Texto de Opiniao de Lia Luft
Às vezes quando vejo partes suas, sinto vontade de voltar a ser aquela velha idiota de antes. Aconteceu agora, o seu sorriso de longe. Eu me lembro de quando você o fazia por me ver. Eu acreditava no que você dizia, mesmo fazendo sempre o oposto. O que eu sentia era puro, meu coração explodia toda vez que imagina que tudo aquilo era realidade.Você me provou o contrário, derrubou o castelo que eu construí sozinha. Nós iriamos morar nele, você fugiu de casa antes mesmo de chegar. E o pior, por mais que você tenha pisado em todos os sentimentos que te dei, você não consegui acabar com tudo. a verdade, você o quebrou em vários pedaços. E agora eu fico aqui tentando encaixar, parte por parte. Mas falta uma, falta você.
Talvez tenha ficado com medo de sujar aquele seu tênis de marca idiota, ou nem isso saiba fazer. E o que você deixou inteiro, ou quase ainda existe dentro de mim. Não é o suficiente para tentar o impossível (mudar você), mas é o suficiente para enlouquecer (estou escrevendo novamente sobre você, isso já é um sinal de loucura).Se você dissesse que não e sumisse, seria mais fácil. Mas não, você faz questão de mostrar que ainda existe. Que ainda sabe sorrir, e não precisa de mim para isso. Tenho certeza que hoje, não duraríamos nem um dia. Mas, meu coração não precisa de tudo isso. Talvez algumas horas, alguns minutos ou até mesmo alguns momentos. Só você, eu e o seu cheiro.
Mesmo que depois você voltasse para ela, e fingisse que não nunca me conheceu.
Poetisas também morrem
Me vejo num estado de solidão terrível, daqueles que voltar pra casa é a pior coisa do mundo, como se na rua as pessoas me inspirassem. Me vejo no fim da vida, e mesmo sabendo de minha missão, me sentindo inútil. E aí, vem a vontade de gritar, de sair correndo, de dizer que o mundo é ridiculo e uma súbita vontade de partir. Dizem que sou louca. E eu, a poetisa triste, não terei meu fim ganhando prêmios pelos meus livros maravilhosos… Depois de uma carreira brilhante e dedicada ao próximo, o próximo se esqueceria de mim, e minha última obra será lá, escrevendo carta para mim mesma, no hospício. Do que a jovem poeta morreu? De loucura. A solidão fez isso. Então, ficarei na história da minha maneira. Meus parentes dirão que tentei ser normal e que tentei sorrir também. As enfermeiras da clínica dirão que passei dias escrevendo cartas, e que depois engoli uma por uma, pra minha poesia ficar em mim. Estarei nos livros e na mente de cada um como a escritora que morreu de amor, que o sentimento sublime a fez enlouquecer. Me entreguei. Morri. Mas depois eu volto….mas, só depois..
50 tons de saudade
AUSÊNCIA
Por que sinto falta de você? Por que essa saudade?
Não vejo seu rosto, mas posso simplesmente imaginar teu cheiro, tua voz e até o teu jeito. Sinto isso porque meu desejo era estar do teu lado uma longa parte da minha vida. Quando te conheci tive uma pequena sensação que meu coração tinha dobrado de tamanho, amei demais, valorizei demais tudo foi demais, foi tanto que agora dói, dói de saudade. Tenho saudades daquele beijo embaixo da chuva, daquele cafuné na hora de dormir. Tenho saudades daquela música que representava o nosso amor, mas hoje a saudade, a lembrança dos momentos, das atitudes, são presenças apenas no passado… A saudade e o amor foram o que restou desse tempo, somente lembranças. E quando a saudade bate a porta, a única coisa que posso fazer é chorar relembrando de quando a gente sorria. Eu até pensei em pedir á ela para não ir embora, mas ela não esperou então eu a deixei ir e acabei perdendo a garota dos meus sonhos. Você acha que vale a pena sofrer por uma pessoa que é feliz sem você? Não, mas ai você lembra de quando você quis tornar real tudo aquilo que você sonhou, e lembra que ela já foi parte do seu sonho. Quando chega a noite, que coloco a cabeça no travesseiro e tento dormir é a hora que mais penso em você. Só depois de derramar mil lagrimas, consigo dormir. Se disserem pra você que o amor enfraquece com o tempo, então o tempo nunca existiu, o que enfraqueceu foi a paixão, porque além de tudo paixão é passageira e o amor dura a vida inteira. Você pode até tirar a pessoa ama do seu pensamento, mas ela sempre irá voltar cada vez mais forte. Parece que cada vez que eu te tiro do pensamento, o coração prepara o contra ataque e mostra que quem manda é ele e que não adianta eu tentar porque isso não vai acontecer. Meu coração é seu e eu te amo, pra sempre…
+Q Tecnologia
No seu celular, na nuvem ou qualquer outro dispositivo de armazenamento, vídeos ocupam muito mais espaço que áudio, que é maior que imagens ou texto, mas isso não justifica um agente da lei decidir se uma ocorrência deve ou não ser gravada. Nem Deus deixa de gravar tudo o tempo todo, afinal, qual verdade deve ser esquecida?
