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Devoto um segredo (somente)
Aos que conhecem o degredo
Distante de casa, e do seu mundo:
A Via Láctea é a casa dos poetas,
Dos mambembes e dos vagabundos.

Envolvo com fitas de cetim,
Faço uma rosa, um enfeite,
Para colocar no cabelo,
E lado a lado do seu cetro,
Sigo em frente...

Perpetuo um sonho (persistente)
Aos que desconhecem o inexorável
Distante dos olhos, e não do íntimo:
A poesia é capaz de aquecer a frieza
De qualquer coração autoritário...

Executo o conserto derradeiro
Do destino fora do trilho,
Caminho sobre cascas de ovos,
Levanto voo, e aterrisso eternamente.

Porque eu sou dona da minha loucura,
Se a minha poesia no firmamento fulgura,
Significa que de ti jamais sairá o anseio
De voltar para acariciar-me com ternura.

Ah! Se eu pudesse apressar

Os ponteiros do meu relógio

- Só para te abraçar! -



Ah! Se eu pudesse correr,

Junto com o tempo

Para nunca mais te perder.



Ah! Se eu pudesse revelar

A cor dos teus lindos olhos,

E por eles me declarar...



Ah! Se eu pudesse me aproximar,

Para recuperar o tempo perdido,

- E resgatar o tempo de amar! -



Os teus olhos são tão lindos...,

Eu não vou contar como eles são,

Só sei que por eles, entreguei tudo;

Entreguei a minha vida e o coração.



Os teus lindos olhos tão íntimos,

Tão castos e repletos de cores,

Por eles morro sempre de amores;

Com direito a todos os mimos.



Ah! No pestanejar e no brilhar,

Os teus olhos me tocam inteira;

Como plumas a me acariciar...



Ah! Não conto o que sou capaz

De fazer por estes olhos;

Sim, darei a volta ao mundo,

E por eles sou capaz de ir atrás.

Estou cercada por você,

Sob o teu jugo doce,

Estou por ti dominada,

Porque as tuas curvas,

Feitas de montanhas,

Repletas de histórias,

De revoluções e glórias,

Não esmoreceu, sempre lutou;

Até o veludo entrou em revolução

Para cumprir o destino, e fazer de ti

República Eslovaca uma NAÇÃO!

A delicadeza das horas,

E o vai-vem dos oceanos.

A repletude dos perfumes,

E o abandono das madrugadas.

Assim nos completamos,

Nos compreendemos, nos amamos

Ao ponto de nos perdermos em nós;

A vida se fez como uma foz.



Lira da loucura santa,

Coisa de quem ama,

Só compreende, e se entrega,

Ao teu jeito viril,

Que semeou amor na Terra.



Sempre eu nos preciso,

Bendiga o nosso desejo,

Surgiu mesmo sem beijo

Apenas no teu olhar

O cancioneiro se fez nascido.



Ter mais amor que o amor,

Ambição dos poetas e dos amantes,

Em versos borbulhantes

Para que nada se perca,

E no poemário tudo se cometa.



A minha poesia faz a teia,

Faço graça ao teu olhar,

Despeço-me ansiosa:

Carregando uma vontade ímpar

Que incendeia, e que não vai passar.

Desvende-me em teu olhar,

Eis-me aqui para te contar:

Nos teus olhos celestes

Resolvi uma estrela buscar.



Surpresa doce e íntima,

Com o tom de revolução,

Por ti vivo a sorrir...,

Viraste a minha doce canção.



Entregue-se ao meu tocar,

Eis-me aqui para te amar:

Os nossos corações solares

Um dia hão de se reencontrar!...



Talvez no alto da montanha,

Ou na beira do mar;

Talvez, talvez, talvez...,

Quando a gente não planejar.



Agarre-se a nossa glória,

De escrever entre os beijos

A nossa história...,

Indizivelmente nossa.



Em salto e altura,

Não haverá queda livre,

Porque sinto-me tua;

Contigo estou segura.



Não vim parar à toa,

Surpreendendo-te

No céu de (Bruges),

Em queda livre,

Libertando-te,

Pairando leve,

Envolvendo-te

Para que o teu coração

Nos faça (entregues).



Amar o amor faz parte

Da honra, da vida,

Da poesia e da arte;

Da nossa ida

Pensando na volta;

O amor abriu a porta...

