ESPLÊNDIDA SINTONIA O alvoroço que... Athos Álef Sandes

ESPLÊNDIDA SINTONIA

O alvoroço que consome a alma
E com pureza faz o brilho do olhar
É a esplêndida sintonia do pequeno ser
Onde o amor repousa em calma
Sob os sentimentos de graça que o envolvem.

E aquele que não faz questão de ser
De ver, crescer, ouvir, calar
É o mais feliz de alma pura e retumbante
E na leveza do que é brinca, sorri, chora e grita
Sem o mínimo de porquê ou saber.

E nas pequenas pétalas de saúde
Sobre o sol que brilha, raia forte
Gargalhadas inundam o quintal
E o lanche da meia hora causa gritos
Euforia e sedução no olhar, andar e falar.

Pele suja e coração limpo
Voam ao encontro do suspenso mundo imaginário
Universo que se constrói na realidade do menino
Que sonha em ter um lar, um par, um mar.
Mar de felicidade; futuro de olhos fechados.

Vista de montes claros e chuvosos
Alegres, chorosos que ficam nervosos e não se atrapalham
Pois levam consigo a honra
E a vingança não se espalha e nem se sabe
Na ousadia do coração de uma criança.