Mulher linda de Fortaleza
jóia rara do Ceará
de uma Abençoada beleza
escolhida entre todas as coisas
como o lilás do céu em degradê
assim como o azul do mar
numa tarde
e a noite um luar
em que habita
toda poesia
da morena Deusa nordestina
seu olho ilumina é pura arte
na marina
um pescador termina mais um dia
agradecendo a Deus
e nossa santa ave Maria
Eu esperei. Confesso que esperei. Lá no fundo, eu fiz orações, fiz uma prece, e tinha muitas esperanças e expectativas. De que você iria reaparecer um dia qualquer, do mesmo jeito ou melhor do que o dia em que você surgiu inesperadamente na minha vida. Eu tinha aquela esperança boba, aquela certeza incerta de que você enxergaria sei lá o que no fundo do seu coração, e que finalmente despertaria de um sono profundo e notaria o nosso relacionamento de uma forma diferente. Que você veria com todas as letras tudo o que faltou você fazer por nós enquanto eu estive do seu lado. Que uma luz surgisse na sua cabeça, e que a distância finalmente te chacoalharia os miolos, neurônios, e, principalmente, os sentimentos. E que a venda caísse e surgisse aquele amor puro e profundo, que eu sempre pensei que estivesse adormecido, encoberto, ou abafado dentro de você. Eu acreditei sim, que seria pra sempre, e que você me amaria até ficarmos velhinhos e esquecidos. Tipo “Diário de Uma Paixão.” Quem nunca fantasiou com esse filme tão maravilhosamente perfeito? Sim... eu raciocinei que o tempo te faria bem. Que seria uma fase de descobrimentos. Que um dia, tudo o que eu criei tanta expectativa iria finalmente acontecer. A vida juntos, a segurança, o casamento, a família, o companheirismo. Mas os dias foram passando. No começo me senti livre, depois me senti bem, depois me senti feliz. Mas, eu não tinha percebido que parte desta plenitude morava na esperança que eu tinha de que tudo ficaria bem. E melhor. Que um milagre iria acontecer. Que tudo seria como deveria ser. Como poderia ter sido. Diferente. Completo. Bom. Ótimo. Maravilhoso. Esplêndido. E os dias passaram. E tudo aconteceu de uma forma surpreendentemente igual. Mensagens vazias. Iniciativas em cima do muro. Correr atrás? Melhor dizer que você apenas correu os dedos pra digitar uns 2 e-mails. E algumas palavras no WhatsApp. E aí eu parei pra pensar. Pra definirmos que estávamos namorando, eu tive que tomar a iniciativa. Pra decidirmos noivar. E pra decidirmos terminar. Que diabos, então, eu estava esperando? Aliás, que mundo eu estava vivendo até ontem, quando finalmente me toquei de que não, não vai acontecer nada, a menos que eu mesma faça acontecer alguma coisa?