Toco o céu com a mão

Com tanta inspiração...,

E tão puro contentamento

Vou ao sabor do vento

Em busca de alento...



Alma forte como [ventania,

Assim é a alma austríaca.

Alma leve que rodopia...,

Ao som da valsa é [alegria.



Artesã da palavra poética,

Filósofa do tempo poema,

Amante de vida em expansão,

Escrevendo a poesia própria,

Cheia de paixão e sentimento.



Alma forte tão [alpina,

Assim é a alma austríaca,

Alma doce que fascina...,

De um acorde que [harmoniza.



Sabe ser feliz ao seu jeito,

Como poesia que [valsa

Talvez não tão perfeito,

Mas amor não faz [falta].

Os teus lábios sedutores

Por eles morro de amores

Tão lindos e doces lábios

De todos os lábios que ousei

Tão meus e róseos lábios

Os lábios que por eles pequei.



Ah!... esses lábios róseos

Tão lindos e repletos de sol

Por eles esqueço do mundo

Vejo no céu os tons mais flóreos

Todos por esses lábios de sol

Dourados e etéreos lábios...



Os meus lábios pecadores

Pelos teus lábios morrem de amores

Tão ternos e repletos lábios de calor

Se eu ficar com os teus lábios

Juro, que eu sou capaz de viver

Somente de amor - e nada mais!...

Trouxeste a palavra luminosa

De mago e [santo,

Mais do que isso:

Enviaste a palavra de um [anjo,

Além do olhar e da interpretação,

Amar cura qualquer coração.



Rompendo o espaço sideral,

Nesse outono em anunciação,

Chegou a hora e a estação,

De anunciar o amor e a aurora,

Que transformarão de vez

- tudo o que é vão -

O amor que cura amargura,

- 'amarcura' qualquer amargura

Com ou sem amarula,

Eleva o campo astral da criatura.



O escritor que cruzou o mundo,

Semeando o profundo,

Nos voltando para nós,

Elevando o sentimento,

- santo -

E apaixonado de amar,

Tornando assim o coração

- adocicado -

Fazendo de cada um de nós

Corações purificados.



O amor libertador,

Além das letras, e poemas,

De quem escreve, e se atreve,

Alcança a pessoa que se arrisca,

Que se entrega e se converte

Ao que chamam de loucura:

AMARCURA!

A sedução também é campo de estudo,

Ser gueixa é compromisso com o luxo,

De ser a mais bela flor do salgueiro,

Exibindo o seu milenar encanto,

E assim seduzindo o mundo inteiro...



A gueixa é um jardim de bonsais,

É uma flauta doce que se escuta,

- e ninguém poderá tocá-la jamais

Ela é sedução e música,

Capaz de arrancar os bons ais.



A sedução é a arte milenar de amar,

É arte que jamais poderá ser vendida,

A sedução é arte instruída,

Ela é arte que pode ser ensinada,

Para fazer a paixão arrebatada...



Uma gueixa não nasce do nada,

É a instrução que faz a gueixa,

Como a lapidação faz a joia,

Toda gueixa é uma joia,

E nem toda joia é uma gueixa...



Uma gueixa é um anjo oriental,

É uma estrela luminosa,

É a sedução mais saborosa,

Uma harpa celestial,

Que faz o mundo ainda mais especial...

Acho que você não se atentou,

Que a nossa alquimia é intensa,

Só vou dormir quando você,

Me libera um beijo para que ele

Chegue do jeito que eu permitir...



Querendo saber de você, curiosa

Pergunto como você passou o dia,

E escrevendo tudo sobre nós dois,

Faço versos que a poesia espera,

Somos de nós dois e temos um ótimo

Motivo para sorrir...



Tenho um plano além da amizade,

Há uma certeza e uma vontade

De juntos não darmos mais espaço

Para a saudade - esse é o meu

Jeito de te esperar de verdade.



Às vezes tenho medo

Que você me esqueça,

Por isso escrevo versos intimistas

Para que eu não saia da tua cabeça;

Que chegue logo o real dia,

Que você virá

Para que a gente se aqueça

Até a hora que a noite adormeça.

Intensos filhos de Gaia,



e atrevidos no Olimpo,


Furtivamente colho o teu beijo,



doce não resisto;


Acaloradamente e terna provoco


o teu instinto...




