Texto para um Amor te Esquecer
Contramão
Você estava linda, eu te fiz sorrir!
As passagens do tempo um dia justificarão suas fases para aqueles que buscam explicação para tudo
O corpo é o reflexo do seu brilho interior, de suas noites em claro vivendo a escuridão
Eu te vi lá, eu vim de lá
De calça vinho e aba reta, estereótipo de poeta
Na contramão do mundo só pra te encontrar
E hoje façamos um esforço para melhorar.. cada um quer mostrar que sabe mais que o outro, e se acha melhor que os demais. É preciso que voltemos a ouvir a verdade que o outro trás no peito. Mas pra que a gente se entenda é preciso escutar com respeito, afeto e vontade de ajudar. Precisamos lembrar que o direito do outro é igual ao meu, e aprender que quando a dor vem cada um reage de um jeito. É preciso parar de olhar para o próprio umbigo e enxergar que a paz interior é o remédio de dose diária e contínua.
E lembrar que o outro merece tanto respeito quanto eu mereço é a resposta.
Bom dia❤️
A voz do: _Não!
Quando vejo pessoas com Martin Luther King, Mahatma Gandi, ... eu vejo um contexto.
Mas o mesmo não eles disseram em épocas diferentes. Mas por causas justas. Cada um numa filosofia de vida. Um traçado no preconceito de pele, outro na de raça, outro de sexo. Mas disserem: _Não!
Bate-Seba, não disse não. Claro que também não foi um estupro, mas Deus avisou antes do povo Hebreu querer um rei que isto aconteceria. Ao invés de justiça, os reis tomariam as filhas do povo como concumbinas. Mas Zifrá e Puá, mulheres que serviam apenas de ferramentas, para uso geral da população, disseram não a um imperador.
Tamar também disse não ao seu meio-irmão Amnon. Em troca da sua confiança, recebeu um estupro. A história narra que ela viveu o resto de sua na casa de seu irmão Absalão triste. Enquanto sexo não passava de um minuto para os príncipes para as princesas uma questão de o quanto uma mulher virgem valia.
Muitos cristãos e cristãs, disseram e dizem não até hoje, em troca recebem preconceito e morte, principalmente em países e épocas intolerantes ao cristianismo.
Rute e Esther disseram não. Uma a ordem de sua sogra, a outra colocando sua cabeça a prova a desafiar um rei.
Existem conseqüências diretas de cada não. Martin Luther King e Mahatma Gandi nós já sabemos porque fazem parte da história recente. Rute, Esther, Daniel e pricipalmente Zifrá e Puá o leitor vai ter que buscar, nem que seja na internet.
Mas numa hora em que o Brasil de “país tropical recheado de mulheres fáceis” perde este rosto para ganhar a face do: _ Não!
Eu deixo claro aqui o quanto as decisões vão afetar a sua vida. Não podem ser interpretados por Deus como justiça ou leviandade, depende do que vai no coração de cada um. E Deus é um Deus de corações.
Um não pode te levar a morte. As catacumbas romanas e campos de extermínio do Holocausto são o exemplo disso. Gente como Yosef ... e muitos outros também.
Minha família é contra o meu estilo de vida. Meus parentes se distanciaram quando resolvi viver para Cristo.
Mas saiba que talvez eu seria uma cabeça rolada no caso de muitas situações. E as mulheres têm de ter coragem. Coragem para dizer: _ Não!
Não quando um namorado é grosso com a gente. Não quando um homem nos assedia mesmo sendo casado. Não quando nos vêem como um “pedaço de carne”.
Quer saber? Acho que minha cabeça ia rolar, como rolou a de Tamar. Caso eu fosse Bate-Seba ou Mical.
Confiar em Deus é isto. Se Ele quiser me recompensar bem. Senão, que seja feita a Vontade Dele. Mas não é não! E eu continuo dizendo: _ Não!
Nerisírley B. do Nascimento 12/07/2013.
