Tempo Presente
Volta tempo, volta.
Volta tempo, me dá esse presente,
Leva-me de volta para aquele momento,
Aquele que me senti completamente apaixonada,
Tira-me da realidade,
Faz-me voltar aos contos de fadas,
As histórias de belos príncipes e princesas,
Volta tempo volta,
Prende-me naquele instante nem que seja por alguns minutos,
Só para ter a oportunidade de falar tudo que era pra ter falo,
Tudo que no momento não foi dito,
Volta tempo volta,
Dá-me mais uma chance,
Faça esse final ser feliz.
Volta tempo volta!
Tudo que temos e esse tempo chamado agora, somos o presente, esse exato momento que respiramos, que lemos essas poucas palavras, somos donos do tempo chamado agora.
E o amanha, o daqui um segundo a Deus pertence e esse tempo que e nosso pode nos ser tirado agora nesse exato momento.
E agora?
O que podemos fazer?
O agora , as nossas escolhas serão os frutos que vamos colher no futuro se assim Deus nos permitir.
E dependendo de nossas escolhas, dependendo do que plantamos no aqui e agora , tudo pode ser diferente ou não. A colheita e certa e o que temos e esse tempo chamado agora.
Esse agora e único, jamais será vivido de novo, jamais!
Que saibamos agradecer a Deus pelo agora, esse instante que eu e você estamos existindo e pedir a Deus que nos permita viver o agora de outros dias.
PRESENTE DE ANIVERSÁRIO
Era tempo das vacas ainda mais magras. Não haveria festa muito menos presente, porém aquele aniversário não passaria despercebido, com certeza haveria um amiudado bolinho e nele quatorze palitos de fósforos enfiados, seguido de um vibrante e caloroso parabéns pra você, nesta data, Querida... porque era assim que todos os irmãos a chamavam carinhosamente.
Noite do dia 13de outubro do ano de 1971, passava das nove da noite e ali estávamos todos em volta da larga mesa, aguardando ansiosamente o grande momento.
O ventre enorme, pois, já passava de nove meses de gestação, dificultava as passadas de nossa mãe, que encaminhava-se lentamente com óbolo na mão e uma sensação inquieta de dor em seu semblante, seguia para saudarmos a aniversariante. Acendem-se as velas (palitos de fósforos), apagam-se as luzes, começa-se o canto que interrompe-se brevemente, ao nossa mãe anunciar a ruptura da bolsa. Sempre fora uma mulher valente, corajosa, boa parideira, destemida, porém terna e muito meiga.
Naquele momento, o extinto de mãe estava interrogativo, pressagiando o futuro. A essa altura, Teresa não se controlava, transferia o sorriso escancarado, pelo choro lacrimoso. Permanecia naquela aflição, até nossa mãe ao consolá-la, falar-lhe: "Não chore, eu preciso muito de você e de sua ajuda, essa criança que está prestes a nascer será sua, e dela você cuidará, será seu presente de aniversário."
Então, Teresa novamente mudava seu aspecto fisionômico, agora era toda sorriso, felicidade.
As pernas longas e ágeis, encurtou o caminho e pouco tempo depois, Teresa já esbarrava-se a nossa porta com o taxi previamente acertado, uma rural Willis de cor azule branco de propriedade de seu Zé-maleiro, motorista dos mais antigos de nossa cidade, hoje falecido.
Enquanto o carro encobria-se na primeira curva ficávamos os sete irmãos daquela época na calçada com a mão direita acenando enquanto a esquerda segurava ainda a fatia do bolo, amparados por nosso pai, que naqueles dias encontrava-se enfermo.
Teresa a partir daquele momento seria não só a acompanhante de nossa mãe, mas também porta voz de toda família. E não a largou mais...passou a noite, o dia amanheceu, veio a tarde as dores multiplicavam-se e prolongavam-se até que concomitantemente com um grande blecaute em nossa cidade neste exato momento, nascia um belo garoto no apagar das luzes, nossa mãe decidiu colocar o nome de André Luís, puro espírito de luz.
Teresa estava radiante, teria ganho um belo presente, nossa mãe adormeceu, mais pela exaustão, que propriamente sono. Aquela noite seguiu angustiante com o bebê que não cessava um segundo aquele choro e Teresa sem saber o que fazer... Decidiu coloca-lo ao seu lado da cama de acompanhante, ele gostou tanto do quentinho do corpo, agora de sua nova mãe, que se acalmou, adormecendo. Pela manhã, a enfermeira ao chegar para cuidar de nossa mãe, perguntava pelo bebê. Onde está? Teresa acordou com a voz apreensiva de nossa mãe, também a perguntar: "Teresa, onde está o nosso bebê?". E Teresa acordando sonolenta e assustada sem saber o que estava acontecendo, só descobrindo com o choro mingado, que vinha por baixo dela, teria dormido por cima dele, quase sufocando seu presente de aniversário!
Ando tão ausente desse mundo
e tão presente nos meus silêncios ...
Que nem tenho mais tempo de enxergar
a maldade lá fora e seu caos .
E sempre que saio de mim ... juro
Mais vontade tenho voltar aos meus
profundos quintais
Morar pra sempre no meu casulo de paz.
Os dias vão passando e o que é presente a todo tempo tentamos colocar de lado, nos enganar a cada segundo para não deixar sumir o sorriso no rosto e dessa forma ajudar o próximo a manter o mesmo sorriso que passa pela mesma situação e no final nos ajudamos, involuntariamente.
Já resolvi, estou disposta a esquecer tudo, o tempo cuidará do resto.Vivendo o presente já pensando no futuro.
Não sei se haverá tempo,
Mas se houver,
Na brecha infinetesimal entre o presente e o futuro,
Eu estarei lá.
Quem só investe no futuro, deixa de viver o presente.
O tempo passa rápido e o presente já é passado.
Veja bem... valorize tudo aquilo que é real e que ao mesmo tempo está presente em seus sonhos. Não há nada melhor do que prezar à arte de Deus, que concedeu à sua vida, o que parecia impossivel. Um anjo, ou um milagre ? Veja que isso é tão mágico , que parece ser passageiro. Mas não se engane, um amigo verdadeiro nunca se vai. Nunca.
Minha mania de me apaixonar tão rápido, esperar tanto tempo, não viver o presente, me prender a você, pensar em você, planejar uma vida e você não liga.
Uma hora vai acontecer, eu vou te esquecer, e quem vai se arrepender é você, pois saiba que o melhor eu ia fazer.
Esse estrupo do tempo á arte de fotografar tirar o tempo do próprio tempo ,Roubar o presente e crucificar em lembrança, engaiolar o momento, eternizar o homem mortal em arquivo.
Hoje inventei mais um verbo. É aconchegante e é um presente que ao mesmo tempo em que o damos, também o recebemos...:
"Teabraçar".
