Texto para um Amor te Esquecer

Cerca de 147661 frases e pensamentos: Texto para um Amor te Esquecer

REQUIESCAT IN PACE (soneto)

O amor é apenas uma negativa
Se eu um dia com ele já fui teu
Omitamos está outra alternativa
Pois, desta, o nosso já morreu

Ah! Porque alegação subjetiva
Nada mais em mim sobreviveu
Se hoje o senso está à deriva
Não és meu bem nem eu o teu

Não diz nada, se ali amamos
Nossas almas estão separadas
Não lembres mais, esqueçamos!

Deixemo-lo ir repousar em paz
As lembranças estão enterradas
E no coração, hoje, é tanto faz! ...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

UM AMOR (soneto)

Foste o amor maior de minha existência,
ou talvez o danado... o pior ou o gentio,
glória e tormento, a escuridão e luzidio,
contigo fui poesia sem uma reverência!

Morreste, e a minha solidão é residência :
ardes-me o suspiro, enches-me de vazio,
e o meu anseio tem gosto de doce arrepio,
e rolo-te no pensamento com insistência.

Amor extremo, árvore de insano fruto,
foi o tempo, muito mais que só instante
por que, feito, eu não vesti o teu luto.

Sinto-me o beijo, e no abraço te escuto,
triste olhar rútilo! e desejo tão delirante,
na ferida saudade deste amor irresoluto.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de janeiro, 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

CRIAÇÃO (soneto)

Há no amor um tempo certo de se firmar,
que é o momento de plenitude e bendito:
as almas são de uma total grandeza ímpar,
e onde, os dois corpos, poetam no infinito.

Tudo é um êxtase no peito a proclamar,
de força e surpresa, a um coração aflito;
acesa, mãos tremulas, se põe a celebrar,
num vagido, eclodindo num gentil grito.

Rasga-se em luz o olhar dos amantes;
cada gesto a carícia em plena euforia,
e o tempo, estaciona em cada abraço.

Porque, entre cada gesto refrescante,
brota todo o Universo, em doce alegria,
acalmando o dia, dos beijos em rijo laço...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
05/04/2018
São Paulo
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

A UM AMOR PERDIDO (soneto)

Quando a primeira vez se perde o amor
Que do leito acordou, ali gemendo e só
Dentro do peito a tristeza se faz em nó
E desabrocha a flor de lágrima e suor

A vida sente os olhos mareados, forrobodó
Sobe-lhe um amargo, e o primeiro ardor
Do queixume, do pesar, de um pecador
Tal a rosa, de perfume e espinhos, dá dó

Então a alma se traveste de desventura
Numa torpeza de paixão e de mágoa
Onde o sonhador é bravo sem bravura

Assim neste pranto em verso de bágua
Teu cheiro é açoite sem doce candura
E tua lembrança nos arde em frágua...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/10/2019, 23’47”
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

De amor

Eu não tinha nada, ao vir para este mundo
Busquei em cada olhar um abrigo, um amigo
E nesta leitura me fiz mais profundo
No meu eu. Me vi rico, me vi mendigo
Cada tempo, cada minuto, cada segundo
Caminhei junto ou separado, calei e pude falar
Assim o corpo se tornou fecundo
E aprendi como é bom amar
Que na alma só ele vai fundo
E ao partir, nada terei, só o amor pra levar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

OUSADIA (soneto)

Longe do poetar o amor, a alma nua
A solidão escreve! Um silêncio cego
Do claustro, em um vazio e no ofego
Insiste e teima, sofre e tudo continua

Mas o velho coração na dor entrego
Na esperança que o pesar construa
Prática. E não a uma desilusão crua
Largue o querer, em um aconchego

De tal modo, que o viver no suplico
Então chore, grite, e assim agrade
A ilusão. E então valha o sacrifício

Porque a pureza, barda da liberdade
Da arte casta, nunca usa de artifício
Pra amar com leveza e simplicidade

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

O BEIJO (soneto)

Há no amor um toque de instante de magia
que é a do beijo, o afeto por ele entrelaçado
a alma em um infinito em êxtase de alegria
dos lábios comprimidos e todo encantado

Um mistério bendito de mutação luzidia
duma força e grandeza no prazer ansiado
aflito, mas, calmo nesta tão doce romaria
em um agito, corrompendo todo o agrado

O beijo flecha o olhar de todos os amantes
tão certeiro, em uma sensação de quantia
enfardando os pensamentos num abraço

É porque, entre os lábios ali soluçantes
o tempo estaciona, e ampara a harmonia
na paixão, no ser, ocupando todo o espaço

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/02/2020, 05’02” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO DESEJO

Quero-te no desejo sem fim
Um beijo que poete o amor
Aos sons dum anjo querubim
Assim.... no coração amador!

