Texto em verso
O espelho, outrora um juiz severo, hoje reflete a beleza que reside na inteireza. Cada curva, um verso na sinfonia da existência, cada detalhe, uma pincelada única na tela da individualidade. Vestir-se torna-se um ato de carinho, um abraço em si mesmo, onde o conforto do tecido encontra a liberdade de ser.
A aceitação não é uma chegada, mas uma jornada contínua, um florescer que desabrocha em cada amanhecer. É reconhecer a beleza singular que nos veste, a força que emana da autenticidade. Como a flor que escolhe sua própria forma para alcançar o sol, permitamo-nos ser, sem filtros, sem molduras que nos aprisionam.
A autoestima se tece nos fios da confiança, na certeza de que somos suficientes, exatamente como somos. Ela não se esconde, ela se revela no brilho do olhar, na leveza do sorriso, na firmeza dos passos. É a melodia suave que embala a alma, lembrando-nos do nosso valor intrínseco.
Que cada instante traga uma declaração silenciosa de amor-próprio, um lembrete constante de que a verdadeira beleza reside na aceitação de quem somos, em toda a nossa maravilhosa complexidade.
Quando te vejo, o coração dispara,
Nossos olhares se cruzam, a paixão se declara.
Teu toque, um fogo que queima devagar,
Neste momento mágico, só quero te amar.
Teus lábios, convite para o paraíso,
No encontro de almas, o desejo é preciso.
Nossos corpos entrelaçam, num abraço ardente,
És a razão da minha paixão, eternamente.
A noite se torna palco da sedução,
Quando te vejo, é puro êxtase, a canção.
Nossos suspiros sussurram segredos profundos,
Neste amor ardente, somos eternos vagabundos.
Poema: Amores imortais
Nas estrelas dançam juras celestiais,
Amores imortais, como contos ancestrais.
No firmamento, laços eternos se entrelaçam,
Cantigas cósmicas, paixões que não se desfazem.
Em cada lua cheia, um suspiro eterno ressoa,
Corações entrelaçados, promessas à toa.
No tempo suspenso, onde o amor perdura,
Histórias celestiais, em cada noite escura.
Bordados de estrelas adornam o céu,
Amores imortais, como um doce mel.
Harmonia celestial, serenata das esferas,
Ecos de sentimentos que duram eras.
No universo vasto, a eternidade se revela,
Amores imortais, em cada estrela que cintila.
A melodia cósmica, entoa um hino divino,
Onde o amor transcende, além do destino.
Lápide
Quem você procura, por que veio?
Ele não está aqui, não existe mais.
Apenas seus restos mortais,
Símbolo da fragilidade da vida,
Que é uma dádiva, mas se esvazia,
Como um jarro d’água ao regar uma planta,
Entrega o sabor da vida, mas se esvazia.
Quem você procura, não está aqui,
Somente em sua memória ele vive,
Cada gesto, cada olhar,
A palavra que ecoa como o vento nas árvores,
Produzindo sons que se perdem no tempo.
Quem você procura, não está aqui,
Mas em outra vida, no passado,
Nos ecos das histórias que deixou,
Marcadas em suas lembranças.
Quem você procura, não está aqui,
Mas em você, todos os dias,
Ao dormir e ao levantar,
Ele estará presente.
Ele estará sempre vivo enquanto você se lembrar que ele não esta mais aqui.
Lave sua dor em um banho quente
Deixe que as partículas do seu DNA escorram pelo ralo,
levando com elas toda a sua culpa.
Gota a gota.
Segundo a segundo.
Feche os olhos. Pense em tudo
não pense em nada.
Permita que os pensamentos se dissolvam na água,
água essa, que insiste em levar seu couro.
Arranca, com fúria mansa,
todos os seus sentimentos.
Purifique-se.
Já não há tempo, então não crie esperança se sabe que, em breve, nascerá uma decepção.
Os poemas são incógnitas, e a vida é como poemas.