Protegidos por Deméter,



travessamente no Olimpo,


A minha nuca coberta pelo teu beijo,



doce te excito;


Apaixonadamente estou em tuas mãos,



te mordisco.




Acompanhados por Perséfone,



vagarosos no Olimpo,


Os meus seios nas tuas mãos


são um punhado de trigo;


Sinfonicamente doce atingiremos o paraíso,



predestino.




As três deusas são por nós dois,



já somos de nós dois,



Somos mistérios revelados,



e ainda não consumados;


Eles hão de nunca serem suficientemente


descobertos.




Sob a proteção do Olimpo,

juntos somos apenas dois meninos,

Divertidamente nos seduzindo

como os astros seduzem a orbe,

No nosso Universo tudo é repleto

- nele tudo pode -

e nos sacode;

Somos duas oferendas no Olimpo,

e perfeitos Mistérios Eleusinos.

O crepúsculo deu
a sua despedida,
as luzes da cidade
foram acesas,
a Lua coroada
está de estrelas
iluminando o Rio.

Ao mundo inteiro
oferto a veia
da paixão que não
oculto no peito
feita de vibração
e teu amor perfeito.

O desejo de viver
para cantar o amor
seja como for
é só o começo:
nos teus lábios
a sede de me amar.

No ritmo do Universo
a canção eterna
aos olhos lindos
voltados para quem ama,
esta temperatura
que amorosa chama
ao ardente total amplexo.

O vento balançou
de leve o velho
e tranquilo salgueiro,
e o luar de prata
devagar iluminou
a floresta verdejante
na bela montanha.

Em busca de alguém
há quem ainda cante
a esperança de início,
e também de reinício.

É fato que vivemos
num mundo dançando
em pleno precipício,
O importante é
nunca parar de sonhar.

Em busca do mundo
ideal há quem ainda
persista na esperança
de que ninguém desista.

O luar de prata balançou
de leve o vento
iluminou o salgueiro,
e a floresta de esmeralda
ficou mais radiante
na imponente montanha.

Em busca do giro
perfeito que dance
o Universo inteiro
e que ele de mim
não te faça esquecer,
porque para nós há tempo
e o destino me traga até você.

Na noite que antecede
esta Superlua de Neve,
a minh'alma se atreve
a dizer que já és meu.

É por causa desta alvura
tão linda que inspira
a nunca desistir:
já saberemos onde ir.

Só basta você querer,
que não farei resistência,
em busca assim estou
é de malemolência.

É com esse entusiasmo
que me preparo
para receber este amor
em total desembaraço.

A despedida
da tarde soprou
as nuvens
com suavidade
e fez percussão
com as folhas
do sublime
bosque do deserto.

E pensando em ti
a todo instante,
não desistirei
custe o que custar
de ir em tua busca
nesta noite
de luar brilhante.

O interessante
é o quê sinto
e já é imenso,
e sei que ainda
não te conheço;
algo forte vem
me dizendo
que és todo meu
e a você pertenço.

...

A maciez da tua alma é ternura plantada em meu jardim, Ela veio com a alvorada, E faz de mim completamente apaixonada...

...

O teu sorriso é um punhado de estrelas que como um clarão ilumina as trevas de todo e qualquer coração.

...

Não me importo quando não me notas, pois sei que é esse momento que me sentes. É como um regozijo de saudade feito poeticamente.

...

O amor vem como a manhã repleta de primavera, Suave, perfumada e faz a alma aconchegada amar com a largueza do mundo e pôr os pés na terra.

...

A noite silente traduz poeticamente com a força de uma constelação que os caminhos irão se tornar o caminho. Perfumes, virtudes e destino.

...

Garimpei entre versos a poesia da estrela, Amo-te com a força da luz de uma constelação inteira, O teu rastro é chama que me faz faceira.

...

Contemplo os teus olhos que são candidamente luz, Na pia universal verdade do teu eu, Sinto a cada dia o seu coração mais próximo do meu.

...

É doce a severidade que abriga esse teu sorriso, Sensual esse corpo estremecido, Não abro mão de mantê-lo enternecido.

...

Sabes que és o meu amado, Vinho que jamais será esgotado, Loucura que faz da minha boca carmim, Tenho a certeza de que estás apaixonado por mim.

...

Iluminada por essa dádiva que é o teu amor, A espera me faz pantera, A música mantém o jardim sempre em flor...

