Texto para minha Sogra
A janela
Que bom que eu posso vê o mundo daqui da minha janela,minha casa é tão singela mais é cheia de amor,aqui cabe todo mundo,e todos são bem vindos,mas por enquanto só posso ter o meu gatinho como companhia por causa da pandemia,mas estou comportadinha esperando as ordens de nosso Senhor...
Minha casa é tão singela mas eu acho muito bela,pois é cheia de amor,na cama colcha de retalhos feita por mim,na mesa um jarro com flores que sempre colho do meu jardim lá no fundo do quintal,no sofá da minha sala almofadas de fuxicos feitas com muito esmero...
Queira Deus que logo passe essa triste pandemia,nunca vi coisa tão triste nesse mundo de meu Deus,credo e cruz Ave Maria...
Depois de uma noite de sono,acordo com o galo cantando lá do puleiro do quintal,boto água pra ferver para fazer o meu café matinal,boto o pó no coador depois água bem fervente,gosto do cheiro do café e gosto bem doce e quente....
Quando o sol começa a nascer,puxo as cortinas e vou logo abrindo as janelas e com uma caneca de café na mão aprecio sol nascente,e aqui ou acolá um tantinho de gente a passar para lá e para cá...
Que bom que eu posso vê o mundo daqui da minha janela,pois minha vida é generosa e eu gosto muito dela,obrigado meu Deus .
Ivânia D.Farias
Antes de partir , Deia e minha mae amiga e irmã, não importa oque aconteça nós sempre estaremos lá um pelo outro
Eu tive um sonho
Em que eu consegui tudo o que eu queria
Mas quando eu acordo, eu vejo
Você comigo
E você diz: Enquanto eu estiver aqui, ninguém poderá te machucar
,Se eu pudesse mudar a maneira como você se vê
Enquanto me chutaram e falaram você não consegue você tava ali comigo
La lá naquele lugar era tão chato tao escuro
Não tinha ninguém pra mim poder talvez ter uma abraço ou noites de risadas
Nao tenho uma pessoa pra fazer isso pra ter essa relação de amizade amor e carinho de mãe que tenho por você,
Talvez as pessoas olhem e veja que isso baixe nada, mas pra mim significa muito
Muitas vezes você estancou a ferida do meu peito, enxugando lágrimas com suas mãos
Não sei como te dizer isso mas se você realmente for embora um dia, lágrimas diárias caíram dos meus olhos, mas vou lembrar de você pra sempre, me vejo sempre em cima de um lugar alto prestes a cair e quando eu pensava nisso você me ajudava com palavras de força, você é uma mae pra mim nao quero perder você é tudo diferente, eu sinto muito muito por você, eu te amo muito distância nenhuma vai fazer eu parar de amar você minha mae, amiga, parceira, mae que enxuga as lágrimas derramadas a noite nas noites frias, achando que eu morreria sozinho, hoje sei que tenho voces, eu só sinto amor e carinho, não me deixa por favor eu te peço
Toca pra mim , meu anjo...
Vc me deixa hipnotizada...
Quando ouço vc tocando...
Arrepia minha alma...
Meu coração nao me cabe no peito imaginando...
Essa melodia doce que transcende...
É linda.. é triste e ao mesmo tempo envolvente...
Vc fala comigo atraves da música... vc me diz coisas tao profundas...mesmo sem dizer uma única palavra... mas sua alma fala... seu coração declara... sua sensibilidade...
Sou apaixonada..extremamente apaixonada por cada nota, melodia, cada respiro ofegante que vc emana...
Saudade
Hoje ela bate em meu coração
Corroendo minha emoção e eu
Aqui fico buscando razão para
Poder calar-la
Não mais sei agir, pois dela
Tento fugir, para que possa
Verdadeiramente sentir a dor
Que ela me causa em cada passo o qual
Irei seguir sem norte sem ter para onde ir
Mas esta saudade é muito violenta
Na noite me atormenta, no dia fermenta
E cresce! E eu faço de tudo e ela não desaparece
Sei que o que me resta e pedir ao tempo que
Me ensine a viver sem tanta dor, pois sei que este
Amor foi o que me roubou a consciência do viver
Saudade só tenho que te entender, por que
Eu vim a perecer na arte do viver, pois se
Contigo não souber conviver tu me arrastará
Lentamente ate o morrer...
