Tempestade
Ela era tempestade, ela tinha um furacão dentro de si, mas sobretudo ela era amor, era feita de amor, e nunca dele conseguia escapar.
Ela é um turbilhão
Traz grandes mudanças de emoções dentro de mim.
Me faz temer a tempestade que ela é.
E como uma tempestade quando passa revirar a cidade
Foi o que fez com meu coração.
Me desorganizou
Ainda tento arrumar a bagunça
Que fica toda vez que te vejo passar nos story.
Mas toda tempestade tem fim
E com o fim ela se torna sol e eu girassol, e vou admirando do nascer ao pôr.
A beleza da tempestade
A tempestade chegou, com ela veio aprendizados, dores, tristezas, incertezas, mas principalmente evolução.
A tempestade chegou primeiro com esperança que depois que ela viesse viria o sol, mas o sol não apareceu, apareceu a frieza de um coração aquebrantado.
A tempestade chegou com um ar de limpeza, limpar tudo de mais escuro, limpar a alma que estava nas mais profundas trevas.
A tempestade chegou com a beleza que só ela tem, porque nem toda tempestade é avassaladora, porque tem tempestade que vem só para te mostrar o quanto você é forte.
Em fim ela veio, mas nem sempre para a destruição e sim para a reconstrução de algo novo belo e forte.
Transforme a sua vida em uma grande fazenda de amor, onde a tempestade tudo quer devastar, mas, as sementes do pudor, da paixão, do respeito, da harmonia e da fidelidade aí semeada, apenas nos leva a colher FELICIDADE.
POEMA PARA O DIA DA MULHER
Agora sei o que é chuva
eu só conhecia tempestade.
Você me mostrou isso
eu pensei que eu era uma
plebeia rude e você um audaz
cavaleiro e hoje sei; fomos
criados príncipe e princesa
e somos rainha e rei.
Obrigado majestade por me
revelar isso: nossos súditos.
O lindo dessa vida é saber que após a tempestade vem a calmaria,e que entre o pôr e o nascer do sol, há um tempo suficiente para o coração aflito sossegar e esperar o renovo do amanhecer
Ilha de pedra
Desesperou-se em fuga e remou forte, com muito peso de bagagem em tempestade naufragou
Flutuava sobre as águas inconstantes, adormeceu, o que sonhava em paz por instantes acordou
Não sabia onde estava, era frio incessante, doía nos ossos, sua alma amedrontou
O nascer do sol levava calor, sede, fome e esperança a quem se perguntava “quem sou?”
Não cessou seu inferno solitário, era muito quente, sua intensidade rugia e se desfazia
Não se pode ficar tanto tempo exposto ao sol, garganta seca, pouco gritava, pouco dizia
Neste mar de pedra não há abrigo que resfria, que agonia
Ali adiante haviam as águas e um vasto precipício de onde saltar
O medo das pedras afiadas exaltavam o grande risco de se detonar, machucar
O quão profundo e seguro seriam aquelas águas pra se mergulhar?
Quanto tempo sobreviveria ao sol a desidratar e queimar?
O impiedoso tempo indagava e obrigava uma escolha sábia tomar
Não se sabe como partiu
No fim desta história sabe-se apenas que foi o sol ou mar
Se precisar chorar,chore aos pés da Cruz,mas quando a tempestade passar,não se esqueça de agradecer aquele que te renova a cada amanhecer,(Deus.)
Devaneio
A lágrima se perdeu no curso natural devastada pela tempestade que abria gavetas na memória enlutada do esquecimento que se fez presente.
Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos;
nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.
O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza ou até carmim do amor?
Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens falsas, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.
Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, se apropriou daquele passado na gaveta vazia da solidão.
Os ventos violentos cessaram; desistiram do tormento do escuro; as cenas vividas na imaginação aguçando os sentidos se foram.
A realidade de volta ao presente permitiu que a lágrima seguisse seu curso natural e de mãos dadas com a solidão na letargia do tempo olvido nem verso nem rima nem nada...a deriva...
(Bia Pardini)