amo o que faço, mas não faço com amor.

Eu sou homem,
O homem sem nome, sem onde, sem fé.
Sou parte do que componho,
Sou metade verdade, metade sonho.
Existo num sonho ou sonho que existo.

Sou homem,
Tenho dois olhos que só acreditam no que vêem
Ou só vêem o que acreditam.

Tenho uma boca que sente fome,
Ou pressente a carne,
Tenho mãos que se pedem pra abrir,
Mas só abrem pra pedir.
Tenho um corpo que tem necessidade de sentir,
Mas só sente necessidade.

Tenho um sorriso que só contrai,
Tenho um rosto que é só estampa,
Tenho um perfil que se envolve com o tudo
Mas absolve no nada.
Existe nisso tudo, e por isto tudo persisto na inexistência.

Inserida por tadeumemoria

ESTA TUA ESTÁTUA (AUTOR: Henrique R. de Oliveira)

Esta tua estátua
Esta tua inércia
Esta tua história
Esta tua mão destra

Pensante no banco
De costas ao mar que banha
Moldura: calçadão e céu
Em Copacabana .

Esta tua Carlos
Esta tua Drumond
Esta tua poesia
Esta tua imagem

Onde esta, é pronome demonstrativo
E tua, é pronome possesivo
Depois junto pronome + pronome + seu nome=
estatua Carlos Drummond de Andrade.

Inserida por clarique07

FELICIDADE PRA TRISTEZA. (Autor: Henrique R. de Oliveira)
A felicidade em mim está sempre presente.
Mas a tristeza sempre se incomoda com isso.
Se ela soubesse como é bom ser feliz....rs.
deixaria de ser triste.

Mas algo me diz que a felicidade da tristeza
é ver as pessoas infelizes.
Essa tática já está fora de moda!
O mundo é outro!
Porque ela não se atualiza
e faz uma reciclagem pra aprender
a importância da felicidade.

Porque a felicidade é amiga e irmã de todos!
E é possível adotar a tristeza
pra formar um estado em par singular!
Basta a tristeza querer!
Basta ela aceitar!
Porque daí
tudo seria uma coisa só.
Tudo seria felicidade.

As vezes a poesia escreve as suas vontades nas estrofes do impossível.
Mas é um sonho.
Um sonho.

Inserida por clarique07

A RUA LÁ DE CASA (Autor: Henrique R. de Oliveira)
Os olhos espiam o tempo a fora
As luzes da rua mostram os pingos que caem.
A chuva tímida que cai agora
Emudece a cidade com silencio da paz.

Eu ouço gotas desprendendo-se das folhas
Caindo nas poças e uma nota faz.
Vem um vento repentino e balanças os galhos
E a árvore uma chuva breve faz.

O som dos passos: calçada e chinelo
de alguém que com pressa vai
são abafados por um moto barulhenta
de um silencio que não é mais...rs

Mas a distancia vai sumindo e diminuindo o barulho
Devolvendo o silencio com som da chuva que cai.
Eu ouço gotas caindo nas poças
Silencia-se a cidade com traços de paz.

Boa noite...

Inserida por clarique07

QUEM SOU EU. (Autor: Henrique R. de Oliveira)

Sou fogo,sou gelo.
Sou lágrimas, sou sorriso.
Sou queda, sou vertical.
Sou reto e torto nessa vida.

Sou forte, sou fraco.
Sou navalha como a língua.
Sou cura, sou ferida,
que o tempo cicatriza.

Sou amigo, acolhedor
Sou distante da falsidade
Agradável e desagradável
com minha sinceridade.

Sou sério aparentemente
e visceralmente divertido
A pele que mostra a antipatia
cobre a alma que tem a bondade.

Sou rígido com quem é mole
e prestativo com quem se esforça
Ajudo quem precisa
e brigo com quem se acomoda.

Sou importante para quem me conhece
e chato para o desconhecido,
quando o mesmo passa a me conhecer
geralmente vira meus amigo.

Sou mais aprendiz do que professor
Sou adulto,fui criança.
Sou prazer, amor e dor.
Com saudade da infância.

Inserida por clarique07

Menina do Rio
Autor: Tadeu G. Memória


Você tem as paisagens das colinas,
O Cristo, Copa, a Quinta...
Maracá, flamengo e a Rua Venus,
Trombas d’água e neblinas,
Garotos que sussurram galanteios,
De corpos perfeitos, meninas...