...

Com doses místicas de serenidade, Toda a mulher que ama, Não deixa apagar a chama, Presenteia com os doces desassossegos e feminilidades.

...

Na proteção das brumas, Surge a estrela, Que com seu amor silente transforma o que sente em reverberação e faz verso com paixão.

...

A noite vem como uma dama enfeitada de luar, Ela não engana, Ela é um convite para a gente se amar.

...

Provoca-me, Devoro-te, Contemplo-te, O teu sorriso é chama que ilumina todo o Universo.

...

Que venhas macio como o sol da manhã, Com esses lábios sabor de maçã, Não me importo nem um pouco o que será de nós dois amanhã.

...

A chave é o teu pensamento, É com ele que será aberta a porta do teu sentimento. Doce tormento.

...

Você não sabe
e tampouco viu,
A minha poesia
tem asas
capaz de voar
pelo Brasil
onde a noite caiu:

Por ousadia ser
a memória
de milhões de caídos,
A memória
dos desaparecidos,
E ser a voz dos
que não tem voz
na América Latina.

Caiu a noite aqui
em Santa Catarina,
Onde as estrelas
estão próximas,
A pressa é mais
do que urgente
e a Lua sempre
deslumbra
os campos do Sul.

É exatamente lá
no km 36, na BR-470,
em plena Gaspar,
Não preciso nome
e sobrenome
mencionar,
Todos conhecem
quem são muito bem:
Eles querem a todo
o Jequitibá-Rosa
e outras jóias raras
a todo custo derrubar.

Marte, Saturno e Vênus,
distraem o meu peito
em alta rotação
no mundo em viração,
todo o dia renovo por ti
a romântica devoção.

Meteoros Eta Aquarídeas
pela minha terra bailarão
como partes do cometa
Halley que eles são,
nesta peregrina da chuva
que não há como se molhar,
dela dá para fazer um colar.

Talvez tudo isso seja
o prelúdio alvissareiro
do nosso alinhamento
cercados por estrelas,
pelas aves noturnas
e do amor e suas loucuras.

Visível como Lua crescente
e Júpiter entusiasmado
com as suas quatro Luas
esperando o verão quente,
vivo diariamente sonhando
com o teu beijo fervente,
e nutro este sonho renitente.

⁠Bem que os beijos meus
poderiam ter
asas para buscar os teus,

(Ou poderiam mesmo
até o oceano cruzar),

Do báratro escuro
que ardente oculto
para nele você se perder,

(Sem chance de fugir
ou querer regressar),

Mais forte que o passamento
para você de mim
nunca mais esquecer,

(Ou de dentro de ti vir
a tentar me apagar),

Tão méleo quanto
o mais puro dos sentimentos
para você se viciar,

(Sem querer cheguei
para em ti morar),

À espreitar a cada
um dos meus passos
como um lobo da estepe
do Oeste da Anatolia,

(Doses de café,
desejo e melancolia);

Indomável como o mar
em intermitente luar
feito a sagração poética
da primazia da primavera.

⁠Busco artifícios em
nome de um caminho
que me ensine a lidar
com a relação ruim
que tenho com o silêncio,
Vencer tal impedimento
é o quê mais desejo
para me reinventar...

... se ir em busca
disso é algum defeito,

Continuarei sendo
este ser imperfeito
porque não sei viver
sem me importar;

é por isso que nunca
vou conseguir de ti
calar e nem me ausentar.

Dos meus desertos
sou e serei sempre
persistente peregrina
em busca de refúgio,
Não quero o final
de Romeu e Julieta
em versão médio oriental,

por crer que não há para
nós um fim que faça
dois infelizes, afinal.

Nós temos o direito
de quebrar com qualquer
maldição que nos impeça
a felicidade de viver
e de amar sem receio
do que possa vir acontecer;

... nem você vai tolher
mais o mútuo querer,

Do meu pequeno
lugar amoroso
pela Lua de Morango
beijado como
um doce repousado
no tabuleiro cobiçado
do Trópico de Câncer...

... neste Médio Vale
rumo ao Monte Ararate,

Decodificando todos
os possíveis sinais
que façam te entender,
quando te vi pela primeira vez,
resolvi de jeito nenhum perder
o quê todos sabem que nunca
de nós dois haverá escapatória.