Texto de Solidão

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eleitos
no silêncio, predestinação, na solidão
desígnios dos sentimentos estreitos
o mistério do coração
feitos, leitos, imperfeitos...

eu não te aguardava mais
estava sentado no barranco do cerrado
calado, as entranhas prostradas no cais
do fado, e cá nossos olhares acordado
suspirando os mesmos sensos reias
que já a muito sepultado...
e agora fatais.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de outubro de 2019
Cerrado goiano

SONETO RESOLUTO

Daí ter que ter decisão, se desejais
Não deixai o sonho vivo na solidão
De que vale de a felicidade ter fração
Se sentado estás na beira do cais

Do anseio e da fé não se abre mão
Qual rumo tiveres, quantos e quais
A sorte conquistada vale muito mais
O que tem importância é a questão

Se contra o vento estão os seus ais
Arremesse as ilusões do coração
Semeie as quimeras de onde estais

Então, só assim, o viver terá razão
Daí o que tu queres, dará os sinais
E numa proporção, terás realização

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
08/08/2016, 06'20"
Cerrado goiano

Não temo represálias, minha força está na solidão de lutas incansáveis, sonhos roubados...lutas contra tudo o que é despresivel. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, nem de lobos maus e aves de rapina...não temo a covardia do ladrão e nem a esperteza das rapozas, pois eu também sou um pouco de tudo aquilo que pode ser inaceitavel... o habitat de um homem pode forja-lo a conhecer o abrasamento do dia e o escuro da noite....
nenepolicia

TEU NOME (soneto)

Deixa a vida com sua sina, enfim devasse
A tua solidão que é o teu maior lamento
Que tem a dor calada no teu sentimento
Todo a angústia que sente se mostrasse?

Chega de engano! Revela-te o ferimento
Ao universo, defrontando-a sem repasse
Ao coração, que já lágrimas tem na face
E suspiros nas noites num pesar sedento

Olha: não suporto mais! Ando cabisbaixo
Deste sofrer, que o meu amor consome
De senti-te sozinho no peito tão imerso

Ouço em tudo o silêncio, golpe baixo
Do desejo. Que vive a calar o teu nome
E insiste em recordá-lo no meu verso

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Canção

Não te carde da pequenez nem da solidão
que as desventuras por ventura nos traz
do amor, que os ventos pravos arrastam
dos desejos, e tanta dor ao coração faz.
Em vão... acredite, ínsita, é doce razão
seja audaz, e não demores ali tão longe
em cantinho secreto, e tão cheio de ilusão
neste decreto o afeto não pode ser monge
nem tão pouco um analfabeto da paixão...
Apresente-se agora, o momento é a hora
e a emoção vare na eternidade, assim, então
apressa-te antes que a vida vá embora
e o outrora torne-se poesia na tua canção!
Ame!... e não o toque na caixa de pandora...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 05’06” - Cerrado goiano

Minha solidão dilata dentro de mim que transborda
Eu, não vejo nada além do preto do breu
Eu não sinto nada além do frio que dá medo
Eu não desejo nada além de uma companhia que nunca vá embora
E mesmo sendo impossível, minha falsa esperança me faz continuar
Até que eu ache outra coisa pela qual lutar

⁠E assim se foi mais uma noite de solidão, minhas noites não tem sido fáceis e meus dias tem sido como minhas noites. Tentei seguir em frente mais uma vez, mas de novo a droga do amor apareceu na minha frente. Me entreguei achando que dessa vez seria diferente, que eu teria alguém para conversar, para rir, enfrentar as dificuldades junto... Mas novamente o amor me pregou uma peça e mostrou-se um amor platônico.
Tento buscar em minha memória... será que cometi algum erro? Mas nada encontro.
A conclusão é que sentimentos devem ser guardados para si mesmo, pois se forem expostos, certamente usarão contra vc.

Noite Adentro


Na solidão da noite onde as sombras dançam e sapateiam sobre a minha alma, mistérios se escondem.