Não a desvende, nem espie o final.
Apenas sinta.
Sinta cada palavra. Interprete-a naquele momento.
Não deixe nenhuma letra para trás.
A poesia é a cor que pinta meus sonhos, que aquarela meu olhar e dá cor ao meu sorriso.
É ela que embaralha as letrinhas em meu olhar, rima uma palavra com outra, versa a vida em toda a sua extensão e a distribui em versos.
É a poesia que cadencia o som do mar com as batidas do meu coração e serena se espraia em tudo que o meu olhar toca, tudo que minha alma alcança.
É ainda a poesia que me envolve, ora com serenidade de brisa, ora com a força de uma tempestade até desaguar nos olhos e em cascata escorrer pelas lembranças.
É a poesia que nas noites de solidão acalenta minha alma inquieta, afaga minha saudade e aquece meu coração.
É a poesia que chega com a escuridão da noite e me faz companhia de dia.
É ela que se faz saudade quando a nostalgia puxa a cadeira e sem pressa senta-se ao meu lado.
É a poesia que pinta o quadro do dia com as cores da minha emoção, com as nuances de vida que brilham em cada estação.
A poesia está nas minhas horas de espera, na chegada e na partida, no que sou, no que fui e em tudo que ainda serei.
"...Já se adentrava a noite alta e as pandorgas versos partiam.
Foi quando fitei a moça que de olhos gris se vestia.
Então clamei a ela, antes que também se retirasse:
Agora que a lua cheia chegou,
Como teus olhos em ternura,
Borda-me entre o céu e a tua boca,
Numa indelével tecitura.
A moça nada me disse, tão só repousou em minha face.
Por ali ficamos embebidos de um ser poetamento,
Como se por um breve instante,
Tivéssemos tocado uma fração do infinito..."
In Fragmento Poema Chá com os Poetas e a Moça Bonita
versoverso.
substantivo de todos os gêneros.
1. experiência sensível que integra os mundos real e virtual, e os caminhos entre eles. 2. ambiente imersivo construído por meio de diversas sensibilidades e sentidos. 3. a involução utópica do metaverso, que permite a interação pela interação, o avatar pelos olhos de quem vê, a realidade aumentada pelo olho nu. 4. onde eu sou eu, ele, ele e você, você.
ANTES DO ÚLTIMO
Que estros fugitivos me deixou aqui
No silêncio... e a mim não mais veio
Ilhando a trova sem frescor e asseio
Que me falta, e que por ele me perdi
Em que seda de lacuna me envolvi
Se hoje parece um sonetar alheio
Com palavras sem zelo, sem freio
E, em qual da imaginação remordi
Achei que fosse meu o teu prazer
E que no versejar eu fosse te ter
Eternamente, e você... de saída!
Partiste, bem antes do último verso
E o soneto na imensidão submerso
E a emoção numa saudade perdida...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/10/2020, 14’22” – Triângulo Mineiro
São Bento do Sul
Da Música, da Dança, da Literatura
e de cada herança da imigração,
Eis me poesia dedicada
com o balanço das matas dos parques
e a revoada das tuas aves,
Passeando de Maria-Fumaça
com todo o direito e charme.
São Bento do Sul, amada
fostes, és e para sempre será,
A cidade bonita que embala
o meu amor por todos os lugares
e me dá motivos para venerar.
São Bento do Sul, a sua poesia
está até na movelaria,
e por ti retribuo com a poética
da cada dia para que a gente
se encontre, converse e sorria,
és a minha razão de viver
e a melhor companhia.
São Bento do Sul, adorada
fostes, és e para sempre será,
A cidade que me leva
a qualquer hora a estrada cruzar,
e me dá razões para nela morar.
Festa de São João
O dia se ergueu contente,
e a tarde virá sorridente
para me entregar nas mãos
da noite carinhosamente
na Festa de São João e vir
a te encontrar de frente.
