Texto de Solidão

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⁠Minha Amada -

É densa a noite escura
mais escura a minha solidão,
solidão é falta de ternura
que trespassa o Coração ...

Minha fronte marmorizada
invadida de lamento,
uma Alma apaixonada,
um epitáfio, um tormento!

Minha Amada! Minha Amada!
Meu silêncio, meu quebranto,
de mim p'ra sempre separada ...

Meu segredo, minha ave, alada,
tão longe e tão perto, meu encanto ...
Minha Amada! Minha Amada!

Inserida por Eliot

⁠Évora Morta -

Évora morta curvada à solidão,
ruas tristes, tristes ermos, calçadas e janelas
que na dolência, ao passar, ansiando por perdão,
gemem pelas horas a desgraça das vielas …

Évora morta deleitada à solidão
terra seca de melancolia
que o tempo leva pela mão,
na brancura, dia-a-dia …

Évora morta num silêncio que vigia,
num espasmo de quimera
numa noite que inicia … e quase desespera!

Mas quando manhã alta o Sol desponta,
Évora desperta, Évora amanhece,
para logo anoitecer, e voltar a ser, Évora morta!

Inserida por Eliot

⁠Regresso à Solidão -

Vou alto! Tão alto!
Quão alto me encontro!
Pela Vida, sem asfalto,
poeta vivo, poeta morto ...

E batem palmas
aos versos que me rasgam ...
Tantas, tantas Almas
que me escutam e aclamam!

E por instantes, não estou só,
instante que será breve,
tão breve que dá dó!

Súbito, viram costas, fica nada,
e eu, novamente só,
que dó, regresso a casa ...

Inserida por Eliot

⁠Avenida -

Percorro passo a passo
a avenida da solidão!
Estou só, tão só
no meu cansaço,
que deixo pelo chão,
pedra a pedra, num abraço,
o meu malogrado coração ...
E porque me terá a morte
tão esquecido?! ...
Que esta Vida é triste sorte,
e minha morte,
é na vida estar vencido!
Tão perdido! Tão perdido!
Sem norte! Sem sentido!
Na minha solidão,
na minha loucura,
pela avenida, passo a passo,
deixo triste o coração ...
Lastro de um pecado,
de um erro sem perdão!

Inserida por Eliot

⁠Canta Fadista, Canta -

Canta fadista, canta
que o teu canto é solidão,
põe a Alma na garganta
e a garganta no Coração ...

Que o fado na garganta
sangra a Alma em solidão,
canta fadista, canta
que esse canto é oração ...

Fado é solidão, canto peregrino,
uma Alma noutra Alma
é fado, é destino!

Destino ou maldição,
canta fadista, canta
que o teu canto é oração!

Inserida por Eliot

⁠Objectivo sem Meta -

Um dia chorarei a solidão
como alguém que se regozija e alegra,
cantarei a dor do coração
como um mal que já não pesa ...

E serei verso inacabado
que termina e não acalma,
serei um passaro alado
que dissolve a própria Alma ...

Casas e vielas, serras e arvoredos,
poetas, fados, flores e montanhas ...
Tudo em mim! Já sem medos!

Mas estou só neste sentir!
E junto a mim, só há lodo, cinza e lama,
cinza, lodo, pó e chama!

Inserida por Eliot

⁠Lembra-te que és pó -


Poeta, lembra-te que És pó,
noite e solidão ...
E é essa a tua glória!
Deixem passar ...
A cinza dos seus versos.
O lamento dos seus passos.
Que vá ... que vá ...
Cheio de noite e solidão!
É Poeta! E ali de fronte,
firme de que é pó,
sabendo que o é,
é frio e ilusão!
Deixem passar ...
A vida que o arrasta.
O tormento que o precede.
Que vá ... que vá ...
Cheio de noite e solidão!
É Poeta! É Poeta!
De onde vem, quem sabe?!
Onde vai, também!
Foi pó! É pó! Sempre será pó!
Poeta ... só ...
Deixai que passe ...
Acendei círios à sua dor
e façai silêncio
que seus versos já são gritos
que lhe bastem.
Óh Poeta! Lembra-te que foste pó,
que pó és e pó serás ...
Deixem passar, vai escrever,
não digam nada!

Inserida por Eliot

⁠Lamento -

Trago na Alma a Solidão
a tristeza no meu peito
na minha voz a canção
no olhar o triste jeito
desta vida sem razão.

Oiço uma voz a cantar
em minhas noites perdidas
vejo o povo a soluçar
estas mágoas doloridas
que no fado quer rimar.

Nestes versos ao escrever
o povo chora a cantar
o povo canta a sofrer
dores do seu caminhar
do nada que tem a perder.

Inserida por Eliot

⁠Dorme Solidão -

Teus gestos são triste madrugada
teus beijos amargos, desleais
teus olhos são frios como punhais
e fazem-me cair no pó da estrada.

Agrestes sempre foram meus caminhos
de secas as roseiras não dão rosas
e as nossas bocas silenciosas
pássaros perdidos sem ninhos.