11/11/07
18 :15
Dúvida
Dúvida que inquieta meu coração
Inibindo minha ação, pois isto me
Dar medo de agir sem ter razão.
Mas na dúvida vou fazer
Pois só assim hei de me arrepender.
Com isso na queda vou crescer,
Mas parado não posso ficar
Por que a dúvida vai continuar
Conciliei a razão e a emoção
E este equilíbrio vai brotar e a dúvida
Eliminar. Pois haja, não pare porque
A dúvida vai te assolar e teu frutos
Precisam brotar.
Levante a cabeça pra que a dúvida não
Pereça no teu agir. Por isso haja o que
Houver, na dúvida é melhor crescer
Apanhando do que não esta caminhando
Na vontade de fazer e acontecer o grande
Risco de nada acontecer.
29/12/06
05h36min da manhã
Eu queria te agradecer por trazer novos horizontes e florir a minha alma, com esse sorriso mesmo que triste apesar de todos esses problemas, que tem nos acompanhado de alguma forma. Eu não diria pra vc que iria conseguir controlar tudo que penso e o que quero falar. Mais a única coisa que tenho muita certeza, e que se as nossas vias se descruzarem em algum momento dessa jornada, quero poder te deixar uma paz, e caminhos novos pra que você possa seguir, com muita cor e vida. Mais se por acaso continuar, que as estradas sejam infinitas de muito amor e luz, que toda essa fase passe e que a vida nos ensine a ficar mais forte de alguma forma, seja na amizade, no amor, na família em qualquer aspecto. Só quero te dizer na verdade, que trago em meu coração, uma imensa gratidão de poder fazer parte da sua vida, em momentos ruins e bons.
* Você tem um olhar doce, que traz verdades, mais que está esperando o momento certo para ser amada por alguém de verdade*
* Te daria o mundo, e as rosas como testemunha, pra dizer o quanto me faz bem, está do seu lado*
Obrigada, por completar uma parte que me faltava.
A minha primeira poesia
Passear em Martins
Vou ficar em uma casinha no Sítio canto e nas noites de lua apreciar seu encanto.
O Sol raiou no céu, vou mergulhar nas piscinas do chalé ou do hotel.
Para se hospedar em Martins não tem ingancho, temos as pousadas e o rancho.Existem pessoas que conhecem Martins desde menino, fala sobre toda a nossa história e até do Memorial Manoel Lino.
O Sol se e Pôs e a Lua traz o seu mistério.Á tardinha vou rever os amigos do jacú, da Cohab e do caminho do cemitério.
Á noite vou pedalar."Arrudiar" a pracinha do Jocelyn Villar.
Deitar com frio em Martins não é nada mal.Á noite ouvir o som das águas da cachoeira da Umarizeira. Acordar com as comadres conversadeiras pilando coloral.
Os flhos ausentes teem Martins no coração.A lagoa Nova, o Caminho da Bica e o lamarão.A deliciosa comida e o belo açude do Porção.
Quem vem passear em Martins, leva consigo fotos, lembranças e saudade.A igreja da Rua das Pedras e o centro da cidade.
"Quando a pandemia passar, venha conhecer a nossa cidade."
poeta Adailton Ferreira
Ah! Que saudades
da minha infância
cheiro de bolo e café
mamãe na cozinha
e papai lendo Jornal
eu e meus irmãos
correndo pelo quintal
não sabia nada de política
muito menos de inflação
não me preocupava com doenças
e muito menos com religião
e quando algo doía
mamãe dava colo e carinho
papai comprava um remedinho
era tudo tão simples
tão puro e sincero
que saudades sem fim
de um tempo que passou
mas em meu coração ficou.
------------ Juliana Rossi Cordeiro
Diante desse patamar
queria calar o meu olhar
mas... a minha consciência não é cega
olha, vê e enxerga esse presidente chumbrega
que a Constituição nas nádegas esfrega
e ao caos total a minha Pátria Amada entrega
que nem em plena pandemia
deixa de lado o seu voraz apetite pela blasfémia
e vive a Presidência como fosse uma boêmia.
Que tenha o seu devido impedimento essa gangrena
antes que acabe a nossa quarentena
e que muito longe fique essa criatura cafona e brigona
para sempre e mais um dia, junto com esse vírus corona.
E aqui termino o meu pensamento rimado
sobre esse momento desafortunado.