Que o olhar feche ao rumor
Da desdita, e vire-se pra mim
E beije-me com todo ardor
No meu amor que está afim

Viva só para a minha vida
Num esterno doce querer
Sem você ela é repartida

Quero-te no meu peito, ser
Prazer, e aos teus pés caída
A minha paixão, o meu viver!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/03/2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AMOR DE POETA

De um lado, o sentimento, do outro lado
O fado, pelado, cru, desnudo de fantasia
O sonho no beiral do lampejo debruçado
Na alva, na lua, e no entardecer do dia

Se fala de afetos, lasso fica o seu agrado
É que a paixão o cega, e o pranto o guia
Nas sofrências que tatuam o seu passado
Cada verso dilacerado, senhora a poesia

Intenso. Emoção vaza em cada trova sua
Sem defesa, intacta, e de total entrega
Do silêncio, a ternura no estro profundo

Em frente as sensações, a tua alma nua
Onde a mais ingênua imaginação navega
O árduo amor, dos Poetas deste mundo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/04/2020, 07’12” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠UM AMOR CERRADO (soneto)

Cala-se o triste olhar. Anina o sentimento
E a deslizar pelo rosto mudo, a dor vencida
No exilio tão áspero dum vazio sentimento
Em uma lágrima de choro e de cor abatida

O horizonte se põe, nublado, suspira o vento
Algente, as sensações estão assim de partida
Pura! Frutificando na paz o ardente sofrimento
E a alma incrédula, ainda, não está convencida

Das gotas do pranto, abrasador as lembranças
E pela saudade a sofrência em estreitas tranças
Amarra o peito, apouca, e pelo clamor escorre

E sob o pesar tão cavado e magro, que tortura
Do sonho e as privações dos planos, - fulgura,
A dor, do derradeiro amor que cerra. E morre.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/07/2020, 06’45” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RUMO (soneto)

Cada amor é um perfume, uma flor, um jeito
Nem se conhecem, o que vale, e que importe
É a essência, ah, essa tem de ser bem forte
Sentimento e poesia de um cântico perfeito

O jungido de alma, ocupando o mesmo leito
Olhares e o pulsar do coração numa tal sorte
Que faça do pensamento um elegante porte
E dos beijos recato de orgulho e de respeito

E assim, o tempo no tempo, as duas vidas
No mais profundo vínculo e em comunhão
Ajustando as emoções nas boas acolhidas

E os dois seres, então, um do outro perto
De mãos dadas com a doce afável paixão
Onde o caminho de afinidades é coberto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/07/2020, 13’17” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VELHO TEMA

Só a graça da poesia, em toda a sensação
Palia o engano de um amor, mais nada
Nem mais os soluços do infeliz coração
Disfarçam a dor da devoção malograda

A insistente quimera por ela estacada
No seu encanto, chora toda a emoção
Da desilusão: no canto, na rima falada
Criando outro sonho, de novo a paixão

E, nessa inspiração que supomos
Duma tal felicidade que sonhamos
Em cada versejar, a verdade somos

Assim, nessa concordância, sejamos
O olhar, o afago, se na prosa fomos
O sentimento, ai no amor estamos!

© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
27, agosto de 2020 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠UM AMOR NATURAL DE SÃO PAULO

Ah, amor doído, me maltrata
Saber que fui apenas recreio
Que inda arde no peito, creio
Que a dor me teimará ingrata

Com o engano, verídica errata
Ardo na agrura e no devaneio
Mas com o tempo, tu, receio
Irá se calar na súplice serenata

Os teus olhos deixarão de ser:
A força e planos no meu olhar
Tudo gira, no eterno aprender

Nego-te o meu sofrer e pesar
Se lamento é para te esquecer
Nesses versos de amor e amar!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Agosto de 2020, 31 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TEIMA

Retratar o amor em vão procura
quem na vida dele sentir não teve
porque um rasto na alma obteve
pois, longo ou breve, há ternura

Todavia eu, ideando, na ventura
a mínima sorte o destino deteve
sentir o que sinto, nunca leve
no vazio, minha solidão figura

E nestas paixões de boas alianças
poética redigiu só sofrido pesar
e uma, foi, dentre as lembranças

E, porém, neste suspiroso causar
do único, nas turronas esperanças
vou amador que cobiça mais amar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13, outubro, 2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Dois olhares se cruzam
Sonoros, em um dueto
Em sedução o coração
Em criação um soneto...

