Texto de Solidão
Solidão do silêncio
Uma chuva mansa cai sobre o telhado
Um friozinho gostoso na alma
Convite para as lembranças de um passado
E uma gotinha de nostalgia
Faz os sentimentos ressoar
A saudade que mora no coração.
Tempos remotos
Sorrisos largos
Palavras doces
Que se emudeceram
Mas, que fazem ecoar na mente
Mesmo, distante
Mesmo ausente.
É a solidão de um silêncio
Que outrora foi tão reluzente
Tão eloquente
Abraços que afagaram
Proporcionando um calor
Que foi o amor
Sentido por dois seres
Feitos um do outro
Mas que vivem separados
Pelo acaso do destino
Que os separou de modo repentino.
Antropofagia
Discernimento
Solidão
Discrepância
Nostalgia
Sentimento
Depressão
SÃO!
A existência nunca é em vão!
Tácitamente
Indesejado
Ácidamente
Futilizado
Paulatinamente
Em perdão
Dó
Dó da solidão
SÃO!
Paulo descontente
Tente novamente
Nova mentalidade
Idade da cidade
SORTE!
Sorte ou mais pena
Sábia chávena
Guia a visão
Visa coesão
NÃO!
O amor nunca é em vão!
Masp dualístico
Organismo indigente
Raso e confuso
Osmose complacente
Karma onírico
Raiva inerente
Grito itinerante
SUMA! SUMA DA MINHA MENTE!
Resiliência
Talvez um dia
Um dia tudo se esqueça
O ciclo se complete
Reiniciando a leveza
Repetindo diferente
Diferindo toda mente
Mas até lá
ESQUEÇA!
A vida é uma sobremesa!
Cartas de Amor
O pássaro levou todas tuas cartas
levou-se para montanhas da solidão
Queimou-se ao ver o sol
Das palavras de amor, restou somente cinzas.
Os ventos levou-se as cinzas
levou-se nosso amor
deixou-nos a solidão
O medo de amar , Acendeu-se nossa tristeza
Não posso lhe culpar
Apenas permito que os pássaros leva-nos o amor
E Deixe nos à solidão
Apenas permito que queime a tristeza
Deixe-o voar com nosso amor
para ter sua liberdade
Para fluir novamente
Para livrar das mazelas
Vós aprendêreis sobre o amor.
Da Solidão
Sequioso de escrever um poema que exprimisse a maior dor do mundo, Poe chegou, por exclusão, à idéia da morte da mulher amada. Nada lhe pareceu mais definitivamente doloroso. Assim nasceu "O corvo": o pássaro agoureiro a repetir ao homem sozinho em sua saudade a pungente litania do "nunca mais".
Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que a impossibilidade de arrancar à morte o ser amado, que fez Orfeu descer aos Infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé constitui uma possibilidade - que outra coisa é a Divina comédia para Dante senão a morte de Beatriz? - cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.
Qual será maior então? Os grandes momentos de solidão, a de Jó, a de Cristo no Horto, tinham a exaltá-la uma fé. A solidão de Carlitos, naquela incrível imagem em que ele aparece na eterna esquina no final de Luzes da cidade, tinha a justificá-la o sacrifício feito pela mulher amada. Penso com mais frio n'alma na solidão dos últimos dias do pintor Toulouse-Lautrec, em seu leito de moribundo, lúcido, fechado em si mesmo, e no duro olhar de ódio que deitou ao pai, segundos antes de morrer, como a culpá-lo de o ter gerado um monstro. Penso com mais frio n'alma ainda na solidão total dos poucos minutos que terão restado ao poeta Hart Crane, quando, no auge da neurastenia, depois de se ter jogado ao mar, numa viagem de regresso do México para os Estados Unidos, viu sobre si mesmo a imensa noite do oceano imenso à sua volta, e ao longe as luzes do navio que se afastava. O que se terão dito o poeta e a eternidade nesses poucos instantes em que ele, quem sabe banhado de poesia total, boiou a esmo sobre a negra massa líquida, à espera do abandono?
Solidão inenarrável, quem sabe povoada de beleza... Mas será ela, também, a maior solidão? A solidão do poeta Rilke, quando, na alta escarpa sobre o Adriático, ouviu no vento a música do primeiro verso que desencadeou as Elegias de Duino, será ela a maior solidão?
Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.
A saudade é anjo caído num mar de solidão,
somos bem aceitos bela morte,
ainda vivemos nossos sonhos mortos,
temos nosso próprio tempo ainda reclamamos,
nem tudo temos é o bastante,
olho o mar imenso na solidão,
então sinto minha alma partir,
saudosa solidão em meu coração,
mesmo tudo tem partido,
ainda tenho um anjo no coração,
imensa solidão sem propósitos...
ainda magoa tanto que implanto teus preceitos,
amargos na saudade que tenho,
sem mais partiu ate meus sonhos passaram,
em algumas lagrimas percebi que tudo foi sonho,
bom em tempo que passou,
situado em um mar de vaidades,
titubei no qual cálida desejei,
em tudo partiu nobre anjo que morreu,
intenso e profundo esse mar,
de águas claras te deixei,
me carregar teus braços ate confins desse mundo.
por celso roberto nadilo
“Olhar a solidão refletida no espelho do quarto notoriamente me entristecia. Chega um dia em que nada mais importa, sabe? O alimento não tem sabor, as melodias perdem os tons, o céu lindo e infinitamente azul não surpreende mais. Num certo ponto, você percebe que o sol é oco e a luz que o segue passa a ser perturbadora. Depois de muitas decepções você entende porque rosas, as mais belas flores, trazem consigo o espinho cálido que lhes foi gerado. Com o tempo, a morte de Hamlet não lhe espanta mais, tampouco o sorriso enigmático de Mona Lisa não lhe instiga mais a perguntar por que diabos de não mostrar os dentes enquanto é admirada com pudor. Em certo período o arco-íris não é mais uma atração errante, todavia uma explosão de frustrações. Um fim de tarde não é tão belo quando visto em preto e branco. E você apenas respira e mostra os dentes, automaticamente. Solidão é espectro de alguém que passou pela vida e não se deu ao luxo de ficar. Solidão é minha amiga agora, eu a convido para beber e ela me conforta com dois tapinhas nas costas, ela dança comigo e parece não pedir nada em troca. Até que nos damos bem, mas ela nunca preencherá o seu lugar. Você era tudo. Agora é visto apenas em linhas sinuosas que dançam com a saudade sobre uma velha máquina de escrever. A gente se sacrifica pela felicidade de alguém que já é feliz sem a gente. E percebe que tortura é palavra bonita quando bem colocada. É não se preocupar com a dormência do corpo ou o incêndio da alma. É sentir o coração apertado por ver um sorriso largo, no entanto perceber que não é você o motivo dele estar ali. É sucumbir para as propostas corriqueiras de um passado, não de alguém, mas de um momento, ao qual felicidade era palavra bonita estampada nos seus olhos, no seu sorriso, na paisagem.. Solidão é sentir o vazio de alguém que chega na sua vida e colore o que nunca pareceu ter cor. É sentir que as dores são compatíveis e o tamanho das feridas antigas também. É querer curar com um pouquinho de afeto, uma risada baixa, servir como curativo para tanta escuridão. Solidão é uma partida inexplicável, sentir o chão sumindo como areia movediça. Nosso tempo bom fora medido milimetricamente em meio à ampulheta da vida, ao qual, no último grão de areia, nem as mais belas poesias te trariam de volta. Eu deveria me acostumar com esses tipos de despedidas que, quando seguem seu caminho, levam parte de mim junto. Já desmoronei e me remontei milhares de vezes e, mesmo assim, é difícil remodelar os pedaços que tu deixas por aí pelo caminho a cada vez que não pensas em olhar para trás. O dia fica cinza sem o teu encanto trazendo vida para situações imperceptíveis. Teu nome é sinônimo de solidão, rapaz. A infelicidade está costurada na tua epiderme, tua face é tomada de medo e desafeto e, apesar de tudo isso, eu enxergo uma esperança resplandecente que não dota de meu nome muito menos da minha alma. Solidão é descobrir que um coração não preenche dois espaços e não une duas almas perdidas por esses ciclos intermináveis. Você quer alguém que quer outro alguém, que quer outro alguém e assim por diante. Solidão é isso. É a inconstância, perceber que está sozinho mesmo que padeça sobre uma multidão de centenas outras almas vazias que procuram aquela que se acomode com a maior facilidade. Solidão é ser obrigado a reinventar-se a cada dia, sair por aí a procura de cores com outros nomes e olhares que tragam novas histórias, novas poesias. O céu azul é bonito todo dia, todavia nunca está do mesmo jeito. Está sempre em constantes mudanças, mas sempre mantém a beleza rara e o ar sublime. Seja um céu azul.”
Quem precisa de passado quando um futuro glorioso e incerto está para ser descoberto?
Ou omitido.
sabe aquela solidão que você sente no meio de gente?
aquela solidão que é triste,mas não é tristeza,
que magoa mas não machuca,assusta mas não causa medo,
ela costuma se instalar no coração
e não tem como explicar,não tem jeito de mostrar a diferença
entre um coração que dói e um coração que bate.
Soneto Da Solidão
Me sinto só e prisioneira.
Ergui muros de ilusões.
Das minhas dores e decepções.
E recusei levantar a bandeira.