Você tem o Rio e o Rio corre em Você,
Eu tenho uma folha de caderno e uma Caneta,
Eu faço o poema e o poema me Envolve
Com metamorfoses, vicissitudes e cataclismas
Mágoas e marcas indeléveis de trezentos anos.
Os meus cabelos já ficaram brancos...
Antes eu não era nada, agora eu não sou ninguém,

E você tem o Rio e o Rio te tem...
Eu já conheci essa paixão avassaladoura
de fim-de-semana...

Sexta a gente se apaixona...
Casa-se sábado...
Domingo é lua de mel
E segunda? E segunda?
Aonde eu vou me esconder?
Eu não tenho colinas...

Inserida por tadeumemoria

⁠NA QUINTA ESTAÇÃO...
Livro: NÃO HÁ ARCO-IRIS NO MEU PORÃO.
Autor: Escritor:Marcelo Caetano Monteiro .

A chuva não caía — ela tocava.

E cada gota era uma nota.
Cada nota, um passo de Camille no silêncio do mundo.
A música não vinha de fora: ela nascia da própria água que se desfazia no ar, tocando vidraças com um compasso que parecia ensaiado por um maestro ausente. Mas eu sabia — era ela.

A chuva era a música.
Não se podia distinguir quando o som virava líquido ou quando o líquido virava lembrança.
A canção se dissolvia em gotas finas e melancólicas, e cada uma delas trazia uma sílaba do teu nome, Camille, como se o céu sussurrasse teu rastro.

E eu, ali, imóvel, encharcado de ti.

Tudo vibrava em uma mesma frequência: os pingos, as cordas invisíveis do violino que eu jamais vira, a harmonia do teu perfume — absinto e jasmim — que emergia do asfalto molhado como se a cidade também te procurasse.

Não era nostalgia.
Era possessão.
Aquela música que chovia estava viva, e era tua.

E pela primeira vez compreendi o que é uma presença não ser corpórea, mas sonora. Camille não veio. Camille aconteceu.
Como se a tua existência tivesse sido reduzida a uma partitura de água, tocada pelas nuvens, naquela quinta estação onde só nós dois existimos — tu, dispersa em som e chuva... eu, diluído em espera.

E toda vez que chove assim, ainda que ninguém perceba, a mesma melodia volta.
A mesma. Sempre a mesma.
Como se a quinta estação não tivesse acabado —
ou como se eu nunca tivesse saído dela.

Recolhimento de Camille

Então ela surgiu.
Não com passos. Não com palavras.
Mas com um sorriso.

Um sorriso em delírio, feito de algo que o mundo desaprendeu:
viver sem saber que se vive.
Ser por inteiro sem a obsessão de se compreender.
Camille, ali, diante de mim — e ainda assim inatingível — era o retrato vivo daquilo que a humanidade perdeu quando começou a pensar demais.

Ela sorria como se o sorriso não lhe fosse emprestado pela razão.
Sorria porque o coração dela não sabia fazer outra coisa senão dançar com a música invisível da existência.

E era ali, na chuva já quase cessa, que eu compreendia:
Camille não se dava conta de que vivia.
E por isso vivia mais do que qualquer outro ser.

Se existiam partituras, haviam sido abandonadas.
Porque a melodia dela era espontânea.
Porque a música que ela era dispensava pauta, regência ou intenção.
Camille era um som antes de ser um nome.
Era um momento antes de ser uma história.

E talvez seja por isso que nenhum sofrimento a tocava como a nós.
Porque só sofre profundamente quem se vê como personagem.
E Camille...
Camille era o próprio enredo sem precisar de roteiro.

Observei-a por um longo instante —
recolhi sua imagem não com os olhos,
mas com o que resta de fé em mim no que ainda é sagrado.
Naquela quinta estação, eu soube:
todo ser humano deveria ser assim.

Inserida por marcelo_monteiro_4

Paulo de Tarso – O convertido de Damasco e a alma consolidadora do Cristianismo.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro .

A história do Cristianismo não pode ser contada sem a presença luminosa e decidida de Paulo de Tarso. Nascido em Tarso da Cilícia, região então sob domínio romano, Saulo seu nome judaico fora educado sob o rigor da lei mosaica e instruído aos pés de Gamaliel, um dos mais sábios doutores da Lei. Saulo convicto, via o movimento nascente do Cristo como uma perigosa heresia que ameaçava a pureza do judaísmo. Por isso, foi perseguidor implacável dos primeiros cristãos. Contudo, o destino o aguardava no caminho de Damasco.