Chegar a Jerusalém é chegar a um lugar de Paz.
Diferente do que se pensa, apesar dos conflitos, do calor e clima seco e de ver jovens com armas servindo o exército. Jerusalém é linda. Ao final da tarde, ela reflete o sol as fachadas e ruas parecem ouro, talvez a paisagem já profetize o que está em Apocalipse.
A cidade cheira Mirra.
Israel é cosmopolita. Excluindo os radicais religiosos. Todo o país é maravilhoso de um povo multirracial, milenar e inteligente.
Tudo é especial. E é lógico que para um goiano, principalmente um goianiense é mais fácil passar pelo calor e clima seco de uma Peregrinação à Terra Santa.
Vale muito à pena ir.
Hazaras um povo esquecido.
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A primeira vez que eu vi um Hazara na minha vida foi num hotel à beira do Mar Morto. Eu estava em peregrinação para Jerusalém _Yerushalaim_. Fiquei abismada com uma moça asiática bem mais baixa que eu, de rosto arredondado, mas olhos grandes e verdes. Ela falava oito línguas. E na Jordânia relatou que não sofria preconceito, apesar de saber que nunca casaria. Pois sua raça não era aceitável para os cidadãos de lá. Como era mulçumana e muito culta não servia para o casamento.
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Dois anos mais tarde, indo para Tiro, conheci vários Hazaris. Eles são mais tranqüilos e não tem tanto preconceito com estrangeiros. Mesmo porque eles são sempre estrangeiros na sua própria terra. O Afeganistão. Para quem nasceu num país gigantesco que de uma capital à outra demora seis horas de avião, mas em todo ele fala-se o Português é difícil compreender uma raça com uma língua e costumes próprios dentro de um país do tamanho aproximado da Bahia com tantas divergências étnicas.
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Os hazaras são descendentes dos mongóis com os afegãos. Por isso, os olhos verdes com o rosto asiático. Porém diferem em muitíssimo dos chineses, coreanos e japoneses. Para quem os conhece já vê a diferença entre eles, eu sei reconhecer facilmente. Mas os hazaras são singulares no aspecto físico. Apesar de abrigarem-se ao longo do tempo, desde a invasão de Gengis Khan,em Cabul. Sempre foram considerados inferiores. Com a imposição do regime Talibã começou a “limpeza étnica”. Eles passaram ser exterminados como num novo Holocausto. Mas desta vez no século XXI entre mulçumanos sunitas contra xiitas.
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Na Ásia Central nós encontramos sempre algum hazara. E quem encontra pela primeira vez um, tem um sinal de espanto mesmo. Geralmente, eles são belíssimos. Chamam muito na atenção. Um asiático de pele clara e olhos grandes e verdes diferem de todos. Têm uma profunda dedicação ao estudo e ao conhecimento. Mas no país deles, por serem considerados inferiores, têm de fazer os piores trabalhos. Existe um ditado por lá que descreve que para um afegão existem vários lugares, mas para um misturado _hazara_ somente o cemitério.
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Num país de desertos, de uma diferença gigantesca para a superlativa natureza brasileira, você vai encontrar o asiático mais lindo de toda a Terra. Mas um povo dentro de seu país que não é considerado. Uma sub-raça. Algo muitíssimo difícil de ser compreendido por um americano. Seja de qualquer lugar que ele for. Afinal, as Américas são junções e miscigenações. No Brasil, então, muito mais.
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Mas eu vou abrir os olhos hoje para eles, os Hazaras. Um povo esquecido pelo mundo. Mas que existe e está aí para quem quiser ver.
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20/11/2015
História romântica contada por mim às crianças:
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1 - O príncipe da Rapunzel é um bombeiro. Primeiro ele já vem de carro vermelho fazendo barulho e qual garotinho não gostaria de uma história com um carro do Corpo de Bombeiros? Depois,ela jamais jogaria as tranças. Custa caro a silagem num cabelo grande como o dela, para um sujeito subir de botas sujas nelas. E bombeiros são sempre mais charmosos que príncipes.
