Texto o Vazio que Consome
Saudade...
O quão vazio fico sem você...
A saudade que me sufoca
Sem eu ter certeza do porque
Sem ao menos você ter partido
Eu acabei de acordar do seu lado e, já sinto saudade...
Saudade talvez resumida em medo...
Medo de ter que ir, sabendo que volto..
Em milhões de grãos de areia no maior deserto, talvez infinitos..
Eu saberia escolher o qual te representaria.
Arrepios, gelos na barriga, só de te ver!
O quão bom seria viver uma vida só ao teu lado, e se for pra escolher vidas,
Escolheria todas em que meu coração encontra o teu, só pra poder viver e sentir, tudo de novo, ao seu lado!
Eh Saudade, que me toma, me inspira...
E que só me faz pensar em quando te terei de novo...
Vazio
Já sentiu saudades de algo que não teve?
Eu as vi, nascer, crescer, aprender e se desenvolver.
Tudo isso com você.
Mas eu era uma sombra, um vazio para você
As noites calorosas, eu só poderia ver
O espetáculo onde a atração principal
Só fazia doer
E que dor, um peito vazio
E cheio de rancor
Só vejo cor
Se houver dor
Mas sinto saudades
Saudades do seu amor
Amor que crescia e se desenvolvia
E que ironia
Estou falando do seu amor
O amor que para mim se escondia
Isso doeu muito, pai...
Eu me rendo a Ti
Me sinto tão vazio
A alma cansada de sofrer
As lágrimas mal consigo conter
Mas meu coração sempre sente Tua presença
Mesmo que fraco eu esteja
Sei que estás comigo, Senhor!
Basta eu clamar... minha voz levantar
Tua palavra escutar, sei que irás me salvar
A tua misericórdia
é tudo o que tenho
Mesmo triste eu me convenço
e em esperança eu me rendo...
Eu me rendo a Ti...
A imensidão do vazio da alma
Chega gritante
Lembrando que
Não posso te ter
Pelo simples fato
Do teu ser
Não me querer
Os dias se passaram
Os meses
E os anos também
E me mostraram
Concretamente
O sofrimento de amar
Alguém que não deveria
Enfim a solidão
De uma vida
Que esperava seu amor
Dor que sufoca
Uma angústia profunda e sufocante
Por dentro um vazio
Que machuca e tira a paz
Difícil acabar com a solidão
Dores diárias sem fim
Uma tribulação com a própria mente
Caiu em um abismo difícil de fugir
Nenhuma pessoa percebe a aflição
Dentro de um ser humano
Que finge estar radiante o tempo inteiro
Tamanho tormento que habita
Dentro da mente e do coração
Hoje acordei com um vazio, achei que fosse fome; comi e não passou.
Uma solidão que permeava, fui pra multidão e mesmo assim me sentia só.
Aquele aperto que pressiona meu peito, coloquei uma música pra distrair, mas não adiantou.
A saudade apertou mais forte hoje, tentei ocupar a cabeça, porém só conseguia pensar em você.
O nó na garganta veio, mas decidi não chorar; preferi celebrar, escolhi relembrar dos nossos momentos felizes.
Este é o meu primeiro ano longe de você, queria te abraçar, queria te beijar; mas eu preciso aprender que para ter você comigo, eu não preciso te ver, basta te sentir.
O Vazio de Ivan em Mim
Não é que eu não queira crer.
Queria. Com a mesma força com que respiro, com a mesma urgência com que busco sentido quando o mundo me fere.
Mas há em mim — como havia em Ivan — um vazio que não se preenche com promessas, nem com orações que ignoram o grito dos que padecem.
Não nego Deus.
Mas me recuso a aceitar um paraíso onde o preço seja o choro inconsolável de uma criança torturada.
Se a matemática da salvação exige esse débito, então que me excluam da equação.
Devolvo o ingresso. Não me serve um céu comprado com sangue inocente.
Minha dor não é a do ateu. É a do exilado.
Não me falta fé — me falta reconciliação.
Entre o que vejo e o que dizem que há.
Entre a razão que me habita e o absurdo que me cerca.
Entre o amor que imagino ser divino e o horror que assola o mundo sem trégua.
Carrego a lucidez como lâmina.
Ela me corta todas as noites. Me acorda. Me sangra.
Mas prefiro essa dor do que o conforto mentiroso da inconsciência.
E, no entanto, por vezes, invejo os que crêem sem feridas.