Ali, às portas da cidade, envolto por uma luz fulgurante que o fez tombar por terra, ouviu a voz que mudaria toda a sua existência: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9:4). O encontro espiritual com Jesus foi o ponto de inflexão de sua vida. O perseguidor se tornaria o apóstolo. O homem da lei rígida renasceria para a lei do amor. Desde então, Paulo de Tarso passou a ser o “convertido de Damasco”, símbolo vivo da transformação moral possível a todo ser humano quando tocado pela verdade divina.

As viagens missionárias e o nascimento do Cristianismo universal.

A imagem das viagens missionárias de Paulo revela o vigor e a dimensão do seu apostolado. Em quatro grandes expedições, ele percorreu milhares de quilômetros atravessando mares, desertos e perseguições levando a Boa-Nova de Cristo para o coração do mundo greco-romano. De Antioquia a Éfeso, de Filipos a Corinto, de Atenas a Roma, Paulo lançou as sementes do Cristianismo que se universalizaria.

Em cada cidade, fundava comunidades, escrevia cartas e formava discípulos. As Epístolas Paulinas, endereçadas às primeiras igrejas cristãs (Corinto, Roma, Éfeso, Gálatas, Filipos, Tessalônica e outras), não foram apenas mensagens pastorais são tratados de teologia viva, psicologia da alma e filosofia moral. Em suas linhas pulsa o mesmo Espírito Consolador prometido por Jesus: a fé raciocinada, o amor que redime, e a esperança que sustenta o caminhar humano.

Sem Paulo, o Cristianismo provavelmente teria permanecido restrito à Palestina. Foi ele quem deu ao Evangelho um alcance universal, libertando-o das fronteiras étnicas e religiosas. Graças a sua inteligência, coragem e ternura espiritual, o Cristo saiu das sinagogas e catatumbas e alcançou o coração dos povos gentios.

O Espírito de Paulo e o Espiritismo:
A tríplice luz da Verdade.

Quando o Espiritismo surge, séculos depois, nas mãos de Allan Kardec, ele traz novamente à luz o mesmo ideal que Paulo viveu: a libertação do Espírito pela verdade, pelo amor e pela razão. O Espiritismo, em seus tríplices aspectos — científico, filosófico e religioso/Moral — é o prosseguimento do Cristianismo redivivo, o “Consolador” prometido pelo Mestre.

No aspecto científico, Paulo simboliza o experimentador da fé. Ele não se contentou com teorias; foi à prova da experiência, vivendo o Evangelho em sua própria carne. Suas viagens, curas e testemunhos são expressões da ciência moral do Espírito, que o Espiritismo hoje explica e amplia pela mediunidade e pelas leis da imortalidade.

No aspecto filosófico, suas Epístolas são o primeiro tratado do Espírito imortal. Ele fala do homem velho e do homem novo, da semeadura e da colheita, da lei de causa e efeito temas que o Espiritismo retomará sob o nome de Lei de Ação e Reação. Em sua carta aos Gálatas, Paulo antecipa essa lei espiritual: “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).

No aspecto religioso, o amor é o eixo central. Paulo eleva o amor acima da fé e da esperança: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, nada serei” (1 Coríntios 13:1). Eis o cerne do Cristianismo redivivo que o Espiritismo vem restaurar o amor como lei universal, ciência de Deus e filosofia de vida.

Léon Denis e Joana de Ângelis: Ecos paulinos na era moderna.

Léon Denis, o grande continuador de Kardec, via em Paulo o primeiro pensador espiritualista do Cristianismo. Em Cristianismo e Espiritismo, Denis afirma:

“Paulo foi o gênio inspirador do Cristianismo, o intérprete mais lúcido da mensagem do Cristo, o apóstolo do Espírito e da liberdade interior.”

Ele reconhece que, sem o impulso intelectual e moral de Paulo, a doutrina de Jesus teria permanecido circunscrita aos limites do judaísmo e talvez não resistisse à pressão da cultura pagã. Denis o considera precursor do Espiritismo porque suas cartas já traduziam os princípios da vida futura, da comunicabilidade dos Espíritos e da imortalidade da alma.

Séculos depois, Joana de Ângelis através de Divaldo Franco retoma o espírito paulino em linguagem psicológica e luminosa. Em Jesus e o Evangelho à luz da Psicologia Profunda, a mentora espiritual analisa Paulo como símbolo do “homem em processo de individuação espiritual”, que, após a queda interior, reencontra a luz da própria essência divina. Joana vê no episódio de Damasco uma alegoria da cura interior: a perda temporária da visão física para alcançar a visão do Espírito.

Ela escreve:

“Paulo desvela a força transformadora do amor. Ao reencontrar Jesus dentro de si, transcende o ego e ilumina o self, tornando-se, não mais o perseguidor, mas o servidor fiel.”