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2 - Príncipe encantado é aquele carinha que nunca teve que lutar por nada na vida. É um chato pedante. Depois... esse caso de encantamento... sei não. Chuta que é macumba.
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3 - Grandes princesas terminam mortas num túnel em Paris. E o túnel cheira xixi.
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4 - A Cinderela criou uma agência de faxineiros, serviços de saneamento básico e o sindicato dos lixeiros. Salvando o reino da falência.
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5 - A Ariel é a maior ativista do Greenpeace dos mares.
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6 - A bela adormecida virou uma farmacêutica que conseguiu descobrir o princípio ativo do pó da sonolência. Logo, no reino dela, todos são operados com o pozinho e acordam com um beijaço.
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7 - A Branca de Neve é a maior produtora de geleia de maçã atualmente. E o príncipe conseguiu engrossar a voz com a ajuda de uma fonoaudióloga.
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_ Vocês não acham que eu sou extremamente romântica? As crianças amam!
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22/09/2014
Um Júbilo na minha vida!
Eu tenho um Labrador. Lindo! Se chama Júbilo.
Ele tem um tom mel um perfil garboso e maior que a maioria dos Labradores, me disseram a algum tempo que era o alfa da ninhada por isso essa diferença. Júbilo tem o crânio mais avantajado que os irmãos dele e também o porte e elegância _quando parado, claro _.
Na nossa casa tivemos os mais diversos tipos de raças e os mais diversos tipos de animais de estimação, mas nenhum foi tão mimado e tão cuidado como o Júbilo. Ele é o supra-sumo das atenções e desvelos para um cachorro na nossa família e o primeiro animal de estimação meu. Em nossa família já tivemos: tartarugas, pintinhos, cinco cachorros, preás (que aliás, fedem e procriam na medida em que fedem), periquitos australianos, passarinhos e sei lá mais o quê que não me lembro mais.
Quando bem criança o meu irmão conseguiu convencer meu pai a ter um cachorro da raça Pequinês, quando bebê o bichinho era um amor, mas bastou crescer um pouco para virar o mais rabujento e mal criado dos animais. O Jesper era um calvário! Chato, mal humorado, ficava magoado com o primeiro não e detestava vassouras, mordia todas, não tinha nenhuma lá em casa que não fosse batizada. Vivia dentro de casa, e avançava em qualquer um. Pra terminar era pirracento e soltava pum a cada trinta minutos, de preferência perto da gente. Ele era tão chato, tão irritante que tinha os dentes pra fora, sei que é próprio da raça mas creio que no caso do Jesper era o temperamento dele que fazia com que ficasse parecendo um animal pronto pra dar o bote na primeira rangida.
Depois tivemos um casal de Pastor Alemão que eram extremamente bravos, mas com os de casa eram de uma doçura e fidelidade fora do comum, lindos! A fêmea era a Chayene era mais brava e sapeca, o macho era o Fiel doce e dedicado.
Por isso, posso dizer que depois de termos tido tantos animais de estimação nenhum foi até hoje tão agradável e divertido como o Júbilo. Apesar da evidente beleza dele a maior vantagem sua está longe do seu aspecto, está no seu gênio. Ele é lindo por dentro, sua fachada só emoldura o quadro do seu temperamento.
Júbilo não é um cão de guarda segundo os entededores, mas late a noite inteira sob o menor barulho. Também um cão de companhia não ataca nunca, mas não se encaixa no meu Labrador, duas vezes ele atacou, as duas foram homens desconhecidos que tentaram se aproximar de mim de repente, e com certeza pela ocasião com as piores intenções.