E aí, eu senti. Toda a realidade caindo sobre as minhas costas... tão dura quanto um pedaço de concreto de 200 kg. Tão áspera quanto um asfalto velho e cinzento. Tão difícil quanto um problema de cálculo 5. Tão dolorosa quanto bater o dedinho do pé na quina da mesinha da sala. É. Não vai dar. Dessa vez, não vai dar pra eu me auto-sabotar buscando amor no vazio que é você. Não vai dar pra eu transformar o seu ponto de interrogação em uma exclamação, apenas em um simples ponto final. É isso. É o fim das esperanças, das orações, das olhadas no celular pra ver se acontece algo. É o fim do fim, o fim da nossa vida, e o começo da minha, sem você. Sem carregar aquele sorriso besta de esperança de que você irá voltar com um buquê de rosas vermelhas e a certeza no seu olhar e no seu coração. Parei. Chega de ilusão. É hora de partir pra um caminho sem você. Sem expectativas. Sem mentiras. Sem confusão. Sem insegurança. Mas com muitas possibilidades. E nenhuma que envolva você.
É tempo de internalizar.
Devemos ter lido e visto muitas coisas sobre o Coronavírus poraí. Reflexões, pensamentos, coisas boas, coisas ruins. Hoje temos, talvez sem muito custo, a opção de poder ter um tempo a mais para ver e ouvir, ler, refletir, parece que o tempo entre ir e vir, o tempo do trânsito, do ônibus, da academia, está finalmente sobrando em nossa agenda. E o que temos decidido fazer com este tempo? Tempo conosco. Tempo a sós. Tempo com, talvez, estranhos: nossa própria família. É tempo de encarar. A si mesmo, e ao cônjuge. Aos filhos. Aos pais. Sim, estranhos, afinal, passamos mais tempo longe destes e perto daqueles com quem trabalhamos, com aqueles que deveriam ser os estranhos, mas a verdade é que conviver com os nossos e com nós mesmos pode ser uma tarefa árdua, porém, necessária.
Eu acredito que nada nos acontece por acaso. Acredito que este tempo que estamos vivendo é sim, um grande aviso. A gente foi obrigado a parar, por um instante, para refletir. Para respirar, para encarar a nossa vida. Para pensar.
É um tempo em que não podemos nos tocar. E aquele abraço que parecia um ato tão simples, hoje é raro... por isso mesmo, deveria ser mais valorizado. Estamos convidados a enxergar que, diante de um problema como este, o que importa, na verdade, são as coisas simples. Uma doença que pegou rico e pobre e colocou tudo junto, no mesmo balaio. Uma doença que veio nos mostrar que o dinheiro não compra a cura e salvação. Nem da vida, nem da alma, nem da ferida e nem do vazio do coração.
Aqueles que possuem um emprego e que, talvez, reclamavam deste, devem se sentir gratos, hoje, se ainda possuem um. Aqueles que possuem uma casa, que talvez não seja a mais bonita, nem a maior, nem a mais rica, devem se sentir avantajados por ter uma proteção. E, assim, aqueles que possuem comida, saúde, que pode respirar sem um vírus a lhes atormentar e a lhes roubar o básico: o ar.
Aqueles que desprezavam os encontros, os beijos, abraços, o ouvir, o tocar, que negligenciavam as companhias, os risos, as prosas do dia a dia, devem melhorar a sua percepção do que realmente importa nesta vida.
É relevante, também, que possamos enxergar as coisas boas. Muitos mobilizaram o coração em ajudar o próximo, percebendo que, em tempos assim, o dinheiro no banco não trará a humanidade de volta. Nem o parente, nem o fã, nem o cliente.
Considero que Deus está nos pondo a internalizar. Espero que, quando tudo isso passar, a Sua mensagem tenha sido sentida no coração e na vida de cada um. Como ocorreu na passagem bíblica de Lucas 10, 41:42 que diz “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.”
Que não sejamos como outrora, agitados e preocupados com as coisas vãs e passageiras deste mundo, mas que sejamos, a partir do agora, como Maria, que escolhe as coisas elementares e essenciais desta vida, como aprender a estar mais perto de Deus, a entender que esta vida é somente uma passagem, mas que a gente não perca a viagem... que sejamos gratos pelo ar, pela saúde, pelo amigo, pelo filho, pelos pais... que valorizemos o abraço apertado, o aperto de mão... que a nossa energia que está sendo armazenada, seja melhor utilizada quando estivermos novamente em comunhão. Que a gente aprenda a lição, de apreciar a vida enquanto ainda temos a oportunidade e a ocasião. Que tudo isso não seja, portanto, em vão... deixo aqui, com humildade e inspiração, uma oração pelo despertar de todos nós.