Sinceramente, partir sempre foi a melhor opção.
Por falta de amor próprio te fiz minha deusa, tudo em vão.
Atualmente agradeço pela experiência que vivi, sei que foi o melhor, agora me entendo um pouco mais.
Olho em sua direção e vejo apenas uma flor como as demais.
Desculpe o choque de realidade mas...
você se tornou uma das mais superficiais.
Desde a minha juventude venho caducando e a quem repare sou banguelo, aí que o amor não é capaz de suportar minhas mãos trêmulas e a visão turva, valemos então pelo encanto na ilusão ao qual transparece todo engano do caráter e nós donos desse fracasso para que não morramos agora vamos viver no delirio entre a verdade e a mentira que cada coração pertence.
Giovane Silva Santos
🙇🏼♀️ Oração da Unidade
Senhor! Meu pensamento é teu,
Minha alma é tua,
São teus meus filhos,
Minha descendência,
Minha ascendência!
Teu é o meu sentimento ,
Minha palavra,
Minha alegria,
Meu amor,
Inteligência !
Na verdade,
O que tenho de meu, Senhor ?
Tu me criaste, oh Poder Infinito,
E me deixaste, aqui,
Planeta de experiências,
Sem nunca haver te afastado de mim,
E devo retornar ao todo
De onde vim ,
Ao seio do.meu Pai.
( Zilka. 19/04/2020).
Amor,
Sem palavras para expressar minha gratidão.
Admiração por seu caráter e talento.
Você consegue me surpreender com seus tesouros em palavras.
Me sinto agraciada com o mais belo diamante do mundo, seu amor. Único, de inestimável valor, de brilho intenso, inquebrável. Meus olhos contam que sou muito, muito feliz por ser a sua escolhida.
Não são apenas palavras, são suas atitudes, sua alma em verso e prosa que me encantam cada dia mais.
Tenho para lhe oferecer o meu sentimento puro, imenso, minha maior riqueza, lhe entrego meu coração, minha alma. Com toda ingenuidade e confiança, com toda minha esperança te dou meu amor. Você me faz suspirar, tremer de emoção com suas palavras.
Obrigada por ser tão lindo, gentil, sensível, romântico, melhor marido que qualquer mulher poderia ter. Sou muito feliz por você existir.
Eu te amo cada dia mais.
VOU FAZER MINHA MORADA
Leonildo Alves de Sousa
Vou entrar
No teu coração
Para nele plantar
A semente da paixão!
Conhecer o teu interior...
E, em cada poro da tua pele
Aplicar uma gota de amor
Pra te deixar suave e leve!...
Vou te mostrar como se ama
Como se doa e se tem prazer
E, aonde o amor ganha fama...
E enche de felicidade o viver!
Vou te deixar sensibilizada
Sedutora, atraente e cativante
Perfeita, impecável, humorada
Extasiada, sensível e amante!
Depois que tiver a certeza
Que estarás pronta para amar
Vou te dizer, com toda pureza
Que no teu coração vou ficar!
E lá com prazer me agasalhar
E fazer minha doce morada
E bem acolhido, me enraizar
Por eternas temporadas!!!...
Você vai vibra de emoção
E muita alegria você vai sentir!
Vou fazer tremer o teu coração...
E dele você não vai me deixar sair!
Amor,
Bom dia, minha riqueza!
Sua presença alegra meu amanhecer.
Como é bom acordar e te sentir.
Você faz parte de mim, pensamento fixo.
Tomar cuidado, já virou obsessão, compulsão.
Amar você virou dependência química para as minhas sinapses que ainda restam.
Faz tanto estrago esse terremoto chamado paixão, te amo, te quero, te desejo e te espero.
Que seu dia seja alegre e leve.
Receba mil beijos levados pelo vento.
Eu amo você.
MINHA AMIGA SOLIDÃO
Solidão solidária
Solidária solidão
Me ajude a refletir
O sentido de estar aqui
Andando nesse imenso mundão
Caminhando solitário
Na estrada da frieza
Onde empatia é fraqueza
E andar sozinho não tarda
Mas limita o caminho na estrada
Solidão solidária
Solidária solidão
Me ajude a entender
O vazio do coração
Solidão solidária
Solidária solidão
Já não existe solidariedade
Na nossa comunicação
Amor,
Faz mágica pra acabar com minha saudade.