Eu nunca pensei que pudesse ter um cão tão caro e especial como ele. Um dia estava passando na frente de um Pet Shop num shopping e vi uns caezinhos mel como ele. Sonhei, mas pensei comigo mesma “eu nunca conseguiria um cahorro tão lindo como esse”, o preço dos filhotes era de R$ 1.200. Mas parece que Deus ouviu o meu pensamento... algumas semanas depois a minha mãe me falou que minha prima tinha conseguido uma fêmea num canil. Era uma é poca muito difícil pra mim, meu pai tinha acabado de falecer, depois a cadela do meu irmão que eu cuidava, e logo meu outro irmão teve um acidente terrível que o deixou imobilizado por algum tempo. Depois destas e outras perdas eu tinha entrado numa imensa tristeza então decidi que se tivesse uma cadela minha ela se chamaria de forma profética Alegria. Cadela porque nem me passava pela cabeça um machinho.
Meu irmão mais velho se divorciou e veio morar na nossa casa então ele foi ao canil comigo. Eram só dez minutinhos para escolher a cadelinha, ficamos quatro horas. Eu não conseguia escolher, eram cinco fêmeas e um machinho mel que era o único que parava de brincar com os outros e vinha me cheirar de vez em vez. Ele parecia o maior mas o mais molenga de todos. No meio da minha indecisão orei a Deus dizendo “Senhor se este filhote vier me cheirar mais uma vez eu o levo” imediatamente ele veio. Não aguentando mais o meu impasse meu irmão o pegou no colo e decidiu por mim: _Pronto! Chega! Vai ser esse aqui e acabou! Quando entramos no carro com ele no colo, ele saltou pra fora e tivemos que correr atrás dele na rua. Nem sabíamos, mas começaria alí uma imensa ou imaginável lista de peripécias do Júbilo.
Bom, ja que não era a Alegria, então ia ser o Júbilo. Ele foi criado dormindo do lado de fora de casa, nunca chorou por estar na garagem que dá acesso ao átrio e jardim. Também nunca dormiu muito a noite. Ao contrário, mascou e detonou tudo que fosse verde, preto, vermelho, marrom, branco, etc. Se tivesse cheiro de borracha ou o meu cheiro melhor ainda. Em três meses não existia mais aquele lindo e florido jardim, no lugar dele resistiram as jabuticabeiras do meu pai e um resto de terra preta bem cavucada. Aliás acho que todo Labrador deve ter uma parte do DNA comum com uma topeira e com um golfinho. Os outros cachorros detestam água o meu nem poça dágua escapa. Um dia eu estava com ele na beira do Vaca Brava _eu fiz o projeto do Parque por isso, gosto de ir lá_ e o meu queridinho deu um arranque que eu não segurei e no mesmo impulso tibum, lá estava ele naquela água, com colera, guia e todo aparato, além de um monte de gente olhando: _Olha! Um cachorro nadando no lago!_ Imagina a minha cara... Bom, voltando ao jardim, existia uma horta, mas o Júbilo ama jiló e não sobrou nem hortaliça nem pé dela. Assim posso falar da couve, tomate espinafre e todo o resto. Ele mascou a raíz dos maoeiros até eles cairem nochão. Devorou o paralamas da moto do meu irmão e nos deixou sem telefone duas vezes porque o fio de entrada era sub-térreo e é lógico o que fazia um fio no meio do buraco que ele cavava?
Fogo
Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.
Você é paz demais pro meu caos.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}
Se um dia inteiro
Se um dia, em um dia inteiro,
Se neste dia, acontecesse como eu quisesse,
Tudo seria do nosso jeito,
Tão cedo, mais que amanhecesse.
E tão poder, paupérrima, seria a tristeza,
Que não se faria jus à ela se intrometer
em incomodar este dia de eterna beleza,
E de constar a ver todo o nosso amor florescer.
Para que não se sofra a metamorfose da vida,
Tudo então pararia, o vento, os rios, o tempo,
Tocariam então incertos anjos da bela comitiva,
Os belos anjos dos mais simples sentimentos.
Cada sentimento meu não se alcança,
O que pode me demonstrar toda a felicidade,
Se de repente o seu olhar, você me lança,
Eu só lhe digo porque te amo de verdade...