Mais que uma responsabilidade abraçada com gosto e empenho é um privilégio e uma benção que Deus deu para que aprendamos a conviver com as diferenças e a amar independente de tudo, pois o amor é paciente mas não totalmente complacente, é também sermão dado com muita dor no coração, pois queremos o melhor para aquele que apesar de ser sangue do sangue, tem seu próprio caminho pra trilhar, pode ser difícil de aceitar mas, cuidar vai além de abraçar e estar junto.
Que neste dia dos pais, o Senhor te abençoe e sei que vem te abençoando sempre, pois você trás um orgulho imenso para Deus Pai.
Obrigada pela honra de ser sua filha.
Te amo!
Bem certo que és uma arte interessante, que possui uma essencialidade genuína, onde o amor é constante, uma rica nascente de vivacidade, graciosidade farta e entusiasmante em todos os teus detalhes, olhar confiante, boca de lábios suaves, face delicada, cabelos cacheados, de fato, uma existência impactante, possível inspiração para um belo quadro.
O teu agir não é nada forçado, tamanha é a tua espontaneidade, um jeito discreto e ao mesmo tempo ousado, reflexo da tua verdade, referência aos teus sentimentos, alguns intensos, alegres, outros ácidos, todos sinceros, providos de profundidade, singularidade que não tem preço, que não combina com a falsidade e merece ser tratada com zelo.
Por conseguinte, dádiva notória é conquistar-te e assim, poder adentrar o teu universo, ler as entrelinhas significantes de um lindo texto, ser cativado por uma história sedutora, emocionante, quiçá, fazer parte dela, desde que com o devido respeito, vivenciando contigo muitos momentos agradáveis, distintos e amáveis, inegavelmente, verdadeiros.
Não foi difícil enxergar no olhar de cada um a vontade e a persistência, o companheirismo e a audácia. E lembramos bem de uma frase que diz: "A dor é passageira, mas a glória é eterna". Por fim chegamos ao término do curso, e em nome de todos agradeço a oportunidade de estarmos mais uma vez aprendendo, há um tempo como soldado do Efetivo Variável, e atualmente como o aluno de Formação de Cabos.
Obs: Eu fui escalado para elaborar o texto e ser o orador da minha turma, no dia da formatura de conclusão e certificação do Curso de Formação de Cabos, no dia 29 de julho de 2016 (sexta-feira). Quando eu fiz o curso eu já era soldado EP, porém, no curso, tínhamos dois soldados EV.
(Cabo Marcos Kamorra Sebastião dos Santos.)
(O instrutor (não me lembro o nome do Tenente) me pagou a missão para eu ser o orador da turma, eu elaborei o texto, o Diretor do curso, Capitão Terra, aprovou o texto e, por fim, eu o apresentei no dia da formatura de conclusão e certificação do curso de Cabos).
"Oratória de Conclusão do Curso de Formação de Cabos 2016.
Dado início no dia 23 de maio de 2016, o Curso de Formação de Cabos, realizado na 2ª Bateria de Obuses do 32° Grupo de Artilharia de Campanha Dom Pedro I, localizado em Brasília/DF, teve a participação de um efetivo de 51 alunos, aos quais 20 eram do respectivo Quartel responsável pela formação e 31 de Organizações Militares externas, localizadas na mesma região.
A comando do Diretor do curso, o Capitão Terra, e sua equipe de instrutores, passamos por situações de stress ao qual tivemos que aprender a controlar as nossas emoções, raciocinar e agir de maneira mais eficiente para a conclusão da missão.
Passamos por situações de frio e calor intenso, exaustão nas pistas de instruções, mas todos unidos com um único objetivo, realizar o curso com êxito.