Unir as chamas do coração
que há tempos acesas
podem fazer fogueiras
inteiras muito além desta
Festa do dia de São João
e têm sido as tais urgências.
Para alcançar no mastro
do teu coração desafiador
não sei o quê eu faço
para capturar o meu amor,
só sei quando este dia
chegar: fogos eu soltarei.
Eu sem nenhuma pressa
por nós dois comemorarei,
e na capelinha de melão
sempre por este amor
agradecerei em oração
ao nosso querido São João.
Como palha encostada
no teu fogo tenho a certeza
faceira que me incendiarei,
e com o manjericão do teu
peito amoroso perfumarei
o quê se tornará a nossa lei.
És a festa da minha cabeça
e para estar preparada
quando te ver disposto
a dançar a quadrilha
do destino e a travessia
vir a ser cumprida comigo.
Não haverá cobra no meu
e no seu caminho que
o peito não veja a mentira:
ninguém vai roubar
do nosso amor a alegria
de viver em companhia.
A chuva sempre passará
por nós tranquila e a ponte
quebrada sempre será
reconstruída ou renovada,
porque escolheremos ser
a união por Deus confirmada.
O caminho da roça é o quê
nos interessa, cumprimentos
com beijos, balancê e o passeio
para fazer a festa bem do jeito
que a gente gosta e jamais
colocar nosso amor à prova.
Não haverá túnel que seja
impossível para a visão
e a coroação virá quando
tudo isso um só coração
casamento se tornar
e sem despedida da união.
(Tudo isso venho planejando
para nós é hoje
apenas é Festa de São João).
Balneário Piçarras
Na Ponta do Itapocorói
está a tua pedra
fundamental carijó
e o teu ponto de partida,
és toda a minha vida.
O primeiro fado
sobre as ondas cantado
jamais esqueço;
as tuas praias guardam
o mais sutil segredo.
Da mão do pescador
no lance de amor
enredado se fez
a minha Armação
e dona deste coração.
És o lindo Balneário
com nome de Rio
que como um feitiço
nasceu para ser a razão
do meu melhor sorriso.
Meu namoro sublime
na árvore torta
em noite estrelada
e na alvorada iluminada:
És a minha Piçarras adorada.
"No crepúsculo suave da primavera encantada,
Um velhinho caminha, a alma iluminada.
Com rugas de histórias e olhos que brilham,
E cada passo dado, mil carinhos se trilham.
O perfume das flores penetra no ar,
Como a voz de um amor que não para de amar.
Ele sussurra aos pássaros, segredos do vento,
Numa dança de afetos, em doce momento.
As folhas dançam leves, como o amor que acaricia,
A lembrança das tardes, repletas de alegria.
Um balança de sonhos nas ramagens em flor,
E o tempo é um aliado desse eterno amor.
Ah, primavera, tu és o palco do beijo,
De mãos entrelaçadas, num eterno desejo.
Os risos das crianças se misturam ao canto,
E o velhinho sorri, num amor tanto!
Sabe que a vida é um ciclo, um constante renascer,
E em cada primavera, é um novo aprender.
Com um coração de pétalas, cheio de ternura,
Ele vive o amor, sua maior fortuna."
I
Você prendeu
No meu cabelo
Somei Yoshino,
Sob a luz da Lua,
Você me fez tua.
Cinco pétalas...
II
No caminho enfeitado
Por rastros de Ichiyo,
Em plena Lua Azul,
Sou tua de Norte a Sul.
Vinte pétalas...
III
Cobriu-me de amor
E de Kikuzakura,
Sempre serei tua,
Muito além da Lua.
Cem pétalas...
I
A Lua pegou
a cor-de-rosa
emprestada
da Kanzan,
E eu que roubei
um beijo
sabor hortelã.
Flores da árvore...
II
Flores amarelas
da Ukon são gotas
que escorreram
da Lua-de-Mel
de um romance
entre ela é o céu.
