Tempos de Criança
Sorria,Brinque,Ame!
Faça valer a pena!
Porque o tempo?
Áh ! …
O tempo é uma criança Sorrateira.
Que brinca de esconde esconde…
Ele passa …
Ele cresce…
Vai deixando suas marcas
cicatrizes pelo caminho.
E não volta atrás.
_Guto_
“Tempo de criança é tempo de esperança, tempo que conduz o ser a um mundo de eternas lembranças eivadas pelo frescor inusitado de momentos que não voltam mais... a não ser, através do pensamento que, por sua vez, é capaz de rebuscar e transpor qualquer anteparo que limite o ontem e o agora.
Um porco na idade média foi condenado por ter matado uma criança. Cada tempo histórico possui seu modo de ser.
No meu tempo de criança
Vendo a chuva eu sorria
Eu chamava os amigos
E "pro mei" da rua eu ia
Ninguém lá era doente
Ninguém tinha alergia
E vendo a chuva de hoje
O tempo voltar queria
Pois é de baixo da biqueira
Que a gente tem alegria
E quando a noite vai caindo,eu me lembro do tempo em que eu era criança!
eu e meus tios deitávamos na graminha que tinha em frente de casa e na escuridão ficávamos olhando pro céu e contando as estrelas, e perguntávamos um para o outro!
Quem será que foi que acendeu as estrelas e a Lua?
Essa pessoa deve ter tido um trabalhão!
Que saudades da época de criança onde não tínhamos respostas e tudo pra gente tinha solução!
Confronto dos lamentos
- Fora criança e não vira o tempo lá fora passando a se esgueirar,
se perdera no casulo da existência, pusera-me a açoitar...
- No prateado enluarado fostes o frio quem me cobriu, porém não me posto a queixar...
Pusera-se na pequenice defrontar-se com velhice sem podido reter, amar.
... Menino-homem hoje vive em seu sobrenome em carregar a idéia paternal,
sigiloso punha-se na história em poucos contos a disseminar,
no soluçar do mundo aprendera a se deleitar em sua casta vida,
hoje há de haver felicidade lá fora, pois de amor em lonjuras implorara;
num bramido dos mares pôs-se a chorar num duro lamento...
- Hoje posso de aquele rio cruzar a nado, por medo, amor - triste desmaio,
pois sou velho e fraco e tais promessas me embargam no lacrimejar,
talvez sejas levado de encontro a prisão que me competia,
sou vigilante dos rios nas idas e vindas de encontro ao mar...
Hoje, me veio à lembrança, daqueles tempos de criança, quando eu caía e logo vinha aquela moça, desesperada para me levantar.
Hoje me veio a saudade daquele tempo que não volta, de quando eu chegava da escola, e ela toda curiosa, me perguntava como foi a aula, e logo me abraçava com os olhos cheios de água querendo chorar.
Hoje lembrei-me daquela moça, que tanto sofreu, mas que não media esforços para me ver sorrir.
Hoje me lembrei do seu sorriso radiante que me transmitia paz e também daquele abraço, aquele apertado que me passava segurança. Se eu pudesse voltar no tempo, nem que fosse por um momento, aos seus braços eu correria e novamente te abraçaria, mostrando minha eterna gratidão.
Feliz dia das mães
Há um tempo em que você precisa ser criança, noutros precisa ser grande, corajoso, amadurecer para voltar a ser criança. É um ciclo que nem mesmo a morte encerra, porque aquilo que você faz, ficará para sempre gravado no outro, em algum canto, em algum sorriso esparso na correria do dia a dia. A vida é, assim, feita de primeiras fases, como se a cada manhã começasse a prova do dia e no final da noite saísse o resultado... o resultado da primeira fase, que não se publica em diário oficial, mas se divulga em silêncio na consciência. E no outro dia, mais uma vez a primeira fase. E depois, e depois, e depois, tornando-o mais forte para a primeira fase seguinte.
E quando a última primeira fase chegar, faça por onde merecer passar o resto dos tempos dormindo em uma covinha escondida no sorriso tímido de alguém.
Ser criança
Na magia de ser criança
Pouco foi o tempo
Calça curta na lembrança
Saudade ao vento...
(Traz à alma alento!)...
Pés no chão jogando biloca
Banho na chuva, diversão
Finca, guaraná com pipoca
Queimada, nas mãos o pião...
(Eita! Como é bão!)...
O simples da ingenuidade
O complexo da pureza
Faz da infância felicidade
E da recordação certeza...
(Que não volta mais!)...
Tempos nunca demais
Com gostinho de querer
Outros iguais
Acompanha o nosso viver...
(Ser criança nosso primeiro aprender!)...
"Uma lagarta vira borboleta, um velho transforma-se em criança... O tempo completa o seu ciclo, volta aos começos. Assim é o tempo da alma, um carrossel, girando, voltando sempre ao início, o “eterno retorno”. T. S. Eliot estava certo quando disse que “o fim de todas as nossas explorações será chegar ao lugar de onde partimos e o conhecer, então, pela primeira vez”.