Não foi difícil enxergar no olhar de cada um a vontade e a persistência, o companheirismo e a audácia. E lembramos bem de uma frase que diz: "A dor é passageira, mas a glória é eterna."
Por fim chegamos ao término do curso, e em nome de todos agradeço a oportunidade de estarmos mais uma vez aprendendo, há um tempo atrás como soldado do Efetivo Variável, e atualmente como Aluno do Curso de Formação de Cabos.
AL 30 - MARCOS: PORQUE NÓS!!!
ALUNOS: SÓ ADMITIMOS OS FORTES!!!
AL 30 - MARCOS: E OS FRACOS!!!
ALUNOS: QUE SE ARREBENTEM!!!"
Texto: Aluno 30, Marcos. O, ad aeternum, Cabo MARCOS Kamorra Sebastião dos Santos.
(Atualmente encontro-me na situação de reservista).
Só para poetas, escritores e estudantes e afins com conteúdo postado fora das redes sociais: quando houver confronto de horários de prints nos seus posts nas redes sociais em posts de muitos anos, use os aplicativos para caçar plágio que eles encontram o seu post mesmo que ele não esteja indexado no Google.
Há uma infinidade de aplicativos caçadores de plágio para auxiliar na sua busca como uma maneira ainda mais robusta de comprovar a sua autoria.
Hoje eu quero pedir a uma pessoa muito importante em minha vida que ela faça para mim a mesma coisa que eu fizer em outra vida hoje eu quero pedir a uma pessoa muito querida que ela me ajude a ser uma pessoa com luz de harmonia e vida hoje eu quero falar por uma pessoa muito importante que ela continue todos os dias com esse esplendor retumbante hoje eu quero ser feito de gesso da cabeça aos pés e que você permaneça assim em outras vezes para que eu possa cada vez mais continuar essa prosa e que sempre seja não importa aonde esteja a ser feita de gelo para que derreta não importa quando seja essa parte do bolo até só ficar a cereja e que pra sempre seja feito o que foi dado como certo para que sempre cada ser obtenha o sucesso!
E mais vezes quero estar em você se precisar e agora é só isso precisamos encerrar
Quando os filhos crescem.
Há um momento na vida dos pais em que eles se sentem órfãos. Os filhos, dizem eles, crescem de um momento para outro. É paradoxal. Quando nascem pequenos e frágeis, os primeiros meses parecem intermináveis. Pai e mãe se revezam à cata de respostas aos seus estímulos nos rostinhos miúdos.
Desejam que eles sorriam, que agitem os bracinhos, que sentem, fiquem em pé, andem, tudo é uma ansiosa expectativa. Então, um dia, de repente, ei-los adolescentes. Não mais os passeios com os pais nos finais de semana, nem férias compartilhadas em família. Agora tudo é feito com os amigos.
Olham para o rosto do menino e surpreendem os primeiros fios de barba, como a mãe passarinho descobre a penugem nas asas dos filhotes. A menina se transforma em mulher. É o momento dos voos para além do ninho doméstico. É o momento em que os pais se perguntam: onde estão aqueles bebês com cheirinho de leite e fralda molhada? Onde estão os brinquedos do faz-de-conta, os chás de nada, os heróis invencíveis que tudo conseguiam em suas batalhas imaginárias contra o mal?
As viagens para a praia e o campo já não são tão sonoras. A cantoria infantil e os eternos pedidos de sorvetes, doces, pipoca foram substituídos pelo mutismo ou a conversa animada com os amigos com que compartilham sua alegria. Os pais se sentem órfãos de filhos. Seus pequenos cresceram sem que eles possam precisar quando. Ontem eram crianças trazendo a bola para ser consertada. Hoje são os que lhes ensinam como operar o computador e melhor explorar os programas que se encontram à disposição. A impressão é que dormiram crianças e despertaram adolescentes, como num passe de mágica. Ontem estavam no banco de trás do automóvel, hoje estão ao volante, dando aulas de correta condução no trânsito. É o momento da saudade dos dias que se foram, tão rápidos. É o momento em que sentimos que poderíamos ter deixado de lado afazeres sempre contínuos e brincado mais com eles, rolando na grama, jogando futebol.