No cerne da escuridão um fogo arde em segredo, e ainda que os sonhos que ouso sonhar sejam cada vez mais frequentes, a noite é um labirinto de mistérios e verdades que eu preciso desvendar


Ao som do vento que arranha a noite sem cessar


O silêncio é um véu! Que esconde a verdade que eu preciso ouvir


A veracidade das coisas eu busco sentir


Ao silêncio que ensurdece, eu dou ouvidos!


Pois por vezes as imagens que se repetem acompanhadas pela agonia me tomam por incontáveis horas, até que por um impulso do consciente eu me desperto


Pois é no silêncio que me encontro, e na realidade faço a minha verdade e o caminho para desvendar os segredos que a noite esconde.


Karina Cardoso.

Eu deixo a moralidade para putas e ladrões.
Ontem mesmo eu estava com a solidão, essa velha cafetina da alma, me levou ao quarto de uma meretriz. Não tinha dinheiro, mas paguei com um relógio que encontrei no próprio prostíbulo; o tempo ali não pertence a ninguém.


Deixo a moralidade para os alcoólatras e os viciados em jogos, que fazem sermões com o copo na mão e roletas no bolso. Eu, por mim, não gosto nem de álcool nem de jogos, então só jogo quando bebo, e só bebo quando me percebo vivo.


Deixo a moralidade para os que se afogam na em águas rasas.
Eu prefiro os pecados honestos, as mentiras sinceras e as verdades que se contam em um beijo na boca.

o inevitável


Era uma noite de solidão e incertezas. Ontem, às 1h da madrugada, estava em ligação com ele. Havia algo triste em suas palavras. Ele tinha se machucado tanto fisicamente como na alma. Eu, que nunca havia me preocupado com ninguém verdadeiramente, senti um impulso inexplicável para estar ao seu lado. A decisão de ir até ele, mesmo na calada da noite, era um novo território para mim, mas a urgência em seu tom me guiou.


Quando cheguei à sua casa, a atmosfera estava carregada; a luz suave iluminava seu rosto preocupado. Assim que entrei, foi como se já fosse de casa. A confiança estava lá, palpável, e a amizade logo se transformou em algo mais profundo, sem filtros, sem mentiras. Olhos nos olhos, tudo parecia mais forte, mais íntimo.


A conversa fluiu, e a tensão no ar rapidamente se transformou em desejo. Ele se aproximou e, envolvendo-me, enquanto nossos lábios se encontravam em um beijo desesperado, trouxe à tona a sensação intensa que eu nunca havia experimentado. Era como se cada toque despertasse em mim um fogo adormecido, um desejo latente que ansiava por mais.


Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, explorando cada curva e criando um mapa do meu ser. A cada beijo, a cada toque, eu me perdia um pouco mais. Eu queria mais — mais dele, mais de nós. A química entre nós era inegável, e a conexão que sentia me deixava doida de desejo.


Eu ainda sinto seus lábios nos meus, como se estivesse gravado na minha memória. O calor entre nós era absoluto, e eu pensei em como tudo acontecia de forma tão natural. Nosso encontro não era apenas físico; era uma tempestade de emoções que me desafiava a explorar novas profundezas.


O desejo cresceu, mostrando um lado meu que eu não sabia que existia. O medo de que fosse a última vez se dissipou, e eu queria aproveitar cada segundo. "...a sensação de querer mais", um sussurro entre os beijos, enquanto sua mão continuava a me explorar, instigando aquele desejo avassalador que parecia não ter fim.


A noite se arrastou, cada momento transformando-se em uma lembrança que eu desejo guardar para sempre. Entre sussurros e beijos, naquela cama, construímos um mundo só nosso, onde o desejo e a preocupação se entrelaçavam, criando um elo que talvez fosse mais do que apenas um momento fugaz. No calor daquela madrugada, tudo se tornou possível.


À medida que a madrugada se transformava em amanhecer, os primeiros raios de sol filtravam-se através da janela, iluminando o quarto com uma luz suave e acolhedora. A atmosfera estava carregada de intimidade, e nossas conversas começaram a fluir de maneira ainda mais profunda.


Sentados na cama, envoltos em cobertores e em cada um, uma parte do outro, as palavras se tornaram confidências. Eu queria saber tudo sobre ele — como era sua vida, seus medos, seus sonhos. O desejo ardente de conhecê-lo, de penetrar nas camadas de sua alma, tornou-se irresistível. Cada resposta que ele me dava despertava ainda mais curiosidade, e percebia que ali, naquele momento, tínhamos criado um espaço seguro para a vulnerabilidade.


Ele começou a compartilhar suas histórias, desde as mais engraçadas até as mais melancólicas, revelando um lado que eu nunca poderia imaginar. O jeito como falava sobre suas experiências me fazia rir e, ao mesmo tempo, me tocava profundamente. A fragilidade em sua voz ao relatar suas inseguranças era intrigante, como se ele estivesse se despindo de suas armaduras. Algo dentro de mim pulsava, um desejo de cuidar dele, de ser a razão do seu sorriso.


E ali nas entrelinhas, ele deixou claro que estava à vontade naquela situação, seus olhos brilhando com sinceridade. E eu soube que estava me sentindo da mesma forma. A nossa conexão se aprofundava, cada palavra e olhar construindo um vínculo que transcendia o físico. O desejo de tocar, de explorar cada nuance de sua personalidade, tornava-se mais intenso a cada instante.


À medida que o sol subia, a luz trazia consigo um novo dia e, com ele, a promessa de um futuro. Conversamos sobre tudo — desde interesses comuns até um novo futuro, passando por detalhes que o tornavam único. O jeito como ele falava sobre suas paixões me deixava fascinada e ansiosa para descobrir ainda mais.


“Eu nunca vi a minha vida assim, desta forma, nunca buscaram saber isso de mim”, ele admitiu. E, naquele instante, a barreira entre nós foi completamente obliterada. Fui tomada por um impulso irresistível de me aproximar ainda mais, tocando seu rosto suavemente. Ele sorriu, e a química entre nós se intensificou novamente, enquanto revelações e sentimentos nasciam junto com a luz do dia.


À medida que o sol se elevava, iluminando todo o quarto e trazendo consigo a energia de um novo dia, não pude deixar de pensar em como havia arriscado tudo ao decidir ir até ele às 1h da manhã. Eu, que sempre fui cautelosa, me deixei levar pela impulsividade e pelo desejo que ardia dentro de mim. A entrega que senti ao mergulhar naquele momento foi como viver o extraordinário.


O nosso encontro em meio à noite, com velhas preocupações se dissipando, se tornou um símbolo de coragem e paixão. Eu entendi que só quem se arrisca merece realmente viver intensamente, e eu estava tão pronta para abraçar essa nova fase.


À medida que nossas risadas e confidências preencheram o espaço, visualizei a letra daquela canção que sempre falou sobre seguir o coração, sobre se permitir viver o extraordinário. Aquele momento, com ele, era uma prova de que a vida verdadeira acontecia fora da zona de conforto, e eu estava mais do que disposta a explorar cada parte disso...

Essa solidão é um eco que ressoa no vazio dentro de mim. O medo, uma sombra a dançar nas paredes da minha mente demente. A tristeza, uma chuva fina a molhar minha alma sem aviso. O desânimo, um peso a amarrar meus pés ao chão. Juntos, tudo forma uma tempestade silenciosa... cada gota carrega o sabor amargo da ausência de tudo. Mas e que bom que sempre há um 'mas'...
mesmo na noite mais escura, estrelas teimam em brilhar. Respiro fundo e lembrar que toda nuvem é passageira, mais ou menos ligeira...
e a luz, por mais tênue, nunca desaparece de verdade. Mantenho sempre um pouco de sanidade.