Assim, Paulo é o arquétipo do discípulo que se refaz pela dor e pela fé esclarecida o mesmo caminho que o Espiritismo oferece ao homem moderno, convidando-o à reforma íntima e à libertação pelo conhecimento espiritual.

O martírio e a herança eterna.

Após décadas de trabalho incansável, Paulo foi preso em Roma, sob o reinado de Nero. Diante do tribunal romano, não negou sua fé. Como cidadão romano, recebeu o direito de ser decapitado, e não crucificado como Pedro. Sua morte, porém, foi apenas o início da sua imortalidade espiritual.

No mundo invisível, segundo narrativas espirituais, Paulo continua atuando como um dos mentores da causa cristã, inspirando consciências que buscam o mesmo ideal de redenção e coragem moral. Sua vibração está presente nos tempos novos, guiando corações ao Cristo interior, como o fez outrora nas estradas poeirentas do Mediterrâneo.

Os ecos de Paulo nos séculos.

Ao longo da história, o verbo paulino reacendeu em muitos corações: em Francisco de Assis, que viveu o amor em sua pureza; em Teresa de Ávila, que o transformou em mística ardente; em Allan Kardec, que lhe deu corpo doutrinário e lógica imortal; e em missionários modernos do Espírito como Léon Denis, Chico Xavier, Divaldo Franco, Irmã Dulce e Madre Teresa.

Todos, à sua maneira, ecoam a voz do convertido de Damasco: “Já não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2:20).

A luz que jamais se apaga.

Paulo de Tarso é o elo entre o Cristo e o homem moderno. Sua mensagem continua viva porque é eterna. Suas cartas falam à consciência e ao coração. Seu exemplo traduz a essência do Espiritismo: transformar o sofrimento em aprendizado, a culpa em libertação, a fé em razão e o amor em ciência divina.

O Espiritismo, com sua tríplice base ciência, filosofia e religião é o prolongamento natural do Cristianismo que Paulo semeou. O convertido de Damasco foi o primeiro grande psicólogo da alma, o primeiro teólogo do Espírito, e o primeiro apóstolo da universalidade do amor.

Como escreveu Joana de Ângelis:

“A mensagem de Paulo ainda ecoa pelos séculos, convidando os homens a deixarem as sombras de Damasco e seguirem o Cristo-luz.”

E como conclui Léon Denis:

“O Espírito de Paulo não morreu; ele trabalha, de plano em plano, pela vitória do bem, pela ascensão da alma humana e pela glória eterna de Deus.”

"O amor que Paulo pregou ainda é o mesmo que o Cristo vive. O tempo passa, mas o Evangelho permanece o roteiro das almas que despertam para a luz."

Inserida por marcelo_monteiro_4

Entre o Perdão e a Aurora do Amor.
Capítulo XV - Livro: Não Há Arco-íris No Meu Porão.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro. Ano: 2025.

Camille Marie Monfort caminhava por entre os corredores silenciosos de sua própria alma, onde ecos de antigas feridas insistiam em sussurrar lembranças. Cada passo era um diálogo com a ausência, cada suspiro, uma tentativa de reconciliar o ontem com o amanhã. Ao seu lado, Joseph Bevouir não era apenas presença; era horizonte, promessa e sombra. Ele carregava nos olhos a memória do que fora e a inquietação do que ainda poderia ser.

O perdão, nessa trama delicada, surgiu como vento inesperado: não pediu licença, não exigiu razão. Libertou antes que o amor pudesse ousar manifestar-se. Camille sentiu nas mãos um vazio que já não queimava; Joseph percebeu que o coração, antes contido, agora respirava em espaço desobstruído.
Entre eles, palavras não eram necessárias. Cada gesto era tradução de uma reconciliação íntima, um pacto silencioso com o tempo. O perdão abriu portais, revelou luz onde a sombra insistia e ofereceu o terreno fértil para que o amor, tímido e hesitante, florescesse com intensidade renovada.

E assim, num instante suspenso entre o que foi e o que virá, compreenderam que a libertação interior precede toda forma de entrega. O amor, sem pesos nem correntes, é a aurora que nasce depois da noite profunda do rancor. Camille e Joseph descobriram que o perdão não é fim, mas a promessa de novos começos e que aqueles que se atrevem a liberar a alma encontram, inevitavelmente, a plenitude do sentir.

O perdão é a primeira semente da liberdade emocional. Quem se permite perdoar antes de amar, descobre que o coração não carrega apenas cicatrizes, mas a capacidade de florescer novamente, mais intenso, mais vasto, mais verdadeiro.

Inserida por marcelo_monteiro_4