Sei que tem super poderes.
Usa eles em mim.
Manda: “vai saudade vai pra longe dela.
Deixa ela em paz, sem aperto no peito,
sem vazio nos braços e respirando bem.
Saudade, deixa ela, eu vou cuidar dela.”
Deixa eu cuidar de você? Se sim, tudo estará resolvido em mim.
Minha Londrina...meus pés vermelhos...terra dos meus filhos...terra que me acolheu...terra que me perdir... terra que me prendeu... terra que renasci...terra que já foi do café..hoje terra dá música...terra da moda...terra da mulher
"Seu motorista toque o carro
Me tire desse lugar
Me leve logo motorista
Pro outro lado de lá
Não vou cortar o meu cabelo, não
Só pra dar o que falar
Eu não sou gato de Ipanema
Sou bicho do Paraná"
O tempo
Já pensou como a sua vida tem passado rápido? Eeh, a minha vida, a sua vida, passa muito rápido.
É intrigante quando percebermos que em dado momento de nossas vidas podemos estar anestesiados com os contextos dos quais estamos vivendo.
Para mim, tempo tem a ver com felicidade. E felicidade é construção diária.
Essa construção tem a ver com constantes bons hábitos que vamos cultuando diariamente.
Muitas vezes, inconscientemente, achamos que os caminhos traçados são bons aos nossos olhos, pois temos a sensação de que estamos de fato construindo a nossa felicidade. Mas ouso dizer: o estágio da felicidade é quando encontramos o nosso conforto emocional.
Nem sempre o que vivemos agitadamente tem o condão de sustentar uma alegria sólida a fim de gerar um conforto em nossa alma. Será que estamos cuidando do processo da lucidez em nossas vidas? Ou, será que estamos vivendo paliativamente e cegamente para ter sensações de alegrias momentâneas? A propósito, tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.
Muito me incomoda pensar isso, pois com o tempo não se brinca. E tempo também tem a ver com prudência. Não quero ser moralista, mas viver desregradamente é pura loucura. Ah, queria eu viver de qualquer jeito, mas viver de qualquer jeito é ficar no beco da sorte.
Também tenho pensado que o tempo tem a ver com motivação. Portanto, a sensação de que estamos evoluindo nas searas das nossas vidas é o que nos motiva. E evolução é explosão de sentimentos bons. Como é bom, como é bom, acordar e saber que estamos crescendo. Para quê então perder tempo com o que não traz motivação e edificação?
Ah, e só pra constar, tempo também tem a ver com amor próprio. E, amor é respeito e respeito é amor. Quantas vezes nós nos desrespeitamos vadiando por aí sem um destino a seguir? Desrespeitamos o nosso tempo... o tempo de plantar, o tempo de crescer e o tempo de dar frutos. Não cuidar do nosso tempo é flagrante ofensa ao nosso amor próprio.
O que esperamos do nosso tempo? Eu sei, as vezes dá medo, as vezes dá vergonha e até sensação de fracasso. Não encontramos forças, parece que ficamos congelados e tudo trava, né? Mas não tem jeito, temos que lutar, temos que remar, temos que buscar forças no nosso mais profundo íntimo.
Ser negligente com a gente só vai piorar, não podemos esquecer que o tempo é curto. Levanta, ergue a cabeça e dê passos para começar a plantação do seu tempo. Não tenha dúvidas, os frutos das labutas virão.
Mais uma coisa: Deus está no seu mais profundo íntimo. Procura-o. Ele te ajudará a restituir as suas forças para você lutar.
Apenas uma frase muda uma história. Maria do Carmo Boaventura, minha avó, era filha de Pedro Camilo de Castro e Albina Gonçalves Boaventura, fruto de uma relação frustrante. José de Castro, tio de minha avó, deixou meu bisavô fazer uma bela casa nas terras dele. Com o voto de confiança que Pedro Camilo tinha pelo irmão, não desconfiava da inveja que o mesmo poderia ter. Ao conversar com o irmão José de Castro, houve informação falsa e enganosa e, logo após a conversa, brotou muita desconfiança de traição da parte de minha bisavó. Depois de uma fofoca sem provas concretas, o casal teve um destino difícil, traumatizante, principalmente para minha avó, que era um bebê e precisava dos pais juntos para ter uma história mais próxima da felicidade.