DOIS AMORES

Dois amores carentes de amor
Em seu mais puro sentimento
Entoam-se num dueto regedor
De carinhos, prazer e momento

Dois olhares repletos de ardor
Um ao outro o tratado atento
Dois seres ao agrado com valor
Juntos, num ímpar pensamento

Donde vem tanto afeto, cortesia
Álacre canto de canto incomum
Que enche o peito de tal poesia?

Do querer, do haver dois em um
Onde o tornar alcança a alegria
E a sensação um pulsar comum!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/10/2020, 16’29” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONNET

Minha poesia tem seu segredo, o seu mistério
Um amor perdido, eterno, na alma concebido
Que o mantem quieto, e na sensação dividido
Um querer impossível, tão cheio de critério

Ai de mim! Nas trovas passei despercebido
Solitário ao seu lado, de uma sorte estéril
Indigerível e uma versificação no cautério
Sem pedir nada, sem nada, e tão bandido

Sentimento... aqui no peito doce e terno
Que segue o seu caminho, sem me ouvir
Num murmúrio árido e frio tal o inverno

E, o poema piedosamente fiel, no sentir
Tal rama em flores e espinho no verno
Verseja o amor e a tristura sem desistir

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/11/2020, 19’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUANDO FOR AMOR

Não há amor que não tenha um encanto
Todos são cheios de emoção e de magia
O haver, por mais dissonância, tem tanto
Lirismo, que há de ter sensação e poesia

Mas acaso nada tem, temos, no entanto
A quimera que nos dá a ingênua fantasia
A pureza, a companhia, então, portanto
Cada um, um bem, um cheiro e ousadia

E nas surpresas da vida, aquele certo
Amor. Sentimento liberto e sem dor
Pois, no querer o desejo foi desperto

O sonho que se vive, ó curioso valor:
Farto em ventura ou se falto na flor
O amor, se define, quando for amor...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 19’51“– Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A SÚPLICA

Inspiração, há um tempo, um certo dia
Ideei amor, que eu ainda não houvera
Ideado, uma paixão que fosse sincera
Na poética, tal a uma emotiva poesia

E eu aqui na tocaia do que não viria
Poetando de primavera a primavera
Crédulo, insistia na furiosa fantasia
Onde meu sonho vive à sua espera

Ó má sorte, porque toda essa sofrência
Na alma que só deseja ter a inocência
Dum amor? E não mandas dos perversos

Sentimentos. Que cava a meta da vida
Numa dor da prosa atroz e desmedida.
Então, suplico por graça, fazendo versos!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/01/2021, 12”01” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ESSE AMOR...

Há um olhar cumplice entre nós. É sentimento
De ventura e de paz. A nossa direção continua
Cada dia maior, sem você a falta é sofrimento
É uma terna paixão que no peito arde e estua

Você é sempre presente no meu pensamento
Meu ser ávido se comove em cada caricia tua
Em meus versos é presente a todo momento
Só posso crer, que o amor, o destino insinua!

Me lambeia como sempre imaginei. É exato!
E a nossa poesia é tal uma noite de lua cheia
Integral. E por este meu agrado lhe sou grato

Todos... mas um é mais: - quando te tenho!
E vejo em teus olhos que então me anseia
Assim, sou mais feliz e, neste amor lenho! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/02/2021, 13’29” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FAZE DE CONTA ...

Faze de conta que hoje sou um bardo
Que soneta para te expressar o amor
Faze de conta que, nada é tão tardo
Neste puro sentimento, o puro valor

Quero te frechar, serei um felizardo
Se com este arremesso, o êxito for
O caminho, sem que seja um fardo
E, pra nos dois um significado maior

Você está impregnado no meu olhar
Em cada verso que eu possa te dar
É paixão que no coração desponta

Embora saiba que sou arrebatado
Por ti. E sempre estarei enamorado
Para este bardo, não faze de conta! ...


© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2021, 17’21” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

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