Poderia colocar o poema de Clarice aqui. que ninguém é eu e ninguém é você, esta é a solidão.
E dizer que a solidão tomou conta da minha vida, mas ao mesmo tempo eu estaria mentindo para o meu próprio ser.. Pior ainda eu estaria desvalorizando as minhas companhias.
A que ponto eu estou só ?
Solidão é quando não temos ninguém ao nosso lado.
E o que estou sentindo na verdade é a sua ausência!!

Porto

Um porto da solidão,
É o local de muito vazio,
Mentes com tantas decepções,
Descem desse enorme navio.

Navio oriundo da cidade,
Cidade do medo e perdição,
Local de extrema maldade,
De enganos e também separação.

Todos descem nesse porto,
Local certo para os separados,
Alguns já chegaram mortos,
Outros cansados e amargurados,

O porto é o local,
De reflexão e decisão,
De deixar de lado,o que nos faz mal,
De seguir com a razão.

Razão que guia a mente,
E quê para o real nos transporta,
Razão que nunca mente,
Razão que nos abre uma porta.

Porta de uma casa iluminada,
Onde habita um coração,
Onde às emoções,terão de ser
blindadas,
Para então predominar a razão.

Caminho de luz e verdade,
Que não permite a solidão,
Estrada que conduz para a realidade,
Ambiente de transformação.

Onde as trevas se transformam em luz,
E a dor se transforma em amor,
Onde o ódio ao bem se reduz,
Onde um coração, vira jardim de uma flor.

Flor que alimenta,
Que enche o peito dessa gostosa sensação.
Flor que não inventa,
Que perfuma os pensamentos do coração.

Lourival Alves

A ilha

A ilha é um local de solidão,
De muita paz e sossego,
Local também de redenção,
De encontros e aconchego.

Lugar de náufragos,
De pessoas perdidas,
Às vezes,sarcófagos,
De profundas feridas.

A ilha somos nós,gente,
Que acolhemos pessoas, alguém,
Com atitudes simples e inocente,
Sempre dando apoio aos que vem.

Vem dos navios do mundo,
Que batem contra os recifes da vida,
Alguns não conseguem e vão pro fundo,
Perdendo a valiosa vida.

Barcos e caravelas,
Lanchas e submarinos,
Ilhas e cidadelas,
Abrigo,refúgio e ninho.

O começo e o final,
Solidão e congregação,
O bem e o mal,
Separação e união.

A ilha nos diz algo,
De bom e de alto crescimento,
A essência que vem do âmago,
Que trabalha o auto conhecimento.

Eu sou ilha de alguém,
Alguém é minha ilha,infelizmente,
Não quero o naufrágio de ninguém,
Mas isso acontece, naturalmente.

A ilha pode ser o final,
E também o recomeço,
De uma jornada que parecia ir mal,
De sonhos que não tem preço.

Valores...
É tem hora que tudo cansa
Cansa um amor distante
Cansa esperar demais
Cansa solidão
Cansa o barulho
Cansa, cansa tanta coisas
Que o melhor mesmo é rezar ou orar
pra ficar presente no dia conosco
Só Deus preenche tudo
O vazio
O amor
A verdade
A fé
A felicidade
Então pra se viver feliz só com Deus presente!
Shirlei Miriam de Souza.

Talvez solidão..

Já refletiu como é louco você ter todo mundo e ao mesmo tempo não ter ninguém? Ou ter alguém mas sentir que ainda sim está só. Talvez a solidão não seja apenas não ter companhia para conversar, ou passear por aí de mãos dadas pelas ruas.

Talvez o verdadeiro significado de solidão é não ter alguém que realmente esteja te acompanhando em pensamentos mesmo que à distância, que não supre seus desejos, não enxerga o que transmite a tua alma, e não percebe o que sente, sem que seja necessário se quer pronunciar uma palavra.

