Texto Desejo
A MINHA VIDA
A minha vida é um deserto
É um simples seco areal
As flores que vou tocando
Perdem todas as folhas
O caminho é inseguro
E a minha estrada é fatal
Pois alguém vai semeando o mal
Para que eu o possa recolher
As minhas ilusões derretem
Como o gelo num mar de fogo
Os sonhos são bandos de pássaros
Entre tantos, tantos medos
A minha vida é um seco areal
Nos abismos de trilhos marcantes
A flor que toco simplesmente morre.
DESENHEI
Desenhei o meu corpo
Nas profundas águas do rio
Para me esquecer da dor
Desenhei a minha alma
Entre as fragas escorregadias
Para não me perder de mim
Desenhei o meu coração nas margens
Para não me esquecer de ti
Desenhei debaixo da ponte
Todos os mais sombrios pensamentos
E que a água os leve para longe de mim.
DENTRO DO MEU
Dentro do meu silêncio
Há gritos, dores
Há mil árvores por plantar
Flores por colher
Mil sonhos para viver
Viagens por fazer
Há um anjo adormecido
Há mil páginas por escrever
Poemas, versos, sonetos
Há mil afectos embrulhados
De tanta felicidade
Há um coração, se ele explodisse
Coloriria o céu
Dentro do meu silêncio
Que eu amo tanto.
CHOVE LÁ FORA
Chove lá fora lagrimas de amor
E nos no quarto estamos amando-nos
Com o doce desejo da paxião
Sensação de tantos beijos
No sentir do teu corpo
Da boca do teu sabor
De fresca hortelã
Refrescando a minha boca
Sedenta de ti amor
Que sem embaraço infinitamente
E não esquecendo nenhum pedaço
Deste teu corpo que se entrega
Sem contestação apenas a um beijo meu
Chove lá fora com força, lagrima de amor.
OS TEUS OLHOS
Os teus olhos fixaram os meus
Como se fossem borboletas
Que me puxam para ti
Deixa-me tocar nos teus lábios
Com os meus meu doce amor
Já sinto falta do teu corpo junto
Ao meu, com sabor nostálgico
Do outono num fogo doce que nos une
Neste calor que me queima a alma
Como quando acordas ao meu lado
Afinal a tua casa é o meu coração
Que me enche de felicidade
Os meus dias, as minhas noites.
Círculo de 180 dias
Ir à direção contrária, por vontade do destino,
é querer encontra quem se ama depois de dar uma volta ao mundo
É, nos quatro cantos, em todas as tribos, procurar a si mesmo, levando consigo o desejo de chegar ao encontro do futuro.
Mas é também arriscar perder tudo
Se já partiu, não desita
Corra
Pule
Nade
Escale
Mergulhe
O tempo é bem mais curto quando pegamos o caminho errado.
Pássaro Negro
Não sei se quero desistir.
Infelizmente isso havia se tornado um habito.
Notei da pior maneira...
Me recuso a encarar como o fim,
que tenho que continuar daqui em diante,
aprender com o que deu errado,
ou com o que foi abandonado...
Como se não houvesse mais jeito!
Me recuso!
O Poeta já não jaz aqui.
Quero sua voz para gritar,
para que ela me escute,
não com o ouvido,
nem só com o coração.
Grito com a almaaa!
“O relógio quebrado é capaz de
marca a hora certa duas vezes”.
E ainda assim, pode ser consertado.
Já o diamante trincado
precisa ser lapidado novamente,
para ter seu brilho de volta.
Serei “Blackbyrd” essa noite
“Cantarei na calada da noite
Mesmo de asas quebradas
Por só saber cair.
Eu vou aprender a voar.
Pois durante minha vida toda
Só faltou esse momento pra eu decolar
Ser livre do que me aprisiona
Do mente que me atormenta.
Este é o momento.
E mesmo de asas quebradas, vou voar
Vou chegar lá”
201804301500
MISTURE
Misture a sua vida
Com texturas - Com cores
Com amores - Com paixões
Com dores - Com sentimentos
Com sabores - Com alegria
Com alma - Com mil coisas
Descubra novas aventuras
Mas nunca se mostre satisfeito
Há alturas na vida que o silêncio
Sela as portas do inferno e abre a saída
Na alma com as asas do amor.
Pela forma como corre a carruagem, a palavra tem pressa de chegar! Dentro dela, princesa ou vassala, senhorio ou o próprio cocheiro: há pressa em dizer. Arrancar dos lábios a vírgula que ficou presa no olhar, as reticências incômodas acorrentadas na boca, os pontos de exclamação entupidos nas vias nasais, a verdade neurótica e possessa atormentada no peito-masmorra. Enfrenta o barro escorregadio, enfrenta as árvores contorcidas na estrada, os bichos peçonhentos dotados de curiosidade, os labirintos dos lodos, a chuva, salteadores e serial killers, o breu da noite. Apressa os cavalos com com as chibatadas e beijinhos, atravessa pontes e Idades Médias. E chega. Ao Adeus de Teresa, à Musa encurralada no alto de uma torra, à hora íntima e fatal.
A palavra é o precipício para o inefável, a oportunidade do cego de atravessar a rua, o começo, o fim. Por ela, amores nascem. Por ela, Pandora morre. E, se carruagem faltar, a palavra voa: pelos ares, ondas, raios. Despesa é pra guardar feijão, arroz, lata de leite; relicário: joias; palheiro: agulhas. A palavra é bicho solto, leão, tigre, água, vontade que dá, passa e não fica.