Árvore e suas flores...
III
Gyoikou-zakura
têm flores verdes,
Como o céu tem Lua;
E estão para nascer
de um amor que
tem como prever.
Árvore com flores...
O mistério
do baile
das dunas
de Plutão
que estão
em formação,
Talvez seja
o prelúdio
do Universo
em câmbio,
Um dia igual
ao de hoje,
surgiu-me
uma intuição:
Não posso
dizer como,
Vivo a sentir
que Caronte
para você
assim viverei.
É questão só
de ficar com
tranquilidade
em casa,
E com a tua
cabeça fria
porque na vida
tudo passa,...
Na órbita
de tantas luas
ao nosso redor,
Virá o tempo
de viver
o nosso amor;
Styx, Nix, Cérbero
e Hydra girando
no Universo
de muitas fases,
Inspirando artistas
e por todo o lado
na avenida
da criação com
os seus carros
de cores
de planetas binários.
O amor quando
é amor do Mal
já nasce blindado,
És todo meu
e eu toda tua,
seremos fato consumado.
Nem que seja a última
canção que eu escreva,
Por você sou capaz
de escrever até no teto
do meu quarto mesmo
sem poder sair
para ver as estrelas:
Os meus beijos
envio no formato
de mil e diários poemas,
No oceano Rapa Nui
de minhas letras,
cada verso são minhas
escamas de sereia;
Por premonição vejo
você estacionando
o carro com o mesmo
tamanho de Makemake,
Somos proximidade
e inseparáveis,
sutil atmosfera que
fisicamente não existe,
porque antes de tudo
isso acontecer
pelo Universo
estamos destinados
a dar certo neste
caminho pela Lua
iluminado e cheio
lugares estrelados,
não nascemos
para viver separados.
Órbita osculante
que teima
em buscar
pelos teus lábios,
Na testa a Lua
que cheia
desponta no céu
que se reabre
em alfarrábios
de estrelas,
asteróides e cometas,
Como discreta
presença Ceres,
Chama poética
entre mil mulheres,
Canção de amor
que os teus lábios
jamais hão de perder;
Surgida para contigo
não para apenas estar,
e sim para permanecer,
Como deidade
tu há de ser meu,
e o meu coração
tu há de adorar
como fosse o próprio teu.
Olhando para o relógio,
para a minha janela
e para o calendário
em busca de um sentido
para viver eu fiz
uma viagem no tempo,
onde as sementes
das árvores de 1971
foram espalhadas,
e eu que sempre cantava
"Imagine" para você,...
Sem querer me peguei
dançando com os olhos
fechados pela sala,
como se estivéssemos
naquela festa colados
ignorando o mundo
vivendo o nosso
particular espetáculo;
Nesta noite profunda
de luar prateado,
remexendo a memória
do passado do país
onde nós dois éramos
os únicos habitantes,
e nunca imaginávamos
que nos tornaríamos
dois despojados errantes,...
Por você ainda sobrevivo,
danço e canto por mais
que esta noite profunda
tente o meu sorriso
apagar e a minha fé
na vida comprometer,
você pode vir a não
ficar comigo como
de fato aqui não está,
sei que este poema
ninguém há de apagar.
Talvez seja um
glorioso prelúdio
Marte e Saturno
na noite de hoje
em alinhamento
com Júpiter,
Que possamos
a ser libertados
das prisões
e isolamentos,...
Na terceira visão
tenho a Lua
e nas palmas
das minhas
mãos a inscrição;
Para uns tudo
tem sido
um pesadelo,
para outros
inquietamento
e para mim
um interstício
com tempero
e sabor
de revolução,...
Na vida ninguém
vive sem amor,
circo e pão,
E tampouco
sem paixão;....
A minha carne
e a minh'alma
nômade jamais
se curvam
sob deboche
ou castigo,
Dançarei sobre
brasas e sobre
cacos de vidro,
sempre que preciso.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp