Texto de Solidão

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Passo a noite sem companhia,
sem afagos,
sem ninguém.
Ainda não entendo por que estas noites;
sinuosas e misteriosas,
insistem em ser tão vazias,
frias e sombrias.
Olho para os lados.
Um vácuo, um vago;
no meio das luzes apagadas
que me rodeiam.
De repente, sinto vultos,
espíritos, passando sobre mim.
Ouço vozes.
Quem sabe essas idéias não me perseguem?
Poderia ser psicológico,
ou até mesmo,
realidades que tento escondê-las,
mascará-las,
em minha cabeça leviana.
A noite,
cada momento passa rastado,
demorado.
Sensações e prazeres me satisfazem
n'um segundo repentino.
Um sorriso falso,
forçado,
é, automaticamente;
estampado em minha face.
Queria poder sorrir de verdade.
Sorrir com o Coração.
Sorrir com a Alma.
Mas algo mais forte dentro de mim,
consegue dominar-me,
não deixando com que esse sorriso
flore naturalmente em meus lábios.
Encontro-me durante a Noite,
na Madrugada;
como um morcego voando na escuridão
rumo ao infinito.
Entre tristezas,
choros,
e lágrimas,
me entrego as dores
que me consolam.
Me desespero quando penso na Vida
maldita que me espera lá fora.
A Solidão me acompanha mais uma vez.
Sinto medo.
Estou sozinha,
escondida num canto escuro
de meu quarto.

Eu sem você

Eu sem você nem penso, porque minha alma se esvairia,
meus desejos se evaporam e meu espírito chora sozinho.
Eu sem você sou um vácuo no meu espaço,
passos curtos e cansados, sou olhos tristes a vagar.
Eu sem você sou rima sem poesia,
chegada sem partida, sou apenas inércia
sem vontade de chegar.

Eu sem você sou um oceano árido,
sol frio em luas quentes, sou estrela querendo brilhar.

Eu sem você sou tempo sem espaço, um total descompasso,
sou uma metade vagando querendo te encontrar.

Eu sem você, sou tristeza sem fim.

Olhei fixamente os trilhos do trem... chorei.
Enquanto o trem se aproximava, eu me imaginava ali, destroçada. Chorei mais.

Por que eu me sinto tão triste? Incapaz? Por que nada mais me satisfaz?

Penso frequentemente em dormir e não acordar. Como seria?

Alguém sentiria falta de mim? Se arrependeriam de não ter dito o que queriam?

E eu? Quando vou parar de me arrepender?

Essa Noite

Essa noite não é noite, é como uma dia disfarçado
Sem o sol, sem o calor
Mas me mantendo acordado

Essa noite é uma prova, me provando que estou perdido
Pois nessa noite até o sono veio ser meu inimigo

Essa noite está tão clara, mesmo sem lua, mesmo sem dó
Essa noite veio me lembrar que ainda estou só

Essa noite não vou dormir, quero apenas descansar
E se eu dormir não me acordes mais, apenas deixe que eu vá

Toda noite durmo só, mas essa noite tenho uma parceira
A solidão deitou comigo, vai ficar a noite inteira

Essa noite meu pensamento está pensando aqui comigo
Como pensei em meu pensamento que ainda tinha um amigo?

Essa noite eu não quero esquecer, não quero viver, não quero morrer
Essa noite eu só vou me deitar e esperar o dia nascer.

►Déjà vu

Às vezes eu minto, às vezes eu choro
Às vezes eu rio, às vezes sinto ódio
Isso é normal, não sou especial
O meu mundo é igual, puro caos
Ando de mãos dadas com o mal,
Ando de mãos dadas com o baixo astral
Eu perdi os meus sentimentos,
Eu perdi os meus bons momentos
Tudo o que restou levo como passatempos
Cada dia me vejo mais sonolento,
Cada dia me afundo mais no tormento.

Em poucas ocasiões eu me apaixono
Em certas estações, fico no abandono
Acabo desmoronando, mas me recupero
E quando me vejo no espelho, estou como antes.

Tem vezes que não quero levantar
Tem vezes que o pesadelo me faz acordar
Sonhos? Sim, às vezes
Em grande parte, eu apenas escuto o meu choro
Nada mais importa, com tanto que eu me sinta feliz,
Ao menos uma vez, antes que a minha tristeza me sucumba
Não há cura, a vida é curta, então tento curti-la
Talvez eu não esteja aqui no ano que vem, talvez sim
Só quero que haja fim as minhas súplicas
Que eu encontre uma fuga dessa atormentada luta
O campo de batalha em minha mente está em cinzas,
Espero que a felicidade se torne minha linda vizinha.

A vida é barulhenta. Dentro ou fora de nós, nada se aquieta. Queremos nos comunicar, exigimos respostas na velocidade de super-hiper-mega bytes, contabilizamos "notificações", desejamos ser cutucados de volta. Sem perceber, desaprendemos a silenciar. Desaprendemos a suportar a voz que cala e sofremos com a falta de respostas. Desaprendemos a ser ausência.

De vez em quando é necessário ser silêncio. Habituar-se à própria presença, inteirar-se de sua solidão.
Comunicar tudo sem dizer nada.

"Vazio"

"Quando o vazio é tão intenso que dói aos ouvidos.
Quando as lembranças são tão reais, mas parecem sonhos...
Quando você se sente fora do espaço e da realidade...
Quando a estrada está enevoada, sem placas e você sente que não pode mais andar por ali, mas sua vontade é de correr...
Quando você tem medo de altura, mas pensa em subir num trapézio que não tem rede lá embaixo.
Quando suas referências se foram...
Quando você tem muitas despedidas em sua história...
Quando você não vive mais por você, e sim por outra pessoa apenas.
É tudo isso somado te causa dor. E você sente sangrar...então vê sua própria agonia, e se pergunta: "Como estou aguentando?"
É só um desabafo de alguém que não consegue dormir...que vive isso a anos, senão a décadas. Já são tantas noites, cortes, cicatrizes, partidas...
Sinto um doloroso vazio... E sei que exceto Deus, ninguém pode mudar isso.
Quando a equação, mesmo que feita de várias fórmulas, só dá menos, você sabe que sua alma está morrendo...
E tudo fica cinza..."

Sobre a Solidão

Entender é trancar-se dentro da palavra.
Quem não sabe, quem não sabe, quem não quer saber de nada gruda a língua no céu da boca, não escuta e finge que não vê.
Entender é um outro nível da ignorância. Bastaria um toque se fôssemos livres.
Não é preciso nenhum livro para quem pode não ler.
Se quisermos, amiga, não entendemos nada...
Tem quem prefira os beijos às palavras.
Tem quem não viva sem um off dizendo não, o tempo todo.
Tem gente de tudo o que é tipo.
Só não devemos viver sem o sentido, sem a realidade, o objeto, o eu e o você.
Somos infelizes. Jamais sobreviveríamos à liberdade de leves e inconsequentes ações.
- Vamos, vamos logo subir essa escada que leva o amor ao último andar.
Estamos descalços e o mármore gela os nossos pés. Sobe pelo corpo o tremor do castelo que desmorona.
Então vamos, segura firme no corrimão. Respire fundo. Subir tão alto dá vertigem e olhar para trás deixaria-nos cegos.
Os erros são medusas intransigentes, arrancam as nossas lembranças boas e tatuam os desaforos e mágoas.
Por isso, marche! Ainda estou contigo. Para ir até o fim da paixão deve-se estar acompanhado. Sinta o meu perfume enquanto o vento do tempo sopra esse bafo de mudança. Se quiser, dou-lhe o braço. Entraremos no salão da grande dança. A quadrilha dos desafortunados só começa quando o poeta recita a dor de um adeus. Pronto. Mais alguns passos e poderemos nos soltar no espaço. Livres. Serenos. E tristes. Vamos logo. Não há mesmo como evitar a covardia. Não há coragem para se ir até o fundo.
É isso, meu amor, agora só mais um degrau e você estará – de novo – em paz com o seu coração vazio. Por isso, vamos!
O nada não inspira, não treme os sexos, não dá calafrios, nem ciúmes; Não cria o ódio, nem teme o abandono. Ali você poderá descansar sem culpa, remorsos, sonhos estúpidos.
Amar proibido é muito. Causa tanto estrago...
E por isso, por tudo isso, vamos!
No final devo pedir perdão por tê-lo tocado.
Agora pode largar a minha mão. Pode partir.
Lembre-se ou esqueça-se de mim.
Coração quebrado tem cura: a paz de não precisar mais aguardar a perfeição que não existe.

Tenho uma particularidade instigante: preciso da solidão. Gosto de pessoas, preciso delas, não sei viver sozinha. Mas sou mimada, preciso quando eu quero. Sou egoísta, gosto de ver televisão sozinha, sem ninguém falando junto. Sou chata, não gosto de dividir banheiro com ninguém. Sou espaçosa, bagunço as minhas coisas. Preciso da solidão pra ler, pra olhar para o teto, pra tirar ponta dupla do cabelo, pra fazer as unhas, pra pensar em tudo, pra fazer nada. Preciso da solidão pra ser eu mesma. Pra fazer alongamento, rir de mim, chorar comigo. Não entendo como tem gente que não abre a janela em dias nublados. Eu adoro janelas abertas, esteja um dia lindo de sol ou um carregamento de nuvens cinzas. Tenho que sentir o ar que vem lá de fora, seja ele qual for. Com seu gosto, cheiro, textura. Falo algumas coisas esquisitas como essa, por exemplo, ar com textura. Conheço cores que ninguém conhece, vejo alguns filmes que grande parte da população acha tosco. Não gosto de deixar as coisas pela metade, mas já deixei...

