Tenho Cara de Metida

Não tenho culpa de ter nascido na ignorância, tenho sim, se escolher permanecer nela.

O coração está maltratado, miro no errado e lágrimas correm, não tenho ninguém para enxuga-las.

Está tão cedo. Eu digo. Fica aqui. Fica comigo. Tenho tanta coisa pra contar, tanta coisa boa pra falar. Deixa eu te contar minhas histórias de conto de fadas prediletas. Me faz uma companhia, ouve um pouco dos meus sonhos. Talvez eu conte as baboseiras de quando era criança. Ria delas também. Então fica, mesmo que te cubra de silêncio. Posso te chamar pra dançar aquela antiga cantiga de roda? Posso? Senta aqui, assiste comigo aquele filme antigo que te conto sempre e você nem da bola. Me puxa pra o teu colo e faz aquele cafuné que eu gosto tanto. Depois se cansa e dorme comigo, deixa eu sonhar com você os sonhos do amor. Então fica aqui, fica comigo. Está tão cedo. Eu digo.

A verdade é que eu tenho medo da vida !

Não tenho inveja da sagacidade
Nem da fidelidade
Nem da dissimulação

Só tenho inveja da longevidade e dos orgasmos múltiplos.

A única certeza que tenho, é que uma manhã após a Grande Ressurreição, eu verei que nunca amei a Deus como deveria amar!

Agita as águas paradas
Da minha alma,
Me leva com o teu rio,
Que traz vida,
Não tenho as palavras certas a dizer,
Pra provocar-te a querer-me mais,
Do que já me Queres.

Então vem como prometeste,
Derrama o Teu espírito, derrama o Teu Espírito
Invade minha escuridão a onde me escondo,
Me abraça com seus braços, com Tua paz

Senhooor...

Me alcança quando me escondo,
Sim me alcança quando fujo
Senhor...
Vem encher minha alma de amor

Então vem como prometeste,
Derrama o Teu espírito, derrama o Teu Espírito (5x)

Teu amor é como de pai de um irmão,
Como a garra de um leão, assim como nenhum outro.
Violentamente, persegues e me abraça,
Me envolve em quem Tu és

Então vem como prometeste,
Derrama o Teu espírito, derrama o Teu Espírito

Teu amor é como de pai de um irmão,
Como a garra de um leão, assim como nenhum outro.
Violentamente, persegues e me abraças,
Me envolve em quem tu es

Então vem como prometeste,
Derrama o Teu espírito, derrama o Teu Espírito (4x)

Eu só tenho palavras, e mesmo assim elas são tortas.

Eu tenho essa mania de colecionar coisas. Tenho caixas e caixas de coisas que deveria ter feito, potes de coisas que deveria ter dito, engradados de palavras em vão, sacos de coisas que não deveria ter feito, pacotes de desilusões. Sou um colecionador de arrependimento. Cada um coleciona o que quer. Não troco minha coleção por nada.

Tenho certeza que não estou com certeza. Isso me abre possibilidades.

É só vir... Te espero...
Tente se for capaz
Desvenda-me.
E te darei tudo que tenho...
Aprenda-me!

Poeto

Tenho sede de amor
Traduzo momentos em palavras
Sentimentos...
Que meu coração alimenta
Sente...
Clama...
Declama Fogo...
Emoção
Numa conjunção infinda
Sonho...
Imagino...
Ergo cenários...
Palco da vida
Viajo em versos e rimas
Indo e vindo...
Meu avesso. Amo...
Sofro...
Poeto!

Não tenho medo de parecer quem não sou, tenho medo de ser quem não conheço.

Independente do que eu ouça, faça, seja, tenho meu jeito e que critiquem. Não estou nem aí! Sou o que sou e vivo bem como sou.

Educar as crianças para que não tenho que puni-las num fututo Próximo

Varzeamento

Silêncio é tudo que tenho
Palavras em retidão
Num grito interno pungente
Dilacerando a razão

Perdida na escassez das cheganças
Dos momentos ungidos
de êxtase e sublimação

Só a mim resto, contida
Nas lágrimas retidas
Varzeando a solidão.

Não tenho medo de viver, quem tem Deus em seu caminho não teme o inimigo.

Nesse jogo de aparências,
sempre guardo meus segredos.
Pois não tenho competência,
para expor os meus medos.

Se ao meu corpo, amarrarem. correntes se quebrem, meu escudo é a fé que tenho por ele. Defendei-me. São Jorge Mártir, protegei-me, Ogum.

Lava/da/ alma



Não tenho a passividade dos que tem fé
Nem a conformidade dos que creem
Não tenho a aceitação dos que esperam
O prêmio de consolação

Por vezes até tento ter
Mas fala alto meus instintos
Explosivos e repentinos
Que me fazem blasfemar (ou cobrar)

O que a vida fez de mim
Ou o que eu fiz da vida
São paralelas tão minhas
Tenho que encarar

No despertar de todo dia
As cobranças em brasas ditas
Queimando o leito facial
Feito lavas salgadas da alma

Que tantas dívidas a serem pagas
Por estranhas criaturas
Colocadas num mesmo espaço
Confinadas num abraço

O amor é latente
As brigas presentes
A morte indigente
Os corpos...pressentem

(Nane-11/12/2014)