E que dor tão funda no meu peito
ilusão a dois que nos trespassa
juntos e tão sós, tudo desfeito,
dorme solidão que a vida passa.

Inserida por Eliot

⁠Eu, Évora e a Solidão -

É noite … Évora faz silêncio.
Caminho-a na penumbra,
meio triste, meio esquecido …
Sozinho, em direcção, não sei de quê – vou!
E vou em vão! Ou não! Talvez vá, bem sei …
Mas indo irei eu a parte alguma?!
Não sei! A parte incerta irei, por certo!
Mas irei … irei … Que os meus cansaços
não me turvam, nem me toldam,
nem dominam! Irei! Irei!
Caminhando pela umbra … vou além …
onde não cheguei ou alguém foi.
A avenida, o Hospital, carros a passar,
um caminho sinuoso por passeio,
árvores sem copa, folhas, tantas folhas -
secas - pelo chão … que piso!
Triste quadro. Minha vida. Pobre vida.
Eu, tão grande, “doente”, a pé, só,
por caminhos, tristes, sem tectos,
caminhando sobre folhas, secas,
esperanças fugidias … sou eu! Sou eu!
Um ser obsoleto! Alguém que sobra!
E é noite, cerrada – madrugada, infeliz.
Só eu e nada, Évora e a minha solidão.
Eu, meu coração, Évora e este “chão”...
E piso a noite, passo,
num passar que pisa a solidão.
E piso a vida, vou,
num ir que parece ser em vão!
Mas vou … E nunca, nunca aprendi a existir!
Esta dor de fora fáz-me exacto por dentro! Só ela!
E isso que vos importa?! Nada! Digam-no!
Das mãos de Deus o aceito, de vós o aceitarei,
sem reservas ou lamentos,
que tudo tem seu jeito! Terá?!
Quem sabe?! Tenho que ir …
se o quero saber, terei que ir …
deixando p'lo caminho os “corpos” de toda gente.
E dói-me o meu destino …
Não posso esperar por ninguém!
Pois não posso estar morto quando a morte vier!
Quero que ela mate em mim um vivo!
Por isso, vou, e deixo os “mortos” no caminho.
Os meus mortos!
Que estando vivos, são mortos! Mortos!
Meu caminho é por mim, é em mim,
por mim fora, de mim a mim …
E quem quererá ouvir ou entender
este espírito de coragem?!
Quem?! Onde?! … Se eu próprio o não entendo!
Se eu mesmo o não desvendo e desprezo!
E vou … indo … em frente …
Sequer olho para traz, que a saudade,
rói meu pensamento,
transformando coragem de ir, só,
em medo, ausência e lamento!
Não serei a estátua de sal das escrituras …
E não olho … não olho … e vou … e irei … sempre …
Em frente! Só! Em frente!

Inserida por Eliot

⁠Nestes dias amórficos onde a solidão recai sobre o peito cardisplicente, a lembrança singela de um momento venturoso invade meu ser, inunda minh‘alma e faz nascer um sol dentro de mim, iluminado pelo teu sorriso .

O amor que nos une tem uma essência única, traz consigo parte de nossas personalidades, nos ata um ao outro e nos conduz a uma vida em comum, um caminho de cumplicidade, felicidade, alegrias ao lado de nossas famílias.

Não há nada que deseje mais que ser livre para ser apenas teu, pois tu és minha doce liberdade, minha felicidade.

Casthoro´C

Inserida por CasthoroC

⁠Hoje sobretudo o que sinto é solidão
Mesmo uma casa cheia, com seus gritos e risos ou choros
Alguém sempre sentirá esta infinda sensação
O desejo se desvai e resta apenas o puro e o real sentimento de solidão
Não haverão amigos, irmãos ou país
Haverá apenas ou talvez a mais pura sensação
Talvez por escolha ou destino
Que lhe concerne mostrou-se ser perspicaz,
Talvez esse seja o sonho mais lucido, que pude ter.

Inserida por LuisHenrique23

⁠Lucidez -

Sou noite, sou distância, solidão,
madrugada que me arrasa o pensamento
sou na vida o que não morre, o sentimento,
sou loucura, tenho Amor no coração.

Donde venho e não venho, desespéro,
onde estou, aonde vou, onde me dei,
há em mim uma dor que já não quero
na verdade porque a tenho eu já nem sei.

Já nem sei o que hoje sou e onde vou
já nem sei se o que vivi foi perdido
não me digam por onde ir porque não vou
prefiro os meus passos sem sentido.

Inserida por Eliot

⁠Verdade, Agrura e Lucidez -

Sou noite e solidão!
Minha Vida um acidente!
Num sentir que se ressente!
Tenho cal no coração!

D'onde venho não quero.
Onde estou não sei.
Onde vou desespero.
E afinal onde irei?! ...
Quem dizem não sou.
Quem pensam também.
Só estou onde não vou.
Num vazio que vai e vem.

