Texto o Vazio que Consome
ESCURIDÃO
A escuridão já me consome e não sei o que fazer.
Procuro andar em verdes pastos, mas espinhos perfuram meus pés.
Estou perdido. Tudo ao redor me é estranho.
Não consigo ver bem, penso que a luz já não existe.
Será que conseguirei encontrar uma luz?
Não entendo o porquê escuto vozes sem rosto.
Elas me dizem que não posso encontrar a luz.
Uma barragem obscura faz-se empecilho na minha trilha.
Acredito que já não me resta esperança,
Devo me conformar, não tem solução.
Quando penso que tenho forças,
Percebo que estou mais fraco.
Como pode isso acontecer? Será uma ilusão?
A lágrima é minha amiga.
A dor minha minha irmã.
A solidão minha companheira.
Já não há solução.
Não importa o quanto eu luto,
Há de vencer sempre aquilo que não vejo.
Quem poderá me ajudar?
Será a luz que tanto anseio?
Tento não criar expectativas,
Pois sei que elas serão temporárias.
Mas há algo em mim,
Que embora esteja lá no profundo do meu ser,
Luta constantemente me dizendo: "um dia você irá vencer..."
Será?
Escândalo de Estrelas
Nosso amor é um incêndio
Que consome os manuais de etiqueta,
Um mapa escrito em língua antiga
Que os sábios modernos condenam.
Para eles, é escândalo!
O modo como nossas raízes se enovelam
Nas profundezas onde a luz hesita,
Como dois rios que, rebeldes,
Escolhem o mesmo leito proibido.
Para eles, é escândalo!
A matemática do nosso abraço,
Onde, um mais um, não faz dois,
Faz um universo novo,
Um sol que gira em dupla chama.
Eles medem o amor em passos,
Em distâncias seguras, em portas entreabertas.
Falam de equilíbrio, de razão, de pátios sombreados.
Mas ignoram o voo vertiginoso,
A vertigem sagrada
De quem se lança no abismo
E encontra asas no ar que corta.
Ah, os que não conhecem o Amor!
Pensam que é jardim podado,
Caminho calçado, silêncio obediente.
Não sabem que o Amor verdadeiro
É tempestade que canta,
É raiz que quebra o mármore,
É o grito primordial
Que ecoa antes do Verbo.
Nosso amor é escândalo?
Que seja!
É o fogo que não pede licença
Para iluminar a noite.
É o naufrágio voluntário
No oceano sem fundo do Outro.
É o salto de Kierkegaard, mero filósofo que define a existência, onde há de se transcender,
Sem rede, sem garantia,
Só fé no abraço que sustenta.
Deixem que murmurem!
Suas palavras são cinzas
Levadas pelo vento do nosso furacão.
Enquanto eles colecionam sombras,
Nós bebemos a luz crua,
A seiva impura,
O vinho forte dos impossíveis
Que só os amantes ousam provar.
Porque nosso amor não cabe
Nos relógios que marcam horas,
Nem nas balanças do mundo.
É um escândalo cósmico,
Um big bang contínuo
No silêncio entre dois corpos.
É o verso que Platão não ousou sonhar,
O enigma que desafia
Todas as lógicas frias.
Sim, nosso amor é escândalo, não confesso que seja, más
Para os que nunca mergulharam
No fogo que não queima,
Na água que não afoga,
No caos que é a única ordem
Que os deuses verdadeiros reconhecem.
Que o escândalo perdure!
Até que o último eco do nosso riso
Se confunda com o rumor das estrelas,
Lembrando ao cosmos adormecido
O que é o Amor quando ousa ser inteiro,
Quando é fogo, abismo, canto e grito
— Um belo, eterno, necessário escândalo.
É um escândalo que ecoa a verdade mais profunda do meu coração. Eu te amo ❤️
Escândalo de Estrelas
Nosso amor é um incêndio
Que consome os manuais de etiqueta,
Um mapa escrito em língua antiga
Que os sábios modernos condenam.