Quem me dera voltar atrás.
E erguer a bandeira da paz.
Ignorei a sua doce compreensão.
Fui jogada às traças na minha desilusão.
Hoje corpo seco de saudade.
Dos tempos da minha mocidade.
Quem me dera, quem me dera.
Sair dessa triste solidão.
Povoar seu doce coração.
E viver nova primavera.
Meu Medo
Não temo a solidão, nela às vezes me agacho, me encontro e me acho, e alço voos nunca antes imagináveis para mim.
Sinto medo é dos encontros das almas que não podem se pertencer, mas que não conseguem se afastar que se identificam de forma tão intensa e profunda, deixando um vazio de espírito por não poderem se encontrar.
Não temo as paixões, elas nos mantém vivos, temperam nossa existência.
Tenho medo é do amor... Aquele que cega, que causa dependência, que instiga o desejo de estar junto, de compartilhar sonhos, poesias e pensamentos, aquele que nos torna fracos diante de nossa própria razão.
Não temo os furacões e as chuvas tempestuosas que se levantam contra mim.
Meu medo mesmo é de encontrar um olhar que me fará descobrir que não mais me pertenço, que me tornei indefesa e vulnerável ao que não posso ser, mas que não tenho forças para evitar.
Minha doce solidão...
Muitas vezes,
me sentia sozinha
e saia para meu voo diario
até onde ninguém mais
pudesse saber de mim.
Desfazia todos os limites a mim impostos
e deixava que minhas lembranças
me abandonassem também.
Era quase um ritual de solidão
onde meu corpo e minha alma
seguiam livres rumo ao desconhecido.
Subia montanhas, penhascos,
descia vales, atravessava rios
e a cada passo
que me distanciava do meio onde vivia,
iam comigo também,
um coração feliz
e uma mente liberta.
Integravam-se,
fisico e espírito
que ficavam livres
de preconceitos vazios e constantes,
sempre questionados.
O anjo surdo...
Conta-se que uma mulher vivia sozinha e muito se lamentava de solidão e nenhuma companhia.
Ninguém jamais aparecia em sua casa. Certa manhã chovia muito, e alguém bateu à sua porta: era um pequeno homem, tremendo de frio, molhado da cabeça aos pés.
Vendo o visitante tão inesperado, imediatamente mandou-lhe que entrasse.
Ali, com as vestes pingando, ele ouviu a mulher que por mais de hora lamentou sua solidão e falta de companhia.
Ela não lhe ofereceu roupas secas ou algo quente para se aquecer, tão envolvida estava em suas próprias queixas.
Ele não tirava os olhos dos seus lábios em movimento ansioso, contínuo e disparado.
Cessada a chuva, ele fez menção de sair da casa, no que a mulher se inquietou:
- "Espere! Nem sei seu nome! Você voltará?"
Ao que o homem reagiu, estendendo-lhe um papel totalmente seco, onde se lia:
- Sou o Anjo Surdo. Só posso ouvir corações. Trago o remédio que cura a solidão, fazendo nascer amizades. Seu efeito não se manifesta naqueles que só falam de si e pensam apenas em si próprios.
Isso dito, desapareceu, e nunca mais alguém bateu naquela porta.
“O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros”.
Retirar-se na solidão
Retirar-se na solidão
é estar consigo mesmo
é colonizar seu pensamento
é desencarcerar seu sentimento
é desoprimir sua emoção
Retirar-se na solidão
é conectar-se com o fora
é ouvir o seu entorno
é estender o seu universo
é transcender a sua imaginação
Retirar-se na solidão
não é renunciar a si próprio
não é retirar-se do mundo
não é morrer para a vida
não é perder a razão
A solidão
também tem seus encantos!
CORDÃO DE TRÊS DOBRAS
Cubro-me e descubro-me. Faço-me e desfaço-me. Solidão. Uma dobra. É na imersão dos pensamentos que lindas histórias tomam forma, que as incríveis possibilidades são traçadas, de dentro para fora, constituo-me. É da solidão para o mundo, que me torno apreciável. O que leio me aponta um caminho, o que interpreto, faz-me. Deus faz-me. Duas dobras. Quem descobriu as vantagens da solidão, do olhar para si, compreende a necessidade da companhia de Deus, das palavras Dele. Quem descobriu Deus, se deparou com um mistério, duas dobras não são suficientes. Descubro-me, Deus me cobre, acrescenta-se a terceira dobra. Desfruto com apresso, com ternura e com prudência da perfeita relação estabelecida. Já não estou mais só.
Preciso de tua pele sobre
a minha.
Em noites de solidão
não durmo, fico a vagar
em pensamentos em um
só lamento! não estás aqui!
Quero teu abraço
Quero teu perfume
Quero te sussurro à dormir
de conchinha.