IMPERFEITO
Em cada gesto, um erro, um deslize,
Confundimos o que é puro com o que é sublime.
Buscamos a luz em sombras e matizes,
Mas o amor verdadeiro vive na bruma, não no rime.
Não falta amor, só falta entender,
Que a beleza está na imperfeição do ser.
O amor perfeito escolheu criar,
No caos da vida, é onde vamos amar.
Nossas almas dançam, mas não há um compasso,
Entre altos e baixos, encontramos o laço.
O Criador sorri ao ver nossa jornada,
Celebrando o amor em cada ferida, em cada estrada.
Não falta amor, só falta entender,
Que a beleza está na imperfeição do ser.
O amor perfeito escolheu criar,
No caos da vida, é onde vamos amar.
E se errarmos, se caímos em vão,
O amor nos ergue, pulsa em nosso coração.
Não é perfeição, mas a força de estar,
Unidos na imperfeição, prontos pra amar.
Não falta amor, só falta entender,
Que a beleza está na imperfeição do ser.
O amor perfeito escolheu criar,
No caos da vida, é onde vamos amar.
Amor, amor, imperfeito e real,
No abraço do mundo, entre o bem e o mal.
O Criador nos ensina a viver,
No amor que é livre, que não vai se perder.
Amar você é como tocar o infinito com as pontas dos dedos, um universo que se abre apenas para quem ousa se perder. O mundo ao redor desaparece, e só resta a nossa existência suspensa, onde tudo parece fazer sentido. Mas amar é também expor a alma, deixar o coração nas suas mãos, vulnerável como vidro fino.
Quando você sorri, é como se o meu mundo inteiro se aquecesse ao brilho do sol. Quando estamos juntos, o tempo se curva, obediente, e nos dá o presente de uma eternidade em cada instante. Mas, ao mesmo tempo, existe uma fragilidade. O poder que você tem de me tocar tão profundamente também pode me quebrar de forma irreparável.
E, se um dia você for embora, levará consigo a parte mais preciosa de mim. O mundo, antes repleto de cores, será um borrão desbotado, e o silêncio da sua ausência será ensurdecedor. No entanto, escolho te amar mesmo assim, porque a intensidade desse sentimento vale cada risco. Amar você é viver à beira de um abismo, com a alma nas alturas e o coração à mercê do vento.
Se o amor é uma prisão, então que seja nos seus braços, pois só neles a liberdade existe.
Plenitude
Estou plena
De um jeito suave
Que sussurra certezas no silêncio,
que agora sim é um silêncio audível
A intuição, essa velha conhecida,
Me apontou o caminho sem mapas,
Só com a leveza dos instantes
E o peso exato das decisões.
Escolhi minha jornada
Como quem escolhe o vento para guiar o barco
Não sei onde vai dar,
Mas sei que estou no rumo certo.
Há uma paz que nasce da coragem,
Daquela que não aparece nos grandes gestos
Mas no simples aceitar.
Aceitar que o caminho às vezes é escuro
E, mesmo assim, seguir em frente.
Estar bem é isso,
É perceber que há força em cada escolha,
Que há sentido em cada dúvida.
E que a coragem, no fundo,
É apenas um modo de estar em paz.
Havia um silêncio pesado no ar, um tipo de vazio que só o coração partido conhece. Sentado naquele banco, ele olhava para o espaço ao seu lado — vazio, frio, como se a ausência dele tivesse roubado a vida da própria paisagem. O vento soprava suavemente, carregando consigo as folhas secas que dançavam ao redor, cada uma como uma memória se afastando, lenta, mas inevitavelmente.
Nas mãos, uma única flor. Suas pétalas caíam uma a uma, marcando o tempo, assim como o amor que ele uma vez segurou tão firmemente, mas que agora deslizava entre seus dedos. A promessa de um "para sempre" que, como o pôr do sol naquele céu nublado, começava a se apagar.