Para eles, é escândalo!
O modo como nossas raízes se envolvem
Nas profundezas onde a luz hesita,
Como dois rios que, rebeldes,
Escolhem o mesmo leito proibido.
Para eles, é escândalo!
A matemática do nosso abraço,
Onde, um mais um, não faz dois,
Faz um universo novo,
Um sol que gira em dupla chama.
Eles medem o amor em passos,
Em distâncias seguras, em portas entreabertas.
Falam de equilíbrio, de razão, de pátios sombreados.
Mas ignoram o voo vertiginoso,
A vertigem sagrada
De quem se lança no abismo
E encontra asas no ar que corta.
Ah, os que não conhecem o Amor!
Pensam que é jardim podado,
Caminho calçado, silêncio obediente.
Não sabem que o Amor verdadeiro
É tempestade que canta,
É raiz que quebra o mármore,
É o grito primordial
Que ecoa antes do Verbo.
Nosso amor é escândalo?
Que seja!
É o fogo que não pede licença
Para iluminar a noite.
É o naufrágio voluntário
No oceano sem fundo do Outro.
É o salto de Kierkegaard, mero filósofo que define a existência, onde há de se transcender,
Sem rede, sem garantia,
Só fé no abraço que sustenta.
Deixem que murmurem!
Suas palavras são cinzas
Levadas pelo vento do nosso furacão.
Enquanto eles colecionam sombras,
Nós bebemos a luz crua,
A seiva impura,
O vinho forte dos impossíveis
Que só os amantes ousam provar.
Porque nosso amor não cabe
Nos relógios que marcam horas,
Nem nas balanças do mundo.
É um escândalo cósmico,
Um big bang contínuo
No silêncio entre dois corpos.
É o verso que Platão não ousou sonhar,
O enigma que desafia
Todas as lógicas frias.
Sim, nosso amor é escândalo, não confesso que seja, más
Para os que nunca mergulharam
No fogo que não queima,
Na água que não afoga,
No caos que é a única ordem
Que os deuses verdadeiros reconhecem.
Que o escândalo perdure!
Até que o último eco do nosso riso
Se confunda com o rumor das estrelas,
Lembrando ao cosmos adormecido
O que é o Amor quando ousa ser inteiro,
Quando é fogo, abismo, canto e grito
— Um belo, eterno, necessário escândalo.
É um escândalo que ecoa a verdade mais profunda do meu coração. Eu te amo ❤️
A espera
A espera me consome.
Dias se arrastam como séculos,
horas se estendem em eternidades.
Cada instante é um golpe silencioso,
uma cobrança que me desfaz por dentro.
Sento-me com o vazio,
e ele me encara de volta,
dizendo que ainda não é hora,
que tudo que quero
permanece além do alcance.
Mas mesmo assim resisto.
Mesmo que a espera me esmague,
há algo em mim que insiste,
uma fagulha que recusa apagar,
esperando que o tempo, enfim, me entregue
o que o coração já não aguenta mais negar.
Estou as margens dos teus olhos e você me consome com seus toques, eu sinto.
Você sabe tudo o que eu não sei...
Seu corpo tornou-se uma necessidade diária.
Quanto mais penso em esquecer-te, mas você volta,
E, vem me dizendo a sua verdade..
Você me deixa sem ação...
Fico atordoada, com a sua atitude..
perco o rebolado,
Fico sem chão...
me sinto uma menina..
apaixonada..
que absurdo.
...
Sinto que estou definhando;
Sobrou tão pouco do que fui;
O que me consome é a dor da morte;
Da falta de esperança;
Da falta de vontade de viver;
Pois vejo que meu destino já foi traçado;
E para mim não há futuro.
Sinto-me sem forças para levantar;
Sair do fundo do poço;
Local que já se tornou minha morada.
Não há um dia que não tenho este sentimento;
De perda, de dor, desesperança.