Quero zelar teu sono
em noites de chuva
Quero te olhar e parar por
momentos meu pensamento em ti.
E no despertar da aurora
te levar café na cama, que ficou
desalinhada pelos atos
de quem se ama.
E no dialogar infinito vou
declarar-te apenas o que sinto.
Viverei contigo o hoje,
do despertar ao anoitecer,
e assim levarei nossas vidas
pelo nosso bom viver.
Cuidando de cada pétala
do teu corpo , zelando por
todos os espinhos,
e da bela flor que o cactus
me oferece.
Cuidarei-te tal qual minha alma
a acarinhar teu ser.
Pelo eterno e verdadeiro
Por todas as horas e instantes
Assim teremos sempre a vida dos amantes.
Paulo Ribeiro
Vida escura
Vivo nesta escuridão me afogando em lagrimas tristeza e solidão .
Nada mais era como antes, colorido e feliz .
Hoje o meu coração ta ferido e cheio de cicatriz .
Você fez de mim um parque de diversão .
Brincou com meus sentimentos e com meu coração .
Só quero descobrir a cura para acabar com essa dor e depressão.
Eu cai , eu morri e derrepente todos começaram a me amar agora estou aqui no céu vendo vocês todo chorar .
A dor te faz poeta
A alegria te faz esquecer
A solidão te persegue
A tristeza te faz crescer
O sorriso te deixa forte
Mas te leva a morte
As lágrimas acalmam você
Mas só podem sair quando a solidão vem te ver
Para a armadura cair
E o verdadeiro eu triste e assustado brevemente surgir.
ESTRELA
Estrela, lua, sol, solidão,
Como está indo meu coração?
Indo na contramão,
Amando sem razão.
Estrela, sol, lua, selenita,
Onde anda a moça bonita?
Pela qual meu coração palpita,
E sofro de saudade infinita.
Sol, lua, estrela fria,
Estrela tão alta que luzia,
Sozinha no fim do dia,
Assim o poeta já dizia.
E assim segue minha sina,
De certa rotina,
E a moça que me fascina,
Será minha glória ou ruína?
Autor: Agnaldo Borges
19/09/2014 - 00:28
Talvez é melhor que não aconteça
Que o suspiro da paixão desapareça
Que a solidão amadureça
E que se transforme uma nova canção...
...viver a nova e encantadora vida
Ame a si, aprenda a conviver consigo mesmo
Não espere pelas felicidades externas
A fonte jorra dentro de ti
O caminho é você que escolhe.
Não culpe ninguém, reflita, adentre pra dentro de si
e vera um mundo novo a ser descoberto.
A solidão não se condiz em estar só...
Não se alimente de frases de destruição
Se afaste de pessoas que te minem as energias
Dê um suspiro e um passo e verá
O quanto é bom poder viver nessa estrada
Quem te ama te quer bem e não espera de ti nada em troca
estampas de solidão
uma joaninha que pousa em folha
ou um jogo de xícara e pires
uma mulher que entra no mar
ou um envelope vazio
uma taça, um vinho e um saca-rolha
ou uma ilha pra cá do arco-íris
como uma tarde de frio
ou um vaso de cristal
uma bola de sabão, um balão
ou um longo e agudo assobio
um sol depois do vendaval
ou um observador que vê constelação
como um barquinho em meio ao temporal
ou um percurso de rio
um momento de decisão
ou uma cera sem pavio
um retrato de funeral
ou um violão vadio
assim é a solidão
e um texto sem final
EU, FABRICANTE DE SOLIDÃO
Raspados de um futuro incerto e distante,
de inteligência artificial e royalties,
para onde foram os meus dias que já passaram?
E o último minuto dos ponteiros do rélogio?
Suponho que ainda continuam existindo
dentro da minha caixa de pensar,
dentro da ampulheta fechada na escrivaninha
onde os amores líquidos se liquidificam.
Mas este é o destino dos clandestinos,
dos párias, cachorros e cafajestes,
dos decadentes, descontentes,
paranóicos, tristes e doentes:
conhecer o que todos ignoram
e manter profundo silêncio
neste meio caminho de deserto de gente.
Já imaginou a beleza azul
de um pensamento andando?
Seria como um mundo no mobile,
como as canoas no Porto da Barra
se agitando, desesperadas,
com os seus canoeiros defeituosos
que resolveram não mais voltar.
Um dia, nesta triste neblina,
com este coração de escritor liberto
e safenado de realidade,
vou querer me aquietar
deste mundinho sem cor
de gente sedenta por
leituras de entretenimento
de escritos para virar filmes de ficção,
pois, mesmo enganado,
prefiro ser um ledor desesperado
de escritos gritados por poetas mortos.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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