Nunca
Nunca fomos realmente parceiros
Daquele tipo de casal que parece ser apenas um de tão conectado
Nunca me senti sua confidente e nunca senti que poderia realmente lhe falar tudo pelo qual vivi, pois muito tentei lhe falar e você nunca escutava
Nunca tive certeza do seu amor, pois gestos de carinho vindos de você sempre foram algo raro
Nunca me senti realmente desejada, pois para você a magreza sempre foi algo importante
Nunca me senti realmente parte da sua vida
Nunca
Sempre quis fazer dar certo
Sempre torci para que tudo mudasse
Sempre quis que realmente fôssemos uma família
Sempre quis o amor, a amizade e a parceria que nunca tive
Hoje me resta desejar...
Desejar que encontremos tudo isso junto a outra pessoa, já que não consegui nada disso junto a você
Ocaráter e aconquista
'Antes do poeta vem o homem,
antes da poesia o caráter',
antes da conquista vem o objetivo,
antes da palavra o pensamento,
antes da emoção vem o sentimento,
antes do amor o desejo de amar,
antes do prazer vem o compromisso,
antes do relacionamento o respeito,
antes da indiferença vem o diálogo,
antes da separação a reconciliação,
antes do abandono bastava a amizade.
CAMINHO
Caminho pelas ruas do esquecimento
No chão onde me deixaste perdida
No sabor orvalhado de estrelas
Para beijar-te com a poesia na boca
Para contar os sonhos que por ti criei
No tempo em que o tédio fugia de nós
E os teus olhos cobriam-me da noite
Neste caminho de pedras que submissamente
O teu corpo me tapava com flores
Para caminhar pelas pedras onde deixei
A minha alma, pois o coração contigo ficou
Para amar-te se me deixares.
Cercada de amigos,
Eu nem existo;
No fundo do poço,
Eu sou um bom moço;
Em distração,
Não tens coração;
Mas na solidão,
Tu queres minha mão;
Acompanhada,
Não queres nada;
Num abismo profundo,
Tu queres o mundo;
E se não tens ninguém,
Me queres também;
Mas se já tens a tudo,
Me fazes de entulho;
"O orgulho".
Pode apagar a luz Celestial.
Já não há mais sentido brilhar.
A reflexão do prisma humano sai escura.
É tão denso o que há na alma.
A calma que se desprende.
Um fóton por segundo se desfaz.
Já não há mais sentido continuar a brilhar.
De tanto do quanto se busca,
porém, tudo por isso se acaba.
É tão densa as trevas, que nem faz sentido brilhar.
Todo o Amor Expressado é Desejo.
Nada é de forma Ágape, por si só: Caridade.
O desejo é reflexo da própria carne: malícia e maldade.
Chegou o momento
Depois da madrugada
Fiquei sabendo
Que um dia tudo passa
Eu já cansado de ter que esperar
Tão fácil dizer para tudo acabar
Um vazio que eu não consigo explicar
Talvez porque não entendi
Ou ninguém vai me escutar
Tenho meu jeito de entender
De ver o mundo, de poder sonhar
Sonhos fantasiados
Que são pesadelos que me deixam acordado
E mal consigo me levantar
Sentir a vida não valer nada
É um fardo que tenho que aguentar
Sentimento jogado fora
Uma dor que não acaba
Não queria que a vida fosse culpada
Mas foi ela que me deixo nessa enrascada.
RENDA
Renda branca de cetim
Afaga a dor e a saudade
Por entre estas linhas
Escritas num profundo
Mergulho de letras
De um amor solitário
Nem as rosas sabem
Da dor que sinto
No tatuar do peito
As estrelas tentam
Fugir da minha alma
Renda de branca cor
Neste meu jardim de mar
Remendado de alegria
Onde as rendas do vestido
Acenaram aos teus olhos
Fogo, paixão, faiscas
Amor de silêncios
Combimação de renda
Lágrimas que não choro
Nas águas do rio que correm
Para o mar das saudades
De beijos dados entre dentes
Entre línguas simplesmente
Na dor das águas do mar
Renda de branca cor de mim,de ti
POEMA TRISTE
Poema triste de amor
Por tantos mares navegados
Numa profunda ilusão
Passado que brota vida
Num futuro sem razão
Que nasce no chão
E deixou-se levar
De coerente riso
Ou de coração quente
Pelos dedos caminham
Ou perdem-se no tempo
Num destino de alguém
Entre novos passos
Na covardia do homem
De um olhar ao relento
Num desejo silencioso
Nas águas de penas
Entre o rio e o mar
Gaivotas que voam
Nas palavras escritas
Num triste poema ou não
De um grande amor.
SOU O QUE VÊS
Sou o que vês
O que tentas ler
Uma seara sem foice
Um rio que corre
Um corpo sem alma
Uma folha que dança
Um uivo do lobo
Um caminho sem estrada
Uma casa sem dono
Uma bela rosa azul
Uma esperança sem cor
Um destino sem volta
No fim meu amor o meu lar
É o teu belo coração
Pois não consigo viver sem ti.
Danço em suas curvas
Devaneio em seu sorriso
Doce são teus lábios
Divirto-me em teus braços
Durmo em teu colo
Dou-me por completo
Duma vez, me afasto
De você, nada quero
Dose amarga de fel
Deu-me para beber
Dope-me mais uma vez
Dissipe minha alma
Desejo insaciável
Deslumbrante
Dói e nada sinto
Divergente
Dignidade já não há
De novo e de novo
Despido
50 passos até a água
O horizonte cinza
A areia quente, não afeta
O vento forte, desequilibra
As ondas lambem os pés
Os joelhos, coxas e abdômen
Cada passo, uma viagem, vertigem
A profundidade me deseja
E a venero
Sob a superfície, caminho
Bolhas saem da boca
O pulmão se enche d'água
Os olhos, lacrimejam
E nada se vê
Nada se sente
E a profundidade me deseja
O breu, se torna luz
O abissal cria seu próprio sol
E nele, acredita
Apenas é
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