Penso e percebo que ninguém foi capaz de suprir sua falta;
Só eu sei o que sinto;
Só eu guardo esta dor;
Ninguém a compreenderia;
Diriam que estou insana;
Não tiro-lhes a razão;
Pois ninguém compreende.
Como alguém pode sofrer tanto por algo que não foi consumado?
Pergunte ao coração.
Minha mente diz acabou, ele não vai voltar,
Viva sua vida, não se prenda ao passado.
Mas sempre revejo como hoje;
Parece real, um filme em minha cabeça.
A ultima vez que te vi, você tão perto....ao meu lado
Sinto seu abraço como hoje.
Por muito tempo te procurei nas escadas,
Onde sempre nos encontrávamos;
Procurei...Mas foi em vão
Você não estava lá e nunca mais vai estar....
Nunca mais vai voltar.
Com você foi minha felicidade;
Metade de mim.
E a outra está se esvaindo;
A cada dia que sinto sua ausência.
Não me vejo como antes,
Na verdade nem me reconheço;
Sinto-me fria como um ser inerte, sem vida;
Que só possui a carne,
Mas a alma está longe....
Qual a bolha que você alimenta?
Você é aquilo que consome.
Pelo menos é isso que tentam te fazer acreditar.
Vivemos cercados de influências:
as notícias que a gente ouve,
os livros que a gente lê,
os vídeos que a gente assiste,
as redes que a gente segue,
as bolhas que a gente alimenta...
Tudo isso molda. Tudo isso influencia.
Às vezes liberta.
Às vezes aprisiona.
Por isso, questione.
Qual bolha você está alimentando?
Experimente sair dela.
Ouça outras vozes.
Veja outros pontos de vista.
Leia outros autores.
Leia Charles Bukowski, Jean-Paul Sartre, Friedrich Nietzsche, Winston Churchill, George Orwell, Simone de Beauvoir, Fiódor Dostoiévski, Hannah Arendt, Rubem Alves, Darcy Ribeiro...
Gente da esquerda, da direita, do meio.
Não para você concordar.
Mas para pensar.
Porque quem só ouve o que confirma o que já acredita,
não forma opinião — repete discurso.
Droga Invisível
Descobri-me viciada em uma droga que não se vê, mas se consome como um coquetel.
Ela percorre minhas veias não como dose de soro, e sim em combustão eterna, exigindo presença em cada instante do meu corpo.
É fogo líquido que arde em meu sangue, e ainda assim imploro por mais.
Não existe clínica de reabilitação para essa dependência.E sua abstinência é silenciosa e letal em sua autodestruição.
Resta-me a dúvida: existirá algum antídoto para essa droga invisível e devastadora?
A apatia me consome, sinto que parte de mim se perde a cada instante, me reviro na cama, me levanto, deito novamente e nada muda o que sinto.
Me sinto preso a mim mesmo, preso em minha mente, preso em minha solidão.
Às vezes só queria sair pelas ruas sem destino prévio, me perder em meio a noite, adiar ao máximo a chegada do novo dia, poder, por mais um instante me distanciar de tudo e só escutar os sons ecoantes do mundo em meio à penumbra da noite mesclada à luz radiante da lua.
Subir ao topo de uma montanha só para admirar o mundo acontecendo, e por um minuto me esquecer que participo do caos da vida, apenas observar ao longe a entropia do universo, e desejar participar da dança cósmica em meio a poeira e às estrelas.
Sempre que a vejo sob os galhos desta àrvore
Seca e murcha como um cadáver
A aflição me consome como veneno
Pois, no cinza de teu olhar, vejo algo além de um céu carregado
Posso ver o olho do furacão, elevando sua fúria às auturas
Igualando o oceano ao purgatório.
Mas que aperto! Não basta apenas a agitação do mar
E nem a ira dos ventos,
Sobrevoam nuvens negras como a morte em sua cabeça
Transbordando não água, mas lágrimas,
Devorando o rubi de tua face,
Agora sob uma enchente de dores!