Os que chamam de “mistério” o que eu ouso chamar de “injustiça”.
Os que abraçam um Deus com olhos fechados, enquanto eu — pobre de mim — insisto em fitá-lo de olhos abertos, sem saber se Ele me vê.
Talvez um dia eu compreenda.
Ou talvez minha travessia seja essa mesma: caminhar com o coração em ruínas e a mente em labaredas,
entre o silêncio de Deus e o clamor dos homens.
Mas sigo.
Não por esperança.
Nem por fé.
Sigo porque parar seria entregar-me à loucura.
E entre a insanidade e a ausência de sentido, escolho — por ora — a lucidez dolorosa de quem carrega o vazio como cruz e como bússola.
Você já sentiu um imenso vazio? Um vazio na alma? Uma falta de algo que não se pode explicar?
Isso realmente é real! Você realmente está necessitando ser preenchido por tudo aquilo que é eterno... enquanto estivermos ligados à buscas por todas as coisas passageiras, coisas que este mundo nos impõe e nos induz à uma busca incansável, jamais conseguiremos viver aquilo que desde a fundação do mundo, desde a eternidade, o Senhor preparou para nós.
O que está preparado não se compara com nada do que já vivemos nessa terra! Aqui somos meros peregrinos. Não pertencemos à este mundo. Portanto, sentimos falta de casa, falta do Pai, do Deus soberano, da sua doce e gloriosa presença.
Átomos, partículas, borboletas, azul e branco
Budismo, construções, pedras, beija-flor
Vazio, saudades, momentos, eternidade
Livros, crianças, casamento, profundidade
Tempo, amor, não-esquecimento, cruz
Fraternidade, Deus, linha do tempo
Estrelas, caminho, escrituras
Barco de sentimentos, ausência, solidão
Bússola
As angústia, tristeza, e ansiedade!
Torna-se profundas lacunas na alma, esperando todo vazio, achar algo que os complete.
O amor verdadeiro, fecha qualquer ferida em cicatriz, e emerge luz nas profundezas da alma.
Fazendo o amor, achar seu verdadeiro nome!
Que é Deus.
Quando se coloca Deus, nas lacunas da alma!
Não tem buraco que não possa ser preenchido.
Quando seu coração der um aperto, e você se sentir vazio!
Não significa que o peso do mundo está caindo sobre você.
Se a sua intenção é buscar uma mudança!
A melhor opção é realmente se sentir vazio.
Assim você poderá preencher em você novas oportunidades.
E atualizar uma versão melhor de você mesmo.
Efeito cachoeira
Cachoeira inteligente, em suas águas se acostumou a levar o meu vazio, águas essas tão turvas e fortes que produziam uma densa neblina ao longo do rio,
Cachoeira barulhenta, dava para ouvir os seus gritos a quilômetros dali, mesmo não sendo vista ela era lembrada, imaginada e comentada,
Cachoeira sorridente, depois de um bom tempo suas águas ficaram tão transparentes que foi possível ver as suas pedras perfeitamente no fundo do rio.
O saber de si!
Transformar a solidão em pó e o vazio em fumaça, exige clareza, requer caminhar com atitude em cima do escuro.
A muita sabedoria escondida em um cafuné, á muitas substancias tóxicas positivas presentes em um abraço; alguns recados chegam ao coração de formas diferentes.
O silêncio pode ser um pedido de ajuda ou um momento de alta concentração, dependendo do contexto.
A sabedoria de si próprio nasce no colo das emoções, se desenvolvi em meio a turbulentas chuvas sentimentais ganhando sentidos e tomando rumos e cria casca com o peso das mãos do tempo.
Um novo começo
Preencher um espaço que a tempos está vazio, exige muitas capacidades e confiança saindo de dentro,
Já tive muitas causas e efeitos para chorar, dei muita razão aos clamores do meu corpo teimoso,
Confesso que andava cansado, mas tudo tem um fim, "para um novo começo poder renascer",
Deixei a torneira aberta para o vaco do ar sair, logo a água veio com tudo, saindo cada vez mais forte e o meu mundo se purificou.
Em poucas palavras, muitos sentidos.
Pensar sem limites
A barreiras entre o excesso e o vazio dependendo de como limitamos o nosso pensar,
as vezes eu vejo o sol se escondendo no horizonte mesmo sabendo que ele vai voltar pela manhã fico ansioso, fico surpreso,
falar sempre o que faz bem é uma justificativa para nossa alma de que estamos caminhando certo,
quero ser visto dançando de felicidades quando for o último dia do mundo.