(em “O retorno e terno”. 8ª ed., Campinas/SP: Papirus-Speculum, 1996, p. 158.)
Mãe
Das minhas memórias quando criança
O seu sorriso é que me faz lembrar,
Que seu tempo em mim há de ficar
De amor, emoção, de Deus, em graça.
Não sou de brindar lembranças, partidas...
Sinto falta do colo que você me deu,
Da fé que me fez rezar, tirando o ateu
Entre muitos opostos, curando feridas.
Se mãe é o berço da esperança
Mais sorte eu tenho por ser da santa,
Que age por amor, sem nada pedir.
E, além do louvor, pela fé que se tem,
Sabe ser mãe, como um anjo que vem...
Livra-me dos perigos, ó mãe, sem medir!
Volte a ser criança
não ligue se o tempo passar
guarde suas lembranças
e tente outra dança
sem medo de errar
TEU COLO
Entre fotos e histórias, fatos e memórias
Lembro com carinho o meu tempo de criança
As brincadeiras, até puxão de orelha
Pra que eu aprendesse o quanto amada sou
Pai , obrigado por me ensinar
Com carinho vou sempre lembrar
Eu cresci mas não me esqueci
Que seu colo me protege
A vida muda, não tem jeito
Mas aqui no peito meu amor não muda
Posso ter os meus defeitos
Mas você me ama do jeito que sou
Sou sua menina, sou a sua filha
Sou o que você fez de mim
Sou pequenina, ainda preciso do seu colo
Fique aqui, pra sempre aqui
São só três letras pra dizer
E três palavras vou cantar pra você
Pai , eu te amo, mãe, eu te amo
Eu amo você
Caroço de manga...
É um dia de domingo e está a pensar se, quando criança, em tempos difíceis para gente humilde, quando sua família e a de tantos outros passavam por necessidades, havia sido feliz, recua aos poucos no tempo para um lugar bem longe de onde está agora, de lá surgem flashes, parece estar com seus sete, oito anos, bem menino.
Está correndo e brincando, descalço na terra de chão batido, num campinho onde se joga bola, lá estão uns vinte meninos, entre eles seus dois irmãos mais velhos que, após disputa de par ou ímpar, montam dois times, escolhido por um deles, jogam até de noitinha, cada partida tem uma regra, “cinco vira, dez acaba”.
Observa cena viva da mãe, louca de brava, chamando-os várias vezes, mas só depois dela dizer, “já pra casa, vô fala pro seu pai...“, é que correm pra casa, os irmãos pulam a cerca de ripas de madeira, ele passa entre elas, chegam suados e com as roupas encardidas da terra vermelha do Paraná, têm as canelas rochas, verdadeiros troféus desse dia.
O pai, tarde da noite, chega sempre cansado, finge então dormir, o ouve dizer, “Cadê os meninos, muita bagunça?” e a santa mãe responder, “Nada não, os meninos são bons demais”, além de bela, doce e serena é uma mãe que protege bem suas crias.
Ajeita-se no chão da sala, mãos na nuca, olhar no teto, leve riso no canto da boca, continua sua aventura, vê o que parece um pomar, tem abacate, goiaba, pêssego, amora, laranja e limão.
Parece cena de cinema, a imagem nítida, está sozinho, contente, sentado no batente da porta da velha casa de madeira, tem até chuva que já está passando e abaixa toda a poeira, como é gostoso o cheiro da terra molhada, está com as mãos e boca lambuzadas da polpa e fiapos de uma fruta, suga o restinho e chega à melhor parte, rói um caroço de manga que fica branquinho, branquinho.
Findas essas lembranças deseja que, em futuro próximo, possa estar com netos que ainda não tem dos seus três filhos já homens criados e que esses meninos ou meninas aprendam que, para estar feliz, mesmo em dias difíceis da vida, basta se lambuzar e roer um delicioso caroço de manga.
No meu tempo de criança, toda vez que alguém tinha um mal súbito. Sempre aparecia um abençoado com uma garrafa de álcool. Esfregava nas mãos, pulsos, no peito, e ainda passava um pouco nas narinas do pobre infeliz desmaiado. Melhor de tudo! Sempre dava certo. Rs rs rs...
CORRIGE A CRIANÇA!....
A criança, como o animal de trabalho, deveria ser amansada no tempo certo: depois de ter andado sob cuidados, olhares e o cabresto do dono.
Uma vez mansa seguirá sua trajetória sem problemas; como cidadão sabedor de seus diretos e cumpridor de seus deveres; carregando a carga que lhe for imposta (27.2.17).
Ele era so um garoto.<br>
Um garoto com sonhos de criança! E o tempo o deixou frágil, e seco assim como as folhas de outono.