Deveríamos tê-los ouvido mais, deliciando-nos com o relato de suas conquistas e aventuras, suas primeiras decepções, seus medos. Tê-los levado mais ao cinema, desfrutando das suas vibrações ante o heroísmo dos galãs da tela. Tempos que não retornam a não ser na figura dos netos que nos compete esperar.
Pais, estejamos mais com nossos filhos. A existência é breve e as oportunidades preciosas. Tudo o mais que tenhamos e que nos preencha o tempo não compensará as horas dedicadas aos espíritos que se amoldaram nos corpos dos nossos pequenos para estar conosco. Não economizemos abraços, carícias, atenções porque nosso procedimento para com eles lhes determinará a felicidade do crescimento proveitoso ou a tristeza dos dias inúteis do futuro.
A criança criada com carinho aprende a ser afetuosa. A mensagem da atenção ao próximo é passada pelos pais aos filhos. No dia-a-dia com os pais eles aprendem que o ser humano e seus sentimentos são mais importantes do que o simples sucesso profissional e todos os seus acessórios. Em essência, as crianças aprendem o que vivem.
Mãe, quando eu comecei a escrever esta carta, usei a pena do carinho, molhada na tinta rubra do coração ferido pela saudade.
As notícias, arrumadas como perólas em um fio precioso, começaram a saltar de lugar, atropelando o ritmo das minhas lembranças.
Vi-me criança orientada pela sua paciência. As suas mãos seguras, que me ajudaram a caminhar.
E todas as recordações, como um caleidoscópio mental, umedeceram com as lágrimas que verteram dos meus olhos tristes.
Assumiu forma, no pensamento voador, a irmã que implicava comigo.
Quantas teimas com ela. Pelo mesmo brinquedo, pelo lugar na balança, por quem entraria primeiro na piscina.
Parece-me ouvir o riso dela, infantil, estridente. E você, lecionando calma, tolerância.
Na hora do lanche, para a lição da honestidade, você dava a faca ora a um, ora a outro, para repartir o pão e o bolo.
Quantas vezes seu olhar me alcançou, dizendo-me, sem palavras, da fatia em excesso para mim escolhida.
As lições da escola, feitas sob sua supervisão, as idas ao cinema, a pipoca, o refrigerante.
Quantas lembranças, mãe querida!
Dos dias da adolescência, do desejar alçar vôos de liberdade antes de ter asas emplumadas.
Dos dias da juventude que idealizavam anseios muito além do que você, lutadora solitária poderia me oferecer.
Lágrimas de frustração que você enxugou. Lágrimas de dor, de mágoa que você limpou, alisando-me as faces.
Quantas vezes ouço sua voz repetindo, uma vez mais: “tudo tem seu tempo, sua hora! Aguarde! Treine paciência!”
E de outras vezes: “cada dia é oportunidade diferente. Tudo que você tem é dádiva de Deus, que não deve desprezar.
A migalha que você despreza pode ser riqueza em prato alheio. O dia que você perde na ociosidade é tesouro jogado fora, que não retorna.”
Lições e lições.
A casa formosa, entre os tamarindeiros assomou na minha emoção.
Voltei aos caminhos percorridos para invadi-la novamente, como se eu fosse alguém expulso do paraíso, retornando de repente.
Mãe, chegou um momento em que a carta me penetrou de tal forma, que eu já não sabia se a escrevera.
E porque ela falava no meu coração dorido, voei, vencendo a distância.
E vim, eu mesmo, a fim de que você veja e ouça as notícias vibrando em mim.
Mãe, aqui estou. Eu sou a carta viva que ia escrever e remeter a você.
Entre as quadras da vida e as atividades que o mundo o envolve, reserve um tempo para essa especial criatura chamada mãe.
Não a esqueça. Escreva, telefone, mande uma flor, um mimo.
Pense quantas vezes, em sua vida, ela o surpreendeu dessa forma.
E não deixe de abraçá-la, acarinhá-la, confortar-lhe o coração.
Você, com certeza, será sempre para ela, o melhor e mais caro presente.