Maria do Carmo Boaventura nasceu em Capelinha do Chumbo. A parteira era vizinha da família. O método do parto era bem rude; não havia hospitais próximos, e tudo se resolvia com as parteiras amigas. Albina ficou morando lá na nova casa 1 ano e 6 meses; a partir daí, suas vidas tiveram um rumo muito triste.
Pedro Camilo de Castro separou-se de Albina Gonçalves Boaventura. Minha querida bisavó implorou para que isso não acontecesse. Houve gritos e desespero, mas não foi possível controlar a situação. A fofoca diabólica do irmão foi o início da mudança da história de um anjinho. O marido disse que se separariam, mas havia uma condição: sua filha iria junto. Afirmou, também, que a traição é inadmissível. Ela exclamava bem alto que ele tinha de acreditar nela, que o amava e só tinha olhos para ele, que era incapaz de traí-lo e só ficava em casa lavando roupas e cuidando da filha. Por fim, disse que até poderia morrer. Minha avó beijava sua mãe, chorava muito. A pouca vizinhança ouvia a discussão com pena da situação. Vovó grudava na minha bisavó, mas, mesmo assim, meu bisavô, um homem rude, seguiu em frente. Tomou minha avó pelos braços, entrou na casa, depois foi embora, tomando rumo ignorado. Entregou a chave da casa para o irmão, pegou minha avó e desapareceram daquele lugar. Sem saber o que fazer, os dois perambulavam no sol escaldante. Passaram perto de um casarão, entraram num portão. Havia um corredor de árvores, uma passagem muito fresca, com ventinho agradável. Avistou Palminda sentada no alpendre. Aproximaram-se, minha avó enrolada num pano branco. Ele pediu água e deu a minha avó um pouquinho do líquido. Palminda encantou-se com o bebê, e meu bisavô perguntou se poderiam ficar, tentando resolver a situação em que se encontravam. Palminda aceitou. Quando meu bisavô Pedro Camilo voltou para buscar a filha, esta já estava chamando Palminda de mãe. Admirado com os bons tratos, resolveu doar a filha para o casal de idosos Joaquim Sebastião Borges e Palminda da Fonseca. Joaquim é avô de José Leandro Borges. Maria do Carmo familiarizou-se muito rápido com a nova família, pois lá estavam a Dona Ana, sua irmã de criação, e meu avô morando no mesmo teto. Vovô e vovó, encantados, começaram a namorar e casaram-se bem jovens, ela com 14 anos, ele com 18 anos. Meus trisavós apoiaram o romance. Namoraram por 3 anos e ficaram noivos. O trisavô prometeu uma festa de arromba. Cumprindo o prometido, matou 1 boi, 1 porco, 8 galinhas, fez galinhada, tutu, pelotas, sucos de limão e laranja, pinga alambicada, contratou um sanfoneiro animado que tocava sanfona e cantava música raiz. Houve muito arrasta-pé. Foram convidadas muitas pessoas amigas da família e parentes. Na hora da festa, os padrinhos de casamento venderam a gravata e arrecadaram uma grana boa. Para ficar mais completa a colaboração, o trisavô deu uma fazenda para os jovens casados começarem a vida, na localidade de Peroba, município de Lagoa Formosa. Logo depois de um ano de casados, tiveram a primeira filha, que recebeu o nome de Maria Borges. Alguns anos depois, nasceram Eva Borges, Pedro Leandro de Castro e, por fim, Madalena Borges. Com o passar do tempo, morreram prematuramente seis filhos.