Eu imploro, pare de sangrar
Nesse mar tão linda alma não merece se afogar
E nem sobre uma lápide seu nome estará
Pois em meu barco hei-de te levar
Chore agora, para não se afogar depois.
Vem, meu anjo. Eu chamo no silêncio que me veste,
Não com a voz, mas com a dor que me consome.
Sou um naufrágio à espera da maré celeste,
E em cada lágrima, sussurro o teu nome.
O amor que arde em mim não é brasa, é ruína;
Um fogo que devora, mas não aquece.
Se és a salvação, por que a sorte é tão mesquinha
E me oferece o céu apenas quando anoitece?
Eu te construí no altar da minha insônia,
Um relicário de promessas e prantos,
E agora, sem teu toque, sou só a autonomia
De um coração quebrado em mil recantos.
Vem, meu anjo, venha me salvar da queda
Que me separa do calor do teu abraço.
Sou o drama vivo, a tela despedida,
Que implora pelo brilho do teu traço.
Chega de manso e rasga esta mortalha de saudade.
Pois sem o teu olhar, sou apenas sombra fria;
A melancolia veste o manto da verdade:
Viver é te esperar em eterna agonia.
ENGRENAGEM
Sou o que resta quando tudo se consome,
O nome que ninguém lembra, mas que assina.
Sou o tempo que não tem dono nem fome,
A máquina que gira, mas não caminha.
Me moldam conforme a demanda do dia,
Me usam até que eu perca o sentido.
Sou função, não sou alma, nem poesia,
Sou silêncio num sistema ruído.
Não há prêmio no esforço contínuo,
Nem descanso no suor que se espalha.
Só há ordem, tarefa e domínio,
E um corpo que nunca se falha.
Mas sigo, porque parar é morrer,
E viver é apenas obedecer.
Jerónimo Cesarina
Será que vale o transtorno de guerrear, quando a vida é um presente de Deus?
A guerra consome não apenas corpos, mas também almas. Ela rouba o brilho dos olhos, apaga sorrisos e transforma esperanças em cinzas. O que se ganha em batalhas, perde-se em humanidade.
A vida, ao contrário, é dom divino: é o sopro que nos desperta a cada manhã, é o abraço que aquece, é o canto dos pássaros que anuncia esperança. Se cada instante é dádiva, por que desperdiçá-lo em conflitos que apenas multiplicam dor.
Talvez o verdadeiro heroísmo esteja em escolher a paz, em cultivar o perdão, em semear amor onde o ódio insiste em florescer. Porque no fim, o maior triunfo não é vencer inimigos, mas preservar o milagre da vida que Deus nos confiou.
SAUDADES
A saudade que nos consome
E nos faz buscar além do horizonte...
Às vezes é unilateral
Que dói mais que uma queda quase fatal.
Às vezes é saudade do momento...
Que parece que passou com o vento,
Às vezes é saudade da gritaria
Que normalmente era por uma boba briga.
Saudade do que fizemos...
E às vezes até do que não fizemos,
Como um eterno vai e vem...
A saudade sempre habita em alguém.
Mesmo sendo triste
Fingimos parece que estamos em um filme,
Parecer feliz é mais bonito
Que estar parecendo cacos de vidro.
E mesmo fingindo...
A saudade ainda fica te atingindo
Momentaneamente, contra a minha vontade, a raiva me consome, o estresse se propaga e esquenta a minha mente, uma combustão espontânea de pensamentos insensatos resultando às vezes em palavras amargas e inconvenientes.
Seria mais saudável pra mim mesmo se fosse diferente, se eu tivesse um espírito de brandura frequentemente equilibrado, tendo o controle de emoções danosas, pois, assim, evitaria alguns sentimentos de culpa e certos confrontos desnecessários.
Graças a Deus, oportunamente, não é sempre e nem por muito tempo que fico sob o domínio da raiva, ânimos mais sadios se fazem presente com mais frequência, além do mais, muitas vezes, consigo extravasá-la de uma forma discreta sem tantas consequências indesejadas.