Ele fechou os olhos, e por um momento, podia sentir o calor do riso dele ao seu lado, podia ouvir sua voz entre as árvores balançadas pelo vento. Mas, ao abrir os olhos, tudo o que restava era a saudade. O mundo, antes vibrante com a presença dele, agora parecia um quadro pintado em tons de cinza.
A chuva começou a cair. Pequenas gotas, como lágrimas que o céu chorava por ele. Ele não precisava chorar. O céu fazia isso por ele. Cada gota era uma lembrança, uma palavra não dita, um toque que nunca mais sentiria. E aí ele se tocou que: o amor, mesmo na dor, era belo...
"Sempre que vou encontrá-la é um misto de alegria e sofrimento.
Alegria por vislumbrar o que mais amo; sofrimento pelo simples vislumbre, não poder ter o que sonho, há tanto tempo.
Perdi minh'alma, nessa de dar tempo ao tempo.
O tempo não ajuda, o cheiro dela ainda me entorpe a mente, covarde é o vento.
Amo-a, sim; não houve quem a amasse mais, durante todo esse tempo.
Tempo, tempo, tempo; é sempre ele, o inexorável tempo.
E eu, escravo dele e escravo do que sinto por ela, pela eternidade aqui estarei, jogando palavras ao vento.
Peço perdão novamente ao Pai, pois não sobrou amor nem mesmo pro Criador, desse universo imenso.
Mas eu tentei, ainda tento.
Só Ele sabe, que é no sorriso daquela mulher, que reside da minha existência, o alento.
E que ele me ajude, sempre que com ela encontrar-me, pois só ele pra entender a minha alegria, só ele pra amenizar meu sofrimento..."
"Me afasto, mas espero te ver ao longe, de novo.
Mais um sorriso tímido, um aperto de mão, um olhar bobo.
Imploro Cristo, preencha logo, meu coração, com algo novo.
Já que sobre os céus, em seus complexos planos, não nos planejou, um com o outro.
Não me disseram, que o amor, vem acompanhando com devaneios tolos.
Tristeza e desgosto.
Ela é como santa, eu, apenas um tolo.
Pecador, escravo do pecado, servo do próprio diabo, um louco.
Mas, vislumbrá-la, é o mais próximo que chegarei da salvação, o mais próximo que chegarei do paraíso; estou morto.
Vivo por vê-la; e por não tê-la, morto.
Quero salvá-la, por isso, me afasto, de bom grado, com gosto.
Mas espero, amor meu, te ver ao longe, de novo..."
"Eu, a partir de agora, deixei de ser o tolo.
Ser o parvo, bom moço.
Vou me tornar um Robin Hood de paixões, roubarei corações, que pertencem a outros.
Cansei de tentar acertar, vou esperar de alguém, um erro bobo.
Aguardarei pacientemente, o erro de um namorado, um marido, um noivo.
Roubarei de sua mãos, o seu maior tesouro.
E distribuirei as riquezas, ao meu pobre corpo.
Dói-me na alma, esse tipo de artimanha, mas abriram mão da honradez, então, o melhor dos jogadores, jogará o jogo.
Cansei de perder, eu hei de sagrar-me campeão, de novo.
Enquanto isso, vislumbro a estupidez do povo.
A ingenuidade do bom moço.
O massacre que a sociedade faz conosco.
E, por entre lágrimas e reflexões, decidi: a partir de agora, deixarei de ser o tolo..."
fútil
A futilidades humana chegou em um nível do qual nem com a maior régua multifuncional e, obviamente imaginaria, poderiamos medir.
Não buscamos mais parceiros com quem sentimos um amor indescritível, porem tao real que beira o visível. Buscamos somente pessoas de boas aparência para suprir nossos desejos carnais.
Não a algo de errado nisso, mas a negação continua disso se torna um problema, tal qual, um rato em um depósito de comida de um restaurante.
Negar o fato de que voce é apenas guiado pela futilidade carnal é algo que aos poucos te corrrompe, te tornando um automotilador de consciência e imagem social.