'ESPARTILHO'
O espartilho,
vazio.
Ninguém vê condolências,
tampouco adiposidade.
Sem castilhos,
sem brio.
Amordaçando consciência,
vislumbrando fatuidade...
Há barbatanas,
melancolias.
Lâminas cortando o abdome,
exíguo.
Ah Juliana!
Vê essa travessia.
Não dê tanta atenção para os homens,
para quê tantos castigos?
Afrouxas o corriqueiro,
delgado.
Já és esbelta,
graciosa.
Coração em jasmineiro,
delicado.
Seguras a fisberta,
e não deixes cair a rosa...
O sorriso
É uma obra do abraço
Um espaço que estava vazio
A alegria de bailar sozinho
Havendo ou não melodia
Se saber satisfeito da vida.
O sorriso de verdade
Vem no meio da madrugada
Surge assim, do nada
Sem contar pra ninguém
Porque foi que ele veio
Aparece quando a gente recorda
da criança que foi um dia
Vem no intervalo
entre um sonho e outro
E permanece
depois que a alma desperta
e glorifica a Deus pela vida
Um sorriso é como se fosse
Um cartão de visitas
Expressão de quem crê
Que existe muita coisa boa e doce
A ser vivida, ainda
Sem saber de onde veio, ou quem trouxe
Vem à toa, quando a gente vê
Uma árvore sem folhas
Ornamentando um Céu cinzento ao fundo
Tendo em si a alma plena
E, diferente da maioria das gentes
Acha linda, aquela cena
E de repente está feliz
Mais feliz que todo mundo
E mesmo não tendo a prece atendida
Esquece o que foi que queria
E agradece a tudo que veio
No lugar
Apesar de ser outro o lugar
Outro Mar
Outro vento
Outra vela
Vem daquela sensação
de que não foi esquecido
E mesmo que não tenha
nada pra mostrar
Tem junto a certeza
No estado de alerta
de que vai permanecer a mesma coisa
As mesmas dificuldades
Problemas e dores pequenas
A cara feia que esse mundo faz pra gente
Como se outra pipa surgisse do nada
E cortasse a nossa, sem aviso
Posto isso
Sentir-se fortalecido
Simplesmente
Botar um sorriso no rosto
E sair mostrando ele ao mundo
Sem nenhuma necessidade
de haver um motivo aparente.
Edson Ricardo Paiva.
Depois do fim
Um espaço vazio
Um abraço
Que ficou esquecido
Cuja validade expirou
Um traço tremido
Um último olhar
Que agora, sinceramente
Não faz mais nenhum sentido
Depois do fim
desatados os laços
Sem lágrimas contidas
nem choradas
Sem missa em latim
desespero ou promessa
A culpa foi da vida
Por ser feita de tempo
que corre depressa
e a tudo consome
toda estrada se acaba
e depois do fim
vem sempre o nada
senão
não teria esse nome.
Edson Ricardo paiva.
Não existe nada no vazio
Além do frio
Que faz arrepiar
Até a alma
Toda vez que foge a calma
Na mais pura paz da madrugada
Não faz mal
Cada qual sabe a dor que lhe cega
No calar madrugada
E ela traz
Uma dor de cada vez
Escondida, bem guardada
Pesada e desembrulhada
Não precisa assinar
Nem nada
Se ela tem que entregar
Ela entrega.
Edson Ricardo Paiva.
Existem mais espaços vazios
Que toda matéria que existe
mas se existe
mais vazio do que vida
o vazio deve ter
razão de ser
talvez seja então por isso
que existem tantas
vidas vazias
talvez estejamos fugindo
ignorando ou fingindo
não ver
o que preencheria
tantas vidas
o ódio, o rancor,
a ambição e a falta
de amor
transforma pessoas
em coisas vazias
aquilo que esvaziaria
nossos potes de dor
estão ao alcance
de preencher
os espaços vazios
e fazer a vida
ser algo que valha viver
mas então olhamos
pensamos e decidimos
de forma serena
que tivemos tanto trabalho
para encher os nossos potes
que não vale mesmo à pena
trocar nossa vida vazia
por uma vida cheia e plena
preenchendo o rancor com alegria
se ela vai se acabar um dia
pois então faremos parte
do imenso vazio que tudo envolve
com a maneira que
enxergamos a vida
é a maneira que a vida devolve