Hoje me levantei, mais um dia comum como todos os outros. Mais um dia onde tudo para "você" é motivo de alegria menos para mim. Vejo tristeza em tudo, um vazio a de me corromper. Tento... Tento.. Tento... e nada de eu lhe vencer... foi ai que ela apareceu... Formosa, estupenda, linda de se ver. Sorria feito boba e relusia sua alegria de viver... Me contagiou com sua alegria e me deu uma última esperança de nao me deixar vencer... Sua luz de alegria e amor luta contra esse breu dentro de mim, hora um ganha uma batalha, hora outro vem a rebater... mas mal sabe ela que meu dia está a chegar... Esse breu me corrompeu e minha única luz se esvaeceu... Agradeço a ela tudo oq me fez, me deu nos meus últimos dias a alegria que nunca outra pessoa me deu... Agora eu me vou... Para onde eu não sei... meu único desejo é que de la eu rogue por ela para que ela receba tudo de bom que Deus me deu
Quem seria eu para questionar um sentimento, por que era isso que havia entre nós, e que existe ainda hoje. Eu não sei como você sabia, mas sabia, e você fez tudo ficar mais fácil para mim. Você também não me fez perguntas quando eu quis ir embora e andar sozinha, e quando regressei, com os olhos cheios de lágrimas, você sempre soube em que momento eu precisava que você me abraçasse e quando simplesmente devia me deixar a sós. Mas, mais do que isso, eu percebi que tinha sido tola por um dia ter cogitado a idéia de ficar com outra pessoa, desde então nunca mais hesitei. Tivemos dias maravilhosos juntos, e penso muito nisso agora. Às vezes fecho os olhos e vejo você com salpicos grisalhos nos cabelos, sentado, enquanto as crianças brincam ao seu redor. Você foi, ao mesmo tempo, meu amigo e o meu amante, e não sei de qual lado de você eu gosto mais. Tenho grande estima pelos dois lados, assim como tenho grande estima pelo que foi a nossos momentos juntos. Você tem alguma coisa dentro de você, algo belo e forte. Bondade. Você é o homem mais generoso e sereno que conheci. Deus está com você, tem de estar. Sei que você me acha doida por escrever a nossa história, após finalizarmos ela, mas tenho as minhas razões e agradeço pela sua paciência. Vivemos momentos que a maioria dos casais nunca chegaram sequer a conhecer, porém, quando olho para você, fico assustada por saber que tudo isto acabou. Porque ambos sabemos quais são os prognósticos e o que isso significou para nós. Vejo nossas lágrimas naquele estante, e me preocupo mais com você do que comigo mesma. Não tenho palavras para expressar meu sofrimento. Por favor, não fique irritado comigo, nos dias em que não me lembrar de você, e nós dois sabemos que esse esquecimento é necessário. Saiba que eu gosto de você, que sempre gostei e aconteça o que acontecer, saiba que eu tive os melhores momentos de minha vida com você. E se você guardar esta carta para ler outra vez, então acredite no que estou escrevendo para você. Onde quer que você esteja e seja qual for à data de hoje, eu gosto de você. Gosto agora enquanto escrevo esta carta, e gosto enquanto você está ledo esta carta. E lamento muito se não consegui ti dizer isso. Você é, e sempre foi, o meu sonho!
“As pessoas sempre estão pensando que alguma coisa é totalmente verdadeira. Eu nem ligo, mas tem horas que fico chateado quando alguém vem dizer para me comportar como um rapaz da minha idade. Outras vezes, me comporto como se fosse bem mais velho – no duro – mas aí ninguém repara. Ninguém nunca repara em coisa alguma.”
Pessoas frias não são frias porque querem ser. Aconteceu alguma coisa, ou várias coisas, para que ela fosse congelando aos poucos. Ninguém sai intacto de uma avalanche, ainda mais se essa avalanche for de mágoas. Ser frio não é uma opção, escolha ou uma moda. É uma consequência, um ato involuntário, um mecanismo de defesa.
[...] Se depois desta volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por esses seus trabalhos, pois há de ver neles sua querida propriedade natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Neste caráter de origem está o seu critério — o único existente. [...]