Primeiro, faz com que negue a si o autoconhecimento, te tornando alguem que mente constantemente para seu subconsciente. Algo que obviamente não funciona.
Segundo, faz com que as pessoas ao seu redor te enxerguem como um covarde com medo de assumir seu próprio amor fútil.
Como jovem intruso no meio de uma multidão da mais diversa faixa etária, acabo presenciando com pudor a busca por status. Engana-se quem acha que essa podridão instaurada atinge somente as pessoas mais novas. É claro que pela imaturidade esse público é mais amaldiçoado pelo feitiço do destaque social, mas nao se limitam a so isso.
Essa busca desenfreada se alimenta bastante pelos relacionamentos a curto prazo, geralmente quase instantâneos, ja que esses fazem com que a pessoa se sinta superior as demais por "ficar" com mais gente que o restante das pessoas em uma festa. Isso se torna mais forte ainda quando a relação, que deveria ser intima, acontece com alguem de boa aparência.
Voce pode ate estar pensando que é diferente, mas em algum momento de sua vida desejou se relacionar com alguem midiaticamente bonita somente para ter um destaque social.
Somos todos iguais, porém, na minha visao, alguns sao mais otarios que outros.
A frase: "a mina que tu gosta deve ta mamando outro nesse momento" é algo que atualmente traz reflexão ao ouvinte, ja que tem uma boa chance da pessoa que você ama estar tendo relações com seu melhor amigo Carlos enquanto voce jogava futebol para arrecadar dinheiro que posteriormente seria doado à um hospital que combate o câncer.
"Mas melhor amigo nem chama Carlos" meu querido, esse é o menor dos seus problemas.
Focamos em coisas ilusórias e passageiras como prazer desenfreado, que supre momentaneamente a nossa falta de amor próprio.
Se amar faz com que inevitavelmente acabe rejeitando parceiros ilógicos, quase da mesma forma que eles rejeitam e ignoram o autoconhecimento.
A almas, Quando doces
Fluem através das ondas da vida
Sem precisar de um corpo
Magias contidas em seres de luz
Que possuem sintonia fina
Com o amor universal
Por isso atravessam a nossa vida
Completamente no vácuo
Simplesmente passam e deixam Seus perfumes suaves
Momentos de puras emoções
Deixando em nós, somente Sentimentos de beleza, amor e gratidão...
Paz no coração
Mensagem dedicada a minha mãe, Antonia M da Costa
Amanhecer de saudade
O amanhecer trouxe um silêncio frio,
A mensagem chegou sem aviso, sem alarde,
E o coração se partiu, fragmentado no vazio,
Naquela pausa, entre a estrada e a saudade.
Eu ia ao encontro, já sentindo a ausência,
Como se o tempo soubesse antes de mim,
Mas a notícia cortou o ar, sem clemência,
E o mundo parou, como num filme sem fim.
Três anos passaram, mas o eco persiste,
A dor não obedece ao calendário,
Ela volta, cruel, nos dias tristes,
E se instala no peito, solidário.
Ainda sinto sua presença, sua voz,
Mesmo que o tempo diga o contrário,
Mãe, em cada amanhecer, estamos nós,
Unidos, entre o amor e o imaginário.
Num mundo de incertezas e aflições,
Deixo minhas palavras como canções,
Estilhaços de um coração inquieto,
Que busca nos versos seu alento um teto.
Não sei até quando a vida vai seguir,
Se poderei sorrir ou partir,
Mas deixo aqui minhas poesias sinceras,
Fragmentos de uma alma e uma vida singela.
A dúvida me assusta ao ouvir.
Se existirei ou se irei partir,
Assim, nas rimas deposito meu ser,
Buscando na poesia um jeito de conseguir viver.
Que as palavras aqui deixadas sigam,
Como luzes brilhantes que abrigam,
A esperança de que, mesmo na dor,
A poesia seja nosso eterno amor.
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