Solidão talvez seja o vazio que sente, a pendência de algo que incendeie teu peito como chamas e invada teus pensamentos de forma que não consiga impor limites na viagem de pensar em alguém.

E essa multidão de gente que estão ao seu redor, se faz inútil quando todos se vão.
E no teu quarto, resta somente ti e tuas amargas reflexões. Do que adiantou o tempo perdido com gente fria, que não conhece o valor de amar alguém?

A solidão só se despede de nós quando sabemos que não precisa está perto para estar junto, saber que temos companhia mesmo à distância, no coração ou até mesmo no pensamento de alguém, não importa aonde ou de que forma, mas o que sabe-se é que nunca nos sentimos só, porque algo nos conforta e sabemos que não precisamos está cara a cara, ou conectados em qualquer outra rede social pra estarmos de fato acompanhados.

►As Sereias

Eu não sabia como era ser feliz
Tudo o que eu conhecia era a solidão
Não vou dizer que era como eu sempre quis
Mas assim, eu protegia o meu coração
Por muito tempo eu pensei que estava certo
Por muito tempo eu sobrevivi a seca do deserto
Mas, um dia a tempestade me alcançou
E, com a sua ventania brutal, ela me arrasou
Eu confesso que não estava preparado para o desastre
A minha única guia era a própria tristeza
Ela me indicava o caminho, como uma boa amiga.

Nunca pensei que acabaria escrevendo textos,
Muito menos sobre momentos tensos e meigos
Nunca fui um adepto de filmes de romances perfeitos
Mas, depois que conheci aquela pessoa, mudei o meu jeito
Comecei a dedicar, comecei a poetar,
Mesmo não sabendo me expressar direito
Tudo aconteceu de repente, culpo aquele beijo
Aquele toque macio, aquele aroma de alívio,
Que retirava o peso que eu estava, talvez, sentindo
A perspectiva que eu tinha para com o mundo havia mudado
Sempre que eu me encontrava chateado,
Eu me lembrava daqueles cabelos cacheados
Hoje já não os tenho mais como forma de remediar a dor,
Mas as memórias são de igual valor
Assumindo o esquecimento da voz, eu ainda permaneço apaixonado,
Por aquela que me enfeitiçou.

Às vezes parte de mim a odeia
Mas, não importa o quanto eu tente,
Para sempre ela será minha única princesa
Não sei o que o futuro me reserva, e não me interessa
Mas eu gostaria muito de revê-la,
Apenas para saber se ela manteve aquela promessa
Escrevo aqui um desabafo de um coração cansado,
Cansado de buscar aquele mesmo calor em outros braços
Eu não sei o que será de mim se eu continuar,
Pensando que todas as mulheres são como rosas,
Que devem ser cuidadas, amadas, regadas com carinho
Não sei, mas sinto que estarei sozinho no fim.

Eu gostaria de entregar os textos que escrevi,
Para todas as inspirações que conheci
Carol, Vitória, Ana, e aquela ruiva que o nome fugira de mim
Elas são provas de que "mulher da vida" não se aplica a todas,
Me apaixonei por elas, com todas as minhas forças
Se uma delas me pedirem hoje um texto romântico,
Eu irei de fazer um romance titânico
Farei um conto de fadas entre Pã e a ninfa
Tudo para derrubar as lastimas de quem eu,
Outrora chamara de queridas
Se elas me mandarem uma mensagem de saudade,
Eu manusearei palavras de afeto e ternura
E retornarei frases de felicidade
Não sei se sou afeminado por escrever dessa maneira,
Mas, sim, me apaixonei, e sim, conheci sereias.

Lembro-me muito bem das letras que formei,
Das canções que eu recitei,
Dos versos que liriquei
Se me perguntarem de quem sinto mais falta,
A resposta jamais será clara, pois,
Sonho com todas, guardo em um baú aquelas lembranças boas.