O ofício de costureira de minha avó ajudou seu esposo, José Leandro Borges, a criar a família. Nas décadas de 60, 70 e 80, ela decidiu trabalhar na área de costura. Havia muito trabalho em Patos de Minas, pois eram poucas as costureiras. Os clientes eram muito fiéis. Uns vinham de Lagoa Formosa para a feitura de ternos, vestidos, calças de brim, boinas, etc. Depois de 30 anos de trabalho, uma catarata afetou minha avó, e tiveram de reduzir os serviços. Madalena teve uma infância harmoniosa com os irmãos mais velhos. A diferença de idade da irmã mais velha, Maria Borges, é de 20 anos. Toda vez que os irmãos iam à casa de meus avós, encontravam as mulheres costurando e gostavam muito disso. Sebastião saía e comprava pães, balinhas e picolés para os sobrinhos; era uma festança. Pegava-se água da cisterna para fazer café. O bom de prosa Juca Sertório chamava todos os filhos para se sentarem à mesa que ficava na varanda no fundo da casa, em frente ao pomar de frutas, o galinheiro e o viveiro de mudas. Ali saíam assuntos maravilhosos do tempo da vida em Lagoa Formosa, do empreendimento do viveiro de mudas, da venda de muitos caminhões de café e eucalipto. Naquele dia, depois de vovó preparar o café, colocava na mesa pães de queijo, biscoitos, roscas caseiras. No momento da prosa, sugeriu-se que José Carrilho e o primo Itamar de Castro tomassem conta de uma mercearia que meu avô montaria para os dois netos. Antes do fim da proposta, os dois netos pulavam de alegria. José Carrilho, que tinha a doutrina cristã e pensava em ser frade, gritou: “O nome da mercearia será ‘São Pedro’, do qual vovó é devota”. Todos apoiaram a sugestão. Minha avó olhou para as netas Eni e Maria Luzia, que tinham desejo de morar com os avós. Elas receberam esse convite e o aceitaram. Para mostrar gratidão, todos os dias as netas lavavam a casa, arrumavam as camas dos avós, tratavam das galinhas. E não ficou só nisso. Outros dois netos, Netinho e Ernane, foram convidados a garimpar nos rios Abaeté e Paranaíba. Arnaldo contraiu reumatismo juvenil e ficou com sequelas nas articulações, por isso não podia participar dos convites junto com os irmãos; estava internado fazendo tratamento e todos orando por ele.
Minha mãe, Madalena, gosta de frisar com orgulho que nasceu em Lagoa Formosa, sua terra querida, cheia de natureza e pessoas simpáticas, hospitaleira, onde morou por onze anos e teve vários amigos, que faziam parte de seu cotidiano. A casa era feita de adobe grande e cheia de gente da família. Madalena, as amigas vizinhas e os primos iam para o quintal comer frutas, brincar de casinha, pique, esconder, amarelinha, elástico e criar bonecas de espiga de milho para brincar, aproveitando para aprender a fazer trancinhas nas espigas de milho.
E no quintal de 3 mil metros quadrados, no centro da cidade, com pomar de frutas, horta e muitos pássaros, minha avó fazia biscoitos em um forno feito de barro, pães de queijo, biscoitos de espremer, cultura esta que, com o tempo, foi ficando mais escassa e sendo substituída por moradias verticais, concretos e por tecnologia.
Em 1959, período em que o País vivia sob pressão da ditadura militar, Madalena estudou nas Escolas Normal e Professor Sílvio de Marcos; esta pertencia à Penha e hoje é o Colégio Tiradentes. Nas escolas havia regras; as alunas eram obrigadas a ir à escola de uniformes padronizados; tinham que usar boinas, meias brancas, sapatinhos e saia pretos, camisas brancas, gola marinheiro muito bem passada. A sala muito cheirosa, as meninas iam bem perfumadas. Durante a juventude, curtiu muito com os amigos. Gostava de frequentar a Recreativa e o Social, ir aos cinemas Garza e Riviera. Os jovens trajavam terno e gravatas, e as meninas, vestidos sociais, enfeitados de pérolas, os quais eram confeccionados por Madalena e pela mãe dela. Naquela época não se viam mulheres andando de calça feminina, comprida: era chamada de eslaque. Com 22 anos, Madalena conheceu o Lázaro, na Recreativa. Os bailes eram bem clássicos, com o som de umas bandas de Brasília, os Asteroides, banda patense que tocava Beatles, Elvis, Mutantes, Geraldo Vandré e outras músicas contemporâneas. Época do vaivém, em que os homens faziam um corredor no passeio, e as mulheres passavam de braços dados umas com as outras. O vaivém ia da General Osório à Olegário Maciel. Os postes de iluminação localizavam-se no meio das ruas. Os veículos tinham de desviar-se dos postes, pedestres e ciclistas. As motos mais sofisticadas eram as lambretas.
Lázaro andava de garupa com o amigo Dão, ambos de terno e gravata, curtindo a noite na pacata Patos de Minas.
O flagelo da perda de uma mãe é um pesadelo eterno, e o desprazer de nunca ter sentido o calor de uma mãe é estar em um Ártico Polar
Fábio Alves Borges
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