O Herdeiro da Solidão
O teto desaba, o silêncio me consome,
Sussurro ao vento o teu doce nome.
Manchei o manto que era imaculado,
Por um capricho, um erro vão, pecado.
Olho a cama, o lado agora vazio,
Onde o calor deu lugar ao estio.
Joguei ao vento o meu maior tesouro,
Troquei a paz por um falso ouro.
Ela partiu com a alma em pedaços,
E eu fiquei preso em meus próprios laços.
Onde havia riso, hoje reina o luto,
Do meu erro amargo, eu colho o fruto.
Choro no escuro o que eu mesmo destruí,
Pelo caminho em que me perdi.
O lar se cala, o tempo me condena,
Viver sem ela é a maior das pena
A verdade
O medo de te perder me consome todos os dias. Eu deveria ter me lembrado de que tudo pra mim é sempre mais difícil. Se eu imploro por sua atenção isso significa que eu me importo com você. Se eu te sufoco é por que a tua presença é essencial na minha vida. Você faz parte de mim, me completa e torna os meus dias preto e branco mais coloridos. Eis a razão. Portanto não me julgue, não me prive da felicidade de te ter ao meu lado em todos os momentos. Não diga "eu te amo" apenas como obrigação, apenas pra desviar minha atenção. Não faça isso. Se me ama verdadeiramente expresse isso com ações. As palavras o tempo leva. As mensagens são apagadas, esquecidas. Mas as ações, estas duram pra sempre. Não sinta obrigação de me amar como forma de retribuir o meu amor, eu prefiro sofrer a ter que viver na ilusão.
ESPLÊNDIDA SINTONIA
O alvoroço que consome a alma
E com pureza faz o brilho do olhar
É a esplêndida sintonia do pequeno ser
Onde o amor repousa em calma
Sob os sentimentos de graça que o envolvem.
E aquele que não faz questão de ser
De ver, crescer, ouvir, calar
É o mais feliz de alma pura e retumbante
E na leveza do que é brinca, sorri, chora e grita
Sem o mínimo de porquê ou saber.
E nas pequenas pétalas de saúde
Sobre o sol que brilha, raia forte
Gargalhadas inundam o quintal
E o lanche da meia hora causa gritos
Euforia e sedução no olhar, andar e falar.
Pele suja e coração limpo
Voam ao encontro do suspenso mundo imaginário
Universo que se constrói na realidade do menino
Que sonha em ter um lar, um par, um mar.
Mar de felicidade; futuro de olhos fechados.
Vista de montes claros e chuvosos
Alegres, chorosos que ficam nervosos e não se atrapalham
Pois levam consigo a honra
E a vingança não se espalha e nem se sabe
Na ousadia do coração de uma criança.
Prisioneira!
Essa paixão que me consome, que move os sentidos inspira a minha alma, me dá e tira as forças, frenética e suave dentro de mim, que explode em erupções de prazer, é um suspiro e um grito. O que alimenta o corpo e ilumina os olhos. Tudo isso vem de você, que é um bruxo, um mágico, sei lá o que! Sei apenas que possui a chave que libera e me faz livre, livre pra quê? Para correr para os seus braços, pra seu prazer, como? Se um mundo de oceanos me separa de você! Continuo assim, prisioneira, ”sua”.
Desabafo
Senhor, quero neste desabafo
libertar-me deste laço,
que me consome e me destrói,
me tortura e me corrói.
Minh’alma de ti carece,
então oro uma prece.
Com os joelhos no chão
alivio meu coração.
Porque fujo?
do meu único refugio
que pode me mudar,
me transformar?
Quero nestes versos
mostrar o reverso
de uma pessoa
que um dia foi boa,
Mas que perdeu o modo de amar.
Não sei mais o que procuro,
me sinto no escuro.
Que decisões tomar?
Que rumo levar?
Mas olho a Cristo
reconhecendo isto:
que o leme o Capitão,
com um cajado na mão,
vai guiar...