Vou escrevendo e pensando naqueles momentos
Momentos que me tornaram o que sou hoje,
Um jovem sem medo de amar, de perdoar
Creio eu que os textos me ajudaram quando eu estava no vazio
E espero que eles me acompanhem em meu exílio,
Se caso eu vá ficar perdido no meio do caminho.

Outro dia uma garota, uma pequena libélula, me visitou
Em posses de alguns dos meus versos, ela me olhou
Surpreendentemente ela me elogiou, e isso me cativou
Não digo que fora adicionado, mas um motivo para escrever
Mas, me alegro em saber que consegui entretê-la ao ler
E, novamente estou aqui, mas com um objetivo diferente
Estou apenas recordando um passado tão agradável
Talvez eu o reviva, mas sei que é pouco provável
Mas posso, ao menos dizer que, de muitos, eu fiz parte de poucos,
Poucos os jovens que realmente sentiram o que é amar,
E ser amado, e não se preocupar com os defeitos e os fracassos
Pois ao seu lado está a pessoa mais adequada
Então, sim, fui feliz, e espero ser de novo
E como as águas claras, viajo em mais uma jornada,
Em busca de fábulas, em busca de musas, de fadas.

ANTIGAS

Um sentimento quando morre, só gera solidão, junto com um buraco consumindo o coração, pois somos feitos pra amar, e sem amor a vida perde a razão.
Não deixe os sentimentos morrer, os regue e os alimente, pois eles nos fazem viver, sentir que a vida flui em nosso ser.
Busque nunca deixar se apagar a paixão, a vontade de estar ao lado de quem te alegra o coração, e nunca mude essa intenção.
Seja você a dar o primeiro passo, afinal vocês estão no mesmo barco, quando um cair o outro ajuda, perdoando com um forte abraço, assim serão unidos por um forte e eterno laço.
Em fim, na vida virá coisas boas, virá também as ruins, mas o segredo pra nunca parar, é não desistir, enfrentar o deserto e o que quer que vim e todas as barreiras alcançarás agindo assim.

02/12/15

Hoje
Os dias são de inverno
No inverno
os dias sempre são mais curtos
Mas existe a solidão lá fora
Embora
ela esteja aqui dentro há tempos
Pois os tempos não voltam
E as lembranças remontam
O meu dia aos avessos
E a cada dia mais frio
Tão frio quanto a madrugada
Desses dias de frio inverno
Resta escrever poesia
Fria, em seus mornos versos
O latido de cães
E as cantigas de roda de outrora
Agora, tudo isso
é coisa por demais antiga
Saudade verdadeira
Verdade da boa
O forno de pão
O chão de terra batida
Violão e conversa
Lembranças tão dispersas
Quanto estrelas no Céu
Isso é a vida
No início
Um papel em branco
... e bonito
No final
Um livro escrito de qualquer jeito
Com direito à notas de rodapé
Em tempos de outra estação
Infância de poetas
São sempre as mais felizes
ou talvez as mais tristes
de vez que o poeta existe
Pra que elas sejam sempre algo mais
Mesmo que sejam somente
as mais distantes
tão distantes que agora
Não existe diferença
entre as verdades e as mentiras
O vento sopra e a roda gira
Uma longa lista de lembranças
As quadras,
cantigas de roda
e canções pra lá de antigas
Pondero
Que nunca mais eu cantei como antes
Pois a dura vida de ontem
vivida de hora em hora
Eu vejo agora
Parece que durou
somente um mero instante.

Edson Ricardo Paiva.

Solidão nada mais é do que a convicção de se estar sozinho.
Não tem a ver com quantidade, e sim qualidade.
Estando sozinhos, refletimos sobre nós mesmos e o que somos e fazemos…
Entregamos a nós próprios nossos medos, segredos, angústias, tristezas.
Antes de esperar a cura pelo outro, cure a si mesmo!
Pessoas são mais que uma cápsula de lamúrias! E na solidão, que se descobre o homem.

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