Já experimentei a lágrima da solidão, a dor da decepção, a alegria da ilusão... Já conheci a felicidade e descobri que era mentira, já menti pra mim mesmo, só para esconder aquela lágrima teimosa que insistia em estar em meu rosto demonstrando toda a minha tristeza... Já fui feliz, mas descobri que desse sentimento eu era ainda um mero aprendiz... Não sou poeta, posso me basear em outras histórias para saber como descrever a minha, sou humana e tenho vontade de ser sempre melhor, e portanto, eu sempre erro, mas eu me corrijo e me aflijo quando não encontro nas pessoas o perdão... Esqueço... Fica pra trás... Amor para mim, é fazer feliz... Perdoar, seguir em frente, entregar sem medos, todos os meus sentimentos... Não temo a morte, um dia eu sei que ela virá e eu nada poderei fazer... O que eu posso fazer é viver! Viver bem! Sou quem conhece o arrependimento alheio... Eu avisei... Hoje eu não tenho nada com quem sente ódio injusto de mim... É problema dessas pessoas... Sei que posso fazer milhares de coisas e simplesmente elas não agradarem todos ao meu redor... Já passei dias tentando me matar... Passei noites tentando amar... Passei longos momentos, intensos instantes tentando mudar... Consegui! Um pouco ao menos... Já senti o frio de uma ou outra doença... Já senti o calor de alguém que dizia que iria pra sempre me amar... Depois senti o inverso, escrevi versos, chorei, fiz muito por muito pouco, consegui me libertar... Amores não são comuns, o que é comum é o verdadeiro jeito de amar, sei que toda pessoa que ama é capaz de mostrar realmente o amor, confiança, amizade, carinho, lealdade, fidelidade, paixão, carisma, eu poderia ficar citando muitas coisas importante, mas são coisas básicas de que todo ser humano necessita ter em sua vida quando se gosta de alguém. E como amores não são comuns, eu também, não sou comum... Eu sei buscar, lutar, implorar, ajoelhar, chorar. Já amei, sorri, chorei, perdi até o amor próprio... Mas em muito tempo estou reconstruindo esse meu amor próprio, não apenas com o amor, mas com suor, lágrimas, pra ele conseguir ter paredes fortes, janelas arejadas, onde a coragem de amar flui levemente sempre. Tenho certeza que sempre tentei fazer tudo por todo mundo que eu podia, fui educada. Na memória das pessoas em que passei na vida, ficarei. E acreditem, por mais que evitem, um bem jamais se apaga. E eu sei o que fiz! Você sabe o que diz! Pena que mente, não sente! Mas eu não posso me importar todos os dias com pessoas que realmente esqueceram o que é o amor e passaram a fazer coisas opostas ao que se diz respeito. Meu coração é forte, é capaz! Cada oportunidade que lhes foi dada será cobrada... Traição é um punhal que eu não quero na minha mão! Trair é mentir, enganar, não perdoar, mal desejar, ferir, desprezar, humilhar, julgar, condenar, destruir quem te ama... Para os fortes que moram em castelos de sentimentos, isso passa, esquece e cessa... Enfim, sei que um dia posso mudar e rever todos esses meus conceitos, mas até o momento essa sou eu que me conheço de tal maneira a me fazer continuar firme e forte, tentando sempre ser muito feliz. E sei que eu não consigo mudar apenas para te ver feliz, só faço as coisas pensando no melhor, para mim e para você(se você se mostrar merecedor da minha preocupação).

Você experimenta a solidão na sua vida e lamenta a falta de pessoas. Quantas vezes você se perde em você mesmo porque não tem alguém ao seu lado para lhe dizer "faça assim", "vá por esse caminho". E o que você mais precisaria, era alguém que olhasse nos seus olhos e lhe ajudasse a tomar a decisão certa.

Escrevo-te a ti, que andas por ai à minha procura, numa solidão povoada, vazia e acomodada à espera que a vida te ponha no caminho uma mulher como eu. Não sei como te chamas nem por que inicial começa o teu nome, mas sei que existes, que me esperas e desejas e que um dia farás parte da minha vida.

Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como “eu gosto de você”. Gosto de mim. Acho que é o destino dos escritores. E tenho pensado que, mais do que qualquer outra coisa, sou um escritor. Uma pessoa que escreve sobre a vida – como quem olha de uma janela – mas não consegue vivê-la.

Eu acho que todos nós somos sozinhos, até as pessoas mais acompanhadas são sozinhas, solidão é uma condição da vida, nós todos somos sozinhos dentro da nossa pele, dentro da nossa cabeça. então nós temos momentos de fusão, temos momento de bom relacionamento, temos momento do amor que é uma coisa maravilhosa, que a gente sai da gente, né? Mas, normalmente todos nós somos sozinhos então a solidão é inevitável. Quando o adolescente descobre a solidão ele se sente o mais infeliz dos seres humanos, depois que a pessoa tem uma certa idade... eu acho ridículo as pessoas que chegam pra mim e se queixam "eu sou sozinho". Todos nós somos sozinhos.

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo para reclamar de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim.
Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que "toda ação tem uma reação"? Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, os tribalistas não namoram. Ficar também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é namorix. A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.
Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu - afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança?
A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais.
Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga apenas o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.
Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi transmitida nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo) vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras.
Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não é causal, mas quem sabe correlacional.
Podemos aprender amar se relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optar. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém.
É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento. É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo, não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer. É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.

Monica Montone

Nota: Apesar de muitas vezes atribuído, de forma errônea a Arnaldo Jabor, o texto "Ser ou não ser de ninguém" é da autoria de Mônica Montone.

...Mais

MOMENTOS... de decisões, momentos de escolhas, momentos de solidão, momentos a dois, momentos de partidas, momentos que em frações de segundos, decidimos nossos caminhos... momentos que farão de frações... eternos dividendos... momentos que nos tornarão heróis ou covardes, que nos farão odiar ou amar.

Minha solidão, reclusão, introspecção é uma escolha.
Quanto mais viajo para dentro de mim, mais silenciosa fico. Isso não quer dizer que deixei de amar as pessoas. Isso quer dizer que estou abandonando a necessidade de apego.
Portanto, não questione meu recolhimento, não me cobre seguir "protocolos sociais". Amo sim, e envio meu amor por emanações.

Yara Alves

Solidão

Há um vazio em mim agora. Amigos já não tenho mais, sou como um cigano, vagando sozinho nas estradas da juventude.
Sou apenas um viajante só, ha procura de uma amizade. Não interessa quem seja, o que faz ou fez, só importa que terei um companheiro, pra rir, chorar, beber, e viajar.

Solidão e relacionamentos

Quando você se acostuma a viver só, quando você se acostuma a viver em companhia do próprio silencio, a dormir e acordar sozinho, não é qualquer companhia que lhe faz bem, que lhe faz feliz.
Quando você amadurece e se torna emocionalmente independente, quando você entende que, por mais que alguém lhe ame, o seu destino só pode ser regido por você, a sua visão acerca do mundo e do amor muda: não é “qualquer pessoa” que fará você sair da sua “zona de conforto” intima.
Você sabe que consegue passar por seus piores momentos sem que ninguém lhe estenda a mão, você sabe quantas vezes chorou a noite sem ter ninguém para lhe consolar, você sabe quantas decepções enfrentou sem receber apoio algum.
Então você vê que a vida não é cruel, mas a sua realidade é prática: você nasce sozinho e morre sozinho, é preciso se acostumar a ser só. Não digo que não existam pessoas boas ao seu redor, do nascimento à morte, eu falo da sua alma, daqueles segredos e anseios íntimos que apenas você conhece e não compartilha com ninguém. Falo da solidão da essência do ser humano.
Pois bem, então você compreende-se e não se contenta com qualquer companhia, você se habitua à sua rotina e pessoas diferentes de você podem lhe irritar, enfim, você não se apaixona fácil, se torna mais duro, mais frio, mais decidido e ciente do que deseja.
Ter uma companhia e um relacionamento simplesmente para “ter” é algo demasiado tosco para quem amadureceu e aprendeu a viver sozinho. Você quer completude, afinidades, o máximo e não o mediano ou o mínimo. E, veja que redundância: quanto maior a sua maturidade, mais difícil fica de você entabular um relacionamento, afinal, a maioria é medíocre demais.

Solidão
da madrugada
no silêncio noturno
pensamentos
vagueiam
na lua de Saturno
no labirinto do coração
pelos porões obscuros
acende a luz da alma
num lampião de lembranças
um souvenir de esperança
e tu para e pensa
calma alma...
nada mais importa
agora...
já não faz mais diferença...
As coisas têm um tempo certo pra ser...
E nem sempre depende de você.