Mas vou! Mas vou!

E alguém me espera?!
Ninguém me sente!
Estou só. Quem dera!
Todos são ausente!
Sou passo. Sou nocturno.
Sou da estrela Firmamento.
Sou da noite e nunca durmo
no meu próprio pensamento.

Que seja! Que seja!

Um fruto apodrecido.
Um corpo que medrou.
Um morto esquecido.
Um sonho que voou.
Alguém que não veio.
Ninguém que chegou.
Meu corpo. Teu seio.
Quem sou?! Quem sou?!

Minha Vida parou...
Minha Vida Passou...

Sou noite e solidão!
Minha Vida um acidente!
Num sentir que se ressente!
Tenho cal no coração!

Inserida por Eliot

⁠Quadras de uma Alma despojada -


Num tampo de mesa fria
escrevi da minha solidão,
amargas dores que sentia
como espinhos no coração...

Nessa dor que remoemos,
nesse querer e nunca ter,
há sempre alguém que não temos
nessas horas de sofrer.

À mesa do que não temos
nem a vida nos diz nada
só lembrando o que perdemos
dessa vida já passada.

À mesa do destino
vai passando a nossa história
meus cansaços de menino
'inda me toldam a memória.

Estes versos, por piedade,
tem minha dor por filha,
nesta mesa, na verdade,
só o nada se partilha.

Num doer que não esquecemos
num esquecer qu'inda nos dói,
o porquê de não morrermos,
desta ângustia que nos mói?!

Se eu pudesse tirar da mente
esta dor que me esvazia,
não era o poeta que hoje sente
neste tampo de mesa fria.

Inserida por Eliot

⁠Meu Retrato -

Minha angustia sem fim
solidão que me prende
ai distancia de mim,
ninguém a entende.

Meu lamento sem tecto
minha casa sem porta
tao longe do afecto
sou filho que se aborta.

Ai loucura de quem
só vive de loucura
sou nada que vem
num passado que perdura.

Tão distante da Vida
tão frágil e forte,
ai esperança perdida
à espera da morte.

Minha infancia marcada
meu canto de fado
numa triste fachada
algures meu retrato.

Inserida por Eliot

⁠Há Noites -

Há noites esquecidas nos teus braços
embalando a solidão dos dias puros
suspirando de silêncio em meu regaço
nascem goivos dos meus passos prematuros.

Há noites que guardamos num só grito
à hora das mentiras de um amor
há palavras que nos deixam sem sentido
caminhando pela vida numa dor.

Há noites que nos deixam para trás
tropeçando no que a vida tem de duro
esquece-las quem me dera p'ra ter paz
pudesse eu apagar teu olhar puro.

Há noites, tantas noites sobre o dia,
e do dia, nada resta, só a noite,
um dia amei alguém que não me via,
e vivi, dias e dias sobre a noite.

Inserida por Eliot

⁠Tristeza Amparada (ser Poeta) -

Não sei se quero ser poeta!

Amparado ao ombro da solidão,
não sei se quero estar só,
nos braços dos meus versos,
nas rimas do meu fado,
num pensar sem coração ...

Não sei se quero este sentir d'água,
este estar só, acompanhado,
em dias angulares, de amargas culpas,
tão frias como o mar!

Que ser poeta é morte anunciada,
é saudade, turva saudade,
num peito a palpitar,
num corpo a bombear ...

E afinal a que me dei?! ...

Ser poeta é tristeza amparada!
Se a quero, não sei ... não sei ...

Inserida por Eliot

⁠Raiva e Solidão -

Trago em mim a solidão de um dia triste
trago a raiva de uma noite que não chega
trago a ânsia que me escorre, que persiste,
minha taça de veneno e incerteza.

Meu cálice de piedade e solidão
são as horas que te espero e tu não chegas,
a raiva que me aperta, amarga o coração,
derrama no meu peito flores secas.

É raiva, é loucura, é tormento,
desde aquela hora triste em que te vi,
um cavalo que me sulca o pensamento,
num galope, num passar, longe de ti.

Trago as dores de um poeta que se cala
trago em mim um sofrimento sem perdão
na distância dos teus olhos, que me embala,
agonia é silêncio, raiva é solidão.

Inserida por Eliot

⁠Doce Madrugada -

Numa noite, madrugada,
minha triste solidão
que me vive além do tempo,
numa cama já cansada
de esperar teu coração
enlaçou meu pensamento.

Eu dormi no teu silêncio
e acordei este lamento
minha doce madrugada,
meu amor, triste silêncio
meu amor este tormento
não me deixa ver mais nada.

Tua falta, meu amor,
arrefece a confiança
torna grande o meu cansaço,
ai da vida a minha dor
que me deixa sem esperança
na esperança de um abraço.

A minh’Alma tão cansada
já não pode mais fingir
que não está de si perdida,
adeus, triste madrugada,
vou-me embora, vou partir,
p’ro outro lado da vida.

Inserida por Eliot

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